tag:blogger.com,1999:blog-83095243516899914552024-03-14T00:31:08.775-07:00ACUPUNTURACiência e ProfissãoPaulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-68615812818191887082023-05-17T12:58:00.011-07:002023-05-17T14:12:26.691-07:00Os Chakras [ चक्र / cakra ] , segundo Mircea Eliade (1907-1986). Excertos e anotações<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEwHOaTz3UYohPycw0G2vgJZuZfhajOod4DkMcfapspcz0phIDiD34KpMIAAefL04CgmjxQDSmzPaQHYtnB1XkfylbFdBA4g2EDld67S2bZ7D7fnvZpu6n2CNKG4itmNhli7rH8WD3hEauscqff_d-smnNis1G5aghZTFo2wU4Wqz1qroCtFStdru5xw/s647/Chakas-Nervous_plexi-Blog.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="647" data-original-width="600" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEwHOaTz3UYohPycw0G2vgJZuZfhajOod4DkMcfapspcz0phIDiD34KpMIAAefL04CgmjxQDSmzPaQHYtnB1XkfylbFdBA4g2EDld67S2bZ7D7fnvZpu6n2CNKG4itmNhli7rH8WD3hEauscqff_d-smnNis1G5aghZTFo2wU4Wqz1qroCtFStdru5xw/w371-h400/Chakas-Nervous_plexi-Blog.jpg" width="371" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esse conjunto de anotações
integra a revisão sistemática da tese que considera o sistema de pontos e
meridianos da acupuntura e por extensão o conjunto de chakras ou cakras, que é
a forma romanizada do vocábulo (</span><span style="font-family: "Mangal",serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">चक्र</span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> cakra) em sânscrito, como as primeiras representações do que hoje nós compreendemos como sistema
nervoso com suas formas, funções e patologias. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Apesar da referida proposição
se deter no sistema etnomédico ou medicina tradicional chinesa não é possível
ignorar a relação entre as concepções indiana e chinesa com as suas promissoras
aplicações que vem sendo reconhecidas em todo mundo desde meados do século XX. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Destacamos aqui os estudos e
intervenções de Svoboda e Lade (no livro Tao e Dharma, 1995) que explora as
semelhanças e diferenças desses dois sistemas etnomédicos, e intervenções
clínicas de Gabriel Stux, publicadas entre outras edições no Medical
Acupuncture, 1994. Gabriel Stux inclui na aplicação tradicional de agulhas da acupuntura
as concepções do sistema indiano de chakra para diagnose das patologias e
escolha do tratamento. Na pesquisa de Svoboda e Lade, na ilha, quase indiana, de
Sri Lanka (Ceilão), com forte influência chinesa, que se estendeu a médicos
tradicionais tratadores de elefantes e textos clássicos, eles constataram que
apesar das doutrinas chinesas e indianas partilharem de temas comuns (destaca
as semelhanças entre Chi e Prana), elas são essencialmente únicas, e seus
conceitos não podem ser intercambiados na totalidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A escolha da análise da tese
de Mircea Eliade (1907-1986) se deve não somente à pertinência do tema Chakras, mas
também a excelência da metodologia empregada por ele para obter uma melhor
compreensão de uma medicina ou espiritualidade exótica sem nos limitarmos a
nossa própria orientação cultural. Sua tese sobre as doutrinas do Yoga,
destinada a historiadores de religiões, psicólogos e filósofos (como ele a
definiu) foi apresentada na Universidade da Romênia, (1932-1936) na cadeira de
filosofia e filologia, foi posteriormente adaptada para livro (Chicago, 1967)
com o nome de “Yoga, imortalidade e liberdade” de cuja tradução de Teresa
Barros Velloso para o português extraímos aqui as descrições da concepção de
chakra/ cakra, orientados pelas notas e índice remissivo da edição (1972/1996).
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sem o apoio das disciplinas da
história e linguística, como evidencia em seu trabalho (e estudo do sânscrito e
filosofia por quatro anos (1928-1931) na Universidade de Calcutá não teríamos
obtido resultados tão precisos. A ênfase em linguística desenvolvida por ele se
deve inclusive a natureza do sânscrito em sua relação aos idiomas europeus
despertados pela filologia comparada indo ariana. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">No caso da tese que estamos
desenvolvendo sobre as representações “primitivas” do que hoje nós compreendemos como sistema nervoso, a nossa
maior demanda não recai sobre a barreira linguística do entendimento de um
conjunto de ideogramas chineses. Nossa maior dificuldade são as relações destes
com a nomenclatura das patologias e disfunções do sistema nervoso
historicamente identificadas tanto em nossa medicina ocidental como no sistema
etnomédico chinês. Do mesmo modo que Eliade temos a análise do processo
histórico de ambos os sistemas como guia, sendo que nossa ênfase é a antropologia
médica.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nesse presente texto
recortamos da valiosa contribuição de Eliade, que além de sua metodologia
histórico-filológica, nos trouxe, de forma clara, a noção de que os chakras
possuem relação com os plexos nervosos e qual a natureza desta relação, onde se inclui as noções de sono, sonho e demais estados de consciência, tão relevantes para a moderna neurociência. Os plexos nervosos ou p</span><span style="font-size: 12pt;">lexos raquídeos, são conjuntos de nervos motores
sensitivos ou mistos, que contém por sua vez, fibras motoras ou sensitivas e tem
uma distribuição fixa em um território próprio. Tais raízes ou troncos e ramos se entrelaçam e
formam territórios distintos de sua raiz raquidiana e troncos nervosos,
geralmente na forma de bandas organizadas paralelamente recordando sua
disposição metamérica em zonas. (Testut, Latarjet p.219)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Analisando os estudos sobre
efeitos fisiológicos do Yoga, Eliade identificou a existência de muitos métodos
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">hatha-yóguicos </i>para se obter
resultados semelhantes, supondo que alguns de seus praticantes se
especializaram em técnicas fisiológicas, mas outros (a maioria) seguiu a
tradição milenar de uma fisiologia mística. Segundo ele pode afirmar que o
cormo construído pelos Hatha-yoguis, os tantristas e alquimistas (que analisa
em sua tese juntamente com as concepções Budistas, Bramanistas/hinduístas ou xamânicas
dos primitivos aborígenes) descrevem o corpo de um “homem-deus”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em suas palavras:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">“ De fato, apesar de os
indianos terem elaborado um complexo sistema de medicina científica, nada nos
leva a crer que as teorias da fisiologia mística tenham se desenvolvido na
dependência dessa medicina objetiva e utilitária, ou ao menos vinculadas a ela.
A “fisiologia sutil” formou-se provavelmente a partir de experiências ascéticas,
extáticas e contemplativas, expressas na mesma linguagem simbólica da cosmologia
e do ritual tradicional. Isso não quer dizer que tais experiências não tenham
sido reais: elas eram reais, porém não no sentido em que um fenômeno físico é
real. Os textos tântricos e de hatha-yoga chamam nossa atenção por seu “caráter
experimental”, trata-se, porém, de experiências efetuadas em níveis distintos
dos da vida cotidiana e profana. As “veias”; os “nervos” os “centros” dos quais
falaremos, correspondem sem dúvida a experiências psicossomáticas e estão em
relação com a vida profunda do ser humano, mas não parece que “veias” e termos
semelhantes indiquem órgãos anatômicos e funções estritamente fisiológicas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Tentou-se, muitas vezes,
localizar anatomicamente essas “veias” e “centros”. Hermann Walter, por
exemplo, acredita que, no hatha-yoga, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nādi</i>
signifique “veias”; ele identifica <i style="mso-bidi-font-style: normal;">idā</i>
e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pingalā</i> com a carótida (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">loeva</i> et <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dextra</i>) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">brahmarandhra</i>
com a sutura frontal (cf. H.Walter,Svātmārāna’s Hatha-yoga-pradipikā, München,
1893, p. IV, VI e IX). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">De
outro lado, a identificação dos “centros”; (cakra) com seus plexos tornou-se
corrente: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mūlādhāra-cakra</i> seria o
plexo sagrado; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">svādhisthāna,</i> o plexo prostático;
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">manipūra</i>, o plexo epigástrico; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anāhata</i>, o plexo faríngeo; <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ājnā</i>, o plexo cavernoso.</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Contudo,
basta ler atentamente os textos para perceber que se trata de experiências
transfisiológicas; todos esses “centros” representam <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“estados yóguicos”, isto é, inacessíveis sem ascese espiritual.</b> As
mortificações e as disciplinas meramente psicofisiológicas não são suficientes
para “despertar” os cakra ou penetrá-los; o essencial, o indispensável,
continua sendo a meditação, a realização espiritual. Assim, é mais prudente
considerar a “fisiologia mística” como resultado e conceituação das
experiências levadas a efeito, esses últimos efetuavam suas experiências em um “corpo
sutil”, isto é, por meio de sensações, tensões, estados transconscientes
inacessíveis aos profanos. Eles dominavam uma zona infinitamente mais vasta que
a zona psíquica “normal”, penetravam nas profundezas do inconsciente e sabiam “despertar”
as nascentes arcaicas da consciência primordial, fossilizadas na maioria dos
seres humanos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Segue
então os excertos de suas reflexões e descrições dos Cakras.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Segundo a tradição indiana
existem sete cakra importantes que se relacionam com os seis plexos e a sutura
frontal. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">1º)</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: red;">Mūlādhāra</span></i></b><span style="color: red;"> </span>(mūla
= raiz) está situado na base da coluna vertebral, entre o orifício anal e os
órgãos genitais (plexo sacrococcigiano). Tem forma de lótus vermelho com quatro
pétalas, nas quais estão escritas em ouro as letras v, s, s’, s. . No meio do
lótus um quadrado amarelo, emblema do elemento terra (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">prthiví</i>), tem no centro um triângulo com o vértice invertido,
símbolo da yoni, chamado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kāmarūpa</i>; no
coração do triângulo está <i style="mso-bidi-font-style: normal;">svayambhūlinga</i>
(o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">linga</i> existente por si mesmo), de
cabeça brilhante como uma joia. Enrolada oito vezes (tal como uma serpente) ao
redor de si mesma, brilhante como o relâmpago, dorme kundalini, obstruindo com
a boca (ou cabeça) a abertura do linga. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Kundalini</i>
fecha dessa maneira o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">brahmadvāra</i>
(porta de Brahman) e o acesso à <i style="mso-bidi-font-style: normal;">susumnā</i>.
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O mūlādhāra-cakra relaciona-se com a
forca coesiva da matéria, a inércia, o nascimento do som, o sentido do olfato, a
respiração apāna, os deuses Indra, Brahmā, Dakīni, Śakti </b>etc.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">2º)</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #f96725;">Suādhisthāna-cakra</span></i></b><span style="color: #f96725;">,</span><span style="color: #ed7d31; mso-themecolor: accent2;"> </span>também chamado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">jalamandala</i> (porque seu elemento é jala
= água) e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">medhradhāra</i> (medhra=pênis),
está situado na base do órgão gerador masculino (plexo do sacro). Tem forma de
lótus com seis pétalas de cor vermelho-alaranjado, onde estão inscritas as
letras <i style="mso-bidi-font-style: normal;">b, bh, m, r; l </i>e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">y</i>. No centro do lótus há uma meia-lua
branca que tem relaçāo mística com Varuna. No meio da lua, um bija-mantra em
cujo centro está Visnu flanqueado pela deusa Sākinī (segundo a Śiva-samhitā,
V,99, trata-se de Rākinī). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O
svādhisthāna-cakra está relacionado com o elemento água, a cor branca, a respiração
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">prāna</i>, o sentido do gosto, a mão</b>
etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">3º)
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #4472c4; mso-themecolor: accent5;">Manipūra</span></i></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #4472c4; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-themecolor: accent5;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(mani = jóias; pūra = cidade) ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nābhisthāna</i> (nābhi= umbigo), situado na região lombar na altura do
umbigo (plexo epigástrico), tem forma de lótus azul com dez pétalas e as letras
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">d, dh,n, t, th, d, dh, n, p, ph</i>. No
meio do lótus há um triângulo vermelho e sobre o triângulo o deus <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mahārudra</i>, sentado sobre um touro, tem
ao seu lado Lākinī Śakti, de cor azulada. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Este
cakra relaciona-se com o elemento fogo, o Sol, o rajas (fluido menstrual), a respiração
samāna, o sentido da visão etc.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">4º)
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #2a411b;">Anāhata</span></i></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="color: #385723; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-style-textfill-fill-alpha: 100.0%; mso-style-textfill-fill-color: #385723; mso-style-textfill-fill-colortransforms: lumm=50000; mso-style-textfill-fill-themecolor: accent6; mso-themecolor: accent6; mso-themeshade: 128;"> </span><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(anāhata
s’abd é o som que produzem, sem se tocarem, dois objetos, isto é, “um som
místico"); está na região do coração, sede do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">prāna</i> e do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">jivātman</i>. De
cor vermelha, tem forma de lótus com doze pétalas douradas (onde estão
inscritas as letras <i style="mso-bidi-font-style: normal;">k, kh, g, gh</i>
etc.). No meio do lótus há dois triângulos dispostos em forma de “selo de Salomão”,
cor de fumaça, no centro do qual se acha outro triângulo dourado contendo um
linga brilhante. Acima dos dois triângulos está <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Īśvara</b> associado à <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śakti
Kākinī</i> (de cor vermelha). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Esse
chacra está relacionado com o elemento ar, o sentido do tato, o falo, a forca
motriz, o sistema sanguíneo, </b>etc.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">5º)
<span style="color: #00b0f0;">Visuddha</span></span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (o cakra da pureza)
está na região da garganta, (plexo laríngeo e faríngeo, na junção da espinha
dorsal com o bulbo raquidiano), sede da respiração <i style="mso-bidi-font-style: normal;">udāna </i>e do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bindu</i>. Tem
forma de lótus de dezesseis pétalas de cor vermelho-acinzentado (com as letras <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a, ā, i, u, ù</i> etc.). No interior do
lótus, um espaço azul, símbolo do elemento ākāsa (éter, espaço), tem no meio um
círculo branco contendo um elefante. Sobre o elefante repousa um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bija-mantra</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">hang</i>) sustentando <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sadāśiva</i>,
metade prata, metade ouro, pois o deus está representado em seu aspecto
andrógino (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ardhanārisvara</i>). Sentado
em um touro, tem em suas numerosas mãos uma enorme quantidade de objetos e
emblemas que lhe são característicos (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">vajra</i>,
tridente, sino etc.). Metade de seu corpo constitui a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sadā Gaurī,</i> com dez braços, cinco faces (cada uma com três olhos). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Este cakra está relacionado com a cor
branca, o elemento éter (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ākāsa</i>), o
sentido da audição, a pele</b>, etc.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">6º)
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #203864; mso-style-textfill-fill-alpha: 100.0%; mso-style-textfill-fill-color: #203864; mso-style-textfill-fill-colortransforms: lumm=50000; mso-style-textfill-fill-themecolor: accent5; mso-themecolor: accent5; mso-themeshade: 128;">Ajnā</span></i></span></b><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></i><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(ordem,
comando), este cakra está situado entre as sobrancelhas (plexo cavernoso). Tem
forma de lótus branco com duas pétalas onde estão inscritas as letras<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> h</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ks’</i>.
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">É a sede das faculdades cognitivas: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">buddhi, ahamkāra</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">manas</i> e os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">indriya</i> (sentidos)
em sua modalidade sutil.</b> No lótus há um triângulo branco com o vértice
invertido (símbolo da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">yoni</i>); no meio
do triângulo, um linga igualmente branco chamado<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> itara</i> (o "outro"). Aqui fica a sede de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Paramaśiva</i>. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bija-mantra</i> é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">OM</i></b>. A deusa tutelar é<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Hākini</i>: ela tem seis rostos e seis
braços e está sentada em um lótus branco.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">7º)</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: #7030a0;">Sahasrāra-cakra</span></i></b><span style="color: #7030a0;">.
</span>Localizado no topo da cabeça, sua forma é a de lótus virado para baixo,
com mil pétalas (sahasra = mil). Também chamado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">brahmasthāna, brahmarandhra, nirvāna-cakra</i> etc., suas pétalas
exibem todas as articulações possíveis do alfabeto sânscrito, que tem 50 letras
(50 x 20). No meio do lótus acha-se a lua cheia que encerra um triângulo; aí se
experiencia a uniāo final (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">unmani</i>) de
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śiva</i> e<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Śakti, </i>finalidade do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sādhana
tântrico</i>; aí também desemboca a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kundalini</i>
depois de ter perpassado os seis cakra inferiores. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">É necessário notar que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sahasrāra-cakra</i>
não pertence ao nível do corpo, ele já designa o plano transcendente - isso
explica por que se fala geralmente da doutrina dos "seis cakra".<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[ Muitas vezes um esquema
mitológico é interiorizado e encarnado, utilizando-se a teoria tântrica dos
cakra. No poema vixnuíta intitulado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Brahma-samhitā</i>
o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sahasrāra-cakra</i> é assimilado a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gokula</i></b>,
morada de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Krsna </i></b>] <span style="color: red;">p.222</span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Existem outros cakra menos
importantes. Assim, entre o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mūlādhāra</i>
e o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">svādhisthāna</i> acha-se o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">yonisthāna</i>, lugar de reunião de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śiva</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śakti,</i> lugar de beatitude, também chamado (como o próprio <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mūlādhāra</i>) <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kāmarūpa</i>, isto é, desejo e forma. É a fonte do desejo e, em nível
carnal, uma antecipação da união <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śiva-Śakti,</i>
que se completa no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sahasrāra</i>. Perto
do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ājñā-cakra</i> acham-se o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">manas-cakra</i> e o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">soma-cakra</i>, relacionados com as funções intelectivas e certas
experiências yóguicas. Perto ainda do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ājñā-cakra</i>
existe também o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kārana-rūpa</i>, sede das
sete formas causais, consideradas produtoras e constituintes do corpo sutil e
do corpo físico. Enfim, outros textos falam de certo número de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ādhāra </i>(suportes, receptáculos),
situados entre os cakra ou identificados com eles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Na tradição hesicasta (de oração solitária) distinguiu-se
segundo certos autores, quatro “centros” de meditação e prece: 1º centro
craniano cérebro-frontal (localizado na região entre as sobrancelhas); 2º)
centro buco-laríngeo (<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">correspondente ao
“pensamento mais comum: o da inteligência que se expressa na conversação, na
correspondência e nos primeiros estágios da oração</b>”, A Bloom); 3º) centro
peitoral (“situado na parte superior e média do peito”. A estabilidade do
pensamento, já colorido por um elemento tímico, é muito maior nos casos
anteriores, mas é ainda o pensamento que define a coloração emocional e que é
modificado por ela” A. Bloom); 4º) centro cardíaco (situado “na parte superior
do coração, um pouco abaixo da mama esquerda”, segundo os Padres gregos “um
pouco acima”, segundo Theophane, o Recluso e outros “É o local físico da atenção
perfeita”; Antoine Bloom (L’ hesychasme, Yoga Chrétien? p.185)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os tantras budistas admitem
somente quatro cakra, situados respectivamente nas regiões umbilical, cardíaca,
laríngea e cerebral. Este último, o mais importante, chama-se <i style="mso-bidi-font-style: normal;">usnisa-kamalā</i> (lótus da cabeça) e
corresponde ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sahasrāra</i> dos hindus.
Nos três cakra inferiores estão localizados os três <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kāya </i>(corpos): <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nirmāna-kāya</i>
no cakra umbilical, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dharma-kāya</i> no
cakra do coração e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sambhoga-kāya</i> no
cakra da garganta. Porém, observam-se anomalias e contradições relativas ao
número e localização desses cakra (ver <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dasgupta</i>,
An Introduction to Tantric Buddhism, p.163 e ss.). Da mesma forma que nas
tradições hindus, os cakra sāo associados às <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mudrā</i> e às deusas, neste caso: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Locanā,
Māmaki, Pāndarā</i> e <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tārā</i> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sri-samputikā</i>, citado por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Dasgupta</i>, op. cit., p. 165). O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hevajra-tantra</i> oferece uma longa lista
de "quaternidades" relacionadas com os quatro cakra: quatro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">tattva, </i>quatro <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anga</i>, quatro momentos, quatro nobres verdades (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">ārya-sattva</i>) etc. (ib., pp. 166-167)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Vistos em projeção, os cakra
constituem um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">mandala</i> cujo cento é
marcado pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">brahmarandhra.</i> É nesse
centro que tem lugar a ruptura de nível, onde se efetua o ato paradoxal da
transcendência, a superação do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">samsāra </i>e
a "saída do Tempo". O simbolismo do mandala é igualmente constitutivo
dos templos e de toda construção sagrada indiana: visto em projeção, um templo
é um mandala. Pode-se então dizer que toda circum-ambulação equivale a uma
marcha de aproximação ao Centro, e que a entrada em um templo repete a inserçāo
iniciática em um mandala ou a passagem da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kundalini</i>
através dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">cakra</i>. Além disso, o
corpo é transformado, ao mesmo tempo, em microcosmos (com o monte <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Meru </i>como centro) e em panteão, cada região
e cada órgão sutil com sua divindade tutelar, seu mantra, sua letra mística
etc. O discípulo não apenas se identifica com o cosmos, mas também chega a
redescobrir em seu corpo a gênese e a destruiçāo dos universos. Como veremos, o
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">sādhana</i> compreende duas etapas: 1°) a
"cosmizacão" do ser humano; 2°) a "transcendência" do
cosmos, isto é, sua "destruição” pela unificação dos contrários (Sol, Lua
etc.). O sinal por excelência da transcendência é constituído pelo ato final da
ascensão da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kundalini</i>: sua união com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śiva</i>, no topo da caixa craniana, no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sahasrāra.</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">KUNDALINI<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Já mostramos vários aspectos
da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">kundalini,</i> ora descrita como
serpente, ora como deusa ou energia. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Hatha-yoga-pradipikā</i>,
III, 9, apresenta-a como "Kutilāngi (a do corpo torcido), <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Kundalinī, Bhujangī</i> (serpente fêmea), <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sakti, Iśvarī, Kundalī, Arundhatī,</i>
termos todos equivalentes. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Da mesma
forma que se abre uma porta com uma chave, o yogin abre a porta da liberação (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">mukti</i>) libertando a kundalini mediante o</b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">hatha-yoga</b>" (cf. Goraksa
Sataka,51). Quando a Deusa adormecida é acordada pela graça do guru todos os
cakra são rapidamente atravessados (Siva-samhitā,IV, 12-14;
Hatha-yoga-pradipikā,III,1 e ss.). Identificada com <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Śabdabrahman</i> ,isto é,com o mantra OM, a kundalini acumula os
atributos de todos os deuses e todas as deusas (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Saradā-tilaka-tantra</i>, I, 14,55;XXV,6 e ss.).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: red; font-size: 12pt; line-height: 107%;">p. 202-205; 337<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">CONCENTRAÇĀO
(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">DHĀRANĀ</i>)<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A concentração (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">dhāranā</i>, da raiz dhr, conservar fechado)
é na realidade a fixação em um único ponto, mas cujo conteúdo é estritamente
conceitual. Em outras palavras <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dhāranā</i>,
objetiva deter o fluxo psicomental e fixa-lo em um único ponto – realiza essa fixação,
a fim de compreender. Na definição de Patañjali, ela é a fixação do pensamento
em um único ponto (Yoga Sutra III, 1 ). Vyāsa indica com precisão que a concentração
se dá geralmente no centro (cakra) do umbigo, no lótus do coração, na luz da
cabeça, na ponta do nariz, na ponta da língua ou em um lugar ou objeto exterior
(Yoga Sutra III, 1). Vācaspati Mis’ra acrescenta que não se pode obter a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">dhāranā</i>, sem a ajuda de um objeto ao
qual se fixe o pensamento.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Comentando o Yoga Sutra III, 1
Vyāsa já falava da concentraçāo no “lótus do coração”. Esta experiência já é
encontrada nas Upanisad, sempre relacionada com o encontro com o próprio Si (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">atman</i>). A luz “do coraçāo”, terá um
destino excepcional em todos os métodos místicos indianos pós-Upanisad. A
propósito desse texto de Vyāsa,Vācaspati Miśra descreve longamente o lótus do coração:
ele tem oito pétalas e se situa de cabeça para baixo, entre o abdome e o peito;
é necessário inverter sua posição, retendo a respiração (recaka) e concentrando
nele a mente (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">citta</i>). No centro do lótus
encontram-se o disco solar e a letra A; ali é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a sede do estado de vigília</b>. Acima encontramos o disco lunar com a
letra U; é <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a sede do sono</b>. Mais acima
ainda está o “círculo do fogo”com a letra M, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sede do sono profundo</b>. Enfim, acima deste último, encontra-se o “círculo
mais alto, cuja essência é o ar”, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">sede
do quarto estado (“estado cataléptico”)</b>. Nesse último lótus, mais
exatamente em seu pericarpo, situa-se o ”nervo (nādi) de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Brahman</i>”, orientado para o alto e desembocando no círculo do Sol e
nos demais círculos: aqui começa a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nādi</i>
chamada <i style="mso-bidi-font-style: normal;">susumnā</i>, que também atravessa
os círculos exteriores. Aqui é a sede de citta; concentrando-se nesse preciso
ponto o yogin obtém a consciência de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">citta</i>
(em outros termos, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">toma consciência da
consciência</b>). ...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O importante é deixar claro
desde já que a tradição do Yoga clássico, representada por Patañjali, conheceu
e usou os esquemas da “fisiologia mística”; chamada a desempenhar um papel
importante na história da espiritualidade indiana. ...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: red; font-size: 12pt; line-height: 107%;">p.71-72<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">ELIADE, Mircea. Yoga,
imortalidade e liberdade. SP: Palas Atenas, 1996<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 14pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Outras referências <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">SVOBODA, Robert; LADE, Arnie.
Tao e Dharma. SP: Editora Pensamento, 1995<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">STUX, Gabriel. Chakra
acupuncture.Medical Acupuncture, 1994 Volume6/ Nº1
http://www.medicalacupuncture.org<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">TESTUT, L.; LATARJET, A.
Tratado de anatomia humana Tomo III). Barcelona: Salvat Ed. 1983<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">...................................<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Ilustraçāo:</span></b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Chakra
positions in relation to nervous plexi.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">C. W. Leadbeater (1847-1934).
The book "The Chakras, 1927<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">....................</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">VER TAMBÉM</span></p><h2 class="date-header" style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 11px; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 0px; position: relative;"><span style="font-size: 22px; font-weight: normal;">ACUPUNTURA DE CHAKRA</span></h2><div class="date-posts" style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 12px;"><div class="post-outer"><div class="post hentry uncustomized-post-template" itemprop="blogPost" itemscope="itemscope" itemtype="http://schema.org/BlogPosting" style="margin: 0px 0px 25px; min-height: 0px; position: relative;"><div class="post-header" style="font-size: 10.8px; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" id="post-body-1802743748754067284" itemprop="description articleBody" style="font-size: 13.2px; line-height: 1.4; position: relative; width: 590px;">GABRIEL STUX, M.D. / Tradução: Paulo Pedro P.R. Costa, 2013</div><h2 class="date-header" style="font-size: 11px; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; margin: 0px; min-height: 0px; position: relative;"><a href="https://etnomedicina.blogspot.com/2013/06/acupuntura-de-chakra.html" style="background-color: transparent; text-align: justify;">https://etnomedicina.blogspot.com/2013/06/acupuntura-de-chakra.html</a></h2><div><br /></div><div><br /></div><div>..........................</div></div></div></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-53904541245641753602023-04-16T11:18:00.008-07:002023-04-16T17:01:06.454-07:00Meridianos & Mitos<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esse texto integra a proposição de analisar a medicina
tradicional chinesa e acupuntura enquanto um sistema etnomédico, tomando como
referência as suas concepções sobre o cérebro, mar de medula (suǐ hǎi) nos
textos chineses, descrevendo as características míticas e empíricas, que nos
permitem compreender e identificar a lógica de construção do raciocínio clínico
inerente a essa prática cultural, analisando simultaneamente as atuais
perspectivas de interpretação e integração da acupuntura à neurociência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk-2HSpJsH9FG7J4xD5KhMJgZqteC84RbEjEKvE15DFSUdyMKr5QnN901GmeM9zH0pynhYZUcpxTbc_wX3m-HSenPtarX2o_qsIhhGOJufeMaej_uECW-TgoCIMdrjyszpIzhE0K8mrehX09aCInrMtiQv88EztCee9Ecf0WP_Zn7yEyJGiwktii5qVA/s707/Specimen-Medicinae-Blog3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="707" data-original-width="700" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk-2HSpJsH9FG7J4xD5KhMJgZqteC84RbEjEKvE15DFSUdyMKr5QnN901GmeM9zH0pynhYZUcpxTbc_wX3m-HSenPtarX2o_qsIhhGOJufeMaej_uECW-TgoCIMdrjyszpIzhE0K8mrehX09aCInrMtiQv88EztCee9Ecf0WP_Zn7yEyJGiwktii5qVA/w396-h400/Specimen-Medicinae-Blog3.jpg" width="396" /></a></div><p style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%; text-align: justify;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Entre os acupunturistas atribui-se a um diálogo entre o
Imperador Amarelo, Huangdi </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">黄帝</span><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">,</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> e seu ministro médico, Qi Bo - </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">岐伯</span><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">,</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">o primeiro texto escrito sobre a
medicina da antiga China que ficou conhecido como Huang Di Nei Jing (</span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">内經</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">) "O Livro do Imperador Amarelo".<o:p></o:p></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A tarefa de interpretar esse achado, de pelo menos 2000 anos (considerando
sua compilação na Dinastia Han), é essencial para compreensão da Medicina
Tradicional Chinesa e, é uma infantilidade lhe atribuir rótulos de
pseudociência (como assim fazem alguns editores da wikipédia e biomédicos
fanáticos) para não se apropriar dos recursos da antropologia médica na sua
interpretação. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A título de exemplo segue algumas anotações sobre os
conhecidos conceitos de “meridianos”, canais de acupuntura: </span><span face=""Microsoft JhengHei",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";">经络</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Jīng Luò (Ching-Lo) e </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">穴</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Hsüeh acupontos ou pontos de
acupuntura.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Lê-se no capítulo 56 do Nei Ching, o livro do Imperador Amarelo,
“Sobre as Camadas da Pele”. (Utilizamos a tradução/versão da Dinastia Tang por Bing
Wang). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Disse o Imperador Amarelo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">as várias camadas da pele pertencem respectivamente aos doze canais; na
distribuição dos vasos, alguns são verticais e outros horizontais... as doenças
provenientes dos vários órgãos são diferentes, e podem ser distinguidas pelas
partes da pele que pertencem respectivamente a cada um deles</i>;<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Disse Qibo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quando se
deseja determinar a qual canal pertence a parte da pele, deve-se basear nas
localizações que o canal atinge e por onde passa. As condições de todos os doze
canais são as mesmas</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Adiante (no capítulo 58 “Sobre os Acupontos” se lê: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">... <i style="mso-bidi-font-style: normal;">o Imperador Amarelo
dispensou as pessoas ao redor, levantou-se e se prosternou várias vezes dizendo
..."Seu discurso de hoje ilumina minha ignorância e alivia minha
perplexidade. Desejo conservar todas as suas palavras num cofre de ouro, e não as
perder de forma alguma; guardarei o cofre de ouro na biblioteca real e o nome
do arquivo é "As Posições dos Acupontos"</i><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Disse Qibo: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A diferença
do vaso do colateral imediato e do canal, é que o vaso do colateral imediato
pode despejar o sangue quando estiver abundante. Como os trezentos e sessenta e
cinco vasos, todos se conectam com os colaterais, a superabundância de sangue
pode penetrar nos colaterais e depois nos canais. A penetração não se limita
aos catorze canais</i>... (os doze canais, mais os canais Ren e Du).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Observe-se a forma propria e a complexidade como são apresentados os
conceitos de acupontos e canais que atualmente tentamos (e não há como deixar
de tentar) interpretar como estruturas anatômicas e funcionais da pele e
sistema nervoso, para explicar os efeitos clínicos da acupuntura, moxabustão
potencializados pela fitoterapia e outros recursos da medicina tradicional chinesa.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Needham e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Gwei-Djen
após discorrerem sobre a grafia e distinção dos diversos tipos de acupontos e
canais (principais, colaterais e extraordinários) abstratos e invisíveis, nos
explicam que os pontos dessa rede de canais, onde se inserem as finíssimas
agulhas, como sugere o nome Hsüeh (que significa um buraco ou uma minúscula
cavidade ou fenda), tem o sentido de meios de transmissão, 'por onde entra e
sai o shen chi (pneuma da vida), e como se lê no Ling Shu (uma parte do
clássico livro do Imperador Amarelo), “os pontos não estão nem na pele, nem na
carne, nem nos músculos nem nos ossos”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Sem dúvidas lidamos com as narrativas simbólicas e metafóricas dos sistemas míticos. Contudo nos remetem a práticas voltadas para conservação ou recuperação da saúde. Sabe-se também que a Organização Mundial da Saúde em um
simpósio sobre acupuntura em 1979 apresentou uma lista com cerca <span style="mso-spacerun: yes;"> de </span>40 doenças ou agravos que podem ser tratadas adequadamente
com essa abordagem. Tal relação abrangia principalmente os distúrbios neurológicos,
musculoesqueléticos associados à dor e distúrbios psicossomáticos. (Bannerman,
1979 )<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">Segundo Ching-Liang (2012), em artigo de revisão, apesar da eficácia
da acupuntura como tratamento para doenças ou distúrbios do sistema nervoso ter
sido questionada, principalmente porque possui um número limitado de ensaios
clínicos controlados publicados, a acupuntura é comumente usada para amenizar
dor e tratar doenças e distúrbios dele, como: acidente vascular cerebral,
demência, doença de Parkinson, epilepsia, paralisia de Bell, síndrome do túnel
do carpo e cefaleias tensionais. </span><span style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O que se sabe, é que ao longo dos supostos meridianos,
encontram-se os pontos de acupuntura ou acupontos, que são estimulados por
agulhamento, pressão ou calor para resolver um problema clínico com relativo
sucesso em diferentes patologias. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Com a cautela dos que recomendam estudos e pesquisas
adicionais, Longhurst (2010) nos sinaliza que apesar dos diversos métodos usados
para identificar os meridianos e explicá-los anatomicamente - estruturas
tendino-musculares, primo-vasos (dutos de Bonghan *), regiões de temperatura
elevada e baixa resistência da pele - nenhum desses métodos atendeu aos critérios
de definição de um meridiano, entidade que, quando estimulada pela acupuntura,
pode resultar em melhora clínica e reforça a<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>“hipótese neural” afirmando que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a
influência clínica da acupuntura é transmitida principalmente por meio da
estimulação de nervos sensoriais que fornecem sinais ao cérebro, que processa
essas informações e causa alterações clínicas associadas ao tratamento.</b><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Para alguns autores como Cai (1992), acupuntura é baseada em
neuroanatomia e neurofisiologia. Em cada ponto de acupuntura, existem nervos
periféricos e terminais, e a acupuntura pode ser útil para uma maior
compreensão do sistema nervoso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Por outro lado, observe-se que esta proposição apesar de
inquestionável do ponto de vista anatômico, é excessivamente reducionista, e
com assinala Dumitrescu (1996), entre outros, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não é possível separar o mecanismo neural das respostas bioquímicas do sistema
imune, psicológico e emocional (psico-imune-neuro-endócrino)</b>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Segundo revisão bibliográfica desse último citado autor (Dumitrescu,
1996), a camada córnea da pele constitui uma verdadeira membrana semipermeável
que por suas qualidades físicas participa, além das funções de proteção e
excreção, da atividade eletrodérmica, integrada aos mecanismos neuroendócrinos da
regulação da transpiração termogênica da adaptação ao meio ambiente e psicogênica,
ou seja a resposta galvânica da pele (alteração da resistência elétrica da pele
que ocorre com as emoções e situações específicas). <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Integram ainda aos receptores de dor e calor distribuídos na
superfície epitelial, sinalizadores moleculares nos fluidos intersticiais, nas
relativamente bem conhecidas as sequencias de reações bioquímicas das respostas
pró e anti-inflamatórias (tétrade da inflamação): dor, calor, tumor (inchaço) e
rubor (vermelhidão e hiperemia), descritas por Aulus Cornelius Celsus (c. 25 BC
– c. 50 AD) e modificadas por Rudolf Virchow (1821-1902), que acrescentou a perda
de função da parte afetada.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(Reid, 2011;
Bechara; Szabó, 2006)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Inclusive é extremamente plausível que existam correntes de difusão de compostos bioquímicos, eletrolíticas no fluido intracelular. Sabemos que um homem saudável médio tem
cerca de 60% de água em peso, e cerca de um terço dessa água encontram-se no
compartimento fora das células, como fluido intracelular, seja no plasma
sanguíneo (20%) e 80% desta no espaço extracelular e linfático. Os fluidos são
constantemente trocados entre esses compartimentos, movendo-se através das
paredes dos capilares e das membranas celulares. (Ver ilustração da Science Photo
Library)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Além dos mecanismos imunitários, celulares e bioquímicos, por
que não explorar os aspectos psicossociais do fenômeno, a exemplo da bem
definida “eficácia simbólica” descrita por Lévi-Strauss que inclusive nos
permite compreender melhor a dimensão psicossomática do efeito placebo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">A concepção de eficácia simbólica consiste, segundo esse auto
na propriedade indutora de uma transformação orgânica que possui uma
determinada estrutura, característica das categorias universais da cultura ou
da linguística em relação a outras estruturas formalmente homólogas dos
processos orgânicos, psiquismo inconsciente ou pensamento consciente, ou seja,
uma reorganização estrutural. <br /><br />Desenvolveu esse conceito analisando um texto
mágico-religioso dos índios Cuna, do Panamá e propôs que a cura xamânica se
situa a meio do caminho entre nossa medicina orgânica e as terapêuticas
psicológicas semelhantes à psicanálise (Lévi-Strauss, 1975 a) <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em outro
texto desse mesmo período na crença destaca a importância das tradições e
consenso do grupo social na crença do doente nos poderes do curador ou eficácia
de sua arte / técnica, mas inverte magistralmente esse princípio ao demonstrar
que o xamã não adquire seu prestígio e poder porque curava os doentes e sim
curava os doentes porque adquiriu prestígio e poder. (Lévi-Strauss, 1975 b) <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Observe-se também que o ponto de partida da referida análise
estrutural, um texto mágico-religioso ou mítico. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Eliade “procurando” uma
definição de mito que seja aceita tanto por eruditos e por não-especialistas,
nos adverte que o mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode
ser abordada e interpretada através de perspectivas múltiplas e complementares.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Assim sendo, e analisando a medicina tradicional
chinesa e acupuntura enquanto uma prática com milhares de anos de existência,
que além da realidade orgânica do processo saúde doença nos remete aos
abstratos e metafóricos conceitos do Taoísmo, reafirmamos que: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">não há como não se apropriar dos recursos da antropologia médica para
sua interpretação</b>. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">É ainda Eliade que nos
esclarece que é o aprendizado do mito de sua origem, o que nos permite o domínio
de diversas realidades (cósmicas, o fogo, as colheitas, as serpentes, etc.). Por
extensão, a realidade das doenças, as impurezas, os perigos, a cura e a própria medicina, no
caso advinda das tradições orientais, mais especificamente chinesa, com seus
ideogramas e relações conceituais que nos possibilita as intervenções clínicas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Interessante que no estudo de interpretação dos ideogramas de
meridianos e acupontos tenhamos recorrido ao conceito de sistema nervoso e psiquismo
ou energia psíquica, para um melhor compreensão e que os chineses no estudo e
entendimento de nervo </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">神</span><span face=""Microsoft JhengHei",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";">经</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">shén</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">jīng e neurônio </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">神</span><span face=""Microsoft JhengHei",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";">经元</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">shén</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">jīng yuán, recorreram aos ideogramas
de espírito e essência, o enigmático e mítico </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">神</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Shén</span></b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (espírito/consciência)
que se localiza no coração, a sede da ética que temos visto faltar na medicina contemporânea
governada pela ganância. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgosOOWqthDqFD1Yt-5mW42wXrVvNVFFyc0_BmjLifNDWamV9-_DVjmtcmXkTITmQsURrNHsJ8WWT13HtB1LrHiElsARe9YpTAnx8_cu5GdVgirPHwsHAnW5TQQibyXJ_-U7650sTeTFJdDwjygpO1pUQJO4AbCRtFkh_m_baqZ1MeCuRvxf0_ZwySuCg/s661/Nerve-shenjjng.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="661" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgosOOWqthDqFD1Yt-5mW42wXrVvNVFFyc0_BmjLifNDWamV9-_DVjmtcmXkTITmQsURrNHsJ8WWT13HtB1LrHiElsARe9YpTAnx8_cu5GdVgirPHwsHAnW5TQQibyXJ_-U7650sTeTFJdDwjygpO1pUQJO4AbCRtFkh_m_baqZ1MeCuRvxf0_ZwySuCg/w400-h244/Nerve-shenjjng.jpg" width="400" /></a></div><b style="text-align: left;"><div style="text-align: left;"><b style="font-size: 12pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nota</span></b></div></b><p></p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[ * ] Na
década de 1960, o cientista norte coreano, Kin Bong-Han relatou a existência de
estruturas tubulares dentro e fora de vasos sanguíneos e linfáticos, bem como
também sobre a superfície de órgãos internos e sob a pele. (Longhurst, 2010)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Outros ideogramas citados<o:p></o:p></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span face=""Microsoft JhengHei",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";">经络</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- Jīng Luò - Canais ou Meridianos / Ching-Lo </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">穴</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Hsüeh – Acuponto<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Huangdi </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">黄帝</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> / Qi Bo </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">岐伯</span><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";"> /</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Huang Di Nei Jing </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">内經</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> "O Livro do Imperador Amarelo".<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Referências<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">BANNERMAN, R. H. Acupuncture: the WHO view. In: WHO, World
Health, Acupuncture. Geneva Switzerland: World Health Organization, December,
1979 <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">BECHARA, G.
H.; SZABÓ, M. P. J. Processo Inflamatório. 1. Alterações Vasculares e Mediação
Química. 2006. Disponível em: <
<a href="http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/GERVASIOHENRIQUEBECHARA/inflam_aspectosvasculares2006.pdf" target="_blank">http://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/patologia/GERVASIOHENRIQUEBECHARA/inflam_aspectosvasculares2006.pdf</a>>.
Acesso em: 15/04/2023<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">CAI, Wuying
(1992). Acupuncture and the Nervous System. The American Journal of Chinese
Medicine, 20(3n4), 331–337. doi:10.1142/s0192415x92000369<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">CHING-LIANG
Hsieh (2012). Acupuncture as treatment for nervous system diseases. 2(2), –.
doi:10.1016/j.biomed.2012.04.004 <o:p></o:p></span><span class="MsoHyperlink"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2211802012000289" target="_blank">https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2211802012000289</a></span></span><span class="MsoHyperlink"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></span>Acesso em 15/04/2023</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">DUMITRESCU,
Ioan Florin. Acupuntura científica moderna. SP, Andrei, 1996<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">ELIADE,
Mircea. Mito e realidade. SP: Perspectiva, 1972<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">LÉVI-STRAUSS,
Claude. A eficácia simbólica. in: LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia
estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1975 (a)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">LÉVI-STRAUSS,
Claude. O feiticeiro e sua magia. in: LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia
estrutural. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1975 (b)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">LONGHURST, John
C. (2010). Defining Meridians: A Modern Basis of Understanding. Journal of
Acupuncture and Meridian Studies Volume 3, Issue 2, June 2010, Pages 67-74;
doi:10.1016/s2005-2901(10)60014-3<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">MOLLOY Cordelia.
Body fluid compartments, (illustration C049/3379). Science Photo Library. <a href="https://www.sciencephoto.com/media/1120279/view/body-fluid-compartments-illustration" target="_blank">https://www.sciencephoto.com/media/1120279/view/body-fluid-compartments-illustration</a>
Acesso 15/04/2023<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt;">NEEDHAM, Joseph; GWEI-DJEN, Lu; SIVIN. Celestial
lancets: a history and rationale of acupuncture and moxa. Cambridge University Press,
2000 ISBN 0521632625 <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt;">REID, R.
et.al. (2011). Pathology Illustrated. Seventh edition. Churchill Livingstone
Elsevier Ltd: 2011: p.32</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">WANG,
Bing. Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Dinastia
Tang – Edição bilíngue). São Paulo. Editora Ícone. 2001.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">oxxxxxxxxxxxxxxxxxxx--------------------------<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">VER TAMBÉM<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- 2009: O Sistema
Etnomédico Chinês. Medicina tradicional X Ciência moderna<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html" target="_blank">http://etnomedicina.blogspot.com/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- 2011: O
movimento das cinco estações<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2011/03/o-movimento-das-cinco-estacoes.html" target="_blank">http://etnomedicina.blogspot.com/2011/03/o-movimento-das-cinco-estacoes.html</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- 2011: Specimen
Medicinae Sinicae<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2011/12/specimen-medicinae-sinicae.html" target="_blank">http://etnomedicina.blogspot.com/2011/12/specimen-medicinae-sinicae.html</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- 2014: Cérebro
</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">腦</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">,o mar de dentro </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">髓海</span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> <br /></span><a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2014/03/cerebro-o-mar-de-dentro.html" style="font-size: 12pt;" target="_blank">http://etnomedicina.blogspot.com/2014/03/cerebro-o-mar-de-dentro.html</a></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">- 2017: A criação de Pan Gu<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2017/08/a-criacao-de-pan-gu.html" target="_blank">http://etnomedicina.blogspot.com/2017/08/a-criacao-de-pan-gu.html</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
<span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">--------------------------xxxxxxxxxxxxxxxxxxxo<i> </i></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><i><br /></i></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span face=""Calibri",sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><i><br /></i></span></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></span></p><br /><p></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-84000813784000087122022-01-30T09:43:00.016-08:002022-02-11T08:00:15.574-08:00Neurobiologia do sistema nervoso autônomo e suas conexões com o ouvido externo na auriculoacupuntura<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjhRRmB_eTFH-o0sPohmxv6qrS-AzTIeHguHLQM5CILKIPqmn8wjq1QkOl2FLSabcDZoxYxBS49yHyl1x2CsdSleYVS939clyDz8APp59c3TamRHM9x_ZZEzQQQw67V0QQzX_WD1Qge5Dv3GlMCpGXQxaZ0CD-7_ZMcMhdvzfXDyqvl7fFYHhiK-dq79g=s872" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="872" data-original-width="570" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjhRRmB_eTFH-o0sPohmxv6qrS-AzTIeHguHLQM5CILKIPqmn8wjq1QkOl2FLSabcDZoxYxBS49yHyl1x2CsdSleYVS939clyDz8APp59c3TamRHM9x_ZZEzQQQw67V0QQzX_WD1Qge5Dv3GlMCpGXQxaZ0CD-7_ZMcMhdvzfXDyqvl7fFYHhiK-dq79g=s16000" /></a></div><br /><p></p><p><span style="text-align: justify;"><b>RESUMO</b><br /></span><span style="text-align: justify;">Este texto inicialmente foi
apresentado como anexo ou artigo complementar da monografia “O </span><i style="text-align: justify;">mar de dentro</i><span style="text-align: justify;">, um estudo da concepção de
cérebro, e mente no sistema etnomédico chinês” apresentada em 2003 no curso de
especialização em Acupuntura Sistêmica e Auriculoacupuntura, ministrado pelo
Prof. Jurecê J. Machado na Clínica Escola Científica de Acupuntura - CLIMA na época
filiada à ABA Associação Brasileira de Acupuntura por organização do Dr. Haeckel
Meyer um dos fundadores da acupuntura na Bahia. Discorre sobre a relação entre as possíveis conexões do sistema nervoso cental, mais especificamente do tronco cerebral, com o conjunto de nervos presentes no pavilhão auricular, explorando sua forma, função e potencial utilização clínica na medicina tradicional chinesa e ocidental.</span></p><p><b style="text-align: justify;">Auriculoacupuntura (</b><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic";">耳針 </span>Ěr
zhēn )</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entre antigas obras da medicina
chinesa existem diversas referências a estimulação de pontos na orelha entre os
métodos de tratamento. Muitas livros e artigos inclusive citam que o próprio Nei
Jing (<span style="font-family: "MS Gothic";">内經</span>)
em suas notas que tratam das estreitas relações entre a orelha e outros órgãos
indicando que alterações fisiológicas e patológicas do coração, rins, cérebro,
fígado, baço, intestino grosso e delgado se refletem na orelha (Weikang,
p.30-31; Dulcettti Jr., p.8-9; Chan, p.14) </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A prática médica resultante
destas observações sobreviveu até os nossos dias e tem sido denominada aurícula
acupuntura, do in auricular ou medicina auricular sempre se referindo a métodos
de observação e estimulação de cada região ou ponto do pavilhão do ouvido
externo com fins profiláticos ou terapêuticos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No sistema chinês de explicação
tal possibilidade de diagnóstico e/ou de eficácia terapêutica se deve a conexão
do pavilhão da orelha com "canais colaterais" feito o Yang Wei que
entra na orelha após circundar a cabeça e/ou com seis (6) entre os doze (12)
meridianos ordinários Yang que entram e passam em torno da orelha. Os meridianos
Yang (Tai yang da mão (ID); Yang ming da mão (IG); Shao yang da mão (san jiao
(SJ) ou tríplice aquecedor (TA) e Shao yang do pé (VB) entram na orelha e os
meridianos do estômago (E) e bexiga (B) atingem a região periauricular. Os meridianos
Yin conectam-se indiretamente através dos canais colaterais. (Weikang, o.c.;
Machado, Quatro institutos, p.401-402)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo o Nei Jing (<span style="font-family: "MS Gothic";">内經</span>), o
sangue de todos os 12 meridianos sobe até a face e o cérebro, seus ramos
atingem a orelha para tornar a audição normal. Alguns exemplos do Nei Jing (<span style="font-family: "MS Gothic";">内經</span>) compilado
por Bing Wang durante a dinastia Tang <span style="font-family: "MS Gothic";">唐朝 </span>(618-906):</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;"><span style="font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">... os cinco canais, Shaoyin da Mão (Coração),
Shaoyin do Pé (Rim), Taiyin da Mão (Pulmão), Taiyin do Pé (Baço-pâncreas) e
Yangming do Pé (Estômago) se reúnem no ouvido, e ascendem para circundar o
ângulo frontal acima do ouvido esquerdo, se a energia do canal do cinco tipos
de colaterais estiver esgotada, quando a energia perversa invadir, isso fará
com que se perca a consciência; ao contrário de quando o funcionamento dos
canais no corpo todo está normal, o paciente se assemelhará a um cadáver, e a
isso se chama síncope. p.312<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Inclusive, nesse capítulo sobre a
punção contralateral, recomenda para síncope ... se a picada for ineficaz, soprar
as duas orelhas do paciente com um tubo de bambu e haverá recuperação
imediata... p.312</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Sobre as doenças febris: ...
"No terceiro dia, o mal é transmitido ao Shaoyang (SanJiao/ tríplice
Aquecedor -?). O Canal Shaoyang se encarrega dos ossos e corre junto às duas
partes laterais do tórax, circundando as duas orelhas, por isso o [calor]
perverso irá causar dor no peito e no hipocôndrio, e ensurdecimento nos
ouvidos. p. 175<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Além da descrição de diversos
pontos tomando como referência as orelhas, destaca especialmente a conexão como
o meridiano dos rins (Shao yin do pé), no capítulo onde relaciona os órgãos
internos às doenças, a saber:</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">..."Quando a pele for
escura e de textura fina, os rins serão pequenos; quando a textura for espessa,
os rins serão grandes. Quando as duas orelhas estiverem em posição elevada, os
rins estarão em posição alta; quando as orelhas estiverem voltadas para trás,
os rins estarão em posição baixa; quando a pele e os músculo da orelha da
pessoa forem substanciais, os rins estarão firmes; quando a pele e os músculos
forem finos e não estiverem firmes, os rins serão frágeis. Quando as duas
orelhas forem arredondadas e se situarem em frente dos dois ângulos das
têmporas, os rins estarão em posição correta; quando uma orelha for mais alta
do que a outra, os rins estarão enviesados. Para a condição das cinco variações
acima, se for mantida corretamente nas condições específicas ele pode ser
estável; se estiverem mal adaptadas causando lesão, ocorrerá a doença”... p.696<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo Dulcetti Jr., além do Nei
Jing (<span style="font-family: "MS Gothic";">内經</span>),
encontramos referências à estimulação de pontos auriculares em textos ou
tratados de medicina das dinastias: Iuan ( <span style="font-family: "MS Gothic";">元朝</span>, yuán chäo entre 1271 – 1368)
com indicação para epilepsia infantil; Tsin (400 d.C.); Tang (<span style="font-family: "MS Gothic";">唐 </span>táng)
entre 618 – 907 inclusive com aplicação
de substancias irritantes ou causticas sobre a orelha; Sung (900 d.C.); e Ming
(<span style="font-family: "MS Gothic";">明</span>
míng) entre 1368 e 1644. Refere também à utilização de moxibustão (<span style="font-family: "MS Gothic";">灸</span> Kyū -
em japonês) ou mogusa (<span style="font-family: "MS Gothic";">モグサ</span>) nos pontos auriculares pelos japoneses e em outras
regiões do Oriente (Egito, Índia (medicina Ayurvédica), Sri Lanka, Turquia). </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para Wirz-Ridolfi o primeiro mapa
auricular foi publicado em 1888 por Zhenjun Zhang em seu livro Essential
Techniques for Massage (Lizheng Anmo Yaosu) Este mapa era um desenho da face
posterior da orelha mostrando áreas dos cinco órgãos Zang : Coração; Fígado;
Baço; Rim; e Pulmão.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Meditação, audição na cultura chinesa</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na década dos anos trinta, o psiquiatra
e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, a partir da
psicanálise, Carl Gustav Jung (1875-1961) e publicou diversos artigos e livros
sobre a sabedoria oriental, analisou um texto chinês esotérico, do século XVIII
“O Segredo da Flor de Ouro”, que reúne instruções budistas e taoístas sobre
meditação. Na análise desse livro traduzido Richard Wilhelm, (1873-1930) observa
que chineses (representados por essa tradição), distinguem “a luz do olho” da “luz
do ouvido” como focos de excitação para vencer os equívocos da distração e das fantasias
que ofuscam a clareza ou a compreensão.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Observa que tais focos de
estimulação/são uma mesma “luz”, ou característica da consciência humana,
apesar dos dois nomes manifestam-se como imagens ou uma palavra sem som, que se
ouve em silêncio, enquanto as imagens se assemelham as do sonho e imaginação.
Estende ainda esta interpretação a outros aspectos da concepção chinesa dos
aspectos <i>Yin, Yang</i> na energia vital e
sua analogia com os aspectos <i>Po</i> e <i>Hun</i> do espírito humano equivalente ao
que ele denominou <i>anima</i> e <i>animus</i>. <i>Anima</i> ou princípio feminino (Yin, na concepção chinesa) preso à
terra e aos processos corporais e plexos nervosos enquanto o <i>Animus</i> (princípio masculino)
corresponderia ao <i>Hun</i> (<i>Yang</i>) associado à visão e sistema
cerebral a alma luminosa que se desvanece no ar e o <i>Po</i> a alma sombra que se dissolve na terra depois do corpo morto. (Jung,
O Segredo da Flor de Ouro, p.94) </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há ainda na tradição oriental, diversas
técnicas de meditação e transe induzidos pela música ou auxiliados pela música,
contudo deve-se observar que a audição apesar de neurobiologicamente não estar
dissociada do pavilhão externo da orelha, é uma propriedade do ouvido médio.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Como se sabe o ouvido é um órgão
multifacetado que conecta o sistema nervoso central à parte externa da cabeça e
do pescoço. Essa estrutura como um todo pode ser considerada como composta por
três órgãos separados, que atuam em um coletivo para coordenar certas funções,
como audição, equilíbrio e movimentos da cabeça e/ou das orelhas em muitos
animais. Agressões microbianas ou traumáticas podem afetar qualquer uma das
suas funções apesar das suas evidentes e/ou ainda desconhecidas interconexões.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A conexão neurobiológica mais
evidente do pavilhão auricular ou orelha são as conexões associadas ao controle
da cabeça e dada a importância, da comunicação sonora (que deu origem à nossa
linguagem), para localização dos sons e, especialmente os “gritos” ou sinais de
alarme e perigo associados às reações de fuga e luta e funções do sistema
nervoso autônomo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>O pavilhão da orelha e conexões autonômicas</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O ouvido externo é constituído
por uma porção laminar expandida - o pavilhão da orelha, e pelo meato acústico
externo. Sua principal função é captar as vibrações do ar, pelas quais os sons
são produzidos e conduzi-las até a cavidade timpânica no ouvido médio (Gray).
Ao contrário de muitos mamíferos a orelha externa do homem é relativamente
pequena, rasa e praticamente imóvel - com raras exceções de indivíduos que
voluntariamente realizam alguns movimentos rudimentares para cima, adiante ou
atrás (Testut; Latarjet). A maneira como localizamos os sons depende
basicamente das ligeiras diferenças de tempo na chegada do estímulo sonoro a
cada um dos ouvidos, cooperamos ativamente com esse processo nervo-sistemático,
voltando a cabeça e avaliando o efeito desse movimento por retroalimentação.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sabe-se que a compreensão do
funcionamento de um órgão não pode separar-se facilmente da compreensão de seu
objetivo biológico. O que também pode ser dito de um conjunto de nervos de
qualquer órgão ou região do corpo. Ao se analisar, portanto a origem, função e
interconexões dos nervos do ouvido externo, como no caso, temos que situar sua
função de captar sons dentro do conjunto orgânico que compõe o aparelho
auditivo, incluindo os sistemas cocleares de identificar vibrações para
alimentar as informações que coordenam os reflexos posturais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sem pretender discutir etapas
evolutivas ou variantes de ecolocação dos squalos, répteis, quirópteros e
cetáceos não é por acaso que o grupo de nervos conectados na orelha externa
humana são também responsáveis por equilíbrio postural, movimentos direcionais
da cabeça, mímica facial, movimentos da língua e de regulação de órgãos
internos via sistema nervosos autônomo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A existência de mecanismos biológicos
que envolvem as respostas de fuga - luta, quase como uma cadeia de reflexos
eliciada a partir de "gritos de alarme" em inúmeras espécies de
animais (Eibl - Eibesfeldt) A explicação de tal rede de conexão nervosa deve
considerar a preparação do organismo em tais pautas de comportamento que tem
sido classificados como apetitivos (busca) e consumatórios de defesa ou
ergotrópicos e de repouso e conservação de energia ou trofotrópicos (Engel),
envolvendo ainda mecanismos de regulação das funções viscerais e metabólicas em
concordância com a estimulação que traduz as contingências ambientais incluindo
os gatilhos biológicos do clima e estações do ano.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entre as pautas de comportamento
atribuídas ao sistema parassimpático integrado ao sistema trofotrópicos estão em
diferentes espécies comportamento relacionados a criação de filhotes,
comportamento cooperativo de sobrevivência compartilhada, transmissão da
cultura (ou memes da protocultura) estão comportamentos apetitivos e
consumatórios de prazer, sedução, êxtase formação de par e vínculo social. A
resposta de medo é modificada na escala evolutiva a partir da inibição de
resposta de imobilização réptil para desenvolver o mecanismo de fuga - luta ou
inibição de comportamentos por vínculos de identidade grupal e hierárquicos
típicos dos humanos como o amor. (Porges)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os mecanismos de controle de
nervo vago por associação com os pares cranianos responsáveis por nervos
faciais de mímica e vocalizações (social engagement) é exclusivo dos plexos
mielinizados dos mamíferos. (Porges)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A intervenção sobre tônus
parassimpático tem sido obtida par fins terapêuticos através de aparelhos de
biofeedback, condicionadores de ondas cerebral, de eletro-sono e de auto
hipnose com estímulos luminosos - dream machine. (Ter Meulen et al; Blase et
al) Aparelhos de estimulação elétrica do nervo vago (no ramo cardíaco cervical
superior) semelhantes a próteses neuro-cibernéticas para auto-controle de
convulsão tem sido indicada para depressão. Cirurgia para corte do nervo vago
ao nível do estômago (vagotomia super-seletiva) ainda são indicadas para alguns
casos de úlcera duodenal crônica intratável (Wippel). Cirurgias de inibição
cirúrgica ou corte seletivo de nervos do sistema simpático também são indicadas
para alivio dos sintomas de hiperidrose congênita.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Naturalmente que análise
neurobiológica da importância do padrão de regulação autonômica na evolução das
espécies não se esgota nas constatações da neuroetologia, e estudo das
aferências e eferencias do conjunto de nervos sensoriais e motores) envolvidos
com o sistema nervoso central. No mínimo estas conexões com o pavilhão auricular ainda precisam ser
melhor estudadas do ponto de vista da neuroanatomia e fisiologia.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A saber, conexões do ramo
auricular do nervo vago, e anastomoses em nível cervical com gânglio jugular ou
superior do vago e conexões com o sistema nervoso simpático: gânglio cervical
superior (C1 - C4); nervo occipital menor (C2) e Nervo auricular magno (C2 -
C3) ambos com conexão com gânglio simpático cervical superior e anastomoses com
N. vago, acessório, hipoglosso e frênico.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A auriculoacupuntura e
auriculoterapia sem dúvida trouxeram nova compreensão à moderna neurociência por
sua notável exploração das possibilidades clínicas da estimulação clínica do
pavilhão auricular tanto numa perspectiva metodológica dos estudos dos reflexos
como da etnomedicina e história da ciência. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Esboço de hipótese</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060;">Sabe-se
que não cabe no escopo de uma monografia a elaboração e teste de hipóteses,
contudo a apresentação desse esboço hipótese ou problemas a investigar, nos foi
útil na orientação tanto da elaboração inicial e agora, desta presente revisão.
Assim sendo consideramos:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060;">O sistema
nervoso autônomo possui distintas conexões anatômicas com diversas regiões o
ouvido externo que podem ser utilizadas como pontos de estimulação para
tratamento de um amplo espectro de patologias</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: #002060;">Essa
hipótese pode ser evidenciada:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="color: #002060;">1. através da metodologia clínica e experimentações
conduzidas pelos princípios da acupuntura explorando as possibilidades
terapêuticas por intervenções com sucesso na regulação orgânica, sobre as quais
já se possui razoável registro e número de publicações sobre auriculoterapia e auriculoacupuntura.
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="color: #002060;">2. através de observações e análises conduzidas a partir
de uma perspectiva etnográfica e histórica da auriculoacupuntura ou acupuntura
auricular que reforçam a explicação da proposição anterior e apontam novas
direções de pesquisa orientada pelos fundamentos da medicina tradicional
chinesa</span></p><b>(1) Auriculoterapia/ auriculoacupuntura</b>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p>Apesar da diferença entre as
proposições teórico clínicas da auriculoacupuntura e auriculoterapia, são
maiores as suas semelhanças. A auriculoterapia ou aurículo medicina integra a
concepção de reflexologia e reflexoterapia, com a brilhante proposição de Paul
F. M. Nogier (1908-1996), também conhecida como “escola francesa”, de
auriculoterapia, contudo não se pode negar a origem e influência da própria acupuntura
auricular, integrante como vimos da medicina chinesa, de origem da China antiga
com ampla difusão, inclusive na Europa antiga.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">No campo da reflexoterapia um
estímulo em um conjunto de pontos pode ser considerado um programa operando
sobre a tela de um ordenador (o pavilhão da orelha) nos quais vêm se inscrever
as mesmas formações patológicas (os pontos correspondentes aos órgãos doentes)
enquanto pontos de projeção (Kovacs, p.180). A tradição chinesa nos ensina que
pontos de acupuntura são as regiões de acesso a intervenções no “Qi” ou “Xue” dos
sistemas orgânicos como suas características Zang Fu de organização
fisiológica, os pontos auriculares não fogem à esta regra, inclusive como já
referidos nos antigos textos chineses (Machado; Wirz-Ridolfi).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo Machado (anotações e
textos de aula) a evidenciação dos pontos de acupuntura (pontos ativos) da pele
constitui não somente a confirmação das observações milenares, mas também nos
revela particularidades funcionais ainda desconhecidas sobre o nosso envelope
cutâneo, com implicações importantes na economia energética e informática (ou
cibernética) no organismo vivo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A possibilidade de intervenção no
campo termo-eletromagnético do corpo humano associado a um segmento específico
tem sido a proposição das diversas formas de reflexoterapia, assim lidamos com
o potencial das conexões nervosas e vasculares que possui o pavilhão auricular.
Por outro lado, uma possibilidade de intervenção direta nas conexões do tronco
cerebral também vem sendo tentada, via estimulação elétrica sobretudo sobre o
nervo vago e bioquímica para controle do apetite, da febre, da agressividade e
tratamento da ansiedade nos distúrbios mentais.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A reflexoterapia parte do
princípio de que algumas regiões do corpo possuem conexões com o sistema
nervoso e vascular, como citado acima, e se constituem como zonas e áreas
reflexas que supostamente refletem uma imagem do restante do corpo, enquanto um
padrão de nervos e vasos que se repetem. Além do pavilhão auricular são,
praticamente tradicionais as estimulações dos pés (podoreflexoterapia); nas
mãos incluindo as concepções orientais de origem coreana (Korio Soo-Ji-Chim),
com a premissa de que tal trabalho nos pés e nas mãos provoca uma alteração
física nas áreas supostamente relacionadas de o corpo. (Kunz; Kunz; Lin)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O termo reflexo, possui uma longa
história de aplicações na história da ciência, entre estas a teoria do
"ato reflexo” de René Descartes, [1596-1650] (Murta; Falabretti). Este
conceito possui ampla aplicação no exame neurológico e intervenções
terapêuticas, a exemplo da fisioterapia pediátrica (Grave; Sartori) e
psicologia, contudo não deve ser confundido com os diversos empregos que o
termo possui na atualidade como se fosse uma disciplina científica
independente.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Observe-se que a utilização do
termo "reflexo" possui vários significados e diferentes usos na
história da medicina, além da clássica e conhecida reflexologia pavloviana ou
de origem russa. Ivan Pavlov (1849-1936), recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia
ou Medicina de 1904, sendo notabilizado pela teoria do reflexo condicionado e por
ter evidenciado o padrão básico na regulação reflexa da atividade dos órgãos
digestivos. (Nobel Prize Outreach)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sobretudo para uma melhor
compreensão da auriculoterapia e acupuntura auricular é que examinaremos sua
história e desenvolvimento a partir de dessas duas perspectivas diferentes o
Sistema chinês de Acupuntura Auricular e o Sistema europeu de Acupuntura
Auricular, que posteriormente evoluiu para Auriculoterapia e Medicina
Auricular.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Conforme proposição de Raspa e
Belasco Jr. E outros autores podemos identificar dois períodos em sua história:</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1. Acupuntura Auricular antiga,
referente ao período anterior ao século XX e até os anos 50.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">2. Acupuntura Auricular Moderna
referente ao tempo desde quando Paul Nogier redescobriu e aperfeiçoou o método
de cura pela aurícula, passando pelo desenvolvimento dos mapas chineses com a
incorporação do homúnculo invertido no pavilhão auricular publicado em 1958: a
revista de Medicina Tradicional de Shangai</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Destaca as contribuições da Dra.
Huang.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em 1960, pesquisadores de Nanking
concluíram o estudo que verificou a exatidão clínica do homúnculo auricular de
Nogier em 2 mil pacientes clínicos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1972: a China apresenta o mapa
estandardizado dos pontos auriculares. Devido à grande diversidade de trabalhos
publicados por vários centros de estudos e atendimentos em Auriculoterapia,
havia surgido algumas diferenças entre os mapas que eram publicados na época.
Por esse motivo, teve a necessidade de se unifcar a nomenclatura e a
localização dos pontos de Auriculoterapia chinesa.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1990 - A OMS (organização mundial
da saúde) reconhece a Auriculoterapia.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>(2) Auriculoterapia origens</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Apesar da citação quase
consensual de que <span style="background: white;">provavelmente a
primeira referência europeia </span>à auriculoterapia venha do médico português
<span style="background: white;">Zacatus Lusitanus, em 1637, para
tratamento da ciática, não se pode ignorar a representação iconográfica do pintor
holandês Hieronymus Bosch (1450-1516), entre 1490 e 1510. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Dulcetti Jr, ressalta ainda que
no citado tríptico do mestre holandês Hieronymus Bosch, conhecido como como “O
Jardim das Delícias Terrenas”, em exposição no Museu do Prado, encontra-se um símbolo que em detalhes constitui-se de duas aurículas unidas pelas faces posteriores, tendo entre ambas a lâmina
de uma faca. Observando ainda que na região superior da concha inferior da
orelha um “diabrete” enceta uma lança no ponto utilizado na terapia auricular
para disfunções da libido, enquanto que acima, no centro da fossa triangular se
vê outra lança penetrada no ponto já conhecido e usado para cura de ciática,
desde essa época (?). </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtmEHRWWxmHxCx-kNl_jcLAB2PiQqdxvvQ4PEWa6qtoRSR8rO5yMZzQYod7EKDCCFTE8XZRpz-b21UU-lbhTzZfhsGRisYd9jYB2HQsnIGVaNCPYeMnnCHRl_XL_Z1BpCuLxOB2q8rQv3oULOyPZAtWEM_ZHOFhYDyog23t6edAtv6PmXAgNKsBCFvYA=s561" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="561" data-original-width="550" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgtmEHRWWxmHxCx-kNl_jcLAB2PiQqdxvvQ4PEWa6qtoRSR8rO5yMZzQYod7EKDCCFTE8XZRpz-b21UU-lbhTzZfhsGRisYd9jYB2HQsnIGVaNCPYeMnnCHRl_XL_Z1BpCuLxOB2q8rQv3oULOyPZAtWEM_ZHOFhYDyog23t6edAtv6PmXAgNKsBCFvYA=s16000" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na composição tríptica, esse ícone
fálico se integra a parte que representa o inferno, uma faca que do ponto de vista psicanalítico pode
representar a castração ou os genitais masculinos, em seu aspecto agressivo e
penetrante. Não se pode ignorar, também que a referência ao ponto da aurícula estimulado pelo homúnculo encapuzado (um diabrete) era possivelmente utilizado para o tratamento de disfunções da libido
na medicina hipocrática. <span style="background: white; color: black;">Hipócrates, o pai da medicina grega, relatou que os médicos faziam
pequenas aberturas nas veias situadas atrás da orelha para facilitar a
ejaculação e reduzir os problemas de impotência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white;">Comentando a importância de </span><span style="background: white; font-size: 11pt;">Hieronymus Bosch</span><span style="background: white;"> e as questões relativas à agressividade/sexualidade nesse quadro, Jacques Lacan nos legou o seguinte texto</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: black; font-size: 11pt;">.... Esses fenômenos
mentais a que chamamos imagens, termo cujo valor expressivo é confirmado por
todas as acepções semânticas, após os perpétuos fracassos registrados pela
psicologia de tradição clássica na tarefa de dar conta deles, a psicanálise foi
a primeira a se revelar à altura da realidade concreta que eles representam. É
que ela partiu da função formadora das imagens no sujeito e revelou que, se as
imagens atuais determinam tais ou quais inflexões individuais das tendências, é
na condição de variações das matrizes que constituem, para os próprios"
instintos", esses outros específicos que fazemos corresponder à antiga
denominação de imago. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: black; font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span><span style="background-color: white; font-size: 11pt;">Entre estes últimos, há
os que representam os vetores eletivos das intenções agressivas, que elas dotam
de uma eficácia que podemos chamar de mágica. São as imagens de castração,
[éviration, melhor traduzido por eviração] emasculação, mutilação,
desmembramento, desagregação, eventração, devoração, explosão do corpo, em
suma, as imagos que agrupei pessoalmente sob a rubrica, que de fato parece
estrutural, de imagos do corpo despedaçado. ...</span><span style="background-color: white;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: black; font-size: 11pt;">.... Há que folhear um
álbum que reproduza o conjunto e os detalhes da obra de Hieronymus Bosch, para
ali reconhecer o atlas de todas as imagens agressivas que atormentam os homens.
A prevalência dentre elas, descoberta pela análise, das imagens de uma
autoscopia primitiva dos órgãos orais e derivados da cloaca gerou, ali, formas
de demônios. Não faltam nem mesmo a ogiva das angustiae do nascimento, que
encontramos na porta dos precipícios para onde eles empurram os condenados, nem
a estrutura narcísica, que podemos evocar nas esferas de vidro em que se acham
aprisionados os parceiros exaustos do jardim das delícias. ... (Lacan
p.107-108)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Observe-se que além das associações relacionadas à
agressividade evidenciadas por Lacan na interpretação dos quadros de Bosch, não
podemos esquecer (na perspectiva do nosso esboço de hipótese) que tanto a
agressividade como a sexualidade possuem intrínseca relação com o sistema
nervoso autônomo e que para muitos indivíduos o pavilhão auricular é uma
importante zona erógena, com suas caraterísticas específicas simbólicas e
nervosas (ver Freud, 1905 e Winkelmann, 1959)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white;">Um outro interessante aspecto, ainda a destacar nas
contribuições da psicanálise e semelhanças metodológicas de análise simbólica
são as avaliações das representações da medicina tradicional chinesa (leia-se
dos sistemas etnomédicos) quanto a representação dos desejos (enquanto imagens)
indefectivelmente ligados aos órgãos do corpo, associados às suas demandas de
necessidade biológicas é a seleção de um grupo de cinco emoções
(surpresa/alegria; medo; tristeza/melancolia; ira; preocupação) associadas, aos
cinco elementos da natureza, estações do ano, e sistemas orgânicos zàng </span><span face=""Microsoft JhengHei", sans-serif" style="background: white;">脏</span><span style="background: white;"> /fǔ </span><span face=""Microsoft JhengHei", sans-serif" style="background: white;">腑,</span><span face=""Microsoft JhengHei", sans-serif" style="background: white; font-size: 14pt;"> </span><span style="background: white;">segundo a concepção chinesa
(coração/intestino delgado; rim/ bexiga; pulmão/ intestino grosso; fígado/ vesícula
biliar; baço-pâncreas/ estômago).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;">O mesmo poderia ser dito quanto a concepção indiana de
“chakra” e as funções orgânicas, aproximadamente descritas como: reprodutivas,
(Swadhistana </span> <span style="background-color: white;">Chakra) excretoras (Muladhara
Chakra), socioafetivas (Anahata Chakra) e de comunicação (Visuddha Chakra) etc.
mas esse tema merece um análise à parte.</span> </p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white;">Observe-se também que tanto a psicanálise com a acupuntura, e
por extensão a aurículo acupuntura, fundamentam seus recursos de
aperfeiçoamento técnico-científico no que pode ser denominado como metodologia
clínico-qualitativa (</span>Turato)<span style="background: white;">,
ou seja, ambas as técnicas se valem da análise da história clínica
(antecedentes, início, manifestação, intervenção, resultados) mais recentemente
potencializada pela metodologia estatística e metodologias qualitativas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Sendo que a psicanálise recorre a uma etnometodologia de
dados genético-biográficos e a acupuntura recorre à etnologia clássica ou
identificação do contexto etno-histórico da medicina tradicional chinesa.</span> <span style="background-color: white;">Embora ambas tenham em seu horizonte ou marco
teórico a neurociência, a linguística e a antropologia cultural.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>A via de mão dupla</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entre as técnicas que estimulam o
sistema nervoso autônomo, como dito anteriormente, não se pode deixar de
incluir a aurículo acupuntura.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A possibilidade de comunicação
anatômica da estrutura nervosa da orelha externa, tradicionalmente estimulada
na auriculoacupuntura, com os centros vitais do tronco cerebral, onde se
destacam as conexões com o sistema nervoso autônomo, contudo <b>ainda é hipótese</b>, apesar das evidencias
clínicas vindas tanto da auriculoterapia como acupuntura auricular.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white;">No caso da auriculoterapia, de modo distinto da tradição
chinesa, há considerável avanço das correlações com a neurobiologia, iniciada
com a proposta de Paul Nogier (1908-1996) em 1951, pesquisando o reflexo
aurículo cardíaco (RAC), inaugurando auriculoterapia francesa ou medicina
auricular, identificando a correlação (mnemônica ou neuroembriológica) da
imagem do feto na posição invertida intra-útero e o pavilhão da orelha numa
verdadeira </span>cartografia orgânica.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Numa perspectiva histórica, o desenvolvimento dos estudos de
Paul Nogier e fundação da escola Nogier, de certa forma influenciaram o
desenvolvimento da auriculoterapia como da própria acupuntura.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Em 1956 o Dr. Paul Nogier apresentou o cartograma
auricular resultante (já incluindo a relação com a representação do feto
invertido) no Primeiro Congresso da Sociedade Mediterrânea de Acupuntura
(Premier Congrès de la Société Mediterranéenne d'Acupuncture), Marselha,
França, 1956, onde Gerhard Bachmann, MD, editor do Jornal Alemão de Acupuntura
(Deutsche Zeitschrift für Akupunktur ) também participou e publicou a
apresentação do Dr. Paul Nogier, nesse periódico de ampla circulação, inclusive
(e principalmente) na China intitulado (em francês) “A aurícula: pontos
reflexos e áreas” - Bull Société d'Acupunct. 1956:20 (Wirz-Ridolfi)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;">Tal publicação, como dizemos hoje, teve considerável impacto,
influenciando pesquisadores do Japão à China (inicialmente). Entre essas
publicações resultantes pode-se destacar a publicação da Equipe de Pesquisa do
Exército de Nanjing iniciou um ensaio clínico com mais de 2.000 pacientes e
documentou a eficácia do método Nogier. Sendo esta foi a origem do Gráfico de
Acupuntura da Orelha Chinesa que foi e é reconhecido e aprovado pela Organização
Mundial da Saúde - OMS. (Wirz-Ridolfi)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white;">Em 1987 a OMS, adotou a padronização e nomenclatura de 43
pontos da orelha em uma reunião em Seul seguida por outra reunião em Genebra
(1989) e em 1990, em Lyon. O padrão até hoje utilizado inclusive como declarado
em entrevista pelo </span>Raphaël Nogier<span style="background: white;"> – (Lyon, 01/12/2014) (ver site: Escola Nogier)</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Raphaël Nogier, é um médico, filho
de Paul Nogier, pesquisador e escritor, exerce a medicina em Lyon (França). Há
mais de 30 anos trabalhando com auriculoterapia, método de tratamento
desenvolvido pelo Dr. Paul Nogier, denominado por ele de auriculoterapia
clínica.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Essa metodologia segundo ele, e
reforçado pela representante da Escola Nogier no Brasil a fisioterapeuta Dra.
Larissa A. Bachir Polloni que inclusive desenvolve um moderno canal de
divulgação desta tecnologia no youtube, por diversas vezes consultado para esta
revisão. Segundo essa escola a aurículo terapia clínica fundamenta-se, portanto
em três pilares:</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1 Diagnóstico – detecção de
pontos</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">2 Sinal vascular (RAC – Reflexo
Auricular Cardíaco ?)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">3 Frequências de estimulação
(frequência de Nogier) 8 áreas<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O diagnóstico por detecção de
pontos configura-se pela identificação de dois tipos de pontos: (1) Pontos reflexos,
pontos reflexos detectáveis por pressão/ palpação; (2) pontos equivalentes a
complexos neuro-vasculares identificados por detecção elétrica, no Brasil,
desde 2017, está certificado e vem sendo utilizado EL30 Finder</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Assim sendo, verifica-se que a
orelha apresenta pontos que “aparecem” numa condição disfuncional, ou seja,
tornam detectáveis em caso de dor em distintas regiões do corpo ou
perturbação patológica funcional, através da pesquisa (de dor no pavilhão
auricular) por pressão/ palpação ou utilizando detectores elétricos de pontos. Hoje
sabemos que aparecem, na superfície da orelha, áreas com menor resistência
elétrica cutânea, quando há uma presença de distúrbios funcionais, e que essas
áreas têm características embriológicas distintas e respondem a estimulação com
frequências elétricas (Hertz) também distintas (conhecidas frequência de
Nogier) situadas entre padrões entre 5 e 160 hz .Cada ponto da orelha
corresponde à uma parte do corpo específica, ou seja, existe um mapeamento
real, baseado numa somatotopia, como referido (Escola Raphaël Nogier – site e
canal)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Em tese, como descrito por
representantes dessa escola a auriculoterapia francesa, ou auriculoterapia
clínica, tem seus resultados, tal como afirmam os integrantes dessa escola, por
estudar e conhecer... adequadamente a fisiologia do Sistema Nervoso Central e
sabendo executar estes dois métodos de detecção: a detecção de pontos dolorosos
e a detecção de pontos de menor resistência eléctrica cutânea, donde é possível
em primeiro lugar efetuar uma análise precisa da orelha para o diagnóstico, e,
posteriormente escolher adequadamente os estímulos corretos para o tratamento,
estimulando os pontos da orelha seja através de agulhas, cauterização, massagem
ou ondas eletromagnética, (Escola Raphaël Nogier – site e canal)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Conexão autonômica</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">1.Perspectiva anatômica</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p>As conexões do X par craniano ou
Nervo Vago com o pavilhão auricular se realiza pelo ramo auricular do nervo
vago, e anastomoses em nível cervical com gânglio jugular ou superior do vago. Sabemos
também que o Nervo Vago faz conexões com a medula oblonga (sulco entre a oliva
e o pedúnculo cerebelar); Núcleo solitário; Núcleo da asa cinérea (N. dorsal);
Núcleo ambíguo.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estimulações com eletrodos no
hipotálamo conduzidas por Hess W. R. (1954) demostraram que o diencéfalo,
particularmente o hipotálamo, controla e integra a função autonômica. Ele
demonstrou isso eletricamente, estimulando áreas específicas e pequenas do
hipotálamo. Dependendo da área estimulada, a frequência cardíaca, a pressão
arterial e a frequência respiratória do animal aumentavam, como no medo (uma
reação simpática). A estimulação de outro local produziu uma diminuição na frequência
cardíaca, pressão arterial e respiração e um aumento na motilidade
gastrointestinal - uma reação parassimpática. (Shampo et al.)</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O pavilhão auricular além do
Nervo Vago possui conexões com o sistema nervoso simpático - Gânglio cervical
superior (C1 - C4), Nervo occipital menor (C2) e Nervo auricular magno (C2 -
C3) ambos com conexão com o gânglio simpático cervical superior e ainda
anastomoses com nervo acessório,
hipoglosso e frênico além do nervo vago, como referido.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">2. A perspectiva clínica</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma leitura dos pontos de
acupuntura relacionados a estimulação para sedação ou tonificação dos pontos
relacionados ao sistema nervoso autônomo e funções orgânicas controladas por
estes ainda está para ser realizada. As
dificuldades de trabalhar-se diretamente com medidas hipotalâmica podem ser
contornadas por avaliação clínica para redução de sinais e sintomas de controle
autonômico como taquicardia, níveis de tensão arterial, estase gástrica,
constipação, gastroparesia, diarreia noturna, retenção ou incontinência
urinária, impotência sexual incluindo-se naturalmente tristeza, medo e
descontrole de emoções (sintais e sintomas, como se sabe intermediados por
alterações do sistema nervoso autônomo).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É possível inclusive encontrar-se
correlação entre diagnósticos feitos por padrões registrados de variação em
níveis de energia elétrica detectada pelo toposcópio (impedância elétrica -
condutividade elétrica da pele) na superfície do pavilhão auditivo e realizados
através dos métodos de íris diagnóstico e outros sistemas de reflexoterapia
segmentar (mãos, pés, etc.), considerando-se a hipótese que ambos os sistemas
dependem dos níveis de estimulação e regulação dos analisadores do sistema
autonômico.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">3. A perspectiva experimental e
clínica</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Talvez seja a auriculoterapia
francesa quem melhor conduziu estudos que evidencies a perspectiva experimental
e clínica a partir da hipótese das conexões do sistema nervoso e pavilhão
auricular.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo Paul Nogier o lóbulo da
orelha prolonga a cauda da hélice, estas duas regiões auriculares têm origem
ectodérmica e são controlados pelas partes do pavilhão que não são inervadas
nem pelo pneumogástrico nem pelo trigêmeo, são carnudas e não apresentam
nenhuma formação cartilaginosa interna.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Na perspectiva clínica, que inclusive
deu origem a representação do feto invertido, o lóbulo e a cauda da hélice
representavam, por si sós, parte do sistema nervoso central e periférico juntamente
com a região do antítrago associada à funções da região do tronco cerebral.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>A perspectiva clínica da auriculoacupuntura</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma das maiores evidências
clínicas das conexões entre a estimulação do pavilhão auricular e intervenções
no SNA são as indicações e possibilidades terapêuticas das chamadas disfunções
autonômicas ou doenças psicossomáticas diagnosticadas e tratadas a partir dos
mapas adotadas e incorporadas à medicina tradicional chinesa. Como por exemplo
o que aqui ilustra, com 78 pontos, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas
sobre Meridianos e Acupuntura Internacional de Shangai, China ou os
selecionados no “Livro dos Quatro Institutos”</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O “Livro dos Quatro Institutos” refere-se
à utilização da acupuntura na orelha para prevenção e tratamento de doenças e
para anestesia com acupuntura. Na tabela de localização e indicação dos pontos
auriculares utilizados como mais frequência inclui diversos pontos indicados
para doenças neurológicas, nervosas ou psicossomáticas a exemplo de: Constipação,
diarreia; urgência de micção e retenção da urina; Impotência; Enurese; Dores
(efeito analgésico), Cefaleia; Insônia; Asma; Disfagia; Náusea; Vômito;
Gastralgia; Paralisia facial; Zumbido no ouvido; Lombalgia; Hipertensão;
Hipotensão. Observe-se a importância da regulação autonômica para cada uma
destas disfunções</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Importante, porém, é atentarmos
que apesar da semelhança de utilização de pontos e zonas específicas do
pavilhão auditivo é a diferença na interpretação dos resultados obtidos ou na
ótica das hipóteses neurofisiológicas ocidentais, exploradas na auriculoterapia
francesa, ou na ótica da medicina tradicional chinesa (MTC).</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma hipótese e tentativa de
interpretação considerando ambas as perspectivas (chinesa e francesa) foi realizada
por Frank R. Bahr na década de 90 identificando simultaneamente os pontos
relacionados aos órgãos na perspectiva ocidental e um possível trajeto dos
meridianos entre eles (Strittmatter), contudo há poucas publicações sobre seus
resultados clínicos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Machado, destaca que a MTC,
moldada por sua própria “filosofia” ou sistema de crenças da cultura chinesa, e
limitada pelas circunstâncias históricas das ciências naturais, difere em muito
da Medicina Moderna Ocidental, sobretudo na sua concepção da estrutura do corpo
humano. O sistema etnomédico implícito na cultura chinesa desenvolveu uma forma
própria de descrição e intervenções do corpo, não apenas fundamentado na
anatomia e sim em resultados obtidos por seus métodos terapêuticos
próprios. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Entre os métodos terapêuticos
empregados da MTC, como se sabe, estão a fitoterapia e acupuntura. Como foi
visto as técnicas da acupuntura nunca excluíram intervenções sobre o pavilhão
auricular e enquanto uma racionalidade médica, apesar de manter alguns “marcos
teóricos” desenvolvidos ao longo de sua história milenar, a exemplo das
concepções de yin/yang e cinco elementos, não é uma concepção estática, vem
evoluindo continuamente e pode-se afirmar que que vem incorporando as
contribuições da auriculoterapia francesa.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para Weikang, a acupuntura tem
origens na era paleolítica (anterior a 10.000 a.C.) são clássicas as
referências as lascas de pedra para punção «bian shi» e as posteriores agulhas
de pedra «zhen shi», de osso, lascas de bambu e cerâmica, antes das presumidas
agulhas de metal das dinastias Shang e Chou (séculos XVI a VIII a.C. quando se
iniciou a metalurgia), até as primeiras nove agulhas encontradas no tumulo Liu
Sheng, da dinastia Han ocidental, do século II a.C.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Colin A. Ronan, em sua
"História ilustrada da ciência da Universidade de Cambridge",
assinala o período histórico de surgimento/consolidação de algumas das ideias
básicas da ciência chinesa que eventualmente levaram ao desenvolvimento da
técnica da acupuntura, como a concepção de Yin / Yang (<span style="font-family: "MS Gothic";">陰陽</span>) no princípio do século
IV a.C. e a teoria dos Cinco elementos Wu Xing (<span style="font-family: "MS Gothic";">五行</span>), entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen
(Zou Yan), o membro mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe
Hsuan (Xuan). Contudo foge do escopo desse texto monográfico a longa história
de conquistas médicas desse sistema etnomédico chinês (a MTC), com
incontestável evolução e ampla difusão mundial, até a incorporação em muitos
sistemas públicos e atenção médica e vir ser reconhecida como Patrimônio
Cultural Intangível da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura) como aconteceu em 2010. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Para concluir</b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo Machado (o.c.) acupunturista
e biofísico a melhor estratégia, que inclusive vem aperfeiçoando nos seus,
quase, meio século de prática e pesquisa é a utilização de aparelho eletroestimulador
e localizador (tipo os desenvolvidos pela Escola Nogier) com circuito toposcópio
para eletro diagnóstico dos pontos sensíveis ou de frequência específica.
Alterações na sensibilidade a dor e/ou frequências discrepantes ao esperado
para cada região são os elementos do diagnóstico. A estimulação imediata com
agulhas e posteriormente por sementes reforçam o critério diagnostico
estabelecido pela anamnese e exame segundo as regras chinesas do yin/yang e
cinco movimentos, identificando as distintas síndromes e seu tratamento por
estimulação dos meridianos identificados no que alguns denominam acupuntura
sistêmica nesse caso complementado pela acupuntura auricular.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estudos posteriores podem e
deverão ser realizados tanto explorando as possibilidades de experimentação e
análise anatômico fisiológica com os recursos da moderna neurociência (que
abrange a neurobiologia e a neuropsicologia), como através da metodologia
clínica, que deverá incorporar, o sistema de revisões sistemáticas a exemplo dos
trabalhos já publicados pela fundação Cochrane, ou revisão das revisões,
respeitando o limite das dificuldades de interpretação antropológica dos
sistemas etnomédicos e concepções espiritualistas, mítico-religiosas.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 14pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Referências<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Bing Wang. Princípios de medicina interna do Imperador
Amarelo; tradução José Ricardo do Amaral de Souza Cruz; São Paulo: Ícone, 2001</span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US">Blase K,
Vermetten E, Lehrer P, Gevirtz R. Neurophysiological Approach by Self-Control
of Your Stress-Related Autonomic Nervous System with Depression, Stress and
Anxiety Patients. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(7):3329. Published
2021 Mar 24. doi:10.3390/ijerph18073329 </span><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8036915/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8036915/</a></p><p class="MsoNormal">Chan,
Pedro. Do-in auricular, RJ, Record, 1977</p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US">Dulcetti
Jr, Orley. </span>Acupuntura, auricular e aurículoterapia. SP, Parma, 1994</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Eibl -
Eibesfeldt, Irenaus. Etologia, introducion al estudio comparado del
comportamento, Es, Barcelona, Omega, 1974</p><p class="MsoNormal">Eliade, Mircea.Yoga, imortalidade e liberdade. SP: Palas
Athena, 1996</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Engel, Geoger L. Nervosismo e Fadiga. in: Mc BrideC.M.;
Blacklow R.S.. (org.) Sinais e Sintomas. RJ, Guanabara Koogan, 1975</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;">Freud, Sigmund. As
transformações da puberdade (1905) in: Freud, S. Obras completas de Sigmund
Freud (23 v.), V.18. RJ, Imago, 1996</span></p><p class="MsoNormal">Grave, Magali Teresinha Quevedo; Sartori, Vanessa. Avaliação
de crianças nascidas pré-termo a partir dos reflexos neonatais, frequência
respiratória e doenças associadas. Caderno pedagógico, Lajeado, v. 9, n. 2, p.
139-151, 2012 disponível em <span class="MsoHyperlink"><a href="http://www.univates.br/revistas/index.php/cadped/article/view/862">http://www.univates.br/revistas/index.php/cadped/article/view/862</a></span>
Aces. dez. 2021.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Gray,
H. Anatomia, editado por Gross, Charles Mayo. RJ, Guanabara Koogan, 1977</p><p class="MsoNormal">Gori L,
Firenzuoli F. Ear acupuncture in European traditional medicine. Evid Based
Complement Alternat Med. 2007;4(Suppl 1):13-16. doi:10.1093/ecam/nem106 <span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2206232/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2206232/</a></span></p><p class="MsoNormal">Jung, C.G. O segredo da flor do ouro, um livro de vida
chinês. RJ, Vozes, 1992</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lacan, Jacques. A agressividade em psicanálise. <span style="background: white; font-size: 11pt;">p.107-108 in: </span> Lacan, Jacques. Escritos. RJ: Zahar, 1998</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Lin, Jung Do. Apostilas do curso de formação. BA: INACO -
Instituto Nacional de Acupuntura e Cultura Oriental/ UNPAB – União Nacional de
Profissionais de Acupuntura. <span lang="EN-US">1985</span></p><p class="MsoNormal">Kunz,
Kevin; Kunz, Barbara The Complete Guide to Foot Reflexology. Reflexology
Research Project. 1993. https://archive.org/details/completeguidetof00barb Aces
Dez. 2021.</p><p class="MsoNormal">Kovacs, Rene J.H. Medicina auricular na vida diária. SP: Andrei, 1985</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Machado Jurecê. Apontamento de aula. Curso de Especialização
em Acupuntura e Auriculoacupuntura. BA: Escola Clínica de Acupuntura CLIMA, 2003</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Murta, Claudia; Falabretti, Ericson. O autômato: entre o
corpo máquina e o corpo próprio. Nat. hum., São Paulo , v. 17, n. 2, p. 75-92,
2015 . Disponível em <<span class="MsoHyperlink"><a href="http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302015000200004&lng=pt&nrm=iso">http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302015000200004&lng=pt&nrm=iso</a></span>
>. Acesso em 28 jul. 2019.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Nobel Prize Outreach. Ivan Pavlov – Facts. NobelPrize.org.
Nobel Media AB 2019. Fri. 26 Jul 2019. <span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1904/pavlov/facts/">https://www.nobelprize.org/prizes/medicine/1904/pavlov/facts/</a></span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Nogier, Paul M. F. Noções práticas de auriculoterapia. SP:
Editora Andrei, 1988 ISBN: 9788574760414</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Nogier, Paul. Os pontos auriculares eletricamente
detectáveis são também dolorosos? (Edição de Raphaël Nogier) Tradução feita
por: Dra. Larissa A. Bachir Polloni. (Escola Raphaël Nogier de Auriculoterapia
Clínica) <span class="MsoHyperlink"><a href="http://www.escolanogier.com.br/artigo_pontos_auriculares_eletricamente_detectaveis.html">http://www.escolanogier.com.br/artigo_pontos_auriculares_eletricamente_detectaveis.html</a></span>
2015. Acesso, 2021</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Nogier, Raphaël. Escola Raphaël Nogier de Auriculoterapia
Clínica (site)</p><p class="MsoNormal"><span class="MsoHyperlink"><a href="http://www.escolanogier.com.br/">http://www.escolanogier.com.br/</a></span> Acesso janeiro de 2022</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Nogier, Raphaël.
Escola Raphaël Nogier de Auriculoterapia Clínica (canal)</p><p class="MsoNormal"><span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.youtube.com/channel/UCfHPuhvr5u2zXQbqwNVFm-w">https://www.youtube.com/channel/UCfHPuhvr5u2zXQbqwNVFm-w</a></span> Acesso janeiro de 2022</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Nogier, Paul. Os pontos auriculares eletricamente
detectáveis são também dolorosos? (Edição de Raphaël Nogier) Tradução feita
por: Dra. Larissa A. Bachir Polloni. (Escola Raphaël Nogier de Auriculoterapia
Clínica)</p><p class="MsoNormal">
http://www.escolanogier.com.br/artigo_pontos_auriculares_eletricamente_detectaveis.html
15 julho 2015 acesso, 2021<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Porges SW.
The polyvagal theory: new insights into adaptive reactions of the autonomic
nervous system. Cleve Clin J Med. 2009;76 Suppl 2(Suppl 2):S86-S90.
doi:10.3949/ccjm.76.s2.17 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3108032/</p><p class="MsoNormal">Quatro Institutos – Escola de Medicina Tradicional Chinesa
de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de
Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional
Chinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Raspa, Alexander; Belasco Jr., Domingos. Acupuntura
auricular. SP: Bueno Editora, 2018</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Shampo MA,
Kyle RA, Steensma DP. Walter Hess - Nobel Prize for work on the brain. Mayo
Clin Proc. 2011;86(10):E49. doi:10.4065/mcp.2011.0560 <span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3184029/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3184029/</a></span></p><p class="MsoNormal">Strittmatter,
Beate. Ear acupuncture, a precise pocket atlas based of Nogier/Bahr. NY: Thieme,
2011</p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US">Ter Meulen,
B. C., Tavy, D., & Jacobs, B. C. (2009). From Stroboscope to Dream Machine:
A History of Flicker-Induced Hallucinations. </span>European Neurology, 62(5),
316–320. doi:10.1159/000235945</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Testut, L; Latarjet, A. Tratado de anatomia humana 4 vol.Es,
Barcelona - Salvat, 1980</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Turato, Egberto Ribeiro. Tratado da metodologia da pesquisa
clínico-qualitativa: construção teórico epistemológica, discussão comparada e
aplicação nas áreas da saúde e humana. <span lang="EN-US">Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.</span></p><p class="MsoNormal">UNESCO - Culture
» Intangible Heritage – Lists. Acupuncture and moxibustion of traditional
Chinese medicine. <span class="MsoHyperlink"><a href="https://ich.unesco.org/en/RL/acupuncture-and-moxibustion-of-traditional-chinese-medicine-00425">https://ich.unesco.org/en/RL/acupuncture-and-moxibustion-of-traditional-chinese-medicine-00425</a></span>
Aces. Jan. 2021</p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US"> </span>Weikang, Fu. Acupuntura y moxibustion - bosquejo histórico.
Ediciones em lenguas extranjeras, Beijing, China, 1983</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white;">Winkelmann RK. The erogenous zones: their nerve supply
and significance. Mayo Clin Proc 1959;34(2):39-47.
http://www.cirp.org/library/anatomy/winkelmann/</span></p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US"> </span>Wippel, Alvaro. Variante de vagotomia superseletiva,
apresentação de resultados de 4 anos em 124 casos. <span lang="EN-US">Ars Cvrandi, (108-112), 1993</span></p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US"> </span><span lang="EN-US">Wirz-Ridolfi
A. The History of Ear Acupuncture and Ear Cartography: Why Precise Mapping of
Auricular Points Is Important. </span>Med Acupunct. 2019;31(3):145-156.
doi:10.1089/acu.2019.1349 <span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6604909/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6604909/</a></span>
Acesso: dezembro de 2021</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;"> ---------------------------------</span><span style="text-align: center;">xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx</span><i style="text-align: center;">o</i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Notas</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Algumas citações e estudos foram
contribuições do presente autor aos verbetes sobre o tema na Wikipédia (pt.)
sobreviventes à guerra que alguns editores declararam contra o que imaginam ser
a pseudociência. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Originalmente esse texto deveria
ser citado como:</b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Costa, Paulo Pedro P. R. Aurículo
acupuntura, sistema nervoso autônomo, sistema nervoso central. In: Costa, Paulo Pedro P. R. O "mar de
dentro" um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema
etnomédico chinês. Anexo da monografia de especialização em acupuntura. Orientador:
Jurecê Jorge Machado. Clínica Escola Científica de Acupuntura - CLIMA / ABA
Associação Brasileira de Acupuntura – Seção da Bahia. Salvador, fevereiro de 2003.</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mapa de acupuntura auricular –
Auriculoterapia /<br />Instituto Shangai foto: CostaPPPR<br /><a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:EarModelDSC_7928.jpg">https://commons.wikimedia.org/wiki/File:EarModelDSC_7928.jpg</a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>o</i>xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx---------------------------------</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p><b>VER TAMBÉM</b></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><b>O Sistema Etnomédico Chinês</b><br /><a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html</a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Cérebro</b> <span style="font-family: "MS Gothic";">腦</span>, <b>o mar de dentro</b> <span style="font-family: MS Gothic;">髓海<br /></span><a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2014/03/cerebro-o-mar-de-dentro.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2014/03/cerebro-o-mar-de-dentro.html</a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />Disponível em PDF em:<br /><a href="https://pt.scribd.com/document/558252977/NeurobiologiaAuriculoacupuntura">https://pt.scribd.com/document/558252977/NeurobiologiaAuriculoacupuntura</a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"></span></p><div style="text-align: center;"><span style="font-size: 12pt;">---------------------------------xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx<i>o</i></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-2369883732064481942021-11-04T14:48:00.032-07:002021-11-05T23:26:50.714-07:00A energia psíquica, em um ponto de vista quase chinês.<p></p><div style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-acXRHuUGQTY/YYYf8GcJMtI/AAAAAAAAPGo/SY6dd0yU6EUyvB5sHxncfafZTVngfOmHgCLcBGAsYHQ/s598/calcinha3IdeogramaJing.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="598" data-original-width="580" src="https://1.bp.blogspot.com/-acXRHuUGQTY/YYYf8GcJMtI/AAAAAAAAPGo/SY6dd0yU6EUyvB5sHxncfafZTVngfOmHgCLcBGAsYHQ/s16000/calcinha3IdeogramaJing.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; text-align: justify;">aspectos qualitativos e quantitativos da libido (energia)</span></div><p></p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Esse texto parte do princípio de que “tudo que a cultura possui se
expressa através da língua; e esta é em si mesma um produto cultural”, sem
resolver esse paradoxo analisamos a concepção de </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Chi </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">– energia
(?) enquanto elemento fundamental do sistema etnomédico chinês, que explica e
permite intervenções sobre diversas condições psíquicas e neurofisiológicas. É
um texto que faz parte de um conjunto de ensaios da tese ou proposição de que a
acupuntura chinesa, engendra em si, uma teoria que explica o que compreendemos
como o órgão cérebro, para os chineses “mar de medula”, e possibilita a
intervenção em diversas patologias e manifestações clínicas do sistema nervoso
tais como dor, depressão e outras doenças mentais, doenças psicossomáticas e
neurológicas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Observe-se, como ressalta Jung, que não se
trata de uma comparação de conceitos, parafraseando Lovejoy, em “A concept of
primitive philosophy” [um conceito de filosofia primitiva], citado no seu livro
“A energia psíquica”: o que entendemos por “conceito” - uma idéia nascida
naturalmente de nossa própria mentalidade – é para o “primitivo” um fenômeno
psíquico, que é percebido em íntima ligação com o objeto, não podendo ser
considerados ideias abstratas nem mesmo conceitos concretos simples, mas
tão-somente representações. Não havendo, portanto, uma idéia abstrata entre os
primitivos, nem mesmo conceitos concretos simples, mas tão-somente
representações. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Segundo os citados autores na linguagem dita “primitiva”
só se indica o fato da relação e da experiência que ela provoca, o que não quer
dizer entretanto que nesse pensamento em estado “selvagem” não há uma
elaboração abstrata, enquanto faculdade mental, e/ou um reflexão sobre suas
próprias crenças. Para Levi-Strauss, o criador da antropologia estrutural,
teoria onde o estudo da linguagem é uma fonte privilegiada para conhecimento de
uma cultura, os textos escritos ou conjuntos de narrativas, elaborados por cada
etnia, corresponderia a um "documento bruto” o que segundo ele equivale a
uma etnografia, elaborada por representantes da própria etnia. No caso do
sistema etnomédico chinês contamos principalmente com “o livro do Imperador
Amarelo”, extraído e compilado das tradições orais na dinastia Han (200 a.C. a
200 de nossa era).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Antes de nos determos na concepção chinesa
sobre a energia </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Chi </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">, sobretudo sobre sua forma de essência ancestral
ou pré natal, relacionada ao meridiano do rim e ao cérebro, como veremos, vale
destacar a, no mínimo intrigante, coincidência com o conceito de libido. Segundo
o dicionário de psicanálise de Roudinesco: Libido é um termo latino (vontade, desejo),
inicialmente utilizado pelos fundadores da sexologia para designar uma energia
própria do instinto sexual, retomado por Sigmund Freud numa acepção
inteiramente distinta, inclusive da a antiga terminologia filosófica, baseada
no Eros (amor) platônico, da qual, ainda segundo Roudinesco,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>foram conservados apenas um adjetivo —
erógeno —, para designar uma zona do corpo ou uma atividade ligada à excitação
sexual.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Coube a C.G. Jung a proposição do conceito de
energia, embora também utilize o termo "libido", segundo ele apesar
de não ser ideal, sob certos aspectos, mas por razões de justiça histórica à
proposição de Freud, com seu ponto de partida que era o da sexualidade e "instinto"
("instinto do eu") e "energia psíquica", uma força
instintiva que não deve ser confundida como um retorno a uma espécie concepção
vitalista. Segundo Jung e também Freud, lidamos com fenômenos físicos, que
podem ser considerados sob dois pontos de vista distintos, a saber: do ponto de
vista mecanicista e do ponto de vista energético, a energia psíquica pode ser
compreendida no seu aspecto quantitativo como qualitativo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Para Jung, tal como explica na introdução do
seu livro “A energia psíquica” a concepção mecanicista é meramente causal, e
compreende o fenômeno como sendo o efeito resultante de uma causa, no sentido
de que as substâncias imutáveis alteram as relações de umas para com as outras
segundo determinadas leis fixas e a consideração energética é essencialmente de
caráter finalista, e entende os fenômenos, partindo do efeito para a causa. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Na concepção freudiana, tal como enunciado no
seu projeto de uma psicologia para neurologistas tais dimensões corresponderiam
aos aspectos quantitativos (Q - imediatamente mensuráveis em termos de carga e
descarga, elétrica segundo Pribran) e qualitativos correspondente nossa psique
e transformações simbólicas da libido. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-BPywgdTG_H8/YYTs06a5x1I/AAAAAAAAPGQ/PJ0Ak7QKrqExLSFKbkTYulMKlex9PJ1yACLcBGAsYHQ/s550/ProjetQualiQuantaBlog.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="550" src="https://1.bp.blogspot.com/-BPywgdTG_H8/YYTs06a5x1I/AAAAAAAAPGQ/PJ0Ak7QKrqExLSFKbkTYulMKlex9PJ1yACLcBGAsYHQ/s16000/ProjetQualiQuantaBlog.jpg" /></a></div><span style="background-color: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">O esquema gráfico acima apresentado resume a concepção
freudiana das relações entre a energia psíquica e os processos elétricos e
neuroquímicos cerebrais inter-relacionados, como se fosse o que modernamente
compreendemos como um sistema operacional (software) ou interface amigável para
controle do processos elétricos da máquina (hardware). Freud escolheu a
metáfora de “aparelho psíquico” enquanto analogia aos telescópios e
microscópios, utilizados para examinar e compreender fenômenos de outra
dimensão, micro ou macro cósmica, uma analogia, nesse caso, sobre a relação da
psique com o sistema nervoso e demandas orgânico-corporais.</span></div></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">As questões sobre pseudociência e/ou a cientificidade da
psicanálise, sem dúvida decorrem das limitações da metodologia experimental
para aplicação nas suas principais hipóteses. Por questões, sobretudo éticas, é
praticamente impossível estabelecer uma pesquisa com a metodologia de caso –
controle e ou duplo cego, muito menos desenhos experimentais com variáveis
dependentes e intervenientes.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Para Turato pode deve-se utilizar
paralelamente, além dos recursos dos testes e estatística já consolidados pela
psicologia clínica, a metodologia qualitativa das ciência humanas como recurso
a confirmação independente dos achados clínicos, estimulando o debate
substantivo sobre as evidências de notórios pontos de vista. Retomando, de
certo modo a proposição do próprio Freud de recorrer à antropologia, à arte (ou
estética) e à teoria literária e linguística como fundamentação. Um recurso
também utilizado por Jacques Lacan ao aproximar a psicanálise da antropologia
estrutural de Claude Lévi-Strauss e linguística de Ferdinand Saussure. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Antropologia
médica<o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Interessante observarmos que a acupuntura e a medicina
tradicional chinesa (MTC) no ocidente e também em alguns momentos (e setores)
na própria China já sofreu a pecha de pseudociência. Tal como escrevi na
wikipédia, uma das grandes disseminadoras da identificação dessa prática como
uma forma de pseudociência, esta proposição provém do desenvolvimento da
medicina baseada em evidências ao que se somou, no Brasil, o movimento jurídico-político conhecido como” ato médico”. Tal rotulação como dito na wikipédia, advém dos estudos intensificados a
partir da década de 90 publicados pela Organização Cochrane e especialmente de
estudos desenvolvidos pelo médico e pesquisador, especializado em combater as medicinas
alternativas, Edzard Ernst, referendados por um grupo de pesquisadores
ingleses, inclusive da tradicional (fundada em 1869) revista Nature.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Observe-se porém que em termos de história e
metodologia científica a MTC e acupuntura seguiu um caminho inverso,
incialmente descrita por religiosos (jesuítas) e viajantes e paulatinamente
aproximando-se da metodologia clínica. Mais recentemente com recursos da
antropologia, saúde pública e finalmente com diversas hipóteses e desenhos
experimentais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Para Laplantine, o autor de Antropologia da
doença e saúde, a aplicação da antropologia à medicina, estuda a percepção e
resposta de um grupo social à patologia; elabora e analisa modelos etiológicos
e terapêuticos. Um modelo é: uma construção teórica, caráter operatório
(hipótese) e também uma construção metacultural ou seja que visa fazer surgir e
analisar as formas elementares da “concepção” da doença e da cura - sua
estrutura seus invariantes tornando-o comparável a outros sistemas (Laplantine,
1991)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">O trabalho de construir modelos operatórios,
que não substituem a realidade empírica, ajuda a pensá-la e põe em evidência o
que ela não diz. É curioso como alguns autores insistem na pesquisa da anatomia
dos canais e pontos de acupuntura, ou medidas biofísicas do Chi, não que estas
não sejam possíveis, mas ignorando completamente o fato de lidarmos com um
modelo, metafórico, abstrato, um “documento etnográfico bruto” consolidado por
uma tradição empírica ou milhares de anos de tentativas erro e acerto. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Analisando os diversos sistemas terapêuticos
com que convivemos no mundo atual, Laplantine identifica na Acupuntura um
modelo etiológico do tipo Exógeno/Endógeno comparável à Endocrinologia,
Neuropsiquiatria e um modelo terapêutico distinto da alopatia e homeopatia,
classificado num grupo tipo Sedativo/ Excitativo comparável à medicina
experimental / Fisiologia Médica (utilizou como exemplo a regulação de função
no rim artificial) e proposições terapêuticas da imunologia, "Treinamento
Autógeno" de Schultz e Bioenergética de W. Reich (Laplantine, 1991)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Segundo o médico e professor de acupuntura da
Universidade de Granada (Es), José Luis Padilla Corral ao
estudarmos a Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a consideraremos, como ele, uma Medicina
Tradicional Oriental (MTO), face a sua ampla difusão asiática com
datação incerta (entre 5.000 e 2500 anos) e considerando que não é exatamente uma medicina. Na
sua origem é uma tradição de costumes e conceitos referentes à relação do homem
com seu universo. É praticamente um consenso que os conceitos médicos foram
compilados pelo lendário “imperador Amarelo” Huang Di da dinastia Han (206 a.C.
– 220 d.C) na obra hoje conhecida como Nei Jing (</span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">内經</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">) - "O Livro do Imperador Amarelo".
Essa obra é considerada um dos clássicos fundamentais da medicina tradicional
chinesa. (Padilla Corral; Needham, Gwei-Djen; White, Ernst) <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Anotações sobre o </span></b><b><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span></b><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Jīng, a essência<o:p></o:p></span></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">O
ideograma Jing </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">é um
dos conceitos fundamentais para compreensão da acupuntura do ponto de vista
energético ou finalístico, ou seja tenta-se entende-lo como causa de um
fenômeno ou manifestações de demanda de tonificação ou sedação da energia Yin
ou Yang. A tonificação e sedação, como se sabe, são procedimentos técnicos da
acupuntura e/ou características de produtos farmacológicos, aplicados à
reversão ou prevenção de condições clínicas ou doenças.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Utilizando-se os métodos de
“diagnósticos” da MTC identificam-se síndromes de deficiência (xū </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">虛</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">)
e excesso, (shí </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">實</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">) de Chi (Qi) para as quais
utiliza-se os recursos da tonificação e sedação para restaurar o estado de
equilíbrio. Yin / Yang são os dois princípios básicos para classificar e
intervir dos diversos fenômenos corporais, sejam fisiológicos ou patológicos na
concepção ocidental. Observe-se que nessa perspectiva lidamos com um modelo
(hidráulico) <b>“quantitativo”</b>. São
comuns as metáforas que descrevem os canais ou meridianos como regatos, rios e
mares. Contudo são mais complexos os “conceitos” e narrativas voltadas para
descrever os aspectos <b>“qualitativos”</b>
dessa energia <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Além do </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Nei Jing (</span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">内經</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">) a “teoria” da acupuntura herdou do Taoísmo (Tao
Te Ching, cap. 67) a concepção </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">de três tesouros </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">三寶</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(SānBǎo) que adaptados à
prática “médica” são os nosso conhecidos Jing </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">: a
essência, a herança dos pais; o Qi </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">: a </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">vitalidade, energia,
(parcimônia/ suficiência) e o Shen </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">"
espírito; alma, consciência (humildade/ contato com a divindade). A natureza, o bem estar e a adaptação do
indivíduo ou o processo saúde doença, depende da relação entre esses elementos.
<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em algumas traduções a mente
(psique) é descrita como JīngShén </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">.
Observe-se como uma narrativa “médica” voltada para aplicações terapêuticas
teve sua origem em um texto clássico chinês tradicionalmente creditado ao
sábio Lao Tsé pelo menos 4 séculos antes da compilação do “Livro do Imperador
Amarelo)<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Na concepção “médico /
terapêutica” da MTC o </span></span><b style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span></b><b style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span></b><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Jing é o princípio essencial, a essência da vida.
Constitui-se na substância pura fundamental, a base material com a qual é
construída a estrutura física do corpo e montam suas diversas atividades
funcionais. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">A Essência </span><b style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span></b><b style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">
</span></b><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">(Jīng) é formada por duas partes: a inicial </span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">先</span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (</span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">先天之<b>精</b></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> –
Xian Tian Zhi Jing), pré-natal também chamada </span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">原</span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">yuán chi (qì) e a posterior </span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">后</span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(</span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">后天之<b>精</b></span><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> –
Hou Tian Zhi Jing), pós-natal ou zòng qì a essência congênita propriamente dita
(energia cromossômica), também traduzida por essência adquirida.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O ideograma Jing </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
está presente nas designações de <span style="background: white;">esperma </span></span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精子</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jīngzǐ (</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">子</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Zi Filho) e </span><span lang="EN-US" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精液</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Jīngyè - Sêmem) </span><span lang="EN-US" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">液</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Yè Líquido). É como se fosse inevitável associar a energia
psíquica ou bioenergia à libido e demandas de reprodução dos seres vivos.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Analisando o ideograma Tiān </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">天</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(t'ien / céu), princípio cósmico imaterial, quando associado ao </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jīng
– designa a energia ancestral que se conserva no meridiano dos rins ou campo de
cinábrio inferior nas concepções da alquimia taoísta e/ou às regiões
“anatômicas” dos campos de transformação da energia os 3 (san) jiao: shang Jiao
(alto - suspender); zhong Jiao (meio) e
Xia Jiao (baixo inferior). Em muitos textos sobretudo posteriores ao
Neijing, exclusivamente, Taoístas ou Budistas predomina a interpretação dessas
joias ou tesouros como qualidades morais ou vitudes, tal como visto acima. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">
</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">O diagrama que aqui segue, mostra
a relação ente o Shen </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(shén), o </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">
</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jing
e órgãos responsáveis pela assimilação e distribuição da energia </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Qi (Chi) do ar e alimentos,
onde: Tien (Tiān </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">天</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">) </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">o princípio cósmico
imaterial é equivalente ao Shen e ao Jing sem distinguir o inicial (</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">先天之<b>精</b></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> –
Xian Tian Zhi Jing) do posterior (</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">后天之<b>精</b></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> – Hou Tian Zhi Jing) representando a energia ancestral
que se conserva, como dito, no meridiano dos rins ou campo de cinábrio inferior
nas concepções da alquimia taoísta. A relação entre esses dois princípios ou
momentos é feita no que constitui o Chi </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> - “a raiz do homem”.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7CjA9FK3E5A/YYRWWPzUBzI/AAAAAAAAPGA/ld-zyukjlZIS1NW74EFjUWYCBwgIu-V0QCLcBGAsYHQ/s590/diagramaJing.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="526" data-original-width="590" src="https://1.bp.blogspot.com/-7CjA9FK3E5A/YYRWWPzUBzI/AAAAAAAAPGA/ld-zyukjlZIS1NW74EFjUWYCBwgIu-V0QCLcBGAsYHQ/s16000/diagramaJing.jpg" /></a></span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;"><br />O Chi (Qi) circula em um
fluxo interno, transforma a essência do alento e a energia espiritual (shen).
Atravessa os campos de transformação da energia dos alimentos e da respiração nos
3 (san) jiao conforme a Doutrina Médica Chinesa, segundo o Huangdi Neijing
obedecendo as leis as leis do Yin/Yang e
dos 5 elementos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Como referido a psique é à
vezes descrita como JīngShén </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">. Numa
concepção ampla a expressão Shen (às vezes traduzido por espírito e às vezes
por sentimento) designa a manifestação exterior da vitalidade do corpo (a
totalidade da psique) e em um sentido estrito representa a consciência que
comanda o Coração e atividade mental. Ao
Jing corresponde o órgão, funções do rim que governa a medula e o cérebro (mar
de medula). Na acupuntura e de certo modo no oriente, seria o que os indianos
conhecem como "karma" e nós como determinação genética (de certo modo
genoma). O Qi, na acupuntura assume muitas formas ou significados condizentes
com a função que exerce em cada momento, circulando nos meridianos e/ou
associado as funções nutritivas e defensivas: </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">正氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(zhèng-qì / vital chi); </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">衛氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(wèi-qì
/ chi defensivo); </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">營</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> (</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">jing qi / chi nutritivo)<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">O capítulo 1, do Su Wen,
mostra claramente a importância do rim. (“Medula” ou “Emanação renal”) no
crescimento, desenvolvimento, reprodução e envelhecimento e demarca cada
período do ciclo vital em sete anos para mulher e oito para o homem. Observe-se
que esta é um outro aspecto da energia compreendida na MTC como uma espécie de
energia potencial e no ocidente como a programação genética (redução telomérica?)
que explica o envelhecimento. Essa descrição pode ser resumida da seguinte
forma:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">-
Infância (sete e oito anos); a emanação renal é abundante; a dentição muda e os
cabelos se alongam; mudanças na pele e pelo; adolescência (14 e 16 anos); a
emanação renal flui (ren mai) e floresce (chong mai); início da menstruação;
início da emissão seminal; amadurecimento das funções sexuais e reprodutoras.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">-
21 e 24 anos; a emanação renal está parada; desenvolvimento dos últimos dentes;
no homem, os músculos são potentes e os ossos vigorosos;<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">-
28 e 32 anos; na mulher os músculos e ossos estão consolidados, os cabelos
atingem seu maior tamanho e o corpo em pleno vigor; no homem os músculos estão
salientes, as carnes viçosas e vigorosas.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">35
e 40 anos: na mulher, o canal yang ming declina, o rosto começa a murchar e os
cabelos a cair; no homem a respiração do rim enfraquece os cabelos os dentes
começam a cair.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">-
42 e 48 anos: na mulher, os três canais shou yang declinam, todo o rosto
resseca-se e os cabelos começam a “esbranquiçar”; no homem, o yang na região
superior está esgotado. O rosto se resseca e as têmporas ficam grisalhas.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">-
49 e 56 anos: na mulher, o qi do Vaso Concepção declina, o qi do chong mai
começa a enfraquecer e escassear, a energia sexual inicia a exaustão e a
menstruação para, então seu corpo começa a envelhecer e ela não pode mais
engravidar; no homem, a energia sexual começa a declinar, sêmen começa a
escassear e os rins ficam fracos e todas as partes do corpo começam a
envelhecer;<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Aos
64 anos, no homem, os dentes e cabelos caem.<o:p></o:p></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">A energia psiquica</span></b><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Quanto ao enigmático Shen </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">神</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">"<i>O shen não pode ser escutado com o ouvido, o olho deve ser brilhante de
percepção e o coração deve ser aberto e atento para que o espírito se revele
subitamente através da própria consciência de cada um. Não se pode exprimir
pela boca; só o coração sabe exprimir tudo quanto pode ser observado. Se presta
muita atenção, pode-se ficar a saber subitamente, mas também pode-se perder de
repente esse saber. Mas shen, o espírito, torna-se claro par o homem como se o
vento tivesse varrido as nuvens. Por isso se fala dele como do espírito.</i>" Nei Ching<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Apesar da distinção entre
mito e ciência feita pela antropologia estrutural, que identifica a ciência como
construída a partir da observação e a mitologia pela introspeção (Levi Strauss
- Pensamento Selvagem), nesse caso, não há discordância quanto a importância da
observação. Na medicina tradicional chinesa descrita no Nei Ching, o livro do
imperador amarelo, encontra-se esse interessante reforço à descrição de método
para "observar-se" e conhecer a mente ou shèn o espírito que comanda
o hsing / corpo (</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">形</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">xíng
- forma) como pose ser constatado no parágrafo acima transcrito do Nei Ching,
livro do imperador amarelo utilizado durante a dinastia Tang (</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">唐朝</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">), 618-906.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Alguns autores descrevem a
mente como </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">心</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Xīn (sentimento) ou XīnShén </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">心神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> (mente) </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">talvez
herdado ou contagiado pela concepção grega (e talvez universal) de ser o
coração o órgão responsável pelos sentimentos e identificam o espírito Shén </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
como o responsável pela percepção e consciência. Contudo a concepção de
JīngShén </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精神</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> nos remete a uma concepção mais ampla
da totalidade da psique tal como compreendida por Sigmund Freud, integrando o “inconsciente”
(id) à linguagem e às demandas instintivas das funções corporais. Em suas
palavras...” o ego é, primeiro e acima de tudo, um ego corporal; não é
simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a projeção de uma
superfície.” (Freud, 1923). Por isso, é preciso apreendê-lo como uma projeção
mental da superfície do corpo. <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nesse sistema etnomédico
cujo referencial básico é o NeiChing ou livro do imperador amarelo o coração,
fígado e rim têm maior importância; O Coração é o mestre dos cinco órgãos Zang e
das cinco vísceras Fu; o fígado dirige a regulação dos sentimentos e os Rins
encerram o Jing que é a base material e ancestral de tudo. As emoções e/ou os
padrões de desarmonia também estão previstas, o que em linhas gerais pode ser
descrito como:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- O Coração encerra o </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">神</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Shèn e governa a alegria<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- O Pulmão encerra o </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">魄</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Pò e governa a tristeza<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- O Baço-pâncreas encerra o </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">意</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Yì e governa a reflexão<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- O Fígado encerra o </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">魂</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Hún e governa a raiva <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">- O Rim encerra o </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">志</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Zhì e governa o medo <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Alguns autores como </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Zhang.e
Chi, </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Martins
Zafarini Neto enfatizam a possibilidade de interpretação das concepções da MTC
à luz da psicanálise. O dois primeiros ressaltam que muito trabalho ainda precisa ser feito, na construção de um paradigma metodológico, para um diálogo mais amplo entre a
MTC e a psicoterapia psicanalítica. Análoga possivelmente a uma espécie de “Acupuntura
Falada” utilizando o poder da palavra como recurso de estimulação e inibição (Reinforcing
and Reducing). A psicoterapia, segundo eles, em seu sentido restrito pode ser
vista como a solidificação do qi defensivo wèi-qì </span><span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">卫</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">气</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">, como
uma categoria de apoio mais ampla, onde seu antagonismo e unificação coexistem
em tensões dialéticas e dinâmicas próprias da psique.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Os autores Martins Zafarini
Neto que também propõe uma aproximação /interpretação psicanalítica das MTC,
como referido, destacam que no Nei Jing, a palavra shèn é utilizada com vários
significados diferentes. Os dois principais que interessam ao tratamento das
doenças mentais são: 1. Shen indicando a atividade do pensamento, consciência,
autoidentidade, insight e memória, tal como Soulié de
Morant, o interpreta; e 2. O Shèn que abrange o complexo de todos os cinco
aspectos mentais e espirituais de um ser humano, isto é, a mente propriamente
dita: o coração (shèn), a alma etérea (hun) o fígado, a alma corpórea (po) do
pulmão, o intelecto (yi) do baço e a força de vontade (zhi) do rim.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">É terrível que muitos
detratores da acupuntura, supostamente baseados na comparação aos conceitos da
anatomia e fisiologia experimental ocidental, continuem a tentar reduzir meridianos
e energia aos componentes orgânicos (fígado, pulmão baço- pâncreas, rim etc.) e
medidas físicas, classificando a MTC como uma pseudociência, (sabe Deus com
quais intenções?) ignorando as contribuições da antropologia médica que não só possibilitariam desenvolver um método
de pesquisa eficiente, como permitem uma
compreensão mais exata dos procedimentos e intervenções da acupuntura e MTC enquanto
uma pratica humana e biopsicossocial e, porque não dizer, espiritual?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><b><span style="font-family: inherit; line-height: 107%;"><span style="font-size: medium;">Principais
ideogramas incluídos no texto</span><o:p style="font-size: 12pt;"></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jing </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">essência; </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Chi ou Qi / vitalidade,
energia; </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">神</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Shén
espírito;<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">正氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(zhèng-qì / vital chi); </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">衛氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (wèi-qì / chi defensivo); </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">營</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">氣</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(jing qi / chi nutritivo)<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 17.12px; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial; text-align: left;">精子 (j</span></span></span><span style="background-color: white; font-size: 16px; text-align: left;">īngzǐ /</span><span style="background-color: white; font-size: 16px; text-align: left;">esperma</span><span style="background: white; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; text-align: left;">); </span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial; text-align: left;">子</span><span lang="EN-US" style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; text-align: left;"> </span><span style="background: white; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; text-align: left;">Zi Filho; </span><span lang="EN-US" style="background: white; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial; text-align: left;">精液</span><span style="background: white; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 17.12px; text-align: left;"> (Jīngyè - Sêmem) 陰道 (yindào /vagina)</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">精神</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">JīngShén
/ Psique; </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">虛</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">xū / deficiência; </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">實</span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">shí /
excesso.<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; font-size: large; line-height: 107%;">Referências</span></b></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Bezerra, Benilton. Projeto para uma psicologia científica.
RJ: Civilização Brasileira, 2013<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Bichen, Zhao. Tratado de Alquimia y Medicina Taoísta. Es: Miraguano
ediciones, 2011 ISBN 10: 8478133755ISBN 13: 9788478133758<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Bing Wang. Livro Princípios de Medicina Interna do Imperador
Amarelo (Dinastia Tang) SP: Ícone, 2001<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Cheung, H., Doughty, H., Hinsley, A., Hsu, E., Lee, T.
M., Milner</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Cambria Math";">‐</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Gulland,
E. J., … Biggs, D. (2020). Understanding Traditional Chinese Medicine to strengthen
conservation outcomes. People and Nature. doi:10.1002/pan3.10166 <a href="https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/pan3.10166">https://besjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/pan3.10166</a><span class="MsoHyperlink"><o:p></o:p></span></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Corral, José Luis Padilla. Fundamentos da medicina tradicional oriental. SP: Roca, 2006</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt;">Freud, Sigmund. Projeto para uma Psicologia Científica (1950
[1895]). In Obras psicológicas completas de Sigmund Freud, Vol.1. Rio de
Janeiro: Imago, 1996</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Freud, Sigmund. O Ego e o ID e Outros Trabalhos (1923) -
Coleção Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud - Vol. 19. Ed. Imago,
1996<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Jung, Carl Gustav. A energia psíquica. RJ: Vozes, 2013<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Knobel, Marcelo Ciência e pseudociência - Sociedade
Brasileira de Física. Física na Escola, v. 9, n. 1, 2008 p 6-9 <a href="https://www.yumpu.com/s/FZzfdC8jdPfN3hRb">https://www.yumpu.com/s/FZzfdC8jdPfN3hRb</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">LaoZi. Dao De Jing. (tradução Giorgio Sinedino). SP:
UNESP, 2016<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Hornsby PJ. Telomerase and the aging process. Exp Gerontol.
2007;42(7):575-581. doi:10.1016/j.exger.2007.03.007 <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1933587/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1933587/</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Laplantine, F. Antropologia da Doença. SP, Martins
Fontes, 1991<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Levi-Strauss, Claude A Noção de Estrutura em Etnologia.
São Paulo Abril-Cultura (Os Pensadores vol 50-1a Ed) 1976 a<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Levi-Strauss, C. O Pensamento Selvagem São Paulo,
Companhia Ed Nacional, 1976 b<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Lovejoy Arthur O.
(1873-1962) </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">A concept of primitive philosophy. Apud: Jung,
2013<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Maciocia, Giovanni. Shen and Hun: The Psyche in Chinese
Medicine. <a href="https://giovanni-maciocia.com/shen-and-hun-psyche-in-chinese-medicine/">https://giovanni-maciocia.com/shen-and-hun-psyche-in-chinese-medicine/</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Martins, Ednéa rara Souza; Zaffarani Neto, Vicente. A
histeria de Katharina de Freud tratada com acupuntura. São Paulo: Roca, 2010<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Matoso Camara Jr., J. Introdução à línguas indígenas
brasileiras. RJ, Museu Nacional, 1965<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Needham, Joseph; Gwei-Djen, Lu. Celestial
Lancets: A History and Rationale of Acupuncture and Moxa. London, Cambridge
University Press, 1980 <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Newly compiled Chinese-English Chinese Medicine
Classification Dictionary (Second Edition) <a href="https://books.google.com.br/books?id=cQ0pEAAAQBAJ&lpg=PA1&hl=pt-BR&pg=PA1#v=onepage&q&f=false">https://books.google.com.br/books?id=cQ0pEAAAQBAJ&lpg=PA1&hl=pt-BR&pg=PA1#v=onepage&q&f=false</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">New World Encyclopedia. Jing Qi Shen. (2018,
May 26). Retrieved 18:15, November 3, 2021 from </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><a href="https://www.newworldencyclopedia.org/p/index.php?title=Jing_Qi_Shen&oldid=1011848"><span style="background: white; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">https://www.newworldencyclopedia.org/p/index.php?title=Jing_Qi_Shen&oldid=1011848</span></a></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">Portal Educação. Acupuntura: O Jing <a href="https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina-alternativa/acupuntura-o-jing/19547">https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina-alternativa/acupuntura-o-jing/19547</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Pribran, Karl; Gill, Merton. O projeto de Freud, um exame
crítico. SP: Cultrix, 1979<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Roudinesco, Elisabeth; Plon, Michel. Dicionário de
psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background-color: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt;">Simanke, Richard Theisen e Caropreso, FátimaA metáfora
psicológica de Sigmund Freud: neurologia, psicologia e metapsicologia na
fundamentação da psicanálise. Scientiae Studia [online]. 2011, v. 9, n. 1
[Acessado 3 Novembro 2021] , pp. 51-78. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1678-31662011000100004>. Epub 29 Ago 2011. ISSN
2316-8994.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Turato, Egberto Ribeiro. Tratado da metodologia da pesquisa
clínico- qualitativa: construção teórico epistemológica, discussão comparada e
aplicação nas áreas da saúde e humana. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Zhang, P.; Chi, X. (2013). Reinforcing and Reducing: Dialogue
between Traditional Chinese Medicine and Psychoanalytic Psychotherapy.
International Journal of Applied Psychoanalytic Studies, 10(4), 361–367.
doi:10.1002/aps.1358<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Wan X, Liu JP, Ai YK, Li LJ. [Cultural anthropology of
traditional Chinese medicine]. Zhong Xi Yi Jie He Xue Bao. 2008 Jul;6(7):674-7.
Chinese. doi: 10.3736/jcim20080703. PMID: 18601846. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18601846/<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">White, A.; Ernst, E. A brief history of acupuncture,
Rheumatology, Volume 43, Issue 5, May 2004, Pages 662–663, <a href="https://doi.org/10.1093/rheumatology/keg005">https://doi.org/10.1093/rheumatology/keg005</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%;">
</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Wikipedia. História da acupuntura, Pseudociência </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_acupuntura#Pseudoci%C3%AAncia"><span style="background: white; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_acupuntura#Pseudoci%C3%AAncia</span></a></span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"> Acesso 29 de outubro de 2019<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: medium; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"><b>Ilustrações</b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: medium; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #050505; text-align: left; white-space: pre-wrap;">Ideograma 陰道 (yīn dào)
陰 Yiīn: cloudy; overcast · dark · hidden; secret · negative · the Moon · shade; shadow · (philosophy) "female" principle; yin in yin-yang
道 Dào: Road, Way
Propaganda lingerie -Lojas Renner
Diagrama de espermatozoide / Sperm diagram
</span><span style="color: #050505; text-align: left; white-space: pre-wrap;"><a href="https://pt.dreamstime.com/sperm-spermatozoide-vetor-de-fundo-image156375242">https://pt.dreamstime.com/sperm-spermatozoide-vetor-de-fundo-image156375242</a></span></span><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="color: #050505; font-size: 12px; text-align: left; white-space: pre-wrap;">
</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: medium; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";">Diagrama do Aparelho Psíquico - Sigmund Freud (1923) sobre anotações do "Projeto de uma psicologia para neurologistas" Sigmund Freud <span style="color: black; font-size: 16px; text-align: left;">(1950 [1895])</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div style="text-align: left;">Diagrama da relação <span style="font-size: 16px; text-align: justify;">Jīng /Chi /Shén - Costa, Paulo Pedro P. R. O Mar de dentro Monografia especialização na Clínica Escola CLIMA orient. Jurecê J. Machado, 2001</span></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "MS Gothic";"><br /></span></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-67477908985568183292021-10-04T02:07:00.008-07:002021-10-05T05:27:51.379-07:00Quatro ou cinco elementos<p> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-PXjkvQ1Zjqw/YVrB6sPwCiI/AAAAAAAAPDk/YKkwCESTLnM9jMqwLkNGAMb68egVZAIygCLcBGAsYHQ/s512/4Elementos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="512" src="https://1.bp.blogspot.com/-PXjkvQ1Zjqw/YVrB6sPwCiI/AAAAAAAAPDk/YKkwCESTLnM9jMqwLkNGAMb68egVZAIygCLcBGAsYHQ/s16000/4Elementos.jpg" /></a></p><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span class="fontstyle21"><span class="fontstyle21" style="color: #b45f06; font-family: arial; font-size: medium;"><b>de Empédocles à Freud via China</b></span></span></p><div><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">Na
medicina tradicional chinesa, a teoria dos cinco elementos (</span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><span lang="EN-US">五行</span></span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">, wŭ xíng), afirma que o fogo (</span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><span lang="EN-US">火</span></span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">), a água (</span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><span lang="EN-US">水</span></span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">), a madeira (</span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><span lang="EN-US">木</span></span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">), o metal (</span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><span lang="EN-US">金</span></span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">) e a
terra (</span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;"><span lang="EN-US">土</span></span><span class="fontstyle21" style="font-family: arial;">), são os elementos básicos que formam o mundo material. Observe-se
que com exceção da “madeira” essa concepção de elementos componentes está
presente na antiga Grécia, tal como veremos, e na antiga Índia, sobre a qual
comentaremos em outra oportunidade. A questão abordada no presente texto é a discutir
a possibilidade de entender e comparar esta(s) distintas concepção(ões), aparentemente
semelhantes, superando as barreiras da diferença entre linguagem, etnia e
história. </span></div></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Segundo a
tradição chinesa, compilada no “Livro dos 4 Institutos” existiria uma interação
e controle recíproco entre esses elementos o que determinaria seu estado de
constante movimento e mudança. Nessa teoria que estabelece um conjunto de
matrizes, todas as coisas podem ser classificadas de acordo, ou melhor, em
analogia, com estes elementos ou relações entre eles.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">De acordo
com Ronan, historiador da ciência da Universidade de Cambridge, a teoria dos
cinco elementos foi estabelecida e sistematizada pelo naturalista Tsou Yen (Zou
Yan) entre 350 e 270 a.C. Ele era o mais destacado membro da Academia Chin Hsia
(Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan), e por vezes chamado "fundador do
pensamento científico chinês".</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A
medicina tradicional chinesa pode e deve ser considerada como um complexo
sistema etnomédico com milhares de anos de experiências práticas, com uma
descrição narrativa própria (a exemplo do "Livro do Imperador
Amarelo") organizada em escolas com relações mestre - discípulo
instituídas formalmente. Observe-se também como propôs o antropólogo Claude
Lévi-Strauss (1908-2009), que o conhecimento mítico/empírico diverge das
teorias científicas ocidentais por privilegiar a analogia em vez da
identificação de contradições como na lógica formal, privilegiando os
sentimentos e intuições enquanto a ciência fundamenta-se na senso-percepção (as
propriedades organolépticas da matéria).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;"><span style="font-family: arial;">As
explicações mítico religiosas por sua vez, identificadas nas cosmogonias
míticas e sistemas de crenças religiosas, além da pretensão de explicar as
origens do universo, classificar plantas e animais, realizar complexas obras
engenharia, agricultura, também se organizam como sistemas de intervenção,
cura, ou prevenção de doenças. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Como bem
assinala Souza Martins e Zafarini Neto a medicina tradicional chinesa considera
o princípio da vida dinâmico. Tudo o que existe no universo está em constante
transformação. O ser humano também obedece à mesma lógica. Existe
adaptabilidade do indivíduo ao meio, ao seu psiquismo e ao seu estilo de vida. No
Ling Shu (靈樞) (a segunda parte do “Livro do Imperador Amarelo” </span><span face="sans-serif" style="color: #202122; font-size: 14px; text-align: left;">(</span><span face="sans-serif" style="color: #202122; text-align: left;">黃帝</span><span face="sans-serif" style="color: #202122; font-size: 14px; text-align: left;">)</span><span style="font-family: arial;"> transcrito da tradução oral entre 200 aC. e 200) se lê:
"As cem doenças, na origem, decorrem necessariamente da secura ou da
umidade, do frio ou do calor, dos "ventos" ou da chuva, do yin ou do
yang </span><span face="sans-serif" style="color: #202122; font-size: 14px; text-align: left;">(陰陽)</span><span style="font-family: arial;">, da alegria ou da cólera, das bebidas e da alimentação, ou das moradias
(insalubres)".</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: arial;">Grécia -
China</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A
história grega iniciou-se oficialmente com o período homérico, por volta de 1100
a.C. e estendeu-se até a transformação da Grécia em protetorado romano, em 146
a.C. É notável a coincidência do desenvolvimento da teoria dos cinco elementos na
China com o “período helenístico” (338-136 a.C.) ou de difusão da cultura grega
pelo Oriente após a ser conquistada pela Macedônia.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21">Ainda sem
querer buscar rotas demográficas ou equacionar possíveis fontes históricas e/ou
diferenças etno-linguísticas, interessa-nos explorar a possível aplicação desta
forma de conhecimento mítico religiosa à interpretação da fisiologia normal ou
patológica do corpo humano, com as intervenções da fitoterapia e acupuntura, os
dois expoente principais da medicina tradicional chinesa. Observe-se que ainda
hoje os praticantes da acupuntura e medicina tradicional chinesa utilizam a
teoria dos cinco elementos (</span><span class="fontstyle21"><span lang="EN-US">五行</span></span><span class="fontstyle21"> wŭ xíng).</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sem
querer também entrar no mérito do que é ou não é o conhecimento científico e constatando
as possibilidades práticas de aplicação dessa analogia enquanto uma ferramenta
conceitual, é que trago esta recuperação do entendimento e aplicação dessa teoria
chinesa, equivalente à do mundo grego feita por Sigmund Freud (1856 -1939), em
1937. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Segundo
ele ...”</span></span><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">Empédocles de Acragas (Agrigento, Sicília), nascido por volta de
495 a.C., é uma das maiores e mais notáveis figuras da história da civilização
grega. As atividades de sua personalidade multifacetada seguiram as mais
variadas direções. Ele foi investigador e pensador, profeta e mágico, político,
filantropo e médico com conhecimentos de ciências naturais. Diz-se que libertou
a cidade de Selinunte da malária e seus contemporâneos o reverenciavam como a um
deus. Sua mente parece ter unido os mais agudos contrastes. Era exato e sóbrio em
suas pesquisas físicas e fisiológicas; contudo, não se retraiu ante as
obscuridades do misticismo e construiu especulações cósmicas de audácia
espantosamente imaginativa</span></i></span><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">”...</span></span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Destaca
ainda que a teoria de Empédocles que merece especialmente interesse da teoria
psicanalítica por sua semelhança à teoria dos instintos que vem sendo
desenvolvida e testada através da metodologia clínica, não como uma especulação
mítica “uma fantasia cósmica” mas por sua possível validade biológica.</span></span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Melhor
que reescrever, as palavras de Freud com o inevitável plágio autoral de suas
brilhantes observações, é transcrever os parágrafos onde comenta a semelhança da
teoria psicanalítica com os enunciados de Empédocles, que segundo ele foi um
dos maiores pensadores da antiga Grécia, considerando ainda que a teoria
psicanalítica o tem como influência por suas leituras nos primeiros anos de pesquisa,
(um efeito da criptoamnésia).</span></span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Empédocles,
segundo Capelle (apud Freud, 1937), é comparável ao Dr. Fausto, ‘a quem muitos
segredos foram revelados’. Nascido, como foi, numa época em que o reino da
ciência ainda não estava dividido em tantas províncias, algumas de suas teorias
permaneceram por séculos, o que se deve à sua aplicabilidade, inevitavelmente aplicadas
ao mundo físico (coisas) e espiritual (mental) explicando sempre pela mistura
dos quatros elementos, a terra <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(γῆ gê),
o ar (ἀήρ aḗr), o fogo (πῦρ pŷr) e a água (ὕδωρ hýdōr), gerando os humores
corporais (khymós, em grego), a saber: o sangue, a fleuma, a bile amarela e a
bile negra, e emoções ou afetos, a saber: a ira relacionada ao ar e ao sangue (quente
e úmido); a tristeza relacionada ao frio, a água fria e úmida (fleugma/pituíta);
a cólera equivalente ao fogo (quente e seco) e a melancolia (melancholia) termo
até hoje utilizado do grego Melan (Negro) e Cholis (Bílis).</span></span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Essa
teoria sobreviveu praticamente até o século XX, no mínimo enquanto metáfora, assim como fez Ivan Pavlov (1849-1936) ao relacionar os tipos de personalidade ou
temperamento aos tipos de sistema nervoso classificados a partir dos processos
de excitação e inibição, a saber os tipos fracos a quanto a excitação – os melancólicos
e quanto a inibição – os coléricos, ambos considerados desequilibrados face ao
predomínio de um dos processos (inibição ou excitação). Os tipos considerados
equilibrados quanto à reversibilidade dos processos de excitação e inibição
seriam os sanguíneos e fleumáticos, sendo a mobilidade típica dos sanguíneos enquanto
nos fleumáticos, mais inerte.</span></span> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Nas
palavras de Freud:</span></span> </span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-family: arial;">Empédocles sustentava que toda a natureza era
animada, e acreditava na transmigração das almas. Mas também incluiu no corpo
teórico do conhecimento ideias modernas, como a evolução gradual das criaturas
vivas, a sobrevivência dos mais aptos e o reconhecimento do papel desempenhado
pelo acaso (τυχαίος / tychaíos) nessa evolução.</span></span></i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">
<span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">Mas a teoria de Empédocles que merece especialmente nosso
interesse é uma que se aproxima tanto da teoria psicanalítica dos instintos,
que ficaríamos tentados a sustentar que as duas são idênticas, não fosse pela
diferença de a teoria do filósofo grego ser uma fantasia cósmica, ao passo que
a nossa se contenta em reivindicar validade biológica. Ao mesmo tempo, o ato de
Empédocles atribuir ao universo a mesma natureza animada que aos </span></i></span><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">organismos individuais despoja essa diferença de grande parte de
sua importância.</span></i></span></span></i><i><o:p> </o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">O filósofo ensinou que dois princípios
dirigem os eventos na vida do universo e na vida da mente, e que esses
princípios estão perenemente em guerra um com o outro. Chamou-os de amor (philia
- Φιλιά) e discórdia (neikos - νεικος). Desses dois princípios - que ele
concebeu como sendo, no fundo, ‘forças naturais a operar como instintos, e de
maneira alguma inteligências com um intuito consciente’ -, um deles se esforça
por aglomerar as partículas primevas dos quatro elementos numa só unidade, ao
passo que o outro, ao contrário, procura desfazer todas essas fusões e separar
umas das outras as partículas primevas dos elementos.</span></i></span><i style="text-align: left;"><o:p> </o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">Empédocles imaginou o processo do universo
como uma alternação contínua e incessante de períodos, nos quais uma ou outra
das duas forças fundamentais leva a melhor, de maneira que em determinada
ocasião o amor e noutra a discórdia realizam completamente seu intuito e
dominam o universo, após o que o outro lado, vencido, se afirma e, por sua voz,
derrota seu parceiro.</span></i></span><i style="text-align: left;"><o:p> </o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">Os dois princípios fundamentais de Empédocles
- (Philotes Φιλότης e Neikos Νεῖκος) - são, tanto em nome quanto em função, os
mesmos que nossos dois instintos primevos, Eros e Destrutividade, dos quais o
primeiro se esforça por combinar o que existe em unidades cada vez maiores, ao
passo que o segundo se esforça por dissolver essas combinações e destruir as
estruturas a que elas deram origem. Não ficaremos surpresos, contudo, em
descobrir que, em seu ressurgimento após dois milênios e meio, essa teoria se
alterou em algumas de suas características. À parte a restrição ao campo
biofísico que se nos impõe, não mais temos como substâncias básicas os quatro
elementos de Empédocles: o que é vivo foi nitidamente diferenciado do que é
inanimado, e não mais pensamos em mistura e separação de partículas de
substância, mas na solda e na defusão/ disjunção dos componentes instintuais.</span></i></span><i style="text-align: left;"><o:p> </o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">Ademais, fornecemos um certo tipo de
fundamento ao princípio de ‘discórdia’, fazendo nosso instinto de destruição
remontar ao instinto de morte, ao impulso que tem o que é vivo a retornar a um estado
inanimado. Isso não se destina a negar que um instinto análogo já existiu anteriormente,
nem, é natural, a asseverar que um instinto desse tipo só passou a existir com o
surgimento da vida. E ninguém pode prever sob que disfarce o núcleo de verdade
contida</span></i></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">na teoria de Empédocles se apresentará à compreensão posterior</span></i></span></span></i><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">. </span></span><span style="color: black;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Sigmund Freud (1856
-1939), 1937<o:p></o:p></span></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent;"><span style="font-family: arial;">Segundo seu editor James Strachey (1887-1967) esse artigo de Freud (1937) explora
as questões eficácia terapêutica da psicanálise, suas limitações e dificuldades
em questões relativas à alta ou término da análise e porque não dize-lo as
questões metodológicas, onde recorre mais uma vez aos recursos da antropologia
para referendar achados da metodologia clínica.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black; line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;">Nesse caso específico desse texto, retoma as questões da dualidade
e energia psíquica, compreendidas em seus aspectos quantitativos (análogos aos princípios
físicos da entropia/ neguentropia) e qualitativos simbólicos que lhe valeram a
acusação de retomar os valores judaico cristãos de Bem e Mal como científicos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">Segundo
ele...</span></span><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">no
decurso do desenvolvimento do homem de um estado primitivo para um civilizado,
sua </span></i></span><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span color="windowtext">agressividade</span></i></span><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"> experimenta um grau bastante considerável de
internalização ou volta para o interior; se assim for, seus conflitos internos
certamente seriam o equivalente apropriado para as lutas internas que então
cessaram. Estou bem cônscio de que a teoria dualista, segundo a qual um
instinto de morte ou de destruição ou agressão reivindica iguais direitos como
sócio de Eros, tal como este se manifesta na libido, encontrou pouca simpatia e
na realidade não foi aceita, mesmo entre psicanalistas. Isso me deixou ainda
mais satisfeito quando, não muito tempo atrás, me deparei com essa teoria de
minha autoria nos escritos de um dos maiores pensadores da antiga Grécia</span></i></span><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">”. </span><span style="color: black;">Sigmund Freud (1856 -1939), 1937<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><span style="color: black; line-height: 107%;">Observe-se também que esta interpretação dos princípio dualísticos da medicina
grega também são comparáveis aos conceitos Yin e Yang (</span></span><span class="fontstyle21"><span lang="EN-US" style="color: black; line-height: 107%;">陰陽</span></span><span class="fontstyle21"><span style="color: black; line-height: 107%;">) presentes no mito de criação da terra e
humanidade de um grade número de etnias da China antiga, contudo por ora por
questões de tempo e espaço nos limitaremos, por ora, a este esboço de
comparação da teoria dos cinco ou quatro elementos, mas para finalizar lhes
deixo esse fragmento do texto de Empédocles, possivelmente componente da
gênese, como ele mesmo supôs, da teoria freudiana dos instintos também
conhecida como relacionados à Eros e Tanatos.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">...”duplas (coisas) direi: pois ora um foi crescido
a ser só de muitos, ora de novo, partiu-se a ser muitos de um só. Dupla é a
gênese das (coisas) mortais, dupla a desistência. Pois uma a convergência de
todos engendra e destrói, e a outra, de novo (as coisas) partindo-se, cresce e
dissipa. E estas (coisas) mudando constantemente jamais cessam, ora por Amizade
convertidas em um todas elas, ora de novo divergidas em cada por ódio de
Neikos. Assim, por onde um de muitos aprenderam a formar-se, e de novo partido
o múltiplos se tornaram, por ai é que nascem e não lhes é estável a vida; mas
por onde mudando constantemente jamais cessam, por aí é que sempre são imóveis
segundo o ciclo”</span></i></span><span class="fontstyle21"><span style="color: black;">. </span><span style="color: black;">... </span><span style="color: black;">Empédocles
Ἐμπεδοκλῆς (495 a.C. - 430 a.C.), Fragmento 17</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: arial;">Referências</span></b></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">BRASIL
ESCOLA. Grécia Antiga. <a href="https://brasilescola.uol.com.br/historiag/grecia-antiga.htm">https://brasilescola.uol.com.br/historiag/grecia-antiga.htm</a>
Acesso em outubro de 2021</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">CHINA. Livro
dos 4 Institutos – Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de
Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional
Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional Chinesa. Fundamentos
essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">CABRAL, Izabela Silva. As noções de amor (philia) e discórdia
(neikos) nos fragmentos de Empédocles (Relatório Final) Universidade Federal do
Amazonas</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span class="fontstyle21">Instituto
de Ciências Humanas e Letras Programa Interinstitucional de bolsas de iniciação
científica Orientadora: Profa.Dra. Maria do Socorro da Silva Jatobá, Manaus, 2010
</span><a href="http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1826">http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1826</a><span class="fontstyle21"><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">FREUD, S.
– Análise terminável e interminável (1937) Obras Completas de Psicanálise -
volume XXIII. Rio de Janeiro, Imago-1996.</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">LEVI-STRAUSS,
C. O Pensamento Selvagem São Paulo, Companhia Ed Nacional, 1976</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">PAVLOV,
Ivan P. Reflexos condicionados e inibições. RJ: Zahar, 1972</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="background-color: transparent; text-align: left;"><span style="font-family: arial;">REBOLLO, Regina
Andrés. O legado hipocrático e sua fortuna no período greco-romano: de Cós a
Galeno. scientiæ zudia, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 45-82, 2006 Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1678-31662006000100003>. Epub 11 Maio 2010.
ISSN 2316-8994. https://www.scielo.br/j/ss/a/V5trSkVBrfFGRMWq7QLRKpb/abstract/?lang=pt</span></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">RODRIGUES, Claudia. Vida e Morte é um ciclo - Freud e Empédocles
de Acragas 2017 <a href="https://caminhosdapsiq.blogspot.com/2017/06/vida-e-morte-e-um-ciclo-freud-e.html">https://caminhosdapsiq.blogspot.com/2017/06/vida-e-morte-e-um-ciclo-freud-e.html</a>
acesso 19 de junho de 2021</span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; tab-stops: 92.15pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">RONAN, Colin
A. História Ilustrada da Ciência da Universidade de Cambridge (4vol.) vol 2 -
Oriente, Roma Idade Média RJ, Zahar Ed, 1987</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">SOUZA MARTINS,
Ednéia Iara; ZAFARINI NETO, Vicente. A
histeria de Katharina de Freud tratada com acupuntura. SP: Roca, 2010</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">WIKIPEDIA. Wu Xing
CostaPPPR (14 de setembro de 2021) </span></span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Wu_Xing" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">https://pt.wikipedia.org/wiki/Wu_Xing</a><span style="font-family: arial;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"><i>o</i>xxxxxxxxxxxxxxxxxxx-------------------------------</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">Ilustração: Greek Philosophy: matter consists of four "elements" earth, air, water, & fire
"elements" combine to form matter "elements" are unchangeable upon death matter is converted back into basic "elements" http://faculty.collin.edu/ </span></span><a class="fancybox" href="http://faculty.collin.edu/dmcculloch/2406/Notes/Population%20Distributions/images/Greek%20symbols.jpg" rel="gallery" style="text-align: -webkit-center; text-decoration-line: none;"><span style="font-family: arial;">Greek Philosophy</span></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: arial; white-space: pre-wrap;">...........................................</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">
<b>VER TAMBÉM</b>
O movimento das cinco estações, 2011
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2011/03/o-movimento-das-cinco-estacoes.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2011/03/o-movimento-das-cinco-estacoes.html</a>
Aforismos antigos, provérbios e conselhos para manutenção da saúde na tradição e medicina semítica. 2014
<a href="http://medicinacomportamental.blogspot.com/2014/02/aforismos-antigos-proverbios-e.html">http://medicinacomportamental.blogspot.com/2014/02/aforismos-antigos-proverbios-e.html</a>
Aforismos antigos, provérbios e conselhos para controle das emoções e manutenção da saúde nas tradições das medicinas chinesa, grega e semítica. 2015
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2015/05/aforismos-antigos-proverbios-e.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2015/05/aforismos-antigos-proverbios-e.html</a>
Aforismos antigos, provérbios e conselhos para manutenção da saúde na tradição e medicina hipocrática. Abril de 2015
<a href="http://medicinacomportamental.blogspot.com/2015/04/aforismos-antigos-proverbios-e.html">http://medicinacomportamental.blogspot.com/2015/04/aforismos-antigos-proverbios-e.html</a>
Resenha: A Histeria de Katharina de Freud Tratada com Acupuntura. Fevereiro de 2017
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2017/02/resenha-histeria-de-katharina-de-freud.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2017/02/resenha-histeria-de-katharina-de-freud.html</a> </span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-85236993748106899332021-09-11T20:06:00.029-07:002023-10-12T04:12:40.177-07:00A Psicose ou Essência de Deus Doente (god damn)<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><strong></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DV0R28wb7B4/YT1ul-zr2sI/AAAAAAAAPBU/YpuxmI6ru4QBcstQ4eetv1HGiDyt9a0QgCLcBGAsYHQ/s450/psicose3-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-DV0R28wb7B4/YT1ul-zr2sI/AAAAAAAAPBU/YpuxmI6ru4QBcstQ4eetv1HGiDyt9a0QgCLcBGAsYHQ/s16000/psicose3-2.jpg" /></a></strong></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Esse
texto explora um dos múltiplos sentidos dos ideogramas de psicose ou doença
mental (</span></strong><strong style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13.2px; text-align: left;"><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 14.124px;">精神病) </span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">na cultura chinesa que envolvem as concepções de espírito/divindade, </span></strong><span style="text-align: left;"><span style="color: #202122;">神 </span></span><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><i>shén</i>, e maldição/ doença </span></strong><span style="text-align: left;"><span style="color: #202122;">病 <i>bìng</i>,</span></span><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"> (também em inglês: <i>god damn</i>)
procurando entender simultaneamente o desenvolvimento dessa concepção no
ocidente a partir da medicina hipocrática e psicanálise. </span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Não sou o
primeiro a procurar uma interpretação dos conceitos da cultura e medicina
chinesa na psicologia. C. G Jung (1875-1961) na década de 30, escreveu um dos
primeiros textos que aproximam as técnicas ocidentais de psicoterapia às
práticas orientais de meditação (e libertação como destaca Alan Watts): "O
segredo da flor do ouro, um livro de vida chinês".<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mais recentemente interpretando sintomas
descritos como histeria à luz da acupuntura, Martins e Zaffarani, Neto (o.c. p.198)
concluem constatando a real possibilidade de considerar a psicologia como a
ciência que começou a fazer a união do oriente como o ocidente. Esquisito, porém, é a afirmação
de médicos e parlamentares envolvidos no processo de regulamentação da
acupuntura afirmarem que acupuntura “é matéria não prevista na Lei que definiu
a profissão de psicólogo” no Brasil. (Costa, 2018, 2020)<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Em 1924
Freud escreveu um artigo incisivo “A perda da realidade na neurose e psicose”
no qual chamou atenção para o fato de que o problema não é o da perda de
realidade, mas o expediente daquilo que vem substituí-la. (Lacan, o.c. p.549)<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Entende-se
que no referido texto de Freud fica demostrado que tanto na neurose como na
psicose há uma incapacidade - a adaptar-se às exigências da realidade, à </span></strong><span style="line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">‘Ανγχη‘ </span><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">‘‘Necessidade”.
Destacando ele, porém, que essa diferença se evidencia constatando que na neurose
há um afastamento (amnesia) ou negação de uma dada característica ou ocorrência
da realidade (negando esse fato), enquanto que em uma psicose o ego, a serviço
do id, se afasta de um fato ou ocorrência da realidade, negando a realidade. Segundo
ele no citado artigo ...<i style="mso-bidi-font-style: normal;">para uma neurose
o fator decisivo seria a predominância da influência da realidade, enquanto
para uma psicose esse fator seria a predominância do id</i>...(Freud, 1924)<o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Na
psicose, portanto, há a tarefa ou processo psicológico de conseguir para si
própria percepções de um tipo que corresponda à nova realidade, e isso muito
radicalmente se efetua mediante a alucinação como bem define Freud e destaca
Lacan no texto citado.<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Mas por que trazer essa discussão para interpretação
do conceito chinês de psicose </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">精神病</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"> </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">(</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">精 </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Jīng,</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">神 </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Shén, </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">病 </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Bìng) traduzível por Essência do
Espírito Doente [em falta] ou Loucura </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">疯狂</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"> (</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">疯</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"> </span></strong><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: #5f6368; line-height: 107%;">fēng </span><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">狂 </span></strong><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: #5f6368; line-height: 107%;">kuáng</span>)?<strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Escrevi
em outro texto de revisão de literatura, que na MTC – Medicina Tradicional
Chinesa assinala-se a relação da Mania, como da depressão (retraimento -
desorientação/loucura) num quadro denominado Dian Kuang (</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">癫狂</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">), agitar-se de modo selvagem e
permanecer calmo, Dian (</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">癲</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">). Esse termo corresponde à ideogramas associados a
confusão, colisão, erro, embotamento e "divinação", ao que vem da
divindade oráculo. Observe-se essa mesma expressão de relação com o sagrado
estava também presente entre os gregos, igualmente identificada à Epilepsia – em chinês: Dian Xian (</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">癲癇</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">) ou Yang Dian Feng (</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">羊癫风</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">) que poderia ser traduzida
literalmente por "vento - cabra - louco". (Costa, 2011)<o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Contudo a
interpretação da evolução do conceito chinês de psicose / doença mental se revela mais próxima
ao conceito psiquiátrico de demência precoce e também da concepção grego
hipocrática de paranoia </span></strong>a (παράνοια), </span><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 17.12px; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">(Oda)</span></strong><span style="font-family: inherit;"> como </span><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">deduzível
de seus ideogramas, o que nos possibilita a compor um paralelo com a “doença sagrada”. </span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Apesar do
seu título, o texto de Hipócrates (460-377 aC) sobre a “doença sagrada”
descreve a epilepsia como resultante de uma causa natural, rompendo com
antigas tradições mágico religiosas, e desenvolvendo a teoria humoral que explicava o processo saúde doença e é
notavelmente semelhante à concepções chinesas descritas com referência ao
período da dinastia Han (202 a.C. - 248 AD) (Lloyd; Reding)<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">A
concepção grego – hipocrática teve como referência principal a doutrina dos
quatro elementos do filósofo Empédocles (483 / 82-430 aC): terra, água, ar e
fogo. Esses quatro elementos, misturados em proporções diferentes, fariam a
Natureza e tudo o que nela está presente, inclusive no corpo humano As
diferentes partes do corpo resultariam da mistura - em diferentes proporções -
de quatro humores: sangue, pituita ou catarro (phlègma), bile amarela e bile negra ou
atrabilis. As discrasias humorais, por sua vez relacionavam-se com os “transtornos
mentais”: “Se o cérebro está corrompido por catarro, o paciente permanece calmo
e silencioso; Se for da bile 'amarela’, vociferante, mau e age de forma
inadequada; Se o cérebro estiver quente (por causa do sangue), surgem terrores,
medos e pesadelos; se estiver muito frio (por causa da bile negra), os
pacientes ficarão tristes e preocupados " (Álvarez et al.)<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">A
concepção chinesa, que também rompeu com as tradições mágico religiosas e
desenvolveu, a concepção de Yin / Yang </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">(</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">陰陽</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">) </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">e a
teoria dos Cinco elementos </span></strong></span><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Wu Xing </span></strong><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">(</span></strong><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">五行</span></strong><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">)</span></strong><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"> entre os
séculos IV e III aC, (Ronan) incorporados a Livro do Imperador Amarelo no
período da dinastia</span></strong><span lang="EN-US" style="background: rgb(248, 249, 250); color: black; font-family: inherit; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">漢</span><strong style="font-family: inherit;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Han (202 a.C. - 248 AD) quando houve frequentes contatos
comprovados com grego-romanos, e se estabeleceu a Rota da Seda. (Carneiro; Haw)
Neste período desenvolveu-se ainda mais o racionalismo que se opunha às crenças
supersticiosas, sendo comparado por Joseph Needham ao período Hipocrático da
medicina chinesa. É também desse período a primeira referência à teoria dos
meridianos (Jingmai-xue) nos Manuscritos Médicos de Mawangdui escritos em seda
desenterrados em Mawangdui em 1973. (Liu)</span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Observe-se
a concepção de influência do flegma, fogo numa concepção moderna de acupuntura
desenvolvida Ministério da Saúde da China no que ficou conhecido colo “Livro
dos Quatro Institutos” editado durante o período revolucionário: ...</span></strong>
“<strong><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">o distúrbio mental depressivo geralmente é causado
por retardo de qi e acúmulo de flegma resultante de depressão mental. O
distúrbio mental maníaco pode ser causado por: (1) estase de qi causada pela
exasperação, a qual traz o fogo à tona e provoca a formação do flegma; ou (2)
calor excessivo no estômago impedindo a descida do qi prejudicial, o que resulta
em acúmulo do calor perturbando a mente</span></i></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">” .... [</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #1405f0; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">ver Nota 2</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">]<o:p></o:p></span></strong></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Apesar de
uma possível comparação através da metodologia etno-histórica do
desenvolvimento paralelo e/ou inter-relacionado do que pode ser designado como
sistemas etnomédico grego-romano que originou a atual forma da medicina
ocidental e o sistema etnomédico chinês – asiático, diante das que a análise
dos ideogramas </span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">(</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">精</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Jīng </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">神</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Shén </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">病</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Bìng) que descrevem a
psicose/doença mental, l</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">iteralmente, não podemos negar que, sobretudo, o
conceito de</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-font-weight: bold; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">神</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Shén</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"> em
alguns contextos significa espírito, divindade; infinito; nume; onisciência/ consciência
(mente), e é o conceito chave para entender a crença ou delírio psicótico. </span></strong></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Voltando
ao texto de Freud, temos que, o novo e imaginário mundo externo de numa psicose
se tenta colocar-se no lugar da realidade é um fragmento diferente daquele
contra o qual (o psicótico) tem de defender-se, e emprestar a esse fragmento
uma importância especial e um significado secreto que nós (nem sempre de modo
inteiramente apropriado) chamamos de simbólico. Vemos, assim, que tanto na
neurose quanto na psicose interessa a questão não apenas relativa a uma perda
da realidade, mas também a um substituto para a realidade. (Freud, 1924)<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Entendendo
essa realidade simbólica discursiva que se sobrepõem à realidade como uma
interpretação verdadeira do que se percebe e descreve num sistema de crenças (schereberiano)
constatamos real possibilidade de considerar a psicologia como a ciência que
começou a fazer a união do oriente como o ocidente, pelo menos para o
entendimento das doenças mentais e dinâmica psicossomática. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Finalizando
com uma perspectiva de uma “psicologia profunda” ou psicanálise eis como Sigmund
Freud (1856 – 1939) descreve a nossa demanda (normais & neuróticos) e o
valor peculiar das ideias religiosas:<o:p></o:p></span></strong></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">...”<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Foi assim que se criou um cabedal de ideias.
Nascido da necessidade que tem o homem de tomar tolerável seu desamparo e
construído com o material das lembranças do desamparo de sua própria infância e
da infância da raça humana. Pode-se perceber claramente que a posse dessas ideias
o protege em dois sentidos: contra os perigos da natureza e do Destino e contra
os danos que o ameaçam por parte da própria sociedade humana. Reside aqui a
essência da questão. A vida neste mundo serve a um propósito mais elevado; indubitavelmente,
não é fácil adivinhar qual ele seja mas decerto significa um aperfeiçoamento da
natureza do homem</i>”... (Freud, 1927)<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong style="text-align: left;"><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; line-height: 107%; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Referências</span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Álvarez, José Maria; Esteban, Ramón; Sauvagnat,
François. Fundamentos de psicopatologia psicoanalítica. Madrid: Editorial Síntesis,
2009<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Cairus, HF. Da doença sagrada. In: CAIRUS, HF., and
RIBEIRO JR., WA. Textos hipocráticos: o doente, o médico e a doença [online].
Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005. História e Saúde collection, pp. 61-90.
ISBN 978-85-7541-375-3. Available from SciELO Books < <a href="http://books.scielo.org/">http://books.scielo.org</a>
>.<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Carneiro,
Norton Moritz. Acupuntura baseada em evidências. Florianópolis, SC, Ed. do
autor, 2000<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2011). Dian Kuang - </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-language: ZH; mso-hansi-font-family: Arial;">癫狂</span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2011/09/dian-kuang.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2011/09/dian-kuang.html</a><o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2018). Acupuntura e a
prática da Psicologia.<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2018/10/acupuntura-e-pratica-da-psicologia.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2018/10/acupuntura-e-pratica-da-psicologia.html</a><o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2020). Acupuntura e
Psicologia II<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2020/01/acupuntura-e-psicologia-ii.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2020/01/acupuntura-e-psicologia-ii.html</a>
<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Freud, Sigmund (1924) A perda da realidade na
neurose e na psicose. Freud Sigmund Edição Standard das Obras Completas. V. XIX
RJ, Imago, 1996<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Freud, Sigmund (1927). O futuro de uma ilusão. Freud
Sigmund Edição Standard das Obras Completas. V. XXI RJ, Imago, 1996<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Haw,
Stephen G. História da China. Lisboa: Tinta da China, 2016 p.113<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Jung, Carl Gustav.; Wilhelm, Richard. (1929) O
segredo da Flor do ouro, um livro de vida chinês. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Lacan, Ja<span style="font-family: inherit;">cques. (1955-56) De uma questão preliminar
a todo tratamento possível da psicose. Lacan J. Escritos. RJ: Zahar, 1998<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Liu
Chunyu (2016) Review on the Studies of Unearthed Mawangdui Medical Books.
Estudos Chineses , 05 , 6-14. doi: 10.4236 / chnstd.2016.51002<br /></span></strong><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><a href="https://www.scirp.org/html/2-2550210_63146.htm">https://www.scirp.org/html/2-2550210_63146.htm</a></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Lloyd G. After Joseph Needham: The legacy reviewed,
the agenda revised – some personal reflections. Cultures of Science.
2020;3(1):11-20. doi:10.1177/2096608320917579 <o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Oda, Ana Maria Galdini Raimundo. Ordenando a babel
psiquiátrica: Juliano Moreira, Afrânio Peixoto e a paranoia na nosografia de
Kraepelin (Brasil, 1905). História, Ciências, Saúde-Manguinhos [online]. 2010,
v. 17, suppl 2 [Acessado 11 Setembro 2021] , pp. 495-514. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0104-59702010000600013>. Epub 01 Fev 2011. ISSN
1678-4758. <a href="https://www.redalyc.org/pdf/3861/386138053013.pdf">https://www.redalyc.org/pdf/3861/386138053013.pdf</a>
<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Reding, Jean-Paul. (2017). Comparative Essays in
Early Greek and Chinese Rational Thinking. 10.4324/9781315259772.<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Ronan,
Colin A. História Ilustrada da Ciência da Universidade de Cambridge. (4vol.)
vol 2 - Oriente, Roma Idade Média. RJ, Zahar Ed, 1987<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">República
Popular da China - Ministério da Saúde/ Quatro Institutos (Escola de Medicina
Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai;
Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina
Tradicional Chinesa). Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed.
Ícone, 1995<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;">Watts Alan W. (1961) Psicoterapia, Oriental & Ocidental.
RJ: Record, 1972<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><span>Zaffarani Neto, Vicente, Martins, Ednéa Iara Souza.
A Histeria de Katharina de Freud Tratada com Acupuntura. SP: Roca, 2010</span><o:p style="font-size: 12.5pt;"></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></strong></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 20pt; line-height: 107%;">NOTAS</span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><br />
.......................................1<o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;"><br />精神病</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;"> Psicose / Doença mental</span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span face=""Helvetica","sans-serif"" style="background: white; color: #5f6368; font-size: 11.5pt; line-height: 107%;">JīngShénBìng</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-family: inherit; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">Essência do Espírito Doente (em
falta)<o:p></o:p></span></strong></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">精 </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">Jīng<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;">arroz polido<br />
essência ; energia<br />
espírito ; energia ; vigor<br />
fluido seminal ; sêmen<br />
espírito ; alma<br />
essência ; concentrado<br />
demônio ; goblin<br />
( dialetal , de carne ) magra<br />
alt. formulários: <span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";">腈</span><span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" style="mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";"><br />
</span>bem ; refinado<br />
puro ; não misturado<br />
concentrado ; sincero<br />
claro ; brilhante<br />
requintado ; profundo<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">神</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;"> S</span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">hén<o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;">espírito ; alma ; mente<br />
expressão ; semblante ; aparência<br />
sobrenatural ; magia ; psíquico<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">病 </span></strong><strong><span face=""Microsoft YaHei","sans-serif"" style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-language: ZH;">Bìng<span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;">doença ; illness; sickness; disease<br />
mal ; males (evil; ills)<br />
culpa ; falha (fault; flaw)<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
</p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;">Wikcionário chinês <span lang="EN-US" style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">首</span><span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-bidi-font-family: "Microsoft JhengHei";">页</span></span><br /><a href="https://zh.m.wiktionary.org/wiki/Wiktionary">https://zh.m.wiktionary.org/wiki/Wiktionary</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 17.8333px;"><span style="font-family: inherit;">.......................................2</span></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">TRATAMENTO DOS DISTÚRBIOS
MENTAIS DEPRESSIVO E MANÍACO <o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">Método:</span></strong><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"> os pontos do Meridiano Du e do Meridiano Jueyin da Mão (Pericárdio) são selecionados
como pontos principais para acalmar o coração e a mente e restaurar a clareza mental.
Para o distúrbio mental depressivo, empregue a incisão de agulhas com o método de
movimento regular. A moxabustão pode ser empregada de acordo com a condição.
Para a mania, utilize o método de redução com a incisão com agulhas.<o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">Prescrição:</span></strong><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"> Renzhong (Du 26), Shaoshang (Pu. 11), Yinbai (Ba. 1), Daling (Pe. 7), Shenmai
(Be. 62), Fengfu (Du 16), Jiache (E. 6), Chengjiang (Ren 24), Laogong (Pe. 8), Shangxing
(Du 23), Quchi (I.G. 11).<o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Os pontos para os casos
maníacos com calor extremo: insira os 12 Pontos Jing-Well da Mão (Pu. 11, C. 9,
Pe. 9, I.G. 1, S.J. 1, I.D. 1) até sangrarem para reduzir o calor.<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">Explicação:</span></strong><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"> os pontos Renzhong (Du 26), Shaoshang (Pu. 11) e Yinbai (Ba. 1) são eficazes
para readquirir a clareza mental, dissipar o calor e eliminar a loucura. O
Daling (Pe. 7), o Ponto Yuan (Fonte) do Meridiano do Pericárdio e o Laogong
(Pe. 8), o Ponto Ying Spring do Meridiano do Pericárdio, são utilizados para
reduzir o calor no Meridiano do Pericárdio. Os pontos Shenmai
(Be'<,62),Fengfu (Du 16) e Shangxing (Du 23) dissipam o calor nos Meridianos
Yangqiao e Du para tranqüilizar a mente. Os pontos Jiache (E. 6) e Quchi (I.G.
11) dissipam o calor dos Meridianos Yangming da Mão e do Pé.<o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Observações:<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">(1) Os distúrbios mentais
(depressivo e maníaco) correspondem aos tipos depressivo e maníaco de
esquizofrenia e psicose na medicina moderna.<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">(2) Acupuntura na orelha:<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Pontos principais: Nervo
Simpático, Shenmen da Orelha, Coração, Fígado, Subcórtex, Endócrino, Estômago,
Occipúcio.<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Método: selecione 1-2 pontos
para cada tratamento .<o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span style="color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Referência:</span></span></strong></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">República
Popular da China - Ministério da Saúde/ “</span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; line-height: 107%;">Livro dos Quatro Institutos</span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">” (Escola
de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional
Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia
de Medicina Tradicional Chinesa). Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa.
SP, Ed. Ícone, 1995 p.358<o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">.</span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 17.8333px;">.......................................</span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 17.8333px;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></strong></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;"><b>VER TAMBÉM</b></span><br />
<span style="font-size: 10pt;"> <o:p></o:p></span></span></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="background: white; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">-------------------------xxxxxxxxxxxxxxxx<i>o</i><o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="background: white; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"> <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2017). Cérebro </span></strong><strong><span lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">腦</span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">, o mar de dentro </span></strong><strong><span lang="ZH" style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">髓海</span></strong><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2014/03/cerebro-o-mar-de-dentro.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2014/03/cerebro-o-mar-de-dentro.html</a><o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2017). A</span></strong><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;">Resenha:
A Histeria de Katharina de Freud Tratada com Acupuntura <a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2017/02/resenha-histeria-de-katharina-de-freud.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2017/02/resenha-histeria-de-katharina-de-freud.html</a><o:p></o:p></span></strong></span></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2017). Acupuntura, mente-espírito e estados fásicos
da consciência <a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2017/12/acupuntura-mente-espirito-e-estados.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2017/12/acupuntura-mente-espirito-e-estados.html</a><o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">Costa, Paulo Pedro P. R. (2021). Alucinação,
anotações essenciais <a href="http://medicinacomportamental.blogspot.com/2021/08/alucinacao-anotacoes-essenciais.html">http://medicinacomportamental.blogspot.com/2021/08/alucinacao-anotacoes-essenciais.html</a><o:p></o:p></span></span></strong></p><p class="MsoNormal"><strong><span style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></strong></p><p class="MsoNormal">
</p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="background: white; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">oxxxxxxxxxxxxxxxx-------------------------<o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><strong><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #202122; font-size: 12.5pt; font-weight: normal; line-height: 107%; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Microsoft YaHei"; mso-fareast-language: ZH;"><br /></span></strong></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-49921925034681460662021-08-25T21:02:00.011-07:002021-08-26T07:30:25.281-07:00O quente e o frio de alguns bálsamos e linimentos utilizados na medicina tradicional chinesa<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-EEsnPvUozUw/YScTZj7XCJI/AAAAAAAAO_o/OtPRDG_hQmw3agiOy-5G8l02Jx4zS98dACLcBGAsYHQ/s560/Linimentos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="560" src="https://1.bp.blogspot.com/-EEsnPvUozUw/YScTZj7XCJI/AAAAAAAAO_o/OtPRDG_hQmw3agiOy-5G8l02Jx4zS98dACLcBGAsYHQ/s16000/Linimentos.jpg" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span><span style="line-height: 107%;">Nem é necessário explicar que
acupuntura (<i>Zhen Jiú</i> - </span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%;">针灸</span><span style="line-height: 107%;">) e fitoterapia integram o complexo sistema etnomédico
que conhecemos como Medicina Tradicional Chinesa - MTC. Os especialistas dessa
pratica além da inserção de agulhas (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%;">针 - </span><span style="line-height: 107%;"><i>Z</i></span><span style="line-height: 107%;"><i>hen</i>) capazes de expulsar o
frio ou calor perverso descrito nas categorias de classificação de patologias
na medicina chinesa, também utilizam aplicação de calor com cones ou bastões próprios
da moxabustão (</span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; line-height: 107%;">灸</span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #202122; line-height: 107%;"> </span><span style="background: white; color: #202122; line-height: 107%;">– </span><span style="line-height: 107%;"><i>Jiŭ</i></span>), comumente feitos de erva seca (<i>Artemísia
vulgaris</i>) em combustão ou podem aplicar sobre a pele compostos de ervas
combinadas em balsamos e linimentos capazes produzir efeitos metabólicos
atuando sobre as sensações de frio e calor no organismo humano, como veremos.</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">Ainda há muito a saber sobre
o significado do calor (</span><span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">热</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;"> rè)
e frio (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">冷</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;"> lěng); na MTC bem como o efeito de
diversas substancia aplicadas sobre a pele na circulação sanguínea tanto por
seu efeito de interação com receptores nervosos de frio (Corpúsculos de Krause)
e calor (Corpúsculos de Ruffini) como ação metabólica.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">Analisando o período
histórico de surgimento/consolidação de algumas das ideias básicas da “ciência”
chinesa Colin A. Ronan em sua "História ilustrada da ciência da
Universidade de Cambridge" <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estudando
os fundamentos conceituais que resultaram no desenvolvimento técnico da
acupuntura, destaca a concepção de Yin / Yang (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">陰陽</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">) no
princípio do século IV a.C. e quanto a teoria dos Cinco elementos Wu Xing (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">五行</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">), entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen (Zou Yan) o membro
mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan). <o:p></o:p></span></span><span face="Arial, sans-serif">Até hoje tais categorias de
interpretação são aplicadas a fisiologia e patologia em uma lógica própria,
distinta da ocidental.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">Na perspectiva de
interpretação da MTC podemos compreender os efeitos da temperatura fria e
quente segundo uma concepção semiológica de uma dualidade complementar onde o
frio se inclui na categoria Yin (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">陰</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">) juntamente
com a hipotermia, litíase, algumas formas do anabolismo e o calor é incluído na
categoria simbólica Yang (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">陽</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">) assim
como a inflamação, a febre e algumas formas do catabolismo.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">Segundo a teoria dos Cinco
elementos Wu Xing (</span><span lang="EN-US" style="line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">五行</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="line-height: 107%;">), e como Lê-se no Nei
Ching: “Na natureza há o lapso das quatro estações e as alterações dos cinco
elementos que por sua vez produzem as cinco energias, isto é, frio, calor,
secura, umidade e vento, e assim por diante a fim de promover o nascimento, o
crescimento, a colheita e o armazenamento de todas as coisas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span style="line-height: 107%;">Assim como a acupuntura e moxabustão,
a fitoterapia segue esses mesmos princípios. Segundo editores do Health Library
do Beth Israel Lahey Health o sistema conceitual classificatório da fitoterapia
desenvolvido na China difere de várias maneiras significativas da fitoterapia europeia.
A diferença mais óbvia é que a tradição de ervas ocidental concentra-se em “símplices”
(e extratos), ou ervas tomadas por si mesmas. Em contraste, a medicina
tradicional chinesa à base de ervas (MTCE) faz uso quase exclusivo de
combinações de ervas </span><span face="Arial, sans-serif" style="line-height: 107%; text-align: left;">(</span><span face="Calibri, sans-serif" lang="EN-US" style="line-height: 107%; text-align: left;">复方</span><span face="Arial, sans-serif" style="line-height: 107%; text-align: left;"> – Fùfāng)</span><span>.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span><span style="line-height: 107%;">O mais importante, como
destaca os citados autores acima citados e Xuefeng Su et al. é que essas
fórmulas não foram projetadas para tratar os sintomas de uma doença específica;
em vez disso, eles são ajustados especificamente para o indivíduo de acordo com
os princípios complexos da MTC. As fórmulas geralmente feitas exclusivamente de
produtos vegetais usadas na fitoterapia tradicional chinesa, dividem-se em quatro categorias de ervas: Soberana (</span><span lang="EN-US" style="background: white; line-height: 107%;">君</span><span style="background: white; line-height: 107%;">
jūn</span>), o principal ingrediente, equivalente ao que nos textos modernos é
a substância que fornece o principal efeito terapêutico na prescrição; (<span lang="EN-US" style="background: white; line-height: 107%;">臣</span><span style="background: white; line-height: 107%;">
chén) Ministros ou associados, que potencializam ou auxiliam as ações
terapêuticas; Os assistentes (também chamados de ajudantes, em chinês </span><span lang="EN-US" style="background: white; line-height: 107%;">佐</span><span style="background: white; line-height: 107%;">
zuǒ) que desempenham uma ou mais das seguintes funções: tratar os sintomas que
os acompanham, moderar a aspereza ou toxicidade das substâncias primárias,
ajudar a erva “soberano” e os “ministros” a cumprirem seus objetivos principais
ou modular o efeito terapêutico, tipo a adição de substância refrescante a uma
receita de aquecimento ou vice-versa; Finalmente
as ervas ou substancias Mensageiros, em chinês </span><span lang="EN-US" style="background: white; line-height: 107%;">使</span></span><span style="background: white; line-height: 107%;"><span> shǐ) que
conduz as outras ervas na fórmula para
um canal (meridiano) ou órgão específico, ou ainda exerce uma influência
harmonizadora. Observe-se que a seleção e aplicação de pontos de acupuntura
obedece princípios semelhantes para sua escolha e combinação.</span><span face="Arial, sans-serif"><o:p></o:p></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Eis alguns exemplos
extraídos de artigos e bula de apresentação de alguns bálsamos e linimentos da
Medicina Tradicional Chinesa que ilustram tais princípios e efeitos esperados:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">O linimento Zheng Gu Shui
que pode ser traduzido vagamente como Água Corretora de Ossos tem indicação na
MTC medicina tradicional chinesa como capaz de atuar como um analgésico leve,
promovendo a circulação, reduzindo hematomas e inchaço e fortalecendo o tecido
conjuntivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Seus Ingredientes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Notoginseng Radix (tián qī)<br />
Curcumae Rhizoma (é zhú)<br />
Polygoni Cuspidati Rhizoma (hǔ zhàng)<br />
Cinnamomi Ramulus (guì zhī)<br />
Crotonis Crassifolii Radix (jī gǔ xiāng)<br />
Angelicae Dahuricae Radix (bái zhǐ)<br />
Moghaniae Radix (qiān jīn bá)<br />
Inulae Cappae Herba (bái niú dǎn)<br />
Mentolum (bò hé nǎo)<br />
Cânfora (zhāng nǎo)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Os efeitos farmacológicos
específicos de tais plantas naturalmente são relevantes mas no momento nos
interessa a análise das principais ervas capazes de produzir as sensações de
frio e calor. Fórmulas à base de ervas,
como mentol, cânfora e óleo de menta, segundo seus usuários, podem manter a
pele fresca em dias quentes. O bálsamo é comumente aplicado nas têmporas para
manter o corpo fresco e revigorado. Alguns também o usam como repelente de
mosquitos devido ao seu cheiro forte e também para aliviar o enjoo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Outros itens refrescantes e
repelentes de insetos são a Água de flores de Liushen (Liushen florida water); água
mentolada Fengyoujinge e água Huoxiangzhengqi. Entre os mais conhecidos
linimentos de efeito frio estão o Polar Bear brand e White Flower:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">O Óleo Essencial Chinês de
Urso Polar (Polar Bear Chinese Essential Embrocation Oil) aplicado inicialmente
sobre a pele produz uma sensação de calor (quente) e após penetrar na pele,
depois de alguns minutos, produz uma sensação muito fria.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Composto de Cristais de
menta (23%); Hortelã-pimenta (20%); Cânfora natural (15%) e Óleo de eucalipto
(42%) é tradicionalmente indicado para resfriados obstrução nasal, enjôo,
congestão nasal e no peito tem efeito anestésico e refrescante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">O Oléo essencial Flor branca
(white flower balm) também conhecido como Pak Fah Yeow, é uma mistura de vários
óleos essenciais, incluindo óleo de eucalipto, Óleo de lavanda, Seus
ingredientes ativos são Canfora (6%) Mentol (15%) e Salicilato de metila (40%),
antes talvez extratos do óleo de gautéria (wintergreen oil). A <i>Gaultheria longibracteolata</i> (Ericaceae)
tem sido tradicionalmente usada por diferentes grupos linguísticos na província
de Yunnan, China.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Entre os bálsamos que
promovem aquecimento está o conhecido Bálsamo do tigre (Tiger balm), que possui
diversas composições “fracas” e extra fortes Composto basicamente por cânfora,
mentol e óleos essenciais (pimenta, M. cajuputi, cravo e cássia) em formulações
e formas de apresentação variadas. Algumas incluem o óleo de gaultéria, óleo de
eucalipto e o salicilato de metila.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">A história do Tiger Balm
data o século 19. O "médico" tradicional Aw Chu Kin partiu da casa de
sua família e da prática de MTC de seu pai em Fujian, uma província do sudeste
da China, para buscar fortuna na colonial Rangoon, a maior cidade de Mianmar
(ou Birmânia), e lá compôs essa formula que segundo a MTC atua através dos
vapores quentes e picantes, efervescentes e dispersantes das ervas - que ajudam
a mover o qi e fazer o sangue fluir melhor. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Segundo o ditado na medicina
chinesa: “onde não há movimento de qi, há dor. Onde não há dor, há movimento do
qi”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Nos linimentos e balsamos ocidentais
também são muitas as fórmulas com Salicilato de Metila, um éster metílico do
ácido salicílico, extraído de muitas espécies de plantas a exemplo das
bétulas (Betulaceae), gaultérias (Ericaceae) e salgueiros
(Salicaceae). Extratos da casca dos salgueiros já eram conhecidos e
recomendados por Hipócrates (cerca de 460 –370 aC.), para aliviar as dores do
parto e diminuir a febre, além de recomendar o uso tópico de suas folhas como
antisséptico. Consta entretanto que o salicilato de mentila composto (derivado
do derivado de um ácido salicílico) foi extraído e isolado da espécie vegetal <i>Gaultheria procumbens</i> em 1843.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Segundo Câmara Filho o
princípio ativo da casca do salgueiro foi identificado pelos químicos italianos
Fontana e Brignatelli em 1826, isolado pelo um farmacêutico francês, Henri
Leroux (1829), e somente em 1838, o
químico italiano Rafaelle Piria realizou a extração do ácido salicílico. O
ácido acetilsalicílico, obtido pelo acréscimo do acetato foi obtido em 1853, pelo
químico alsaciano Charles Fréderic Von Gerhard, mas somente em 1897, se
descobriu sua eficácia analgésica, patenteada pelo químico Felix Hoffmann, que
trabalhava para a Friedrich Bayer & Co.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Além do salicilato, uma das
mais conhecida plantas e substancias citadas está o mentol obtido a partir de
hortelã - pimenta e outras variedades botânicas. O hortelã tem sido usado desde
a antiga Babilônia, e há relatos de que é conhecida no Japão há pelo menos
2.000 anos, mas foi na Antiguidade Clássica que seu uso médico se consagrou com
as contribuições de Dioscorides (40-90) e do historiador e naturalista romano
Plínio, o Velho (23-79). O uso do seu óleo essencial se desenvolveu a partir do
século XVI a nova medicina enraizado na alquimia e no Ocidente , o mentol foi isolado pela primeira
vez em 1771, pelo alemão Hieronymus David Gaubius. Entre seus múltiplos usos
medicinais incluiu-se o uso tópico e sistêmico para controlar as manifestações
inflamatórias de diversas doenças, incluindo dor, eritema e febre, desde a
Antiguidade clássica.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Entre
os terpenos de baixo peso molecular como o mentol (um monoterpeno) encontram-se
muitos dos componentes de óleos essenciais, a exemplo da cânfora extraída da
árvore <i>Cinnamomum camphora</i> (a
canforeira) igualmente presente em diversos dos citados linimentos por sua ação
acção rubefaciente, antipruriginosa, antisséptica e analgésica. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Como visto ainda há muito a
conhecer sobre as propriedades combinadas e diversas ervas, o que é uma
tendência comum nas medicinas antigas e chinesa, contrária à lógica farmacêutica
de identificação dos princípios ativos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Entre os bálsamos origem
ocidental estão os produtos da indústria farmacêutica <b>Iodex</b> uma marca registrada em 1942 para Menley & James Limited
Single Firm, a base de iodo (iodopovidona?) e salicilato de metila, mas hoje
com várias composições incluindo o diclofenaco dietilamina e extratos da hortelã-pimenta
(Mentha × Piperita) tal como os comercializados na Índia e o <b>Vicks Vaporub</b> (mentol, cânfora e óleo
de eucalipto). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">No Brasil atual a diversos
bálsamos que utilizam o veículo ou potencial do mentol, cânfora, salicilato de
metila a exemplo do <b>Doutrorzinho</b> (acrescentando
essência de arnica (<i>Arnica montana</i>) e
óleo de copaíba - Copaifera L. genus); e
diversas composições somadas à <b>Canela De
velho </b>(<i>Miconia albicans</i>), cânfora,
mentol, salicilato de metila, algumas ainda com acréscimos de plantas como Unha
de Gato (<i>Uncaria tomentosa</i>), Copaíba
(alguma espécie do gênero), Mil-folhas (Achillea millefolium), Mastruz
(Chenopodium ambrosioides), entre outros. Ou seja muito ainda a saber sobre os
linimentos e bálsamos chineses e brasileiros <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Estudos comparativos e de
eficácia terapêutica podem e deveriam ser realizados e apresentados por seus
comerciantes e não tratados como patentes e segredos industriais. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><span face="Arial, sans-serif">Se as anotações desse breve
texto conseguiu despertar atenção para a complexidade da interação entre a
acupuntura e a fitoterapia chinesa bem como para pesquisa do efeito terapêutico
dos citados balsamos e linimentos, estamos bem.</span><span>.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;">Referências</span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial; line-height: 107%;">
</span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Beth Israel Lahey Health, Winchester Hospital (Editors)
Traditional Chinese Herbal Medicine <a href="https://www.winchesterhospital.org/health-library/article?id=37410">https://www.winchesterhospital.org/health-library/article?id=37410</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Caitlin Armit. Zheng Gu Shui liniment for Injury Healing
18 April 2017<br />
<a href="https://www.fusion-acupuncture.com.au/zheng-gu-shui/">https://www.fusion-acupuncture.com.au/zheng-gu-shui/</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Câmara Filho, Lauro Arruda. A história da aspirina<br />
<a href="https://hospitaldocoracao.com.br/novo/midias-e-artigos/artigos-nomes-da-medicina/aspirina-uma-biografia/">https://hospitaldocoracao.com.br/novo/midias-e-artigos/artigos-nomes-da-medicina/aspirina-uma-biografia/</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Kohnhorst, Adan. Tiger Balm: Herbal Secrets Behind the
World’s Most Popular Chinese Medicine. February 22, 2018 <a href="https://radiichina.com/tiger-balm-herbal-secrets-behind-the-worlds-most-popular-chinese-medicine/">https://radiichina.com/tiger-balm-herbal-secrets-behind-the-worlds-most-popular-chinese-medicine/</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Liu Wei (2016). Four 'magical' TCM solutions to beat the
heat. <a href="https://www.chinadaily.com.cn/china/2016-07/26/content_26231352.htm">https://www.chinadaily.com.cn/china/2016-07/26/content_26231352.htm</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Luo, B., Kastrat, E., Morcol, T., Cheng, H., Kennelly,
E., & Long, C. (2020). Gaultheria longibracteolata, an alternative source
of wintergreen oil. Food Chemistry, 128244. doi:10.1016/j.foodchem.2020.12824<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">National Center for Biotechnology Information (2021).
PubChem Compound Summary for CID 4133, Methyl salicylate. Retrieved August 26,
2021 from <a href="https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Methyl-salicylate">https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Methyl-salicylate</a>.
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">About DailyMed| Customer Support| Copyright| Privacy| Web
Accessibility<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">National Institutes of Health - NIH. White Flower Analgesic
Balm<br />
<a href="https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/lookup.cfm?setid=f3e3b8b5-b12b-49ac-9318-b0c358b136e9">https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/lookup.cfm?setid=f3e3b8b5-b12b-49ac-9318-b0c358b136e9</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">NEI CHING, (Princípios de Medicina Interna do Imperador
Amarelo). Compilação de Bing Wang (dinastia Tang). SP, Ícone, 2001<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Polar Bear Brand Essential Embrocation Oil<br />
<a href="http://bigbrand.pk/Polar-Bear-Brand-Essential-Embrocation-Oil">http://bigbrand.pk/Polar-Bear-Brand-Essential-Embrocation-Oil</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Polar Bear Brand Essential Embrocation Oil<br />
<a href="https://www.reviewstream.com/reviews/?p=86003">https://www.reviewstream.com/reviews/?p=86003</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Porto Editora – terpeno na Infopédia [em linha]. Porto:
Porto Editora. [consult. 2021-08-25 04:24:35]. Disponível em <a href="https://www.infopedia.pt/$terpeno">https://www.infopedia.pt/$terpeno</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Rodrigues, Antônio GrecoBuscando raízes. Horizontes
Antropológicos [online]. 2001, v. 7, n. 16 [Acessado 25 Agosto 2021] , pp.
131-144. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0104-71832001000200007>. Epub 20 Set 2005. ISSN
1806-9983 https://www.scielo.br/j/ha/a/kJwprSBPmXd3w4xpCxqWQpN/?lang=pt<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência da Universidade
de Cambridge. (4vol.) vol 2 - Oriente, Roma Idade Média. RJ, Zahar Ed, 1987<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Silva H. A Descriptive Overview of the Medical Uses Given
to Mentha Aromatic Herbs throughout History. Biology (Basel). 2020;9(12):484.
Published 2020 Dec 21. doi:10.3390/biology9120484 <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7767097/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7767097/</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Su X, Yao Z, Li S, Sun H. Synergism of Chinese Herbal
Medicine: Illustrated by Danshen Compound. Evid Based Complement Alternat Med.
2016;2016:7279361. doi:10.1155/2016/7279361 <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4846759/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4846759/</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal">
</p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;">Wilson, Debra; Rose, Huizen, Jennifer 6 uses of Tiger
Balm. Medical News Today, November 22, 2018 <a href="https://www.medicalnewstoday.com/articles/323771">https://www.medicalnewstoday.com/articles/323771</a>
[consult. 2021-08-25]<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-family: arial; line-height: 107%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br /></span></p><p></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-72289150889179985432020-08-24T16:58:00.011-07:002021-06-27T03:17:36.085-07:00 Enfermagem & Acupuntura<p style="text-align: center;"> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-SGe-UPvqkJY/X0RTZYnvNgI/AAAAAAAAOWg/GL_y24fvTggDJXvOl1rnWWqvrtgPHvsvgCLcBGAsYHQ/s1302/nursing.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="862" data-original-width="1302" height="265" src="https://1.bp.blogspot.com/-SGe-UPvqkJY/X0RTZYnvNgI/AAAAAAAAOWg/GL_y24fvTggDJXvOl1rnWWqvrtgPHvsvgCLcBGAsYHQ/w400-h265/nursing.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoListParagraph" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"><span style="color: red;">✜ </span></span></span></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Enfermagem é a arte ou
técnica de realizar tratamentos (cure / </span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">治愈</span></b><b><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">- </span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">zhìyù)
prescritos por médicos a doenças específicas ou prestar cuidados contínuos
(care / </span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">關心</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> - </span></b><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">guānxīn)
aos seres humanos enfermos, feridos, deficientes e moribundos. Seus cuidados
tanto podem destinar-se a indivíduos como famílias e comunidades. Há quem
atribua sua origem, enquanto conhecimento científico, à Florence Nightingale
(1820-1910) militante da caridade e causa social inglesa, estaticista e autora
de um dos primeiros livros da enfermagem moderna ("Notes on nursing",
1869). [1] Contudo não se pode descartar a hipótese de origem dessa profissão,
nos curandeiros(as), religiosos (as), nas parteiras, doulas e pré-históricos práticos
encarregados da redução de fraturas. [2] [3] Profissões que ainda persistem na
medicina folk (popular / tradicional e/ou são especialidades da medicina e enfermagem.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Em chinês enfermagem (</span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">護理</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> - hùlǐ) pode ser escrita com a combinação dos ideogramas
de </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">理</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(lǐ) razão ou ciência e </span><span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">护</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
(hù) proteger (também grafado </span><span lang="EN-US" style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">護</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">) ou
ainda </span><span face=""Microsoft JhengHei","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-font-family: Arial;">护理学</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (hùlǐ xué) enfermagem, "o constante aprendizado da
ciência do proteger ou cuidar", numa tradução literal.. O ideograma
correspondente à <i>cura</i> </span><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">- </span></b><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: whitesmoke; font-size: 12pt; line-height: 107%;">zhìyù</span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (</span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">治愈</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">)</span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> é
compostos pelos signos de <i>regra </i></span><b><i><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">- </span></i></b><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">zhì</span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: white; color: #777777; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">(</span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">治</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">) </span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">e <i>saúde </i></span><b><i><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">-</span></i></b><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
yù</span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> (</span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">愈</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">) </span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">e o
correspondente a <i>cuidar </i></span><b><i><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">- </span></i></b><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: whitesmoke; font-size: 12pt; line-height: 107%;">guānxīn</span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> ( </span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">關心</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">), </span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">que também significa preocupar é composto
pelos ideogramas (</span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">關</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">) </span></b><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: whitesmoke; font-size: 12pt; line-height: 107%;">guān - desligar</span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: whitesmoke; font-size: 12pt; line-height: 107%;"> e (</span><b><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ascii-font-family: "MS Gothic"; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-hansi-font-family: "MS Gothic";">心</span></b><b><span style="font-family: "MS Gothic"; font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: "MS Gothic"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">) – </span></b><span face=""Arial","sans-serif"" style="background: whitesmoke; font-size: 12pt; line-height: 107%;">xīn que
corresponde a </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <i>sentir</i> ou a o <i>coração</i>.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><br />
Uma pesquisa realizada com enfermeiras (capacitadas em medicina ocidental) numa
clínica de acupuntura em Chengdu, China [4] revelou que sua função permanecia
igual como no ocidente, sendo auxiliares do médico durante o agulhamento. Os
resultados, das entrevistas combinadas com observações "in loco",
mostrou também que as enfermeiras eram
responsáveis por muitos dos procedimentos técnicos não invasivos, a exemplo, do
uso de ventosa. Todas as enfermeiras do
estudo foram treinadas em medicina ocidental com dito e o treinamento possuíam
da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) ,
incluindo acupuntura, foi adquirido através do médico especializado em
acupuntura que trabalhava nessa clínica.
Naturalmente que esta não é a condição de todas as enfermeiras em
hospitais e clínicas chinesas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> </span><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Acupuntura
uma prática e modelo que se difunde</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Dorothy C. Sherwin, do Northeast
Wisconsin Technical College [5]</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">
</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">considera promissor</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">o treinamento
de profissionais de enfermagem em MTC. Nesse treinamento tais
profissionais</span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">têm a oportunidade de
aprender as nuances do ambiente oriental e integrá-las em suas habilidades para
cuidar do espírito, da mente e do corpo dos pacientes de maneira holística.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Segundo Souza,...no Reino
Unido os acupunturistas tradicionais atuam sem possuir uma graduação, utilizam
a acupuntura como terapia principal e se submetem, geralmente, às normas das
associações voluntariamente constituídas. Aqueles que exercem a acupuntura com
base em um treinamento específico, feito após a graduação em outras áreas das ciências
biomédicas, como fisioterapia, enfermagem, medicina, utilizam essa arte como
parte de sua profissão, como mais uma técnica entre as diversas possíveis e,
por isso, ficam submetidos à regulação estatal de suas profissões principais...
[6]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Nos Estados Unidos da
América do Norte a Comissão Nacional de Credenciamento para Escolas e
Faculdades de Acupuntura e Medicina Oriental (NACSCAOM - National Accreditation
Commission for Schools and Colleges of Acupuncture and Oriental Medicine) já aprovou
mais de 50 escolas e faculdades de acupuntura e medicina oriental. Para
formação de um profissional é exigido um mínimo de 1.725 horas de treinamento,
com 360 horas dedicadas a cursos biomédicos ocidentais (que podem ser
dispensadas para profissionais de saúde com evidências de aprovação nesses
cursos durante o estudo anterior) e 1.365 horas dedicadas à teoria, técnica e
prática clínica da acupuntura. [7]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Como nem todos os estados americanos
têm os mesmos requisitos para autorização da pratica da acupuntura, o grau de
educação e treinamento dos profissionais médicos que realizam a acupuntura
varia. Trinta e cinco estados permitem que os médicos pratiquem a acupuntura
sem regulamentação, por ser considerada dentro do escopo de suas licenças de médicas
ou osteopatas. No Alasca e em Iowa, podólogos e dentistas podem praticar a
acupuntura em seus âmbitos de prática. Connecticut permite que enfermeiras
realizem acupuntura sob as ordens de um médico sem nenhum treinamento
específico. Alguns estados também permitem que os quiropráticos pratiquem a
acupuntura após 100 horas de instrução. Kansas permite que assistentes médicos
agulhem pacientes, se autorizados por um médico. [7]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Na França, curiosamente,
onde o diplomata (não médico)</span> <span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">George Soulié de Morant (1878 -1955) foi
um dos precursores da introdução da acupuntura no ocidente, ao contrário de
outros países europeus, a prática da acupuntura e, mais especificamente, da
medicina chinesa é reservada apenas aos médicos. Recentemente uma enfermeira de
62 anos, foi processada por exercício ilegal da medicina, condenada a pagar uma
multa de 2.000 euros e teve suspensa direitos
profissionais suspensos. Sua formação em medicina tradicional chinesa de
três anos, ocorreu na própria França e Vietnã. [8]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">No Brasil O Conselho Federal
de Enfermagem (COFEN) reconhece a acupuntura como especialidade dentro da
enfermagem.[9] . Considerando que a prática da acupuntura tem validade e
eficácia, e não contraria a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem (LEPE
n.º 7.488/1986). O COFEN quando estabeleceu a acupuntura como especialidade,
cabendo ao enfermeiro, privativamente ampliar sua capacitação profissional nos
horizontes conceituais dos benefícios da técnica da acupuntura tanto para o
diagnóstico de enfermagem como nas intervenções específicas (ou seja, a
acupuntura não está incluída na grade de disciplinas do curso regular de
enfermagem no Brasil e requer especialização).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Alguns pesquisadores
ressaltam que apesar de autorizada pelo COFEN, e por relativa presença de sua
utilização como prática holística e/ou complementar integrativa, no Brasil há
restrições a prática da acupuntura na enfermagem em algumas instituições [10] [11]
[12]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Contudo pode-se afirmar que
há consenso de expertises em diagnósticos de enfermagem e intervenções em acupuntura
quanto a aplicação da técnica nos cuidados e diagnósticos de enfermagem. [13] [14]
[5]<span style="color: red;"> </span>Observando-se porém a demanda de
desenvolvimento de mais estudos teóricos e práticos para sua fundamentação e
aplicação a problemas específicos, tipo dor crônica, artrose, infertilidade,
transtornos da gravidez, obesidade etc. (o
que não é uma recomendação à pratica da acupuntura na enfermagem e sim a alguns
supostos efeitos de eficácia da acupuntura em si independente de quem o
pratique) [13] [16] [17] [18] [19]<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Observe-se que o esforço de
pesquisas para comprovação científica e eficácia terapêutica da acupuntura e
outros aspectos da medicina chinesa ocorre em paralelo à disputa pelo
estabelecimento do monopólio de sua prática. Segundo Nascimento [20] a
controvérsia entre médicos e não-médicos parece ser expressão tanto da disputa
no campo do saber e mais precisamente da autoridade cultural, que na cultura
ocidental tende a ser identificada à ciência, como no campo do mercado, ambos
concorrendo para a consolidação do processo de profissionalização da acupuntura
no Brasil.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 14pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"> </span></b><b><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 14pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Referências</span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">1 - Encyclopædia
Britannica. Nursing, medical profession, BUHLER-WILKERSON, Karen (</span><a href="https://www.britannica.com/science/nursing"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">https://www.britannica.com/science/nursing</span></a><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">) ; SELANDERS, Louise.
Florence Nightingale, British nurse, statistician, and social reformer (</span><a href="https://www.britannica.com/biography/Florence-Nightingale"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">https://www.britannica.com/biography/Florence-Nightingale</span></a><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">) Acesso em agosto de 2020 / Bbarcelona: La Sal, 1981<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">2 – EHRENREICH, Barbara; ENGLISH,Deidre. Brujas, parteras
e enfermeras, una historia de sanadoras. </span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">NY: Glass Mountain Pamphlet, Feminist Press, 1973<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">3 - Shady Grove
Orthopaedics. Hystory of orthopaedics. Washington, DC: </span><a href="https://shadygroveortho.com/history-of-orthopaedics/"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">https://shadygroveortho.com/history-of-orthopaedics/</span></a><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> <span lang="EN-US">Aces. Agosto de 2020</span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;"><br />
4 - RISLUND, S. (2016).Nurses’ Conception of their Role in Acupuncture Therapy in
a Clinic in Chengdu, China : An empirical study investigating the nurses’ role
in a Chinese setting (Dissertation). Retrieved from
http://urn.kb.se/resolve?urn=urn:nbn:se:kau:diva-42644 PFF Aces. Agosto de 2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">5 - SHERWIN, D. C.
(1992). Traditional Chinese Medicine in Rehabilitation Nursing Practice.
Rehabilitation Nursing, 17(5), 253–255. doi:10.1002/j.2048-7940.1992.tb01560.x
url to share this paper: sci-hub.tw/10.1002/j.2048-7940.1992.tb01560.x Aces. </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Agosto
de 2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">6 - SOUZA, Rodolfo Costa A regulamentação da acupuntura
no direito comparado. Câmara dos Deputados / Consultoria Legislativa, Julho de
2009 </span><a href="https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema19/2009_4931.pdf"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/publicacoes-da-consultoria-legislativa/areas-da-conle/tema19/2009_4931.pdf</span></a><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"> Aces.
Agosto de 2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">7 - ELITE. Acupuncture Essential for Nurse Practitioners </span><a href="https://www.elitecme.com/resource-center/nursing/acupuncture-essential-for-nurse-practitioners/"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">https://www.elitecme.com/resource-center/nursing/acupuncture-essential-for-nurse-practitioners/</span></a><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">
Aces. Agosto de 2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">8 - ActuSoins, 6 mai 2015. Acupuncture
: une infirmière condamnée pour exercice illégal de la médecine </span><a href="https://www.actusoins.com/262991/acupuncture-une-infirmiere-condamnee-pour-exercice-illegal-de-la-medecine.html"><span color="windowtext" face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; text-decoration-line: none;">https://www.actusoins.com/262991/acupuncture-une-infirmiere-condamnee-pour-exercice-illegal-de-la-medecine.html</span></a><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">7 - COFEN – Conselho Federal de Enfermagem RESOLUÇÃO
COFEN N°585 de 08/08/2018 </span><a href="https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-585-2018_64784.html%20Acesso%2023/08/2020"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-585-2018_64784.html
Acesso 23/08/2020</span></a><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">9 - KUREBAYASHI, Leonice Fumiko Sato; OGUISSO, Taka;
FREITAS, Genival Fernandes de. Acupuntura na enfermagem brasileira: dimensão
ético-legal. Acta paul. enferm. , São Paulo, v. 22, n. 2, pág. 210-212, 2009.
Disponível em
<<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002009000200015&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002009000200015&lng=en&nrm=iso</a>>.
acesso em 21 de agosto de 2020. https://doi.org/10.1590/S0103-21002009000200015<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">10 - KUREBAYASHI, Leonice Fumiko Sato; FREITAS, Genival
Fernandes de; OGUISSO, Taka. “Acupuntura na saúde pública: uma realidade
histórica e atual para enfermeiros”. Cultura de los cuidados. Año XIII, n. 26
(2. semestre 2009). <a href="https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/13510/1/CC_26_05.pdf">https://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/13510/1/CC_26_05.pdf</a>
ISSN 1138-1728, pp. 27-33<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">11 - DA SILVEIRA, Rodrigo Euripedes et al. La acupuntura
como herramienta de trabajo para las enfermeras: revisión de la literatura.
Cultura de los cuidados, [S.l.], n. 35, p. 96-105, mayo 2013. ISSN 1699-6003.
Disponible en: <<a href="https://culturacuidados.ua.es/article/view/2013-n35-acupuntura-como-instrumento-de-trabalho-do-enfermeiro-revisao-integrativa-da-literatura">https://culturacuidados.ua.es/article/view/2013-n35-acupuntura-como-instrumento-de-trabalho-do-enfermeiro-revisao-integrativa-da-literatura</a>>.
Fecha de acceso: 23 ago. 2020 doi:https://doi.org/10.7184/cuid.2013.35.09.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">12 -PEREIRA, Raphael Dias de Mello; ALVIM, Neide
Aparecida Titonelli. Acupuntura para intervenção de diagnósticos de enfermagem:
avaliação de experts e especialistas de enfermagem. Esc. Anna Nery, Rio de
Janeiro , v. 20, n. 4, e20160084, 2016 . Available from
<<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452016000400203&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452016000400203&lng=en&nrm=iso</a>>.
access on 21 Aug. 2020. </span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">Epub
Aug 25, 2016. http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20160084<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">13 - GRIFFITHS V, TAYLOR
B. Informing nurses of the lived experience of acupuncture treatment: a
phenomenological account. </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Complement Ther Clin Pract.
2005;11(2):111-120. doi:10.1016/j.ctnm.2004.09.003<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">14 - PEREIRA, Raphael Dias de Mello; TITONELLI ALVIM,
Neide Aparecida. </span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">Acupuncture in
care: an integrative review of scientific production of brazilian nurses.
Journal of Nursing UFPE on line, [S.l.], v. 7, n. 7, p. 4849-4858, may 2013.
ISSN 1981-8963. Available at:
<https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/11743>.
Date accessed: 23 aug. 2020.
doi:https://doi.org/10.5205/1981-8963-v7i7a11743p4849-4858-2013.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">15 - Hao Y, Jiang J,
Gu X. Traditional Chinese medicine and nursing care. Int J Nurs Sci.
2017;4(3):328-329. Published 2017 Jun 17. doi:10.1016/j.ijnss.2017.06.005<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">16 - FRANCO SÁNCHEZ,
Jesús; CAMACHO ALCÁNTARA, José Antonio; BEGINES ALONSO, Rocío. </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Manejo
del dolor crónico con acupuntura por la enfermera en atenció n primaria en
pacientes diagnosticados de gonartrosis. Biblioteca Lascasas, 2017; V13. Disponible
en <<a href="http://www.index-f.com/lascasas/documentos/e11307.php">http://www.index-f.com/lascasas/documentos/e11307.php</a>><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">17 - OLIVEIRA, Cristiane Araújo de Acupuntura e
enfermagem: inovar o atendimento humanizado e integral ao paciente. Sociedade
Brasileira de Reprodução Humana. Publicações on -line Nov. 2017
https://enfermagem.sbrh.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Acupuntura.pdf Acesso
em Agosto de 2020<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">18 - SEBOLD, Luciara Fabiane; RADUNZ, Vera; ROCHA,
Patrícia Kuerten. Acupuntura e enfermagem no cuidado à pessoa obesa. Cogitare
Enfermagem, [S.l.], v. 11, n. 3, dec. 2006. ISSN 2176-9133. Disponível em:
<<a href="https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/7329">https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/7329</a>>. Acesso em: 23 aug.
2020. doi:http://dx.doi.org/10.5380/ce.v11i3.7329.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">19 - MARTINS, Eveliny Silva et al . </span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">Nursing and advanced acupuncture for relief of low
back pain during pregnancy. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 32, n. 5, p.
477-484, Oct. 2019 . Available from
<<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002019000500003&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002019000500003&lng=en&nrm=iso</a>>.
access on 23 Aug. 2020. </span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">Epub Oct 10, 2019.
https://doi.org/10.1590/1982-0194201900067.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">20 - NASCIMENTO, Marilene Cabral do. De panacéia mística
a especialidade médica: a acupuntura na visão da imprensa escrita. Hist. cienc.
saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 5, n. 1, p. 99-113, June
1998 . </span><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;">Available from
<<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701998000100005&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701998000100005&lng=en&nrm=iso</a>>.
access on 24 Aug.
2020.
https://doi.org/10.1590/S0104-59701998000100005.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span face=""Arial","sans-serif"" lang="EN-US" style="font-size: 12pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="" style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 107%;">o</span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 107%;">xxxxxxxxxxxxxx----------------------</span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="" style="line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;">VER TAMBÉM<o:p></o:p></span></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><span lang="" style="line-height: 107%;">National
Accreditation Commission for Schools and Colleges of Acupuncture and Oriental
Medicine NACSCAOM </span><span lang="" style="line-height: 107%;"><a href="https://www.nccaom.org">https://www.nccaom.org</a><a href="https://www.nccaom.org/">/</a></span><span lang="" style="line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span lang="" style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 107%;"><b>WHO- World Health
Organization. Health topics/Traditional medicine </b></span><span style="font-family: arial; line-height: 107%;"><span color="" lang=""><a href="https://www.who.int/westernpacific/health-topics/traditional-complementary-and-integrative-medicine">https://www.who.int/westernpacific/health-topics/traditional-complementary-and-integrative-medicine</a></span></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 107%;">----------------------xxxxxxxxxxxxxx</span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 107%;">o</span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;"><b>NOTA</b><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 107%;"><span style="font-family: arial;">apesar da <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal">Wikipédia</a> em anos
recentes vir conduzindo um beligerante debate contra o que considera
pseudociência no âmbito das ciências saúde, o que praticamente abrange as <b>PICS</b>
- <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_Nacional_de_Pr%C3%A1ticas_Integrativas_e_Complementares">Práticas Integrativas e Complementares</a>, como são denominadas no Brasil, ainda
se constitui como uma possibilidade de diálogo, conhecimento</span></span><span style="font-family: arial;"> </span><span style="font-family: arial;">e discussão sobre tais
práticas, antes conhecidas como Medicina Alternativa. </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Participe desta série de
verbetes dos quais sou também editor de sua construção e discussão:</span></p><p class="MsoNormal"></p><ul style="text-align: left;"><li><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_m%C3%A9dica" style="font-family: arial;">Acupuntura médica</a></li><li><span style="font-family: arial;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_e_psicologia">Acupuntura e psicologia</a></span></li><li><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_e_fisioterapia"><span style="font-family: arial; line-height: 17.12px;">Acupuntura e fisioterapia</span><span style="font-family: arial;"> </span></a></li><li><span style="font-family: arial;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_veterin%C3%A1ria">Acupuntura veterinária</a></span> </li></ul><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="line-height: 107%;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 17.12px;">----------------------xxxxxxxxxxxxxx</span><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 17.12px;">o</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 17.12px;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span lang="" style="font-family: arial; line-height: 17.12px;"><br /></span></p>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-20750231508696699782020-01-22T03:03:00.015-08:002022-06-08T09:52:45.810-07:00Acupuntura e Psicologia II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_4QCjamsO_g/Xigp9bfS-eI/AAAAAAAAOHo/DkYENfN_TDEdBIwN-V0EGpj-9dENgLa1gCLcBGAsYHQ/s1600/acupunturaPsicologia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="659" data-original-width="681" height="386" src="https://1.bp.blogspot.com/-_4QCjamsO_g/Xigp9bfS-eI/AAAAAAAAOHo/DkYENfN_TDEdBIwN-V0EGpj-9dENgLa1gCLcBGAsYHQ/s400/acupunturaPsicologia.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">A propósito da prática da acupuntura por psicólogos e ação
do Colégio Médico de Acupuntura movida com objetivo de anular a resolução do
CFP - Conselho Federal de Psicologia, pedido que foi aceito pelo TRF contra a
decisão, contra a qual o CFP interpôs recurso no Superior Tribunal de Justiça - STJ.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div><div class="MsoNormal"><br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">É realmente estranho
neste momento de discussão sobre a prática da acupuntura por psicólogos no
Brasil, a sua proibição, diante de tantas incursões e aproximações dos
psicólogos com a cultura oriental [ basta citar textos dos psicanalistas C. G
Jung (1875 – 1961), Erich Fromm (1900-1980) e Jacques Lacan (1901-1981) ...op.cit. ] e/ou
constatar que, os fundamentos da neurofisiologia que nos permite entender a
acupuntura, do ponto de vista ocidental, enquanto um sistema de estímulo -
resposta (S-R) no processo saúde doença. </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">Observe-se que os estudos sobre a natureza e magnitude dos </span>estímulos - resposta (S-R) que caracterizaram os primórdios da psicologia científica, também são aplicáveis à interpretação da estimulação da acupuntura e moxabustão à luz da neuro e/ou psicofisiologia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Entre os relevantes pesquisadores psicofisiologistas, do sistema </span> (S-R), se incluem estudos de
psicofísica de Ernest Heinrich Weber (1795-1878) e Gustav Fechner (1801-1887),
sobre a intensidade física dos estímulos e magnitude da sensação psicológica ou
mesmo do próprio W. Wundt (1832-1920), no primeiro laboratório de pesquisa de
psicologia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Para quem não sabe Wilhelm Wundt, foi assistente de Hermann
Helmholtz (1821-1894) no Instituto de Fisiologia da Universidade de Heidelberg,
e Helmholtz foi quem mensurou a velocidade do impulso neural (antes da invenção
dos aparelhos de eletroneuromiografia). Dando seguimento aos estudos de
psicofísica, foi Wundt também quem estabeleceu os princípios básicos para
estudo da consciência (o substrato material da vida mental) e as quatro
características fundamentais das sensações (qualidade, intensidade, extensão,
duração), diga-se de passagem características essências para o entendimento
da reflexologia e mesmo das científicas
interpretações ocidentais dos efeitos da acupuntura.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Acredito que dispensa apresentações a importancia da psicologia (mesmo ainda sob domínio da filosofia) o estudo dos sentimentos e emoções humanas. Nos basta citar René Descartes, 1649 </span> (As paixões da alma); Arthur Schopenhauer (1788-1860) ou Immanuel Kant (1724-1804), sem falar de Aristóteles (384 a.C - 322 a.C.) e outros representantes da filosofia grega que possívelmente influenciaram diretamente a cultura chinesa. </div><div class="MsoNormal"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></div><div class="MsoNormal"><span face="arial, helvetica, sans-serif">No âmbito de intervenção da psicologia científica moderna, sobre emoções e
mecanismos psicossomáticos, podemos mencionar:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">- Stanley Keleman (1931-2018), que foi um escritor e terapeuta
americano ( vindo da quiropraxia), que criou a abordagem de psicoterapia
corporal conhecida como "psicologia formativa" conhecido entre nós
proincipalmente por sua “Anatomia da Emoções”</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">- Alexander Lowen (1910-2008), que foi um psicanalista
estadunidense de orientação freudiana, estudante de Wilhelm Reich nos anos
1940 e início dos anos 1950 em Nova York, que desenvolveu a psicoterapia
mente-corporal conhecida como análise bioenergética.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">E naturalmente o
próprio Wilhelm Reich (1897-1957) médico, psicanalista e cientista natural.
Ex-colaborador de Sigmund Freud, que rompeu com este para dar prosseguimento à
elaboração de suas próprias ideias no campo da psicanálise. </span></div><div class="MsoNormal"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></div><div class="MsoNormal"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Reich publicou diversos livros afins à bioenergética, além do antigo opúsculo "A função elétrica do prazer e da
angustia" correspondente aos experimentos em seres humanos, nos quais
mediu o potencial de voltagem elétrica em toda a pele, enquanto experimentavam prazer ou ansiedade, em Oslo, na Noruega, entre <st1:metricconverter productid="1934 a" w:st="on">1934 a</st1:metricconverter> 1937. Merece destaque ainda seus livros: "A função do
orgasmo" e "Análise do Caráter" que praticamente inauguram a
abordagem bioenergética e medicina sexual, e, o ainda enigmático livro, para
alguns místico: "A Biopatia do Câncer". </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Também não é preciso lembrar que as interfaces do efeito da
acupuntura sobre a dor, sobre as emoções e doenças psicossomáticas, não podem ser
compreendidas sem a interdisciplinariedade e contribuições da psicologia, pois ainda é uma área que demanda conhecimento tanto das ciências biológicas como sociais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Só para avivar a memória da "Primeira Turma do Superior
Tribunal de Justiça" (STJ) , que decidiu que os profissionais da psicologia
não podem utilizar a acupuntura como método ou técnica complementar de
tratamento, uma vez que a prática não está prevista na lei que regulamenta a
profissão de psicólogo, só para avivar a memória, basta citar que alguns dos vários modelos teóricos conflitantes
e/ou complementares no estudo das emoções do mundo ocidental podem e devem ser compreendidos com as contribuições orientais e naturalmente da <b>Psicologia</b>: </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">- a proposição de James-Lange; <br />- o modelo teórico de Cannon-Bard; <br />- a teoria dos dois fatores de Shachter</span><span style="font-size: 12pt;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span face="arial, helvetica, sans-serif">.</span></span></span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span></div>
<span style="font-family: arial; font-size: 12pt;"><br /></span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">William James (1842 -1910),
simultaneamente com Carl Lange (1834 - 1900), formularam de modo independente uma
hipótese em que a senso-percepção associada à um evento interno visceral ou autonômico
é a fase inicial e essencial para a consciência das emoções. O modelo teórico
de Walter B. Cannon (1871-1945) e Philip Bard (1898-1977) segundo o qual a
emoção ocorre quando a partir de determinado estímulo o tálamo envia sinais, ao
mesmo tempo, para o sistema nervoso autônomo e para o córtex cerebral, o que
produz simultaneamente a experiência da emoção e/ou as alterações corporais. A
teoria dos dois fatores de Stanley Schachter (1922 -1997), referendada por Jerome
E. Singer (1934-2010) propõe que a experiência da emoção depende da estimulação
autônoma e sobretudo da interpretação cognitiva dessa estimulação.</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-P-e-ERXshjw/XigtziVxQpI/AAAAAAAAOH0/OgjY22DtXfotaw9QSAZZD-k3l_D8mwltACLcBGAsYHQ/s1600/emocao.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-P-e-ERXshjw/XigtziVxQpI/AAAAAAAAOH0/OgjY22DtXfotaw9QSAZZD-k3l_D8mwltACLcBGAsYHQ/s400/emocao.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><span class="label" style="background-color: white; font-family: arial; font-size: 13.192px; font-weight: bold;"> </span><span class="caption" style="background-color: white; font-family: arial; font-size: 13.192px; text-align: justify;">Expressões faciais típicas de seis emoções básicas: </span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><span class="caption" style="background-color: white; font-family: arial; font-size: 13.192px; text-align: justify;">a. alegria, b. medo, c. surpresa, d. tristeza, e. nojo, f. raiva. </span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white; font-size: 13.192px;">in: Miguel, 2015</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Outros modelos teóricos podem
ainda ser citados a exemplo da teoria psicanalítica, onde se utiliza o termo
afeto (teoria dos afetos) para designar algumas das emoções referidas por James
e Cannon ou hipóteses mais antigas advindas das contribuições dos filósofos ou
da medicina grega, com grandes contribuições sobretudo à compreensão da
ansiedade, ira (agressão, destrutividade), tristeza (melancolia) e as paixões e amor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Na medicina tradicional chinesa
traduzida na maioria dos manuais de acupuntura descreve-se os seguintes
sentimentos/emoções: (1) ira ou raiva (怒
nù); (2) alegria, felicidade (喜 xǐ ) também traduzido
como surpresa susto; (3) ansiedade (忧 yōu) traduzido também como: preocupação
– meditação – ficar pensativo (想 - si); ter uma ideia
fixa, obsessão; (4) tristeza traduzido também por: melancolia, sofrimento
moral, mágoa (悲 bēi) e (5) medo (恐 kǒng). Em uma primeira e superficial aproximação com as
teorias ocidentais, que ainda precisa ser realizada, pode-se afirmar que se
inserem na perspectiva de superação da dualidade cartesiana mente-corpo,
entendendo os órgãos e vísceras como
elementos da adaptação do indivíduo ou organismo ao meio ambiente (clima,
fatores nutricionais e genéticos) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><u>Medicina psicossomática</u></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Poderiam ser citados centenas de
textos sobre a "Medicina Psicossomática" entendendo esta como um sub-especialidade inter,
trans ou multidisciplinar do campo da psiquiatria e psicologia médica, onde não
faz o menor sentido questionar a importância teórico prático da psicologia. Hipóteses
da psicanálise ou “behavior medicine” (medicina comportamental ou psicologia da
saúde) já estão quase consolidadas ou são consensuais na prática da
psicoterapia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">O termo medicina psicossomática
começou a ser utilizado nas primeiras décadas do século XX, 1939 pode ser
considerado uma data de sua consagração, tendo como marco o início das
discussões que resultaram na fundação da American Psychosomatic Society em
1942. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Contudo é o resultado de séculos
de elaboração, desde o dito “mens sana em corpore sano”, e das contribuições
orientais, até, sem dúvidas, o local de onde evoluiu aqui no ocidente, ou seja:
nos laboratórios de psicologia ou nas investigações psicanalíticas que contribuiram
para o campo, com informações acerca da origem inconsciente das doenças, e mais
especificamente dos estudos das paralisias, conversões hipocondríacas, e
anestesias histéricas originados das contribuições pré - psicanalíticas de
Jean-Martin Charcot (1825-1893) e Josef Breuer (1842-1925), do próprio Sigmund
Freud (1856-1939) e principalmente de Franz Alexander (1891-1964), um médico e
psicanalista húngaro judeu radicado nos Estados Unidos considerado o fundador da medicina
psicossomática de base analítica e da criminologia psicanalítica.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">É realmente muito estranho supor
que a acupuntura como método ou técnica complementar de tratamento assim como a
psicoterapia (com e sem intervenções corporais) possam ser compreendidas como <b>não estando previstas na lei que
regulamenta a profissão de psicólogo. (?)</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">A restrição prática da acupuntura
por psicólogos no Brasil, só pode ser compreendida como reserva-disputa de
mercado profissional, diante de tantas contribuições dos psicólogos ou
inerentes à psicologia com a cultura oriental, e/ou a ciência do diagnóstico e terapêutica
da medicina cosmopolita (hegemônica) ocidental</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: navy;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: navy;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
</div>
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px; text-align: center;"> -------------------------</span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px; text-align: justify;">xxxxxxxxxxxxo</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Os ideogramas que formam a palavra psicologia 心理学 (xīn lǐ xué), </span></div>
<div style="text-align: center;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif">correspondem às palavras Coração, Razão e Aprender</span></div>
<br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white; font-size: 13.2px; line-height: 18.48px; text-align: center;"> oxxxxxxxxxxxx-------------------------</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-size: large;"><b>Referências</b></span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">ANDRADE, Cleyton. <b>Lacan Chinês</b>. Poesia, Ideograma e Caligrafia Chinesa de Uma Psicanálise. AL: Edufal, 2015</span><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">ANDRADE, Cleyton. Escrita poética e a interpretação no último <b>Lacan</b>. <span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span>Opção Lacaniana Online</span></span></span></div><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: inherit;">Ano 6 • Número 18 • novembro 2015 • ISSN 2177-2673 </span></span><div><span style="color: #2b00fe; font-family: inherit;"><a href="http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_18/Escrita_poetica_chinesa_e_a_interpretacao_no_ultimo_Lacan.pdf " target="_blank"><span style="background-color: white; white-space: pre-wrap;">http://www.opcaolacaniana.com.br/pdf/numero_18/Escrita_poetica_chinesa_e_a_interpretacao_no_ultimo_Lacan.pdf</span> </a></span></div><div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">CAMPIGLIA, Helena. Psique e medicina tradicional chinesa. São Paulo: Rocca, 2004 Disponível em: <a href="https://pt.scribd.com/doc/103678998/Psique-e-Medicina-Tradicional-Chinesa-Helena-Campiglia-1">https://pt.scribd.com/doc/103678998/Psique-e-Medicina-Tradicional-Chinesa-Helena-Campiglia-1</a></span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>FROMM, Erich</b>; SUZUKI, D.T.; MARTINO, Richard. Zen-budismo e psicanálise. SP: Cultrix, 1989</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">HOTHERSALL, David. História da psicologia. SP: McGraw-Hill, 2006</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>JUNG, Carl G</b>. O segredo da flor do ouro, um livro de vida chinês. RJ, Vozes, 1992</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>JUNG, C. G</b>. Psicoterapia e religião oriental. RJ, Vozes, 1986</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">KELEMAN, Stanley. Anatomia emocional. SP: Summus, 1992</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">KELEMAN, Stanley. Mito e corpo. SP: Summus, 2001</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">LOWEN Alexander, Corpo em terapia. SP: Summus,</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">LOWEN Alexander. Bioenergética. SP: Summus,2017</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">MIGUEL, Fabiano Koich. Psicologia das emoções: uma proposta integrativa para compreender a expressão emocional. Psico-USF, Itatiba , v. 20, n. 1, p. 153-162, Apr. 2015 . Available from <<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712015000100015&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712015000100015&lng=en&nrm=iso</a>>. access on 22 Jan. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712015200114.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>REICH, Wilhelm</b>. Análise do caráter. SP: Martins Fontes, 1989.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>REICH, Wilhelm</b>. A função do orgasmo. SP, Brasiliense, 1975</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>REICH, Wilhelm</b>. A biopatia do câncer. SP: WMF / Martins Fontes, 2009</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">REQUENA, Yves. Acupuntura y psicologia, hacia uma nueva aproximacion de la psicosomatica. Madrid: Las mil y uma ediciones, 1985</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">SCHULTZ, J. H. O Treinamento Autógeno. RJ: Editora: Mestre Jou, 1967</span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">TOMAZ DA SILVA, Hortênsia T. As emoções em Kant segundo Nancy Sherman. <a href="https://periodicos.unb.br/index.php/polemos/article/view/38751" target="_blank"><i>PÓLEMOS </i>Rev. de Estudantes de Filosofia da UnB</a>, 10(21), 91 -109.<br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">WEITEN, W. Introdução à
Psicologia: Temas e Variações. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">WEDDING, Danny; STUBER Margaret
L.(org.). Medicina Comportamental. SP: Manole, 2014</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif">WILCOX, Roger M. As related to The Bioelectrical Investigation of Sexuality and Anxiety, 2002</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><a href="http://www.rogermwilcox.com/reich/bioelectrical.html">http://www.rogermwilcox.com/reich/bioelectrical.html</a></span><br /></span>
<br />
<br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>VER TAMBÉM<br /><br /></b></span></div><div>
<h3 class="post-title entry-title" style="background-color: white; font-family: arial, tahoma, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 22px; font-stretch: normal; font-weight: normal; margin: 0.75em 0px 0px; position: relative;">
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2018/10/acupuntura-e-pratica-da-psicologia.html" target="_blank">Acupuntura e a prática da Psicologia</a></h3>
<br />
<br />
<br />
<br /></div></div>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-46349472796160990972019-09-11T06:58:00.000-07:002019-10-13T11:05:45.170-07:00Médicos e Curandeiros<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-04MmWoi6UyU/XaNmaBQvM0I/AAAAAAAAOAw/ylfOUU-iY2oo07WHn-Kw6xSWMT0y-TbfgCLcBGAsYHQ/s1600/MediCurand.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="398" data-original-width="600" height="265" src="https://1.bp.blogspot.com/-04MmWoi6UyU/XaNmaBQvM0I/AAAAAAAAOAw/ylfOUU-iY2oo07WHn-Kw6xSWMT0y-TbfgCLcBGAsYHQ/s400/MediCurand.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="https://www.facebook.com/costapppr/media_set?set=a.259486490792592&type=3" target="_blank"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Médicos & Curandeiros, um <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">álbum</span> do facebook</span></a></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
<br />
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Esse conjunto de imagens de médicos e curandeiros, (disponível como álbum do <a href="https://www.facebook.com/costapppr/media_set?set=a.259486490792592&type=3" target="_blank">facebook</a>) faz parte de um estudo sistemático
comparando sistemas etnomédicos. Dois critérios de seleção foram utilizados na
seleção das imagens: Um biográfico, buscando imagens que melhor definissem a
identidade de importantes personalidades na história da medicina cosmopolita
(ocidental). E imagens que caracterizassem o momento histórico ou contexto
sócio cultural de sua atuação clínica, ou seja, de intervenção no processo
saúde doença, (exame, diálogos, práticas rituais, de ensino – pesquisa,
preparação de medicamentos etc.).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Essas práticas voltadas para conservação e recuperação da
saúde na falta de outra palavra podem ser definidas como “ato clínico”,
considerando, como diz Naomar Almeida-Filho, a natureza complexa, subjetiva e
contextual da relação saúde/doença/cuidados e processos sociais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Um outro critério para descrever ou definir cada uma dessas
imagens seria os momentos dos distintos itinerários terapêuticos ou dos
sistemas etnomédicos
que representam, numa analogia com os ensaios de antropologia visual. O
conceito de etnomedicina que tenho utilizado se baseia em
Horacio Fábrega que definiu esse enfoque como o estudo da forma como os
membros
de diferentes culturas pensam sobre a doença e se organizam socialmente
para
seu tratamento. Os estudos etnomédicos típicos se concentram na
classificação e
no significado cultural do adoecimento (tanto somático como mental) e
nas
condutas de recuperação da saúde destes, bem como, nas teorias e
práticas dos
curadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
A maioria dessas imagens, selecionadas ao longo de alguns
anos de estudo, são de domínio público, algumas de copyright reservado, mas
estão em processo de solicitação de autorização (observe-se a indicação de autoria
ao lado de cada imagem).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A maioria dessas imagens é de domínio público, algumas de copyright
reservado, mas sempre estão em processo de solicitação de autorização
(observe a indicação de autoria no nome do arquivo).</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Escolhi a imagem do afresco de Fra Angélico (1387 -1455) A cura de
Justiniano por São Cosmos e São Damião exatamente porque esses
"Médicos" depois considerados santos, </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">foram perseguidos pelo império e </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">depois decapitados, possivelmente por professar e agir de acordo com a
doutrina cristã antes do cristianismo ser reconhecido como religião
oficial do Império Romano no ano 380 por ordem do
imperador Teodósio I. Neste caso emblemático</span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">, foi realizado, uma "cirurgia espiritual" (não se vê na pintura: nem sangue, nem os instrumentos cirúrgicos da época.) A realização de um transplante de membro inferior, entre indivíduos de raça-etnia diferente ainda é um desafio em nossos dias</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Não se pode esquecer que a medicina, antes mesmos de ser uma ciência e
profissão é um ato de solidariedade, uma ciência humana, a <i>política ampliada</i>, como nos ensinou Rudolf Virchow (1821 -1902) ou ainda como apresentada pelo americano Charles-Edward Amory Winslow (1877–1957) que definiu a Saúde Pública, em 1920, como: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
<span style="font-size: small;">"<i>A arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a
vida, promover a saúde e a eficiência física e mental mediante o esforço
organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do meio, o controle das
infecções, a educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a
organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico precoce e
pronto tratamento das doenças e o desenvolvimento de uma estrutura social que
assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida adequado à manutenção
da saúde</i>".</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Lamentável qua alguns médicos, profissionais de saúde ou exploradores
desta arte só a utilizem em benefício próprio, para auferir lucros e vaidades,
justificando professarem a verdadeira ciência e tecnicismo, condenando
as heresias do que denominam <i>pseudociência</i>. </span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0Y0njU9nEIQ/XXj1-5hCjhI/AAAAAAAAN9s/IezSTrzW_-4SM_eZyCVXv2GZc2iJ5uI6QCEwYBhgL/s1600/FraAngelico-SaintsCosmas_Damian.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="599" data-original-width="750" height="318" src="https://1.bp.blogspot.com/-0Y0njU9nEIQ/XXj1-5hCjhI/AAAAAAAAN9s/IezSTrzW_-4SM_eZyCVXv2GZc2iJ5uI6QCEwYBhgL/s400/FraAngelico-SaintsCosmas_Damian.JPG" width="400" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Decapitação de São Cosmos e São Damião (Fra Angélico 1438 and 1440) </span><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">............................</span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">V</span>er: </b></span></div>
<br />
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><a href="https://www.facebook.com/costapppr/media_set?set=a.259486490792592&type=3" target="_blank">Médicos & Curandeiros <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">[ fotos / face</span>book ]</a></span></span></b><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: xx-small;"><a href="https://www.facebook.com/costapppr/media_set?set=a.259486490792592&type=3">https://www.facebook.com/costapppr/media_set?set=a.259486490792592&type=3</a> </span> </span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
________________</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Referências </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Almeida Filho, Naomar. no livro: A Ciência da Saúde (2000) ou A Clínica e a Epidemiologia (1992).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ver Também:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ALMEIDA FILHO, Naomar de. A clínica, a epidemiologia e a epidemiologia clínica.<b> </b>Physis,
Rio de Janeiro , v. 3, n. 1, p. 35-53,
1993 . Available from
<<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311993000100002&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73311993000100002&lng=en&nrm=iso</a>>.
access on
11 Sept. 2019.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73311993000100002.</span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sobre Cosmos e Damião e a medicina bizantina</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Byzantine Medicine</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: auto; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;" /><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: auto; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;" /><span style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Medicine and healthcare in the Roman Empire (eastern Roman Empire, Byzantium), a mini documentary</span><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: auto; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;" /><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fyoutu.be%2FxDIRj96KOJU%3Ffbclid%3DIwAR1mZ4XCxquKdkOhIURqlAtZFJ9PV8oRSBsSHLhmjEN2nHrjXOdjtRwd_OI&h=AT1YKcNN7isI1rNyWimYOEcND8bc_FcvgADq0C8pU7Ec3uW9tOFvZ6ZD0dfkFo2QIgnAUDut6sqH4LslIm2f0imXvdMUHEu6F8NThaE8fN7L3H00G4gUBSHA0SNg2Z2z1t8SWqazdg" href="https://youtu.be/xDIRj96KOJU?fbclid=IwAR1mZ4XCxquKdkOhIURqlAtZFJ9PV8oRSBsSHLhmjEN2nHrjXOdjtRwd_OI" rel="nofollow" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #385898; cursor: pointer; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: auto; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">https://youtu.be/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>xDIRj96KOJU</a><br style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; orphans: auto; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;" /><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1c1e21; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 18px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br />Medicine in the byzantine era<br /><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.anneperry.co.uk%2Fmiscellany%2Fephemera%2Fmedicine-in-the-byzantine-era%2F%3Ffbclid%3DIwAR253XKvdc9X1zma4FFSG-lCogQnzgXjB9RYcZmR8JOVs5mvVWBD2COZvFA&h=AT001aGAEweczeEG0LNeodbiKhFKcFsi34pEQNSVHhm8xzZCmL9tc-sKE6B7qEko6hFkp90Nw-F6g6MhvrBe_MiCoj4QvPvO1s9M5ZhfNrnCtOkWEx9RsfXWaz7fc4E5BSvg4bCwxQ" href="http://www.anneperry.co.uk/miscellany/ephemera/medicine-in-the-byzantine-era/?fbclid=IwAR253XKvdc9X1zma4FFSG-lCogQnzgXjB9RYcZmR8JOVs5mvVWBD2COZvFA" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: underline;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">http://</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">www.anneperry.co.uk/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">miscellany/ephemera/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">medicine-in-the-byzantine-e</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>ra/</a><br /><br /><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fen.m.wikipedia.org%2Fwiki%2FByzantine_medicine%3Ffbclid%3DIwAR3XfKeijRaHUNy0gWtcelYRjPmPoLmzjhwGwf_2A1vOacfEnmRlHG3mGrI&h=AT0wbaXsrE_ozpdReRXzXceALPDI7HHgATcETQgc_JO8rXrejdlZg_o_gqwvcBbiesHWOTAiYlArjQrBj4fw-ThBZ0q30BbhK6AUP-tZeskV_DDaAMGcmvR5qphIThwC3J9ES1Yp2w" href="https://en.m.wikipedia.org/wiki/Byzantine_medicine?fbclid=IwAR3XfKeijRaHUNy0gWtcelYRjPmPoLmzjhwGwf_2A1vOacfEnmRlHG3mGrI" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">https://</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">en.m.wikipedia.org/wiki/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>Byzantine_medicine</a><br /><br />...............<br />Pre Byzantine era<br /><br />Ancient Alexandria and the dawn of medical science<br />Ismail Serageldin<br /><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.ncbi.nlm.nih.gov%2Fpmc%2Farticles%2FPMC3991212%2F%3Ffbclid%3DIwAR3jZGpQ-F5zJt8E0jg5W0TvLmDtqpWaeHJtTpZvGK4IjEHdTTh1NyfiKZI&h=AT3l4El-CmvSOUpqBz-yAACC-ZlinXp4WmuStOX09jXIW8lIgB11Q9AGbTXwT59Rh5fhHX8ndM_qzmJIPa4oop80m4EnP9a6ocE4v9jafuKa7SgvCUkbecf_bZikyvtcZtC0ezHQDw" href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3991212/?fbclid=IwAR3jZGpQ-F5zJt8E0jg5W0TvLmDtqpWaeHJtTpZvGK4IjEHdTTh1NyfiKZI" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">https://</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>articles/PMC3991212/</a><br />..................<br /><br />Unani Medicine: Introduction and Present Status in India<br /><a data-lynx-mode="asynclazy" href="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fispub.com%2FIJAM%2F6%2F1%2F3747%3Ffbclid%3DIwAR0_5zgvQtAtLVGE42x1n8qsGfbhwndIwaiqiKZvKT58ozqszA8s0HkXJu8&h=AT0sKb84SJkPvCXmkdjyL72mJB4y632N2VdlKoMKwN1Rc3H3yvua1KuvIipubt6xP3o_wEbsRgJq6hF7wYy_wfxcpe9rjyWTU4X9-EgSbT9qDJjhEHfKT1lJqnjkCKWo9cpemeQSAQ" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">http://ispub.com/IJAM/6/1/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>3747</a>#:<br /><br />Saints Cosmas and Damian Performing a Miraculous Cure by Transplantation of a Leg<br /><a data-lynx-mode="asynclazy" href="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fsaint-lucy.com%2Fessays%2Fthe-ethiopians-leg%2F%3Ffbclid%3DIwAR3ZqciGPaCtfVkn790Ck0upkZZuNkI-z4oKHMBASMUFF6dV1CkokonKVTY&h=AT2ng_mC7vshxc6su-ZZQDbvxwudqp5vg-t0TG6s0mbOrfxRxJPnMXlkgPJB74dh1PTimAn0b5B2mNM4vhisYYzVOlNvY7jxEeowTecOZh-N3bciRRDvMDCsFiYsP1Ot5Z2Wfs1vyg" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">https://saint-lucy.com/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>essays/the-ethiopians-leg/</a><br /><br />The case of conjoined twins in 10th century byzantium<br /><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.medievalists.net%2F2014%2F01%2Fthe-case-of-conjoined-twins-in-10th-century-byzantium%2F%3Ffbclid%3DIwAR3hg9UMgl8BxNnFCnjxd8fY0i9W4aQYAyFL0P01HQ_ZUI24edzEDy66nt4&h=AT3UCMEOrn1Q_5dqiTpBBzx2D4fOLsJgzVpImBO0k1cD4dc-jW8n169lOEwuG3hfWlk6WkhjY7uw9z-pEGJQcgJNdVZ_G7Lpbm_vAdP9D7pckXwdf5rdTATnLnUwXQpMp-cUsxqOXA" href="http://www.medievalists.net/2014/01/the-case-of-conjoined-twins-in-10th-century-byzantium/?fbclid=IwAR3hg9UMgl8BxNnFCnjxd8fY0i9W4aQYAyFL0P01HQ_ZUI24edzEDy66nt4" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">http://</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">www.medievalists.net/2014/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">01/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">the-case-of-conjoined-twins</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">-in-10th-century-byzantium</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>/</a><br /><br />Why should Byzantium be considered as a cradle of clinical geriatrics?<br />Lapin A. Wien Med Wochenschr. 2008.<br />Wien Med Wochenschr. 2008;158(17-18):471-80. doi: 10.1007/s10354-008-0578-z.<br /><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.ncbi.nlm.nih.gov%2Fm%2Fpubmed%2F18807237%2F%3Fi%3D4%26from%3D%252F22533247%252Frelated%26fbclid%3DIwAR1ofDIzDNL1iV9CsNw3ZwRWIsxVSrPmaKX02rGkgD-EV7PFlkJObYDXJOg&h=AT2iubxg_hlVaBGmgZcoGnIiaddu6PnbDq8Eb_gGU497uxh-Tl0d6hu-PPs9BdHy0_Vm5tzydVKDPA7GJszL5RRSE-AU2_OPTpKpnUUj4cU4Yoiv4uyoOu-b6RoglVfyHu70ZDgm3w" href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/18807237/?i=4&from=%2F22533247%2Frelated&fbclid=IwAR1ofDIzDNL1iV9CsNw3ZwRWIsxVSrPmaKX02rGkgD-EV7PFlkJObYDXJOg" rel="nofollow" style="color: #385898; cursor: pointer; font-family: inherit; text-decoration: none;" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">https://</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">www.ncbi.nlm.nih.gov/m/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">pubmed/18807237/</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span><span style="font-family: inherit;">?i=4&from=%2F22533247%2Frel</span><wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block; font-family: inherit;"></span>ated</a></span> </span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-85398998244052115232018-10-05T15:38:00.035-07:002021-04-21T08:29:32.822-07:00Acupuntura e a prática da Psicologia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-D0-ex6GotOw/W7fn0pYpoII/AAAAAAAANbo/QrIBy4muc3swBHQykIyA74ewYNRabVBhACLcBGAs/s1600/PsicologiaAcupunturaBlog.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="500" src="https://2.bp.blogspot.com/-D0-ex6GotOw/W7fn0pYpoII/AAAAAAAANbo/QrIBy4muc3swBHQykIyA74ewYNRabVBhACLcBGAs/s1600/PsicologiaAcupunturaBlog.jpg" /></a></div>
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="text-align: justify;"><br /></span><span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="color: #20124d; font-size: large; text-align: justify;"><span style="font-family: times;"> </span><span style="font-family: inherit;">A profissão de técnico de
acupuntura, médico acupunturista e profissionais de saúde especializados em acupuntura
(acupunturistas com formação de nível superior) no Brasil, ainda está sem critérios legais para regulamentação
de sua formação. </span></span><span style="font-family: inherit;"><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-size: large; text-align: justify;"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-size: medium; text-align: justify;">Apesar de ser uma ocupação reconhecida por diversos conselhos
profissionais (vide lista de portarias em anexo), fazer parte dos serviços de
saúde oferecidos no SUS - Sistema Único de Saúde (Portaria 971 do Ministério da
Saúde, 2006), assim como também estar incluída no Catálogo Brasileiro de
Ocupações editado pelo Ministério do Trabalho, 1977, em convênio com a OIT
(Organização Internacional do Trabalho (MT/OIT/UNESCO-Bra 70/550 nº 0.79 – 15, onde se define a categoria "Acupunturista"), no Brasil, o acupunturista ainda está sem critérios legais para regulamentação de sua formação
e exercício profissional.</span><br />
</span></span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">O objetivo do presente texto é a tentativa
de entendimento de uma das querelas interprofissionais: a "despropositada" intervenção de segmentos da classe médica, para contestação da Resolução nº
05 de 24 de maio de 2002 do CFP - Conselho Federal de Psicologia, que autorizava os profissionais
desta categoria a prática da acupuntura. O </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">Colégio Médico de Acupuntura – CMA,</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> através da ação ordinária solicitou a anulação
do ato administrativo do CFP, com ação iniciada em agosto de 2002.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Em 2002, o CFP foi o oitavo conselho federal de saúde a reconhecer a acupuntura como especialidade e prática reconhecida para suas respectivas categorias profissionais. Em </span></span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white;">23 de agosto de </span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white;">2004, houve a decisão judicial, proferida pelo Juiz Federal Alexandre Vidigal de Oliveira considerando improcedente o pedido do Conselho Federal de Medicina de suspensão da citada Resolução nº05/2002, editada pelo Conselho Federal de Psicologia, que reconhece o uso da acupuntura como um recurso complementar ao trabalho do psicólogo. (Vectore, 2005)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Este processo havia sido julgado pelo
TRF - Tribunal Regional Federal e decido nessa instância que “não estão, os profissionais da Psicologia,
habilitados para a prática do diagnóstico clínico e prescrição de tratamento,
por isso </span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white;">considerando improcedente. Ação esta </span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> contestada e vencida como vimos em 2004. Contudo por recorrência </span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="background-color: white;">Conselho Federal de Medicina foi a novo julgamento no STF - Supremo Tribunal Federal.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Apesar recurso do CFP apresentado ao STF (junho/2013), este manteve
a decisão proferida pelo TRF 1ª Região de anulação da Resolução CFP 05/2002, que
reconhecia a acupuntura como recurso complementar no trabalho da(o)
psicóloga(o), uma vez que, houve o entendimento de que é competência da União
legislar sobre as condições do exercício das profissões regulamentadas. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">A partir desta decisão o Sistema de Conselhos de Psicologia, iniciado
pelo CRP – SP </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">ponderou que estando o
psicólogo(a) apto a assumir responsabilidades profissionais para as quais está
capacitado pessoal, teórica e tecnicamente (como previsto em seu código de ética),
e considerando caráter multiprofissional e livre do exercício da Acupuntura no Brasil, </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">não há óbice ou qualquer impedimento para que o psicólogo
possa atuar no campo. Recomendando apenas que não vinculasse a sua prática como
acupunturista à profissão de psicóloga(o) entendendo também, que essa
vinculação, por si só, não constituirá falta ética sobre a qual recairá qualquer
procedimento disciplinar (CRP-SP, 2015)</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
<span style="font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">O estado atual do impedimento do exercício da acupuntura por profissionais de psicologia limita-se portanto apenas à vinculação da prática simultânea de acupuntura e psicologia em uma mesma ação clínica ou espaço profissional (supõe-se). Contudo quero me
deter na argumentação proferida nesse julgamento, o entendimento de que psicólogos não podem
exercer a prática da acupuntura “</span><b>por se
tratar de matéria não prevista na Lei que regulamenta a sua profissão</b><span face="arial, helvetica, sans-serif">” e
portanto a</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">Resolução nº 05/2002 do CFP é
ilegal e deveria ser anulada.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Resumindo, cabe também aqui a ressalva de que no Brasil a acupuntura foi praticada por psicólogos, autorizados pelo CFP, por mais de dez anos (2002-2013) sendo fiscalizada pela Associação Brasileira de Acupuntura, (até a sua desautorização, ainda em discussão, em 2013). Além disso já existe ampla literatura e artigos publicados sobre sua pertinência no tratamento de patologias mentais decorrente desse exercício, sendo também a psicologia corporal e bioenergética consideradas uma prática complementar no tratamento da dor, tensão muscular e ansiedade em doenças crônicas. (Oliveira, 2013)</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span><div><span><span style="color: #20124d; font-family: inherit; font-size: large;"><b>Psicologia clínica.</b></span></span></div><div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b><br /></b></span></div></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Observe-se inicialmente que na história do reconhecimento da acupuntura no Brasil, já constava sua aplicação a
doenças nervosas e saúde mental, estava previsto que o acupunturista executasse o
tratamento de distúrbios psicológicos (psíquicos), nervosos além de outros
distúrbios orgânicos e funcionais;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Naturalmente, ou melhor,
possivelmente, para julgar os psicólogos como não aptos a intervir em distúrbios relativos à saúde mental, os juristas devem ter-se detido na lei nº 4.119, de 27 de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>agosto de 1962, que instituía a profissão de
Psicólogo e especificava que constitui função privativa do Psicólogo a
utilização de métodos e técnicas psicológicas com os seguintes objetivos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">a) diagnóstico psicológico;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">b) orientação e seleção
profissional;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">c) orientação psicopedagógica;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">d) solução de problemas de ajustamento.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Entendimento este que aparentemente
ignora que o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">diagnóstico psicológico</b>
se aplica à condições clínicas, e que estas foram superficialmente compreendidas como
“solução de problemas de ajustamento”. Naturalmente que este termo "ajustamento" já sofreu
muitas críticas, sobretudo por psicólogos sociais e comunitários que preveem
para a profissão de psicólogo: a ocupação de cargos de administração no poder público, e o empodeiramento de populações para que venham obter as necessárias reformas sociais que
lhes proporcionem melhor condição e qualidade de vida. Apesar do termo ajustamento ser uma nítida referência a capacidade de adaptação das teorias do stress (físico e psicológico) e da biologia evolutiva.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Observe-se também que a essência da pratica da acupuntura é a <b>estimulação</b> e que o estudo da
estimulação sensorial, sua medida, e efeito neurofisiológico foi o berço de
origem da psicologia científica. Seja nos estudos de psicofísica de Ernest Heinrich Weber
(1795-1878) e Gustav Fechner (1801-1887), sobre a intensidade física dos estímulos e
magnitude da sensação psicológica ou mesmo do próprio W. Wundt (1832-1920), no
primeiro laboratório de pesquisa de psicologia. </span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Wilhelm Wundt, foi assistente de Hermann Helmholtz (1821-1894) no Instituto de Fisiologia da Universidade de Heidelberg, e Helmholtz, foi quem mensurou a velocidade do impulso neural (antes da invenção dos
aparelhos de eletroneuromiografia). Dando seguimento aos estudos de psicofísica. Devemos a Wundt também a proposição dos princípios básicos para estudo da fisiologia da consciência (enquanto substrato material da vida mental) e determinação das quatro características fundamentais das
sensações (qualidade, intensidade, extensão, duração). Diga-se de passagem
características essências para o entendimento da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>reflexologia e mesmo das científicas interpretações ocidentais
dos efeitos da acupuntura.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span><div><span><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="color: #20124d; font-family: inherit; font-size: large;"><b>Psicoterapia</b></span></span></div><div><span style="font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span></span></div></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Além do limitado entendimento da
psicologia por parte dos operadores do direito ou</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> juristas do STF, como visto, observe-se ainda que a interpretação da referida "</span><span face="arial, helvetica, sans-serif">solução de problemas de ajustamento" apenas no
âmbito psicopedagógico e organizacional, omite (leia-se ignora)
sua aplicação clínica e estudo da utilização de índices psicofisiológicos, como
os aqui mencionados. Os representantes do Colégio Médico de Acupuntura – CMA e
Tribunal Regional Federal da Primeira Região, ignoraram principalmente a </span><b>resolução do Conselho Federal de Psicologia de inclusão das atividades de
psicoterapia na matéria (prevista por Lei) para regulamentar a profissão de
psicólogo.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Reporto-me ao texto das “Atribuições
Profissionais do Psicólogo no Brasil - Contribuição do Conselho Federal de
Psicologia ao Ministério do Trabalho” destinado a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>integrar o CBO - catálogo brasileiro de
ocupações – enviada em 17 de outubro de 1992, onde melhor se especificou a
dimensão do diagnóstico e/ou sua aplicação na <span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><b>psicoterapia </b>como</span> atividades
do Psicólogo Clínico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Nesse referida publicação pode-se
ler que o psicólogo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">atua na área
específica da saúde, </b>colaborando para a compreensão dos processos intra e
interpessoais, utilizando <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">enfoque preventivo</b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ou curativo,</b> isoladamente ou em
equipe multiprofissional em instituições formais e informais. Realiza pesquisa,
diagnóstico, acompanhamento psicológico, e<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">
intervenção psicoterápica individual</b> ou em grupo, através de diferentes
abordagens teóricas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A descrição de ocupação do
psicólogo (no detalhamento das atribuições) inclui nos seguintes itens (aqui
selecionados):</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">1 – Realiza avaliação e
diagnóstico psicológicos de entrevistas, observação, testes e dinâmica de
grupo, com vistas à <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">prevenção e tratamento
de problemas psíquicos. </b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">2 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Realiza atendimento psicoterapêutico individual </b>ou em grupo,
adequado às diversas faixas etárias, em instituições de prestação de serviços
de saúde, em consultórios particulares e em instituições formais e informais. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">4 – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Realiza atendimento a crianças com problemas emocionais, psicomotores e
psicopedagógicos.</b> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">5- <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acompanha psicologicamente gestantes durante a gravidez, parto e
puerpério, procurando integrar suas vivências emocionais e corporais,</b> bem
como incluir o parceiro, como apoio necessário em todo este processo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">7- </b>Trabalha <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em situações de
agravamento físico e emocional, inclusive no período terminal, </b>participando
das decisões com relação à conduta a ser adotada pela equipe, como:
internações, intervenções cirúrgicas, exames e altas hospitalares. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">13-Realiza pesquisas visando a
construção e a ampliação do conhecimento teórico e aplicado, no campo da saúde
mental. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">17-Participa de programas de
atenção primária em Centros e Postos de Saúde ou na comunidade; organizando
grupos específicos, visando a prevenção de doenças ou do agravamento de fatores
emocionais que comprometam o espaço psicológico. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Psicologia clínica, abordagens teóricas afins</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">O termo psicoterapia foi utilizado pela primeira vez em 1872, por um médico inglês, Daniel H. Tuke
(1827-1895) no seu “Manual of Psychological Medicine” (1858), este teve ampla
repercussão, integrando-se paulatinamente à psiquiatria (alienismo), à psicanálise, e finalmente à psicologia, multiplicando-se as interpretações de seu significado e práticas decorrentes. Há
mesmo autores que acreditam ser inoperante classificar da diversas formas de psicoterapia, considerando que surgiram
mais de setenta escolas dessa ciência e técnica no mundo, a partir da segunda metade do
século XX.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><span face="arial, helvetica, sans-serif">No século XX constata-se a progressiva conquista da teoria e técnica proposta por Sigmund Freud (1856-1939)</span><span face="sans-serif" style="background-color: white; color: #222222;">.</span></span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> Pode-se esboçar a trajetória científica da psicanálise como abandonando inicialmente as suas relações com o estudo neurológico das afasias, abandonando a incipiente e tóxica psicofarmacologia da época, e mesmo o tratamento da histeria através da hipnose, estruturando-se como ciência no exercício clínico. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Já consagrada como "terapia da palavra", a psicanálise, fundamenta-se, além da metodologia clínica, </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">no estudo antropológico dos costumes e pesquisas sobre arte, religiões, e naturalmente sobre linguística e teoria da literatura. </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">Afirma-se paulatinamente como não exclusiva de profissionais de medicina. Contudo c</span><span face="arial, helvetica, sans-serif">ircunscrevendo as demandas da psicopatologia, da psicologia jurídica dos sociopatas e inimputáveis, além da medicina psicossomática,</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> vem retornando, na atualidade, ao “projeto de uma psicologia
para neurologistas” ou neuropsicologia. É visível esta tendência com a recriação da neuropsicanálise, cujo marco histórico pode ser a criação da </span><a href="https://npsa-association.org/" target="_blank">Internacional Neuropsychoanalysis Society</a><span face="arial, helvetica, sans-serif"> em Nova York, 1990. Observe-se porém que não perdeu a abertura teórica e técnica de ser exercida por profissionais não médicos.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na apresentação dos "textos
geradores do ano da psicoterapia", a <b>psicoterapia </b>é reconhecida como prática do psicólogo, por se
constituir, técnica e conceitualmente, um processo científico de compreensão, análise e
intervenção que se realiza através da aplicação sistematizada e controlada de
métodos e técnicas psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela
ética profissional, promovendo a saúde mental e propiciando condições para o
enfrentamento de conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos. (Resolução
CFP nº 10/00, de 20 de dezembro de 2000) </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Ainda segundo esse texto do
Conselho Federal de Psicologia, constata-se que na atualidade, existem mais de 250 modalidades
distintas de psicoterapias. </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">Numa lista considerada não exaustiva, na classificação de Escolas de Psicoterapia (há setenta denominações no mundo), pode-se
identificar três grandes grupos:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">1) Psicoterapias arcaicas ou
clássicas (sete denominações, por exemplo, hipnotismo);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">2) Psicoterapias psíquicas ou
psicocorporais, derivadas ou dissidentes da psicanálise, conhecidas como “novas
terapias” (com 39 denominações, por exemplo, psicodrama e gestalt-terapia);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">3) Terapias do comportamento,
ditas também terapias cognitivo comportamentais</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">(TCC) – (10 denominações, por
exemplo, terapia cognitivo-comportamental e dessensibilização pelos movimentos
oculares).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Identificam-se ainda outras
modalidades, incluídas em outra seção, classificadas segundo as Escolas de
psiquiatria ou de psicopatologia ditas dinâmicas ou psicodinâmicas (aliança de
uma forma clínica e de um sistema de pensamento, inclui: psicanálise; psicologia
clínica; psicoterapia institucional; psicologia analítica e psicologia
individual).</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"></span>
<b><span face="arial, helvetica, sans-serif">Creio ser ponto pacífico que acupuntura, a ioga e outras técnicas de origem oriental se inserem no grupo das intervenções psicossomáticas, psicoterapias bioenergéticas ou </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">corporais.</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span></b><br />
</span><div>
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">A questão essencial da proposição
do CFP sobre a psicologia clínica e, em especial, as psicoterapias, é, se estas
podem e/ou devem ser definidas como ciência?</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">O próprio CFP nos apresenta uma lógica e brilhante
resposta:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">... <i style="mso-bidi-font-style: normal;">as psicoterapias não podem e não devem ser definidas como ciência. Não
podem porque – como argumentamos acima – elas não se enquadram no espaço
epistêmico da racionalidade moderna. Não devem porque sua não cientificidade
não é defeito a ser corrigido no futuro, mas é o traço essencial de um saber
cuja fecundidade reside justamente em resistir à pretensão de uma objetividade e
de uma operacionalidade universais. As psicoterapias possuem caráter sapiencial
que as aproxima dos antigos exercícios espirituais e sua riqueza consiste não
só em resistir ao avanço da administração total da vida, mas em preservar o
lugar antes ocupado pela sabedoria antiga. </i>(<span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Conselho Federal de Psicologia. Ano da Psicoterapia,
textos geradores. CFP. </span></span>XIV Plenário; Gestão 2008 - 2010)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Por outro lado autores como, Stahl,
Schwartz e Sachdeva, propõem modelos científicos para o que denominam farmacopsicoterapia, onde o efeito da psicoterapia é comparado a uma droga
epigenética, ou seja, capazes de produzir modificações que não envolvem
mudanças na sequência de DNA do organismo. Os citados autores analisam evidências e nos sugerem que tanto a farmacoterapia
como a psicoterapia podem atuar convergindo sua ação, possivelmente em neurocircuitos semelhantes, alterando
o funcionamento do cérebro como um todo, ao aliviar sintomas psiquiátricos em quadros de depressão e ansiedade, por exemplo.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Jacques Alain Miller
(1944), um dos fundadores da École de la Cause Freudienne, distingue as psicoterapias das intervenções
diretas sobre o cérebro, cirúrgicas, elétricas ou químicas, entretanto
<b>inclui no campo contemporâneo das psicoterapias, as intervenções sobre a
realidade psíquica advindas da sabedoria oriental </b>e destaca as que "passam pelo corpo", (formas de ginástica
advindas das sabedorias orientais) e ocidentais da
antiguidade, de dominação psíquica das funções e apetites somáticos, ou as disciplinas de maestria do corpo.</span><span> </span><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="text-align: justify;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="color: #222222;"><span style="line-height: 22.4px;"> </span></span></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Algumas
considerações sobre a acupuntura</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Apesar do seu reconhecimento como arte terapêutica e
medicina tradicional, patrimônio cultural intangível da humanidade (UNESCO,
2010) sua integração ao sistema de saúde hegemônico e conhecimento científico tem
sido igualmente controvertida.</span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>A tese do presente autor (Costa, 2000) destaca a importância da compreensão das caraterísticas psíquicas e neurológicas para o entendimento ocidental da acupuntura. Esta proposição considera que estamos diante de uma versão etnomédica do antigo conhecimento oriental (asiático) sobre o cérebro e/ou funções do sistema nervoso. </b>Ou seja, considera que utilizando a metodologia desenvolvida pela antropologia estrutural, pode-se investigar como o cérebro sua anatomia, funções e disfunções, podem ser tomados como objeto de estudo da antropologia/etnografia ao ser considerado como análogo aos <b>invariantes biológicos</b> ou <i>mitemas</i>, como por exemplo o modo como os animais podem ser estudados (na etnozoologia) e se constituem como invariantes, os <i>zoemas</i> (Levi-Strauss, 1986 p.99) nas distintas narrativas míticas.</span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="margin-top: 12pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Autores como Oliver Sacks
(1933-2015) e Clifford Geertz (1926-2006) denominaram <b>o estudo da interface cérebro,
mente, cultura como neuroantropologia</b>, área do saber que até mesmo já se
constituiu como uma comunidade de pesquisadores, a Sociedade Internacional de
Neuroantropologia. Onde se pesquisa tentando desvendar o enigma de como o
cérebro pode ser pensado (e estudado ou como a mente e os processos cognitivos
produzem a cultura que lhe produz e organiza.</span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A realidade é que o estudo da acupuntura em sua essência
não diverge do estudo de como diferentes povos lidam com o processo de
adoecimento, o comportamento social e a adaptação do ser humano, e esta questão
é o principal objeto da etnomedicina (Fábegra, 1975)</span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A capacidade desse sistema etnomédico para modificar
estados, sinais e sintomas de diversas patologias do sistema nervoso, especialmente a dor, é reconhecida e pesquisada no ocidente há pelo menos 3
décadas, quando houve um reconhecimento formal da OMS.<b> Em <st1:metricconverter productid="1980 a" w:st="on">1980 a</st1:metricconverter> OMS publicou uma
relação com cerca de 40 patologias e estados patológicos com eficácia
reconhecida onde pelo menos 22 são distúrbios funcionais (psicossomáticos) que
envolvem o controle direto do Sistema Nervoso Central - SNC e/ou - Sistema
Nervoso Autônomo SNA</b></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na acupuntura, a mais conhecida
técnica da Medicina Tradicional Chinesa, encontra-se a identificação de muitos
sinais e sintomas de alterações da função nervosa como dor (cefaléia,
associadas e não associadas à dano nas estruturas do sistema periférico - segmentar),
ansiedade, distúrbios autonômicos emocionais, alterações reflexas de tônus e
postura, tremores, alterações comportamentais e cognitivas associadas a
disfunções elétricas e funcionais do cérebro (convulsão, hiperatividade,
demência, retardo e deficiência mental) que podem ser avaliados e tratados por
intervenção em pontos que se distribuem por todo o corpo, nos distintos
meridianos identificados por essa técnica, associada ou não a outras formas de
tratamento da medicina tradicional chinesa, onde se inclui a administração de
compostos fitoterápicos (psicoativos inclusive) e outras formas de intervenção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">É bem verdade, que esses sinais e
sintomas estão descritos e trabalhados de modo distinto da medicina ocidental,
mesmo assim, esta pode beneficiar-se dessa antiga forma de intervenção
terapêutica como referência de pesquisa e/ou pratica clínica e vice versa.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na monografia de especialização
em acupuntura do presente autor, orientada pelo professor Jurecê Machado, que
na época administrava uma clínica escola associada a Associação Brasileira de Acupuntura
– seção Bahia, fundada pelo Prof., Haeckel Meyer, foi elaborada uma <b>lista de
fenômenos e manifestações orgânicas (fisiopatológicas e clínicas) do sistema
nervoso que são simultaneamente abordadas pela acupuntura e/ou neuropsicologia e medicina psicossomática,
a saber:</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alterações na organização cíclica temporal </b>(relógios biológicos): o tempo e<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>possíveis marcadores de ritmos e
ciclos ultradianos, circadianos, cósmicos e especialmente o Ciclo Vital, onde
estudaremos as depressões, especialmente sazonais, a insônia, os distúrbios menstruais e da função sexual.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alterações do desenvolvimento neuropsicomotor:</b> como o próprio nome sugere,
trata-se de uma abordagem simultânea das aplicações multidisciplinares no
tratamento (por neuroestimulação ou estimulação precoce) do comportamento motor
(especialmente o tônus) e cognitivo (linguagem, Inteligência) de crianças com características
normais e patológicas, (com e sem retardo mental, déficit sensorial e alterações
posturais). Identificaram-se na Medicina Tradicional Chinesa proposições
explicativas e tratamentos para, o retardo mental, a hiperatividade, epilepsias e paralisias. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Distúrbios emocionais:</b> onde a tarefa da psicologia com as diversas teorias dos
afetos e comportamento emocional é tão significativa para complementar o
trabalho da neurofarmacologia e especialmente na compreensão das doenças
mentais ou mesmo alterações comportamentais associadas a distintas patologias
orgânicas. Patologias consideradas de natureza psicossomática e emocional como, asma,
hipertensão arterial, distúrbios da função sexual são identificadas e tratadas
pela acupuntura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alterações da mente/ espírito, ou funções mentais superiores: </b><span style="mso-bidi-font-weight: normal;">o estudo dessas funções</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>concentrando-se<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> </b>no estudo da linguagem enquanto determinante da conduta e nos quadros
psicopatológicos cujo diagnóstico e tratamento por acupuntura começam a ser
reconhecidos e mencionados nos manuais de tratamento, a exemplo da depressão, histeria, ansiedade e mesmo a psicose. Mais recentemente tem se evidenciado que o tabagismo e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>outras formas de drogadição, também podem ser tratados pela acupuntura, especialmente
se associados a técnicas de meditação auto-conhecimento e libertação (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">wu-wei, satori, samhadi</i><span style="mso-bidi-font-style: normal;">)</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> descritos nos </i></span><span face="arial, helvetica, sans-serif">textos sagrados, mitos, aforismos da cultura tradicional oriental que servem de modelo e complementação a algumas técnica psicoterápicas como anteriormente descrito.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dor</b>, nessa área, onde predomina a abordagem neurofisiológica da
anestesia e clínica, também tem sido relevante a contribuição da acupuntura para compreensão dos mecanismos fisiológicos da dor, as suas contribuições se somam as da
neuropsicologia, especialmente dos processos depressivos e aspectos emocionais
da propriocepção e inauguram uma nova perspectiva de compreender a acupuntura
em nível microscópico e molecular.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Na citada monografia, "o mar de dentro" (Costa, 2000), abordou-se
especialmente o conhecimento sobre o sistema nervoso nas disciplinas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>anatomia, neurobiologia e neuropsicologia
embora já se saiba que muitas das explicações sobre o efeito clínico da
acupuntura vêm da imunologia, da endocrinologia e da medicina psicossomática, seja essa última interpretada na escola psicanalítica ou medicina comportamental, apesar
da ênfase dada ao estudo das propriedades reflexas do sistema nervoso ou reflexologia pavloviana. Autores
mais recentes tem proposto o termo psiconeuroendocrinoimunologia para
substituir a manifestação psicossomático ou referindo-se a qualquer atividade
do sistema nervoso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>O exercício/ estudo da acupuntura
por<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>equipe multiprofissional deve
considerar que na abordagem da neurociência, ainda não há uma concordância
plena dos métodos de estudo e especificidades profissionais que atuam sobre
essa classe de sinais e sintomas que envolvem a integridade e funcionamento do
sistema nervoso. </b></span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Seguindo a atual divisão das especialidades médicas e
paramédicas esboçamos aqui u</span><span face="arial, helvetica, sans-serif">ma lista provisória das
intervenções interdisciplinares sobre as síndromes, sinais</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">e sintomas referidos e estudados em:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Neurologia/ Fisioterapia: </b>acidente vascular; paralisias, paresias,
parestesias, tremores, convulsão, demência e retardo mental.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>Medicina psicossomática/ Clínica médica: </b>asma, alergias, hipertensão, taquicardia, constipação (prisão de ventre), colite, gastroptose, frigidez, vaginismo, impotência, ejaculação precoce.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Psiquiatria/ Psicologia: </b>hiperatividade, ansiedade; depressão,
psicose. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>Uma abordagem metodológica de tais distúrbios com esta
proposição deve ser, além de multiprofissional e interdisciplinar, considerar-se análoga a um trabalho bilíngue / transcultural, </b>como
também</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">a constatação de uma
impossibilidade de correspondências exatas em todos os níveis ou sentidos dos
sistemas em questão.</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;">Para concluir</span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Falar de acupuntura para
antropólogos e neurocientistas como num texto "bilíngüe", um texto
escrito em dois sistemas linguístico – descritivos (jargões técnicos) é a
proposição (ambição) da maioria dos textos ocidentais e quiçá orientais. A maioria dos estudos e monografias publicadas tenta esta abordagem descreve-se uma patologia na ótica ocidental e em seguida na medicina tradicional, sendo que poucos trabalhos abordam a eficácia das técnicas empregadas.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">Ainda está por ser realizado um estudo que realmente integre o referencial correspondente a medicina cosmopolita ocidental e mais
especificamente das neurociências associado a epidemiologia clínica (medicina baseada em evidências) e outro
correspondendo a medicina tradicional chinesa, considerando a tradição chinesa
presente na práticas sobreviventes e /ou identificada em seus textos mais antigos, sendo interpretada como um conjunto coerente na ótica da etnologia (ao nosso ver melhor compreendido a
partir da orientação da antropologia estrutural).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText2" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">A compreensão do taoísmo / confucionismo tem se revelado
essencial para compreensão da própria estrutura da organização da cultura chinesa, além de constituírem-se como<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contribuições, ainda atuais, à
filosofia e à ética da prática terapêutica. <b>Observe-se que, o taoísmo (religião cujo
principal texto sagrado é o Tao Te King) junto com o budismo, religiões
tibetanas e hindus formam a base das práticas orientais de meditação, que como
veremos se associam ao conhecimento médico tradicional e à moderna psicoterapia, como referido por muitos autores incluindo o próprio C. G Jung (1875-1961) </b></span><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b>na década de 30, (do século XX), na apresentação </b></span></span><b style="font-size: large;">ao ocidente de </b><b style="font-size: large;">um dos primeiros textos que aproximam as técnicas ocidentais às práticas orientais</b><span style="font-size: large;">: </span><b style="font-size: large;">"O segredo da flor do ouro, um livro de vida chinês"</b><span style="font-size: large;">. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b><span style="color: red; font-family: inherit;"><br /></span></b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b><span style="color: red;"><span style="font-size: medium;"> </span><span style="font-size: large;">O que torna espantosa e completamente esdrúxula a afirmação de que acupuntura “</span></span></b></span><span style="color: red; font-size: large;"><b><span>é matéria não prevista na Lei que
regulamenta a profissão de psicólogo</span><span face="arial, helvetica, sans-serif">”</span></b></span></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-family: inherit; font-size: large;">Referências</span></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">BANNERMAN, R.H. Acupunctura: A Opinião da OMS, A Saúde do
Mundo, OMS (24-29) Dezembro 1979</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">BARFIELD, Thomas (Ed.). Antropologia médica / Horacio
Fábegra. Dicionário de antropologia. Mexico: Siglo Viente Uno p.62</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">BRAGHIROLLI,
Elaine M. et al.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span>Psicologia
Geral.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Porto Alegre: Editora Vozes 1990</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">CABRAL, Alvaro. Breve história da psicologia. RJ: Zahar </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">CORDIOLI, Aristides Volpato e col. Psicoterapias: abordagens
atuais. 3. ed. revista. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 20). apud CFP Conselho
Federal de Psicologia. Ano da Psicoterapia, textos geradores. CFP. XIV
Plenário; Gestão 2008 - 2010 </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">[ </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">p 28-29 ]</span><span face="arial, helvetica, sans-serif">disponível: https://site.cfp.org.br/publicacao/ano-da-psicoterapia-textos-geradores/ </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">COSTA, Paulo Pedro P. Rodrigues da. <b>O "mar de
dentro" um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema
etnomédico chinês.</b> Monografia para conclusão do Curso de Acupuntura Sistêmica. Orientador:
Jurecê J. Machado. Salvador,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>julho de
2000 CLIMA Escola Científica de Acupuntura</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">FABREGA,
Horacio. The need for an ethnomedical science. </span>Science 19 September
1975: Vol. 189 no. 4207 pp. 969-975 </span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">FOUCAULT, Michel. História da Loucura na Idade Clássica. SP:
Perspectiva, 2009</span><br />
<span face="sans-serif" style="background-color: white; color: #222222;"><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">FREUD, Sigmund. </span></span><span face="sans-serif" style="background-color: white; color: #222222;">Totem e tabu, alguns pontos de concordância entre a vida mental dos selvagens e dos neuróticos (</span><span face="sans-serif" style="background-color: white; color: #222222;">1912</span><span face="sans-serif" style="background-color: white; color: #222222;"> ). FREUD, S. </span><span face="sans-serif" style="background-color: white; color: #222222;">Ed. Standard das obras completas. RJ: Imago, 1974</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="background-color: white; color: #222222; font-family: inherit;"><br /><span style="font-size: medium;">FROMM,
Erich; SUZUKI, D.T.; MARTINO, Richard. Zen-budismo e psicanálise. SP: Cultrix,
1989</span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. RJ: Zahar.
2001</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">HOTHERSALL, David. História da psicologia. SP: McGraw-Hill,
2006</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">JUNG, C.G. O segredo da flor do ouro, um livro de vida
chinês. RJ, Vozes, 1992</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">JUNG, C. G. prefácio ao Bardo Thodol in Psicoterapia
ocidental, oriental. RJ, Vozes</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">LEVI-STRAUSS, C. O Pensamento Selvagem São Paulo, Companhia
Ed Nacional, 1976</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">LEVI-STRAUSS, Claude. Religiões comparadas dos povos
sem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>escrita, in: Antropologia Estrutural
II. RJ, Tempo Brasileiro, 1976 </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">LEVI-STRAUSS, C. A Natureza do Pensamento Mítico, in: A
Oleira Ciumenta São Paulo, Ed Brasiliense, 1986 </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">LIN - JUNG - DO (Org) Apostilas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do Curso de Acupuntura Ba<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ed<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Xerox-Mimeografada, 1986 e Apostilas e apontamentos de aula </span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="text-align: justify;">MILLER, Jacques Alain. Psicoterapia e psicanálise (p.11). in: FORBES, Jorge (org.) Psicanálise ou psicoterapia. Campinas, SP: Papirus, 1997</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">NEEDLEMAN, J.; LEWIS D.. No caminho do auto conhecimento, as
antigas tradições religiosas do oriente e os objetivos e métodos da
psicoterapia. <span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">SP: Pioneira,
1982<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">OBEYESEKERE,
Gananath. Depression, Budhism, and the Work of Culture<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>in <st1:place w:st="on"><st1:country-region w:st="on">Sri Lanka</st1:country-region></st1:place> in:...Culture and
Depression. <st1:city w:st="on">Berkeley</st1:city>, <st1:state w:st="on">LA</st1:state>:
<st1:place w:st="on"><st1:placetype w:st="on">University</st1:placetype> of <st1:placename w:st="on">California</st1:placename></st1:place> Press, 1985<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">OLIVEIRA,
Gislene et al. </span>Análise bioenergética: uma revisão sistemática da
literatura. <a href="https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/238/263">Id on line</a>, Revista de Psicologia. Ano 7 n 20, julho e 2013</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">TEITELBAUM, Philip. Psicologia fisiológica. RJ: Zahar, 1969</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">PAILLARD, Jacques. Utilização dos índices fisiológicos em
psicologia. in: FRAISE, Paul; PIAGET, Jean. Tratado de psicologia experimental.
V. 3 / 9v. RJ: Forense, 1969</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">SACKS, Oliver. Um Antropólogo em Marte. SP: Companhia das
letras, 1995 </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">SCHWARTZ, Thomas L.; SACHDEVA, Shilpa. Desfechos
endofenótipos e os fundamentos teóricos sobre eficácia (introdução do livro)
in: OLIVEIRA, Irismar; SCHWARTZ, Thomas L; STAHL, Stephen M. (orgs.) Integrando
psicoterapia e psicofarmacologia, manual para clínicos. Porto Alegre: Artmed,
2015</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">SOUSSUMI, Yusaku. O que é neuro-psicanálise. Cienc. Cult.,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>São Paulo ,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>v. 56, n. 4, p. 45-47,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dec.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">2004 .<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Available from
<http: cienciaecultura.bvs.br="" scielo.php="" script="sci_arttext&pid=S0009-67252004000400019&lng=en&nrm=iso">.
access on<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>05<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Oct.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></http:></span>2018.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="background-color: white; color: #1c1e21; line-height: 18px;">VECTORE, Celia. Psicologia e acupuntura: primeiras aproximações. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 25, n. 2, p. 266-285, jun. 2005 . Disponível em <</span><a data-lynx-mode="asynclazy" data-lynx-uri="https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fpepsic.bvsalud.org%2Fscielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS1414-98932005000200009%26lng%3Dpt%26nrm%3Diso%26fbclid%3DIwAR2WIBmvyUYJMdbDOf2EPTQoPneKz_z8_Je1QqJbRzZl-jHPMK4Tcx2ShEU&h=AT247t4rdZvBHIrlqkWyBQQjFn6aNh9-eCidgaLG5K4rqSfhJ-JbtUKDqrKcipt-6wJDo5ibnIp3msnhQ3xfsdxgYDEkdDI7pyNPHJiElkTx4wJEmegGcBnlFT3Uogp7NBqzMV0" href="http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000200009&lng=pt&nrm=iso&fbclid=IwAR2WIBmvyUYJMdbDOf2EPTQoPneKz_z8_Je1QqJbRzZl-jHPMK4Tcx2ShEU" rel="nofollow" style="background-color: white; color: #385898; cursor: pointer; line-height: 18px; text-decoration: none;" target="_blank">http://pepsic.bvsalud.org/<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>scielo.php?script=sci_artte<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>xt&pid=S1414-9893200500020<wbr></wbr><span class="word_break" style="display: inline-block;"></span>0009&lng=pt&nrm=iso</a><span style="background-color: white; color: #1c1e21; line-height: 18px;">>. acessos em 21 jul. 2019.</span></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">WATTS, Alan. Psicoterapia oriental e ocidental. RJ, Record,
1972</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span><span face="arial, helvetica, sans-serif">WHITE, Adrian,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Neurofisiologia da analgesia por acupuntura. in Ernest, Edzard; White,
Adrian, (org.) Acupuntura uma avaliação científica. SP, Manole, 2001</span><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<br />
</span><div style="text-align: center;">
<span style="font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="text-align: center;">-------------------------</span>xxxxxxxxxxxxo</span></span></span></div><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-size: 20px; letter-spacing: 0.1px; line-height: 1.6; margin-bottom: 32px; margin-top: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start;"><span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700; margin-bottom: 0px;"><span style="font-family: inherit;">ILUSTRAÇÃO</span></span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-size: 20px; letter-spacing: 0.1px; line-height: 1.6; margin-bottom: 32px; margin-top: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start;"></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-size: 20px; letter-spacing: 0.1px; line-height: 1.6; margin-bottom: 32px; margin-top: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;">Símbolo da Psicologia Ψ, a 23ª letra do alfabeto grego</span></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-size: 20px; letter-spacing: 0.1px; line-height: 1.6; margin-bottom: 32px; margin-top: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start;"></p><p style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.8); font-size: 20px; letter-spacing: 0.1px; line-height: 1.6; margin-bottom: 32px; margin-top: 0px; overflow-wrap: break-word; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;"><span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700;">針灸</span> Zhēnjiǔ / <span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700;">針 </span>(Zhēn: Agulhamento)<span style="box-sizing: inherit; font-weight: 700;"> 灸 </span>(Jiǔ: Moxabustão)</span></p></div><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">
<br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><b><span face="arial, helvetica, sans-serif">ANEXO</span></b></span></b><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></b>
<span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-weight: normal;">LISTA DE INDICAÇÕES DA ACUPUNTURA, DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) [STUX G.;</span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-weight: normal;">POMERANZ B., Basics of Acupuncture de Springer, Fourth Edition, 1997, pg 307) ] saved from: < http://www.smba.org.br/informacoes/respostas-12.html</span></span></b></span></span><b style="font-family: inherit; font-size: large; mso-bidi-font-weight: normal;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-weight: normal;"> > SMBA On-line - Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura</span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="font-weight: normal;"><br /></span></span></b>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Leis citadas<o:p></o:p></span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">LEI Nº 4.119, DE 27 DE</span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">AGOSTO DE 1962. - </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">Atribuições Profissionais do
Psicólogo no Brasil - Contribuição do Conselho Federal de Psicologia ao
Ministério do Trabalho” destinado a </span><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span><span face="arial, helvetica, sans-serif">integrar
o CBO - catálogo brasileiro de ocupações – enviada em 17 de outubro de 1992.</span><br />
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium; text-align: center; text-transform: uppercase;">PORTARIA Nº 971, DE 03 DE MAIO DE 2006</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span style="text-transform: uppercase;">A</span><span>prova a política nacional de práticas integrativas e complementares (pnpic) no sistema único de saúde</span></span><span face="arial, helvetica, sans-serif">.</span></span></span></div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><span face="arial, helvetica, sans-serif"> </span></span><a href="http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html">http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt0971_03_05_2006.html</a></span></div>
</div>
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<b>Reconhecimento da prática da acupuntura por Conselhos Profissionnais</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">COFITO - Conselho Federal de Fisioterapia e Terapias
Ocupacionais: </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">RESOLUÇÃO COFITO N° 60, DE 29 DE OUTUBRO DE 1985</span><br />
</span><div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">CFO - Conselho Federal De Odontologia, Resolução185/1993<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">CFB - Conselho Federal de Biomedicina: reconhece , através
da Resolução no. 02/86 e 02/95, que o biomédico pode ser orientado à prática da
Acupuntura (Resoluções CFB Ab. 2012)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">CRP - Conselho Federal de Psicologia: na Resolução CFP nº
05/2002, regulamentou a prática da acupuntura para o psicólogo. (revogada)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;">COFEN - Conselho Federal de Enfermagem: RESOLUÇÃO COFEN Nº.
326/2008 Resolução COFEN nº. 326/2008<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif">CFM - Conselho Federal de Medicina: RESOLUÇÃO CFM Nº
1.666/2003 (RESOLUÇÃO CFM nº 1.455/95; Revogada pela Resolução CFM nº 1.634/2002)</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span face="arial, helvetica, sans-serif">Conselho Regional de Psicologia – São Paulo, CRP - SP. NOTA
TÉCNICA Publicado em 11/5/2015 </span><a href="http://www.crpsp.org.br/portal/midia/fiquedeolho_ver.aspx?id=881">http://www.crpsp.org.br/portal/midia/fiquedeolho_ver.aspx?id=881</a></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><div style="text-align: center;">
<span face="arial, helvetica, sans-serif" style="font-family: inherit;">oxxxxxxxxxxxx-------------------------</span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span>
<span face="arial, helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
<br />Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-23111979345607619542018-09-23T08:30:00.000-07:002018-09-23T08:40:20.386-07:00Fígado, Raiva e Agressão na Medicina Tradicional Chinesa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-02XBK1MPEGM/W6exNI4DEAI/AAAAAAAANbI/YQWKNjiS_IAITFjcHpV88GtrawLw6oGgwCLcBGAs/s1600/agressao-raivaBlog.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="500" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-02XBK1MPEGM/W6exNI4DEAI/AAAAAAAANbI/YQWKNjiS_IAITFjcHpV88GtrawLw6oGgwCLcBGAs/s400/agressao-raivaBlog.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">É</span> tentador buscar compreender as emoções em seu sentido mais
amplo e universal, contudo numa perspectiva clínica da medicina psicossomática
e mesmo para o entendimento correto (leia-se interpretação ocidental) da
medicina tradicional chinesa alguns parâmetros deve ser considerados.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Colin A. Ronan em sua "História ilustrada da ciência da
Universidade de Cambridge" assinala o período histórico de
surgimento/consolidação de algumas das ideias básicas da ciência chinesa, como
nos descreve, a concepção de Yin / Yang (<span lang="EN-US">陰陽</span>) originou-se
no princípio do século IV a.C. e quanto a teoria dos Cinco elementos Wu Xing (<span lang="EN-US">五行</span>), ele atribui <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sua
sistematização e origem nos anos entre 370 e 250 a.C. por Tsou Yen (Zou Yan) o
membro mais destacado da Academia Chi-Hsia (Zhi-Xia) do príncipe Hsuan (Xuan).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O reconhecimento da teoria dos "cinco elementos"
ou "cinco movimentos" constitui-se como uma verdadeira revolução no conjunto
de hipóteses, leis e teorias que formam a psicologia. </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na concepção da tradição chinesa
os sentimentos ou emoções organizam-se como um ciclo associado à atividade dos
órgãos meridianos durante o dia e durante o ano. Tais emoções e sentimentos
podem ser benéficos ou patógenos a depender da forma como associados aos cinco
elementos da natureza (Vento; Calor; Umidade; Secura; Frio)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Observe-se, contudo que os ideogramas chineses que
correspondem aos cinco sentimentos ou emoções poderiam ser melhor
compreendidos, pelos ocidentais, analisando-se, numa perspectiva antropológica,e/ou
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sua utilização na literatura chinesa
clássica. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para os ocidentais o ciclo neurofisiológico das emoções
associado às estações do ano é em parte já reconhecido por especialistas em
psicobiologia e estudo do comportamento animal. São considerados <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>matrizes ou modelos, replicados em seus diversos
fatores em experimentos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que contribuíram
para atual concepção da neurofisiologia das emoções. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma atenção especial é dada à agressão, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por sua associação ao crime, porque não à
sociopatia sádica que começa a ser interpretada nesses modelos, e mesmo à
guerra. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em psicologia as emoções vêm sendo estudadas desde sua
origem como ciência.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Entre as primeiras proposições destacam-se as
contribuições de William James (1842-1910) modificada posteriormente pelo
fisiologista Carl Lange, nessa teoria, conhecida também como teoria da emoção
de James-Lange, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>imagina-se que as
emoções ocorrem como resultado de reações fisiológicas aos eventos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na teoria proposta por <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Walter Bradford Cannon (1871-1945), a emoção
ocorre quando o tálamo envia sinais, ao mesmo tempo, para o sistema nervoso
autônomo e para o córtex cerebral, o que produz simultaneamente a experiência
da emoção e as alterações corporais.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entre outras pode ser citada ainda <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a teoria dos dois fatores de S. Schachter e J.
Singer's (1962), segundo a qual a experiência da emoção depende da estimulação
autônoma e da interpretação cognitiva dessa estimulação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Outro destaque é a teoria psicanalítica, onde se utiliza o
termo afeto (teoria dos afetos) para designar algumas das emoções estudadas por
James e Cannon e Schachter com grandes contribuições <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobretudo à compreensão da ansiedade e
tristeza (melancolia), especialmente a relação destas com as chamadas doenças
psicossomáticas, como veremos, apesar de nos limitarmos, nesse texto, ao estudo
da raiva e agressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sem tanta pretensão com as da psicologia enquanto ciência, a
maioria dos manuais de acupuntura traduzidos descrevem os seguintes sentimentos/emoções:
(1) ira ou raiva (<span lang="EN-US">怒</span> nù); (2) alegria, felicidade (<span lang="EN-US">喜</span> xǐ ) também traduzido como surpresa susto; (3) ansiedade (<span lang="EN-US">忧</span>
yōu) traduzido também como: preocupação – meditação – ficar pensativo (<span lang="EN-US">想</span> - si); ter uma ideia fixa, obsessão; (4) tristeza traduzido
também por: melancolia, sofrimento moral, mágoa (<span lang="EN-US">悲</span> bēi)
e (5) medo (<span lang="EN-US">恐</span> kǒng).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na concepção ocidental de medicina psicossomática de doença
psicossomática a agressão e ou raiva pode estar associada à gastrite e à esofagite,
à algumas formas de constipação ou prisão de ventre. Inclusive o termo “enfezado”
sinônimo de irritado, zangado, na concepção popular e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em muitos dicionários "causar fezes a ou
ser acometido de fezes; <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contudo etimológicamente
apenas associado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>à irritação e não a
fezes (do latim <i>infensare</i>, “ficar raivoso com”, “ser hostil.”). Se
relacionarmos a raiva à modernas concepções dos mecanismos de fuga e luta e
reação de stress além das ”clássicas” ulceras duodenais também está associado à
distúrbios cardíacos, asma e outras doenças da emoção ansiosa ou depressiva nas
suas fases de “alerta” e “exaustão” ou “quase –exaustão”.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na concepção chinesa e teoria dos Cinco Elementos ou
Movimentos a “raiva” está associada ao meridiano do fígado (<i><span style="background: white; color: #222222; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Gan</span></i><span style="background: white; color: #222222; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-align: start; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"> </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #222222; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">肝經</span><span style="background: white; color: #222222; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">)</span></span>. Pela sua natureza ou função deste meridiano
relaciona-se ao aumento do Qi (energia vital) necessários à reações de luta, o
que elicia, tanto para ocidentais como orientais, o padrão reativo de ira: taquicardia,
prontidão de músculos e articulações, o rosto e os olhos avermelhados, agitação.
Os chineses aí identificam o chamado aumento fogo do fígado. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entre as doenças associadas ao desequilíbrio das relações do
fígado com <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os meridianos do pulmão, baço
estomago e intestino – descritos na teoria dos cinco elementos (<span lang="EN-US">五行</span>, wŭ Xing) são conhecidas e tratadas empiricamente,
lesões de cartilagem e unhas, afecções dos olhos e a capacidade de planejamento,
projetos inspiração por afetar o hun – alma etérea (o fator cognitivo da
experiência emocional ? ou a função do lobo – frontal ?) .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma síntese entre tais concepções e práticas decorrentes de
seu emprego ainda está por ser realizada. Acreditamos que a correta
interpretação dos elementos lingüísticos e culturais seja essencial. Não se
deve esquecer, porém, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que tanto a
concepção de doença como de cura em ambas as concepções devem ser consideradas simultaneamente
(e não a descrição da doença para o ocidente e o tratamento oriental ou vice
versa) e que assim como no ocidente a acupuntura e medicina chinesa é uma concepção
que dialoga com resultados empíricos ou de experiência acumulada embora não se
limite a tecer hipóteses com o que pode ser visto (observável) ou possua
existência material, levando-se em conta a condição de espírito e não apenas a
dimensão simbólica e de linguagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: large;">Referências</span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência da
Universidade de Cambridge. (4vol.) vol 2 - Oriente, Roma Idade Média. RJ, Zahar
Ed, 1987</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Weiten, W. Introdução à Psicologia: Temas e Variações. São
Paulo: Pioneira Thomson, 2002</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Reisenzein, R. (1983). <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">The Schachter theory of emotion: Two decades later. </span>Psychological
Bulletin, 94(2), 239-264. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Gurgel, Marina Gasparoto do Amaral. Raiva: emoção presente
nos portadores de gastrite e esofagite. Psic,<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>São Paulo ,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>v. 8, n. 2, p.
241-242, dez.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>2007 .<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><http: pepsic.bvsalud.org="" scielo.php="" script="sci_arttext&pid=S1676-73142007000200015&lng=pt&nrm=iso">acesso em<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>23<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>set.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>2018.</http:></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Selye, Hans. Stress a Tensão da Vida. SP: Ibrasa, 1965</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Maciocia, Giovanni. Os fundamentos da medicina chinesa. SP:
Roca, 2015<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: blue;">Esse texto inclui
também a revisão de contribuições e publicações do autor em:</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acupuntura e psicologia</b><br /><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_e_psicologia" target="_blank">https://pt.wikipedia.org/wiki/Acupuntura_e_psicologia</a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aprendendo acupuntura
no ocidente (2010)</b> <a href="https://etnomedicina.blogspot.com/2010/08/aprendendo-acupuntura-no-ocidente.html">https://etnomedicina.blogspot.com/2010/08/aprendendo-acupuntura-no-ocidente.html</a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O movimento das cinco
estações (2011)</b><br /><a href="https://etnomedicina.blogspot.com/2011/03/o-movimento-das-cinco-estacoes.html" target="_blank">https://etnomedicina.blogspot.com/2011/03/o-movimento-das-cinco-estacoes.html</a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ideogramas<o:p></o:p></span></span><br />
<span lang="EN-US" style="font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Jī <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nù 激怒<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 12pt;">exacerbation; enrage,
infuriate, nettle, anger, thorn, pique, burn up, exacerbate</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Cì Jī 刺激<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">stimulate, provoke, irritate,
upset, motivate, motive<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">刺- </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #777777; font-size: 12pt;">Cì</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> - thorn<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">激- </span><span lang="EN-US" style="background: white; color: #777777; font-size: 12pt;">jī</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> – Excited<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">……………………………………………………………………………….<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12.0pt;">Fèn
Nù</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt;">憤怒 </span><span style="font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt;">愤</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12pt;"> </span><span style="background: white; font-size: 12pt;">Fèn</span><span style="font-size: 12pt;"> </span><span style="font-size: 12.0pt;">anger
/ <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>indiginação<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">怒 <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nu angry / zangado<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="color: red; font-size: 12.0pt;">angry,</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <span style="color: red;">indignant,</span> <span style="color: red;">raging;</span>
umbrage, <span style="color: red;">rage</span>, <span style="color: red;">pique,</span>
teen, paddy, anger, wrath, outrage, huff, fury, vehemence, vehemency, <span style="color: red;">bile,</span> indignation;<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">……………………………………………………………………………….<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Qīn Lüè </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">侵略<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">aggression, encroachment,
foray, incursion, inroad, invasion; invade, intrude<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">侵</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-size: 12.0pt;">Qīn</span>
invadir tomar<br />
<span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; float: none; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;">略</span><span lang="EN-US" style="font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-size: 12.0pt;">Lüè</span>
aos poucos</span></span><span style="background: white; color: #777777; font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<br />Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-57892518449139456522018-05-14T11:10:00.001-07:002019-10-15T07:29:13.206-07:00Psicologia, acupuntura e yoga<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Texto equivalente à apresentação sobre a possibilidade de integração de práticas complementares à psicoterapia intitulada "Psicologia, acupuntura e yoga, </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">uma abordagem dos sistemas etnomédicos orientais e sua perspectiva de integração com a prática da psicoterapia" na Faculdade Metropolitana de Camaçari - FAMEC em 2018</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Zymd1FLdKvE/WvnPRgS4lXI/AAAAAAAAL9M/_lN_tyXX4iAX7SZbh7_XrWDhLYtzD1lNQCLcBGAs/s1600/pics-famec-fbook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1054" data-original-width="909" height="640" src="https://2.bp.blogspot.com/-Zymd1FLdKvE/WvnPRgS4lXI/AAAAAAAAL9M/_lN_tyXX4iAX7SZbh7_XrWDhLYtzD1lNQCLcBGAs/s640/pics-famec-fbook.jpg" width="550" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A especificidade da medicina
tradicional chinesa - MTC não torna essa prática essencialmente distinta de
outros sistemas etnomédicos. Caracteriza-se na, tipologia de Arthur Kleinman
(1941) para comparação de sistemas médicos como sistemas culturais, como um
setor profissional que envolve uma formação sistemática dos seus
representantes ou atores, distinguindo-se do setor folk (os curand<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ei<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">ros</span></span> não
profissionais) e do seto<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">r </span>popular (de senso comum e conhecimento difundido na comunidade). [1]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A MTC distingue-se também, como
foi tese do conhecido sinólogo de Cambrigde - Joseph Needham (1900-1995), por sua notável
semelhança com a medicina hipocrática - a quem se atribui a origem da moderna
medicina ocidental cosmopolita. O estudo etno-histórico destes distintos
caminhos de desenvolvimento racional e tecnológico aos poucos vem sendo
compreendido especialmente com a perspectiva de integração destes. [2]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A acupuntura médica e MTC</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enquanto campo de prática de
saúde em diversas regiões do mundo inclusive na China e Brasil tanto sobrevivem
os especialistas em medicina chinesa formados no processo convencional, que é a
relação mestre discípulo associada ao estudo dos textos clássicos, como impõe-se
uma tendência de associação da acupuntura às diversas especializações médicas e
paramédicas com desempenho multiprofissional. Sendo que, no Brasil, há
restrições quanto a prática de alguns segmentos profissionais, o que vem sendo feito
de diversas formas pela classe médica (proibição jurídica, exclusão em cursos e
congressos, difamaçã<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">o,</span> etc.). A classe médica reivindica para si os direitos ao seu
exercício enquanto especialidade profissional. Por sinal este reconhecimento no
Brasil ocorreu décadas depois do reconhecimento por conselhos de fisioterapia e
outras profissões.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Acupuntura científica: biomedicina
ou antropologia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por outro lado, como já disse em
outra <a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2012/04/tende-se-interpretar-acupuntura.html" target="_blank">publicação</a>, tende-se a interpretar a acupuntura científica como acupuntura
biomédica, como se as explicações desenvolvidas pelas ciências sociais não
fossem uma explicação científica, ou que o entendimento dessa arte – técnica
não requer a compreensão de seu contexto cultural, sua dimensão psicossocial
e/ou espiritual. Ignorando-se também que o conhecimento oriental, “científico”
ou não, por si só, foi suficiente, durante muito tempo, para permitir seu pleno
domínio e utilização. [3]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tornou-se um desafio para o
praticante ocidental conciliar o amplo espectro de disciplinas requerido para
entendimento (antropologia médica ou da saúde, etnologia, <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">linguística</span>,
neurociência, etc.) desse novo campo do saber que se inaugurou com o nome de
“acupuntura” (acupuntura multiprofissional) e mais especificamente a
“acupuntura baseada em evidências” no ocidente. [4]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Apesar das dezenas de estudos
clínicos comparados a outras formas de intervenção terapêutica e comparações de
tais resultados em estudos de revisões sistemáticas e meta – análise, ainda não
se descartou a rotulação de pseudociência por alguns segmentos <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">retrógrados</span> da
comunidade científica que não compreendem as limitações dos estudos de c<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">aso<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">-</span>controle, duplo cego <span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">e comparação com placebo e/ou desconhecem a metodologia clínico - qua<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">l</span>itativa</span></span>.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Estudos da evidência do efeito da
acupuntura visando identificar o volume de pesquisa sobre sua eficácia em
revisões publicadas, identificou 183 revisões sistemáticas publicadas entre
2005 e 2014. A maioria da literatura secundária e pesquisa primária disponível
referiam-se a clinica da dor, incluindo também artigos sobre a acupuntura e
promoção do bem-estar, distúrbios mentais e efeitos adversos. Constatou-se que
a literatura publicada disponível sobre acupuntura é extensa. Pesquisas no PubMed
em 2013 identificaram quase 20.000 citações com o termo "acupuntura"
e quase 1.500 ensaios clínicos randomizados (ECR) com "acupuntura" no
título e, até mesmo uma série de “revisões de revisões” estão disponíveis na
literatura publicada sobre acupuntura em geral ou para uma condição clínica
específica. Contudo <b>os resultados de revisões existentes sobre a eficácia da
acupuntura não são conclusivos</b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b> quanto a sua eficácia ou não eficácia</b>, </span>por exemplo: uma revisão sistemática de
revisões sistemáticas da acupuntura publicada entre 1996 e 2005 incluiu 35
revisões, observando-se que apenas 18 avaliações reafirmam a eficácia da
acupuntura (sendo que somente 6 com excelente qualidade de pesquisa). De um
modo geral a base de evidências é heterogênea e os estudos de maior qualidade
estão apenas começando a emergir, desde 2002. [8]</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um outro elemento ou critério de
entendimento da dificuldade de interpretação dos efeitos ou eficácia
terapêutica da acupuntura pela comunidade científica ocidental é o fato de que
as interpretações dos achados (evidências) clínicos do efeito da acupuntura
fundamentam-se num conjunto de teorias e princípios que ainda não possuem uma
unidade ou coerência, acontecendo o mesmo com os parâmetros de uso de
medicamentos da fitoterapia chinesa. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entre os fundamentos teóricos
advogados como referência incluem-se a teoria das comportas (Melzack, Wall,
1965), a teoria reflexos condicionados para inibição da dor, irritação (contra
irritação) e diversas versões da reflexologia em regiões pontos específicos do
corpo humano e animal. Incluem-se também teorias articulando psicologia do
efeito placebo e das relações estímulo – resposta; as noções de terapêutica e clínica
médica fundamentadas na neurofisiologia e bioquímica celular dos efeitos da
inserção de agulhas, o efeito “farpa” associado à produção de endorfinas. [5]
[6] [7]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Observe-se que para um ocidental necessariamente,
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a antropologia médica ou da saúde (a
ciência, por excelência, da interpretação de outras culturas) não pode ser
ignorada</b>. Há de se vencer, portanto, a barreira das culturas (etno-histórica)
e a multiplicidade de idiomas. O idioma (língua) segundo Matoso Camara Jr.
apresenta-se como um microcosmo da cultura. Tudo que a cultura possui se
expressa através da língua; e esta é em si mesma um produto cultural. Sem
resolver tal paradoxo não há de se ter uma perfeita compreensão da cultura
chinesa e de suas tradições. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O estudo da história da
acupuntura na China revela seu rompimento com algumas tradições
"mágicas", havia referências sobre sua proibição no final do período
imperial Dinastia Qing (1822) quando foi excluída do Instituto Médico Imperial
por decreto do Imperador. Apesar da proibição foi mantida como interesse
acadêmico, costume e tradição, sobretudo nas áreas rurais ao ponto de ser
novamente proibida (1929) durante a república, juntamente com outras formas de
medicina tradicional por uma crescente ocidentalização ou adoção da medicina
cosmopolita, sendo apenas restaurada e incentivada como prática na primeira
metade do século XX durante a revolução cultural chinesa. [9]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">De qualquer forma é
incontestável, no âmbito da antropologia, a evidente incorporação do
conhecimento empírico proveniente de cuidadosas observações ao logo de milênios
de prática, que se consolidaram no que vem sendo chamado de paradigma do Yin -
Yang e dos Cinco Elementos, descrito em livros clássicos, para os orientais, a
exemplo do livro do Imperador Amarelo (consolidado durante a dinastia Han (206
a.C. – 220 d.C.), "documentos etnológicos brutos" para o ocidental que utiliza as
ferramentas conceituais da antropologia estrutural na proposição de Levi
Strauss (1908 - 2009) [10]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A história da antropologia da medicina
se confunde com a própria história da antropologia. Tal como ocorreu nesta
disciplina já houve uma predominância de perspectivas etnocêntricas e
evolucionistas que devem ser evitadas. W. H. Rivers (1864-1922), um dos mais
antigos pesquisadores da área e também médico, assinala por exemplo que algumas
medicinas ditas primitivas são no plano teórico mais coerentemente organizadas
que a medicina científica ocidental sobretudo no plano humano e espiritual ou
natural e sobrenatural. [11]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Acupuntura & Psicoterapia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Com a
utilização da antropologia é possível identificar na prática da acupuntura um
modelo contextualizado no conjunto multi-étnico da Ásia ou das Medicinas
Antigas, como inclusive já vem sendo feito. Por exemplo a partir da constatação
da utilização do conceito de racionalidades médicas empregado por Madel
Luz<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>analisando inicialmente a homeopatia
e posteriormente a própria medicina chinesa<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>identificando nestes similaridades conceituais na resposta<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>destes grupo sociais às patologia que lhes afligem,
alterações da energia vital e ambiente (miasmas) que denominou como paradigma
vitalista. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Segundo esta
autora uma racionalidade médica ou sistema lógico e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>teoricamente estruturado, tem como condição
necessária e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>suficiente para ser
considerado como tal, a presença dos<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>seguintes elementos: 1. Uma morfologia (concepção anatômica); 2.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Uma dinâmica vital<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>( "fisiologia" );<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>3. Um sistema de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>diagnósticos; 4. Um sistema de intervenções
terapêuticas; 5. Uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>doutrina médica
(cosmologia). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não há dúvidas
que a medicina tradicional chinesa preenche esses requisitos. Uma doutrina
médica (cosmologia) descrita e re-escrita no Livro do Imperador Amarelo, uma concepção da mente na China, o Shen (神 , shén) indica a atividade de pensamento,
consciência, auto - percepção, vida emocional, memória e vontade, todos os
quais, na concepção chinesa, dependem do coração, assim como na medicina grega
pré-hipocrática. Nas medicinas antigas são surpreendentemente notáveis a
concepção de mente espírito, a exemplo dos escritos de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Patanjali (publicados aproximadamente entre 200 a.C. a 400 d.C.) na Índia e/ou as
descrições da lógica por Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) a quem se
atribui<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a criação da
lógica como disciplina, no século IV a.C. [12] [14]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para Laplatine,
o autor de “Antropologia da doença” (1991) a ciência estuda a percepção e
elabora e analisa modelos etiológicos e terapêuticos, a acupuntura possui um
modelo etiológico do tipo<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Exógeno/Endógeno<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>comparável à
Endocrinologia, Neuropsiquiatria e um modelo<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>terapêutico distinto da alopatia e homeopatia classificado num grupo
tipo Sedativo/ Excitativo comparável à medicina experimental e à moderna
fisiologia médica a exemplo das proposições terapêuticas da imunologia,
"Treinamento Autógeno" de J. H. Schultz (1884 -1970) e Bioenergética
de W. Reich (1897 - 1957) [13]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-XHwng1A-iYg/WwtCQJeCtpI/AAAAAAAAMEc/mZqSVcLCaEseFeu9Y5qrNnmXMraRyCmEQCLcBGAs/s1600/espectroCs-Id-Emocao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="359" data-original-width="600" height="237" src="https://1.bp.blogspot.com/-XHwng1A-iYg/WwtCQJeCtpI/AAAAAAAAMEc/mZqSVcLCaEseFeu9Y5qrNnmXMraRyCmEQCLcBGAs/s400/espectroCs-Id-Emocao.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma outra
contribuição relevante para a psicologia que ainda necessita ser melhor
compreendida é a concepção de emoção. Os sentimentos ou emoções: Raiva
(agressividade / 怒 nù) ; Alegria (喜 xǐ); Preocupação (ficar pensativo 想 - si
/ xiǎng); Tristeza (melancolia / mágoa 悲 bēi); Medo (恐 kǒng) / Apreensão/
ansiedade (忧
yōu), são considerados correspondentes ao fluxo da energia vital – Chi nos
meridianos e órgãos tanto durante o ciclo sazonal correspondente às estações do
ano, como aos ciclos circadianos (24 horas) e pequenos ciclos infradianos
(12/24) denominados, por eles, a pequena e a grande circulação de energia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em psicologia o
estudo das emoções vêm sendo realizado desde sua origem como ciência e ainda não
chegou a um consenso. Entre as primeiras proposições destacam-se as
contribuições de William James (1842-1910) e Walter Bradford Cannon (1871-1945);
a teoria dos dois fatores de Stanley Schachter (1997) e Jerome E. Singer (1934–2010)
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>decerto contribuindo para as matrizes dos estudos que
contribuíram para atual concepção de sistema límbico, e cérebro emocional. Somando-se também a teoria
psicanalítica, onde se utiliza o termo afeto (teoria dos afetos) com grandes
contribuições a uma possível aproximação ao entendimento das doenças
psicossomáticas na ótica oriental com suas contribuições a dinâmica da energia
sexual, ansiedade e tristeza (melancolia).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Além de
diversas teorias e técnicas de meditação (influenciada ou unificadas entre a
China Índia e Tibet pelo Budismo) encontramos na MTC estudos correspondentes à
moderna Sexologia (Medicina/ Terapia Sexual) O conhecimento sobre a reprodução e
sexualidade humana também se insere numa esfera que envolve a mitologia e/ou
ciência oriental conhecidas no ocidente como tantra yoga ou taoísmo do sexo abrangendo
desde norma de conduta a técnicas equivalentes as utilizada na psicoterapia das
disfunções orgásmicas. [15]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 252.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A unidade da Ásia</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Creio não haver dúvidas quanto as
vantagens da abordagem da medicina tradicional chinesa (MTC) no conjunto
asiático (grego asiático) – Medicinas Antigas bem como os sistemas médicos
tradicionais do Japão, da Coréia, da Índia e Tibete que formam a nossa
concepção ocidental de "Medicina Oriental". Observe-se também, como
assinala Corral, a Medicina Tradicional Oriental não é somente uma medicina e
sim uma tradição minuciosamente transmitida através de conceitos universais do
lugar existencial do homem. Suas remotas origens de mais de 5.000 anos,
antecedem a concepção de “China” (中国) e podem ser consideradas
pertencentes a todo oriente. [16]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Algumas diferenças básicas,
entretanto podem ser assinaladas quanto ao seu desenvolvimento e
características atuais. Da medicina grega (hipocrática), comparável a MTC por
Needham, como visto, pouco restou de suas noções de água, fogo, terra e ar, além
de sua aplicação a biotipologia humana e algumas concepções do processo saúde
doença mental tais como as concepções de “melancolia” “histeria” e “paranóia” e
outras noções sobre febre e energia vital conservadas pela então denominada
naturopatia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por outro lado entre a
medicina chinesa e indiana ainda conservam notáveis característica que
evidenciam a dispersão e sua origem comum ou frequente contatos inter-étnicos
como assinalam os antropólogos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma característica importante
quanto a sua incorporação/integração à cultura ocidental pode ser deduzida da
forma com tais práticas chegaram ao ocidente no século XX. A acupuntura via
saúde publica, com recomendações da Organização Mundial de Saúde <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>após a revolução cultural chinesa que a
integrou à atenção primária no modelo de agentes comunitários de saúde – os
conhecidos “médicos de pés descalços” atualmente conhecidos médicos rurais
(village doctors) e o Yoga chegou até nós via escolas de hatha-yoga e centros
de meditação inseridos na cultura espiritualista e da educação física. Ainda
hoje ainda não há uma integração plena dos diversos aspectos dessas
contribuições indianas. A shantala, as diversas modalidades de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>yoga (tantra, raja, kria, ashtanga, hatha, etc.)
são pouco conhecidas quanto a integração ao sistema que pode ser denominado com
a medicina Iajurveda de origem.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[17]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A prática do yoga ou yôga no
ocidente, principalmente, depende de instrutores formados em cursos de formação
de Instrutores com certificado e regulamentação profissional em órgãos
específicos a exemplo Federação Portuguesa de Yoga, (F.P.Y.) que constituiu-se
como pessoa colectiva de direito privado sob a forma de associação destinada a
promover, desenvolver, regulamentar, formar, dirigir e divulgar a prática do
Yoga, em suas diversas modalidades e filosofias bem como promover e
regulamentar a formação de professores de Yoga</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Apesar das diversas publicações e
proposições de yoga como terapia o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>instrutor de yoga regulamentado no Brasil
segundo De Rose 1992 desde<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a década de 60
como professor de educação física especializado secretaria de Educação do
Estado da Guanabara. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O yoga é uma filosofia prática de
vida que objetiva transformações ou modificações da consciência, ou samádhi.
Implica no estudo e treinamento de aproximadamente 108 grupos de ásana, cujo
aprendizado implica em 225 horas-aula, com acompanhamento de instrutores
formados e revalidados, 300 horas mínimas de práticas completas de Yôga,
(sádhana) e 2000 horas mínimas de estágio monitorado em escolas reconhecidas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Atualmente é consensual a noção
de que o yoga não é nenhum tipo de ginástica nem modalidade alguma de Educação
Física, compreende técnicas corporais, bioenergéticas, emocionais, mentais, com
algumas que não podem sequer ser ensinados por livros, e são considerados
secretos apreendidos em ritos de iniciação associados ao domínio da meditação, e
prática corporal, enfim é uma forma de terapia que faz parte da medicina Ayurveda. [18]
[19] [20]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No Brasil a acupuntura está regulamentada pela portaria nº
971 que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) no Sistema Único de Saúde em 3 de maio de 2006, admitida no SUS como
prática multiprofissional.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A medicina
ayurvédica, a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>shantala e yoga foram
somente foram anexados às práticas do SUS, através portaria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>849/2017 que anexou 14 novos procedimentos à
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do SUS .</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A integração das práticas da
acupuntura associadas ao sistema indiano de chakras e meditação, como vem sendo
proposto no ocidente, apesar de diversos livros e artigos publicados, ainda
pode ser considerado experimental. Existem proposições tanto de integrar a
pratica da acupuntura a meditação (inclusive há diversas escolas de meditação
taoista, budista e exercícios chineses) como de realizar agulhamento,
estimulação física na região dos chakras interpretando estes como plexos
nervosos e sistemas integrados de regulação hormonal e comportamento. [22] [23]</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Contudo, como dito, ainda não
existe uma aprovação consensual ou reconhecimento de grande parte da comunidade
científica. Aguarda-se talvez um acúmulo maior de explicações imperfeitas e
teorias falhas, o que na ótica de Thomas Kuhn, (1962) é o limite de mudança de
paradigmas. As anomalias - quer dizer, a incapacidade de dar conta dos fenômenos
observados, induzirão ao surgimento de novas teorias que podem vir a lograr
êxito, unificar-se e solidificar-se como pratica dos integrantes da comunidade
cientifica de que fazem parte, o que findará por substituir o anterior. Sendo
assim uma mudança de paradigma no processo de constitui as revoluções
científicas. [24]</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="font-size: 18.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Algumas referências<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1. KLEINMAN,
Arthur Concepts and a Model for the comparison of Medical Systems as Cultural
Systems. IN: CURRER,C e STACEY,M / Concepts of Health, Illness and Disease. A
Comparative Perspective, Leomaington 1986<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2. NEEDHAM, Joseph; Gwei-Djen, Lu. Celestial
lancets a history and rationale of acupuncture and moxa. USA, Cambridge
University Press, 1980<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3. COSTA, Paulo Pedro P. R.
Acupuntura científica uma reflexão. Acupuntura Ciência & Profissão. abril
de 2012</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">http://etnomedicina.blogspot.com.br/2012/04/tende-se-interpretar-acupuntura.html</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4. ROSSETTO, Suzete Coló.
Acupuntura Multidisciplinar. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">SP,
Editora Phorte, 2012<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5. MELZAC, Ronald. A percepção da
dor. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Scientific American,
Fev.,1961 in MAcGaug. </span>J.L.; Weinberger, N.M.; Whalen (org)
Psicobiologia, as bases biológicas do comportamento, Textos do Scientific
American. trad Aratangy, L. SP Polígno, 1970</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6. DUMITRESCU, Ioan Florin.
Acupuntura científica moderna. SP, Andrei, 1996</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">7. PETTI, F;
BANGRAZI, A; LIGUORI, A; REALE, G; IPPOLITI, F. Effects of acupuncture on
immune response related to opioid-like peptides. Journal of traditional Chinese
medicine V18. </span>N 1, March, 1998, (Abstract, http://europepmc.org/abstract/MED/10437265
Acesso maio de 2018)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8. HEMPEL S, TAYLOR SL, SOLLOWAY MR, et al.
Evidence Map of Acupuncture [Internet]. Washington (DC): Department of Veterans
Affairs (US); 2014 Jan. Available from: <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK185072/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK185072/</a><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">9. WHITE, A.; Ernst, E. A brief history of
acupuncture. </span>Rheumatology 2004;43:662–663
doi:10.1093/rheumatology/keg005</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10. LÉVI-STRAUSSLevi-Strauss,
Claude. Pensamento Selvagem SP, Cia Ed Nacional, 1976</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">11. QUEIROZ, Marcos de Souza;
CANESQUI, Ana Maria. Antropologia da medicina: uma revisão teórica. Rev. Saúde
Pública,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>São Paulo ,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>v. 20, n. 2, p. 152-164,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Apr.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>1986 .<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Available from
<http: scielo.php="" script="sci_arttext&pid=S0034-89101986000200006&lng=en&nrm=iso" www.scielo.br="">.
access on<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>14<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>May<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>2018.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></http:></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">12. MACIOCIA,
G. Shen and hun: psyche, in, chinese medicine. <a href="http://maciociaonline.blogspot.com.br/2012/11/shen-and-hun-psyche-in-chinese-medicine.html"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">http://maciociaonline.blogspot.com.br/2012/11/shen-and-hun-psyche-in-chinese-medicine.html</span></a></span>
Aces. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Maio de 2018<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">13. LAPLATINE, François. Antropologia da Doença. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">SP, Martins Fontes, 1991<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">14. ELIADE, Mircéia. Patanjali e o yoga. Lisboa: Relógio
d’água, 2000</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">15. COSTA, Paulo Pedro P. R. Kama Sutra & Tantra Yoga
uma análise a partir da sexologia, psicanálise. https://pt.scribd.com/doc/24375517/KAMA-SUTRA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">16. CORRAL, José Luis Padilla. Fundamentos da medicina
tradicional oriental: Curso de acupuntura. SP, Roca, 2006</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">17. Hu D, Zhu W, Fu Y, et al. Development of
village doctors in China: financial compensation and health system support. </span>International
Journal for Equity in Health. 2017;16:9. doi:10.1186/s12939-016-0505-7.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">18. DE ROSE Yoga - Mitos E Verdades. SP, Nobel, 1992
Disponível no Google Livros Maio, 2011</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>19. HERMÓGENES, José.
Yoga para nervosos. RJ: Record, 1969.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>20. ELIADE, Mircea.
Yoga, imortalidade e liberdade. SP: Palas Athena, 1996</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">21. FRAWLEY,
D. Ayurveda and the mind. Twin Lakes, Wis.,Lotus Press, 1996 apud: FEUERSTEIN,
Georg. </span>A tradição do yoga, história, literatura, filosofia e prática. SP,
Pensamento - Cultrix, 2006</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">22. STUX, Gabriel M.D. Acupuntura de chakra (Tradução: COSTA
Paulo Pedro P. R.) Acupuntura Ciência & Profissão. 20 de junho de 2013 http://etnomedicina.blogspot.com.br/2013/06/acupuntura-de-chakra.html</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">23. CROSS John R. Acupuntura e o
sistema de energia dos chakras SP: Manole, 2017</span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2015/04/acupuntura-chakras-e-unidade-da-asia.html"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">http://etnomedicina.blogspot.com.br/2015/04/acupuntura-chakras-e-unidade-da-asia.html</span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">24. KUHN, Thomas. Estrutura das revoluções científicas. São
Paulo: Perspectiva, 1978</span></div>
<br />Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-84361048330380878462018-01-10T15:11:00.001-08:002024-01-24T00:46:25.413-08:00Acupuntura & Pediatria<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-bM40b8ittD8/Wlac16Tk_oI/AAAAAAAAKa4/lcAHlH57JokWJskfqbonQn9bM7JWQYItQCLcBGAs/s1600/MedicoCriancaAdolescente.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="779" data-original-width="1124" height="276" src="https://3.bp.blogspot.com/-bM40b8ittD8/Wlac16Tk_oI/AAAAAAAAKa4/lcAHlH57JokWJskfqbonQn9bM7JWQYItQCLcBGAs/s400/MedicoCriancaAdolescente.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="color: grey; font-size: 11pt;">ideogramas: criança, adolescente, médico e pediatra<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="color: grey; font-size: 11pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "sans-serif"">Este
estudo constitui uma rápida revisão de dois manuais ou livros textos e alguns
poucos artigos disponíveis sobre a, relativamente rara, descrição da relação da
acupuntura com a pediatria. Os livros de <b>Pham Quang Chou</b> médico
acupunturista do Hospital Saint Roch em Nice, França (“Acupuntura e pediatria”,
1988/89) e <b>Julian Scott</b>, acupunturista inglês da cidade de Bath
(“Acupuntura no tratamento da criança”, 1986/97) o primeiro com maior descrição
da semiologia e técnicas e o segundo voltado para patologias e observações
práticas de seu tratamento. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">A
intenção é a continuidade da pesquisa da descrição da natureza deste
conhecimento médico tradicional, etnomédico ou mítico, numa concepção
antropológica. Avaliar o espectro de técnicas e patologias típicas da infância
descritas na medicina tradicional chinesa e tratadas sobretudo com a
acupuntura.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<b><span face=""arial" , "sans-serif"">origem
oriental</span></b><span face=""arial" , "sans-serif""><o:p></o:p></span><br />
<b><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></b>
<span face=""arial" , "sans-serif"">As
referências ao uso da medicina tradicional chinesa e acupuntura para doenças e
tratamento de crianças e adolescentes se antecipam na forma de publicação, mas
em sua maioria, coincidem com as primeiras referências do desenvolvimento da
pediatria no ocidente como veremos. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Ao
se pesquisar a origem deste conhecimento na antiguidade oriental são
comuns as referências ao Papiro de Ebers, escrito aproximadamente <st1:metricconverter productid="1552 aC" w:st="on">1552 aC</st1:metricconverter>., descoberto
1872, que discutiu, entre outros tópicos, amamentação, e tratamento para
verminoses e doenças de olho.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Na
medicina árabe resultante tanto do contato como os gregos como as demais
tradições asiáticas, identifica-se que Avicenna, (980-1037), discorreu sobre o
tétano, verminoses, convulsões, meningites, e abscesso umbilical.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<br />
<div style="background: white;">
<span face=""arial" , "sans-serif"">Pouco
é citado entretanto das contribuições da medicina tradicional chinesa. O
termo pediatria, segundo Chou, possui uma equivalência ao chinês
que utiliza os ideogramas <i>Chao</i> ( </span><span style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial;">少</span><span face=""arial" , "sans-serif""> <i>shǎo</i>) e <i>Siao </i>( </span><span style="color: #1d2129; font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial;">小</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="color: #1d2129;"> xiao, pequeno) </span><span face=""arial" , "sans-serif"">modernamente
</span><span style="color: #1d2129; font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial;">小儿科</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="color: #1d2129;"> <i>xiao er ke</i> (<i>xiǎo ér kē</i> -
pequena criança; estudo (ramo do conhecimento).</span><span face=""arial" , "sans-serif""><o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white;">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="color: #1d2129;"><br /></span></div>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Ainda
segundo Chou, o mais antigo tratado de pediatria é o <i>Lou-sin Kink </i>(La
Fontanelle) no final da dinastia Tang </span><span style="font-family: "simsun"; mso-ascii-font-family: Arial; mso-bidi-font-family: Arial;">唐朝</span><span face=""arial" , "sans-serif""> (618-907), enquanto que podemos tomar
com referência do primeiro tratado de pediatria o livro do médico
italiano Paolo Bagellardo publicado em 1472. Contudo como veremos houve
um progressivo acumulo de descobertas e técnicas tanto na Ásia como na Europa e
há algumas evidências de um mutua influência entre tais sistemas e cosmologias
sobretudo nos sistemas etnomédicos sino-indiano e grego como propõe <a href="http://archive.unu.edu/unupress/unupbooks/uu01se/uu01se0u.htm">Joseph
Needham</a> (1900-1995)</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="background: white; color: #222222; font-size: 7pt;"> </span><span face=""arial" , "sans-serif"">comparando antigos documentos.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Entre
as publicações chinesas sobre pediatria podem ainda ser citados o <i>Tsien-Che
Siao-Eul</i> redigido por <i>Tsien Yi</i> (1023-1104) revisto e publicado
novamente em 1119. Este livro introduziu técnicas de diagnóstico pelo exame do
rosto, olhos, tomada de temperatura frontal, e exame dos tegumentos do dedo
indicador após compressão, além da tomada de pulso (esfigmologia) relativamente
desprezada por ele. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Segundo
Chou por volta de 1241 os “pediatras” já distinguiam a varíola a varicela e a
escarlatina e a higiene e dietética eram normas de tratamento. Scott refere-se
a um antigo aforismo sobre o baço-pâncreas, principal órgão meridiano da
digestão, que diz: “o baço da criança é frequentemente insuficiente” ou “o
tratamento das crianças é simples – todas sofrem de indigestão”.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Em
1758 Wang Che Long publica Houai-chao-tsi incluindo cuidados com o cordão
umbilical e parasitologia com perfeita identificação da ascaridíase.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Para
Scott a pediatria constitui a matéria especializada da MTC desde a dinastia Song
</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="background: white; color: #222222; font-size: 10.5pt;"> </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "simsun"; font-size: 10.5pt;">宋朝</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="background: white; color: #222222; font-size: 10.5pt;"> </span><span face=""arial" , "sans-serif"">(960-1279)<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Uma
das referências clássicas mais conhecidas e divulgadas do conhecimento
tradicional chinês sobre o desenvolvimento é a conhecida passagem do livro do
imperador amarelo, que descreve as fases da vida tomando como parâmetro a
proporção e distribuição de pelos e a maturação sexual, em períodos bem
próximos aos estabelecidos por nossos endocrinologistas. (Wang Bing)<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Entre
os gregos antigos a preocupação de distinção entre o adulto e a criança também
estava presente e seguiu a mesma lógica dos chineses, como se pode deduzir destes
aforismos hipocráticos sobre a febre, notavelmente semelhantes à antigos
aforismos chineses que descrevem a facilidade com que as crianças contraem
doenças de calor e estão sujeitas a convulsões, por serem acentuadamente <i>Yang</i>
em relação aos adultos, a saber:</span><br />
<br />
<div style="margin-left: 35.4pt;">
<span face=""arial" , "sans-serif"">“O
yin das crianças frequentemente é insuficiente” ou “os órgãos são frágeis e
suaves, o <i>Chi</i> facilmente sai do seu
caminho” ou que torna as crianças mais vulneráveis, tornando-se superaquecidas
em climas quentes ou hipotérmicas no frio (MTC apud Scott p.4)<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-left: 35.4pt;">
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div>
<br />
<div style="margin-left: 35.4pt;">
<span face=""arial" , "sans-serif"">“O
corpo em crescimento tem um calor inato; requer portanto mais alimento para não
enfraquecer. No velho calor é menos intenso, portanto requer menos combustível
tal qual uma chama que seria extinta com muito. Do mesmo modo a febre em
pessoas velhas não é tão grave quanto nas jovens exatamente porque seus corpos
são mais frios”. (Hipócrates 1/14)<o:p></o:p></span></div>
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<b><span face=""arial" , "sans-serif"">ciência
grega</span></b><span face=""arial" , "sans-serif""><o:p></o:p></span><br />
<b><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></b>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Na
medicina grega antiga destacam-se as contribuições dos escritos de Hipócrates
(c. <st1:metricconverter productid="400 aC" w:st="on">400 aC</st1:metricconverter>.),
a quem se atribui a descrição identificação da escarlatina, sarampo, caxumba,
escrofulose (tuberculosa em gânglios linfáticos?), varíola, diarreias, asma,
escorbuto, raquitismo patologias neurológicas como a epilepsia e coréias
(doença ou dança de St. Vitus ?) e algumas malformações congênitas como
cefalohematomas encobertos hidrocefalia e pé torto congênito. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">É
lugar comum afirmar que o maior mérito da medicina hipocrática foi a busca de
causas naturais no lugar das “místicas”, e não necessariamente a resolução de
tais patologias, muitas das quais ainda sem resolução eficaz e afligem as
populações de nossos dias. A medicina hipocrática continuada por seus
sucessores, como é sabido, deu origem a moderna medicina ocidental incluindo
portanto a pediatria. A palavra pediatria vem do grego da criança (paidos,
παιδός) curador (iatros, ἰατρός), "doutor", "aquele que
cura".<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Há
contribuições dos médicos romanos como Soranus de Efesus (100 DC) com grandes
contribuições à obstetrícia e Galeno (200 DC) que identificou o risco e a
elevada prevalência das desordens intestinais e pneumonia na infância e o raquitismo.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Contudo
considera-se, como referido, que o primeiro livro médico sobre pediatria foi
“Libellus [Opusculum] de aegritudinibus et remediis infantium” ("Pequeno
livro do tratamento das doenças da criança") publicado na Itália em
1472 pelo médico Paolo Bagellardo. <span style="color: #444444;">(Desai,
1989)</span> e/ou alguns outros tratados médicos publicados na Alemanha neste
mesmo período. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Apesar
da existência de livros e tratados médicos europeus com referências às doenças
típicas da infância, para Rivorêdo, fundamentado no conhecido historiador de
costumes Philippe Ariès (1914 – 1984), a pediatria moderna se funde ao
movimento higiênico, mais especificamente à puericultura, e constituiu-se a
partir de um movimento social no ocidente europeu que se difundiu por outras
sociedades, como parte da construção da medicina moderna. O que por sua vez
acompanhou o processo de expansão do capitalismo e modificações culturais
que tipificaram a nossa concepção moderna de infância.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Não
há dúvidas que as grandes epidemias de doenças infecto-contagiosas e as grandes
crises de mortalidade de populações dessa época foram a demanda da higiene, da
emergente medicina preventiva e atenção à mortalidade infantil. Rosen nos mostra
que esta relação entre o controle das doenças transmissíveis e o salvamento da
vida infantil, já estavam presentes nas recomendações de William Petty (1623
-1687) na sua “Aritimética Política”.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Ainda
segundo Rivorêdo o cuidado médico se articula às demais práticas sociais
fornecendo legitimação científica para o cuidado com a saúde das crianças,
privilegiando o controle das populações para o desenvolvimento da sociedade,
particularmente as camadas mais pobres. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Não
pretendemos discutir as questões relativas à ordem médica e norma familiar,
apesar da relevância dessa questão para o entendimento e controle de algumas
patologias “construídas”. “Patologias que se caracterizam pela dificuldade das
crianças se adaptarem a tais padrões de comportamento idealizados, a exemplo da
hiperatividade por déficit de atenção, distúrbios de aprendizagem e algumas
formas do retardo mental e deficiência intelectual.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Nos
dois manuais de Acupuntura e Pediatria consultados para confecção deste artigo
Medicina Tradicional Chinesa (MTC) há diversas observações para o tratamento de
convulsões (<i>hien</i>), epilepsias (<i>tien</i>) síndromes paralíticas (compreendidas
como uma patogenia tradicional) e neuropsiquiátricas na moderna concepção
(astenia, autismo, tonturas, irritabilidade terror, noturno, tiques), em
Chou. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Scott
dedica capítulos inteiros ao grupo abordado hoje pela neuropediatria:
convulsões, epilepsia (<i>dian xian,</i> <i>dian kuang</i>), enurese noturna,
insônia e terror noturno, abordadas e descritas na concepção da MTC e dá uma
atenção especial ao retardo mental, ressaltando a importância no tratamento
precoce (antes dos 3 anos), distinguindo os casos graves dos “distúrbios de
aprendizagem”. Aborda a questão da hiperatividade na ótica tradicional da MTC a
aproximando dos quadros de mania (<i>kuang</i>) e ás síndromes epileptiformes
(uma forma yang da síndrome <i>dian kuang</i>). </span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""> <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif"">Sobre
as doenças infecciosas, como são livros modernos, sua maior atenção é dirigida
ao alivio de sintomas, Chou dando maior atenção às febres e síndromes febris e
Scott à tosse, broncoespasmo (asma), dor, vômito diarreia abordando inclusive
as formas atuais e tradicionais de diagnóstico e tratamento de algumas das
grandes patologias epidêmicas da infância o sarampo a coqueluche e a
parotidite.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Sabe-se
que entre as normas e rotinas da puericultura atual está a atenção às
doenças transmissíveis através da imunização, desde finais do século XIX após a
descoberta da vacina contra varíola. Sabe-se também que primeira discussão
escrita sobre a inoculação anti-varíola que se tem noticia, vem da China,
segundo Joseph Needham, entre 1567 e 1572. Ele investigou as origens desta
prática que era realizada, talvez por um efeito de indução da menstruação, mas
como muitos "inoculadores" não revelavam seus segredos, ficou sendo
difícil estabelecer exatamente quando iniciou e quais os efeitos atribuídos ou
esperados. Essa prática difundiu-se pelo oriente e Europa. No ocidente Edward
Jenner (1749–1823) inoculou um menino de 8 anos com matéria extraída da lesão
da lesão da ordenhadora afetada pela vaccinia e a criança não desenvolveu a
doença. (Boylston)<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Alguns
acupunturistas modernos (inclusive os aqui pesquisados por sua contribuição à
acupuntura pediátrica) homeopatas, naturistas fazem restrição ao excesso de
vacinas atualmente praticado.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Apesar
da relevância deste tema, não nos estenderemos sobre os efeitos da acupuntura e
outras técnicas da medicina chinesa sobre o sistema imunológico. Observe-se que
a aplicação de alguma vacinas foram incorporadas à rotina dos médicos de pés
descalços na China do século XX. (Zhang, Unschuld). <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<b><span face=""arial" , "sans-serif"">segurança e eficácia da
acupuntura</span></b><span face=""arial" , "sans-serif""><o:p></o:p></span><br /><br /></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Em recente artigo (Yang et al, 2015) utilizando 24 revisões sistemáticas, reunindo142 ensaios clínicos com 12.787 participates, sendo 25% das revisões consideradas de alta qualidade, seu autores concluiram pela eficácia e uso promissor da acupuntura para 5 doenças pediátricas. A saber: Paralisia Cerebral, enurese noturna, tiques nervosos, ambliopia e sindromes dolorosas. Apenas seis revisões relataram efeitos adversos enenhum efeito colateral grave foi relatado.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Interessante,
do ponto de vista de entendimento da natureza do conhecimento mítico, pois
assim os antropólogos denominam as formas de conhecimento não ocidentais,
tradicional, folk (popular) ou secular, são as observações e noções sobre a interação
entre a “carga genética” ou características herdadas dos pais e fatores
ambientais, afetando tanto o potencial
de crescimento e desenvolvimento, como a imunidade (resistência à doenças) de
cada indivíduo.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Para
os chineses o <i>Chi</i> possui três principais características: O <i>Jing Chi</i>
ou “energia / vitalidade” herdada dos pais, a energia dos alimentos e energia
do ar. Essa é a energia que movimenta e mantém os seres vivos. <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Tanto
Chou com Scott comentam referências dos textos antigos a questão do uso de
agulhas em crianças, perguntando se este uso poderia afetar este potencial de
crescimento que é o <i>Jing</i> ou energia ancestral.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Chou
discorre diretamente sobre questão, é categórico na afirmação de que “a acupuntura
não promove dano ou desperdício do Jing ou energia ancestral do recém nascido e
infante mas recomenda o uso da menor quantidade de agulhas e apresenta diversa
técnicas alternativas (auriculopuntura, <i>tui
na</i>...) incluindo o tratamento da mãe ou na linguagem da pediatria moderna
do binômio mãe-filho. (p. 62-76) <o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"">Scott
apresenta considerações semelhantes, também apresenta técnicas alternativas e
recomenda a punção e retirada das agulhas, em vez de sua retenção. (p. 38-46)
Ambos atentos para os efeitos psicológicos do medo de agulhas e mobilidade
acentuada das crianças.<o:p></o:p></span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span>
<span face=""arial" , sans-serif">A
acupuntura pediátrica no ocidente tem sido mais divulgada por sua associação ao
</span><i style="font-family: Arial, sans-serif;">Tui Na</i><span face=""arial" , sans-serif"> para crianças, que corresponde forma de massagem chinesa similar
ao </span><i style="font-family: Arial, sans-serif;">Do In</i><span face=""arial" , sans-serif"> também bastante conhecida com forma de automassagem ou
autocuidado. </span><span face=""arial" , sans-serif"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "sans-serif"">Ainda
está para ser realizado uma aproximação entre o <i>Tui Na</i> e alguns problemas
neuropediátricos que começam a ser compreendidos como passíveis de melhora com
técnicas de estimulação precoce, com diversas técnicas (<a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Concepto_Bobath" target="_blank">Bobath</a>; <a href="http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/novembro/26/Diretrizes-de-estimulacao-precoce.pdf" target="_blank">Pontos Motores</a>;
<a href="http://www.castillomoralesvereinigung.de/index_es.html" target="_blank">Castillo Morales</a>; <a href="http://sfsbm.org/wiki2/index.php?title=Doman-Delacato_Treatment" target="_blank">Doman-Delacato</a> etc.). Uma rápida revisão de artigos
publicados em língua portuguesa tem mostrado o interesse de pesquisadores para
síndromes dolorosas a exemplo da fibromialgia e e anemia falciforme (Dias;
Marques). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span face=""arial" , "sans-serif"">O
que não deixa dúvidas é que a acupuntura é uma atividade multiprofissional que
merece uma atenção especial enquanto técnica de neuro-psico-imuno-estimulação,
e que, sob o risco de não ser compreendido, este conhecimento não pode ser
reduzido a neurofisiologia ou neuropsicologia médica ocidental sem o crivo e
orientação da antropologia, mais especificamente, da etnomedicina - a ciência
que estuda e compara distintas formas de conhecimento e técnicas que deram
origem a medicina cosmopolita. Práticas essas que apesar da ampla divulgação
mundial que vem assumindo, ainda são a única alternativa de serviços
"médicos" de distintos povos e segmentos da população para
recuperação e manutenção da saúde. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span face=""arial" , "sans-serif"">Referências</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">CHAU, Pham
Quang.Acupuntura e pediatria. SP: Andrei, 1989<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">Pham Quang
Châu Acupuncture chez l'enfant<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif""><a href="http://www.biblio.nhat-nam.ru/Acupuncture-chez-l-enfant.pdf">http://www.biblio.nhat-nam.ru/Acupuncture-chez-l-enfant.pdf</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">SCOTT, Julian Acupuntura no tratamento da criança. </span><span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">SP:
Roca, 1997<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><a href="http://www.eyebright.me.uk/" target="_blank">Julian Scott</a>. Acupuncture and Chinese Medicine in Bath<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">http://www.eyebright.me.uk/<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">ARIÈS, P.
História social da criança e da família. In: LEGOFF, J., org. História nova.São
Paulo: Martins Fontes,1990.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">BOYLSTON, Arthur. “The Origins of Inoculation.”
Journal of the Royal Society of Medicine 105.7 (2012): 309–313. PMC. Web. 4
Jan. 2018. <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3407399/">https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3407399/<o:p></o:p></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">DESAI, A.B. (ed.). Textbook Of Paediatrics. Índia:
<a href="https://books.google.com.br/books?id=dhB2qVWw9SoC&lpg=PP1&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false" target="_blank">Orient Blackswan</a>, 1989<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">DIAS, Marialda Höfling P. et al . </span><span face=""arial" , "sans-serif"">Acupuntura em adolescentes com
fibromialgia juvenil. Rev. paul. pediatr.,
São Paulo , v. 30, n. 1, p.
6-12, 2012 . Available from
<http: scielo.php="" script="sci_arttext&pid=S0103-05822012000100002&lng=en&nrm=iso" www.scielo.br="">.
<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822012000100002">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822012000100002</a> access on 17 Nov.
2017. <o:p></o:p></http:></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">MARQUES,
Carla Verônica Paixão. Acupuntura a laser no tratamento da dor em criança com
anemia falciforme.<b> </b> Relato de caso. Rev. dor, São Paulo ,
v. 15, n. 1, p. 70-73, Mar. </span><span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">2014 . Available from
<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132014000100070">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132014000100070</a> <http: scielo.php="" script="sci_arttext&pid=S1806-00132014000100070&lng=en&nrm=iso" www.scielo.br="">access on 17 Nov. </http:></span><span face=""arial" , "sans-serif"">2017.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">RIVORÊDO,
Carlos Roberto Soares Freire de. Pediatria: medicina para crianças? . Saúde e
Sociedade, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 33-46 , dec. 1998. ISSN 1984-0470.
Disponível em: <http: article="" sausoc="" view="" www.revistas.usp.br="">.
Acesso em: 04 jan. 2018. <a href="http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v7n2/04.pdf">http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v7n2/04.pdf</a><o:p></o:p></http:></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">ROSEN,
George. A evolução da medicina social. in: NUNES, Everaldo D. Medicina Social,
aspectos históricos e teóricos. </span><span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">SP:
Global Ed., 1983<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">ZHANG, Daqing; UNSCHULD, Paul U. (2008). "China's
barefoot doctor: Past, present, and future". </span><span face=""arial" , "sans-serif"">The Lancet. 372 (9653): 1865–1867.
doi:10.1016/S0140-6736 (08)61355-0. PMID 18930539.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div><div class="MsoNormal"><span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="text-align: justify;">YANG, C.; HAO, Z; ZHANG, LL et al. Efficacy and safety of acupuncture in children: an overview of systematic reviews. Pediatr Res 78, 112-119 (2015). https:/doi.org/10.1038/pr.2015.91</span></span></div><div class="MsoNormal"><span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="text-align: justify;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">WANG, BING
Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Dinastia Tang – Edição
bilíngue). SP, Ed Ícone, 2001<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-77647169431303308822017-12-12T06:37:00.002-08:002018-06-27T04:15:16.578-07:00Acupuntura, mente-espírito e estados fásicos da consciência<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-zmNtkCKQ5Dg/Wi_oyTjfmII/AAAAAAAAKZU/nuR-eDLV5joEmDBSkY2TyiWEIwhB7RhJACLcBGAs/s1600/shen-400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="400" height="294" src="https://4.bp.blogspot.com/-zmNtkCKQ5Dg/Wi_oyTjfmII/AAAAAAAAKZU/nuR-eDLV5joEmDBSkY2TyiWEIwhB7RhJACLcBGAs/s320/shen-400.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Este texto foi adaptado de um
capítulo da monografia de especialização em acupuntura intitulado “O mar de dentro,
um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema etnomédico
chinês”, orientado pelo biofísico e acupunturista Prof. Jurecê Machado no curso
de formação que ministrava, vinculado a Associação Brasileira de Acupuntura - seção
da Bahia, inaugurada por Dr Heackel Mayer. Elabora uma revisão das referências
às antigas descrições do “mar de medula”, relacionando este órgão que
corresponde a concepção chinesa de cérebro, às modernas aplicações da
acupuntura nas doenças nervosas (neurológicas, psiquiátricas ou psicológicas e
psicossomáticas).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O presente objetivo é a descrição
da concepção tradicional chinesa de mente ou consciência, enquanto função que
permite o pleno domínio das emoções e adaptação do indivíduo a seu ambiente - a
longevidade numa perspectiva materialista e a imortalidade numa concepção
espiritualista, dedutível pelo uso de um mesmo ideograma (shén) para mente e
espírito como veremos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O exercício de algumas das
diversas técnicas de concentração e domínio da atenção ou meditação, que
conhecemos aqui no ocidente, tem origem no Taoísmo, no Budismo, nas religiões
tibetanas, e no Hatha Yoga indiano. Podem ser descritas como técnicas psicofisiológicas análogas, e são delas
derivadas. Dispensam apresentação, por exemplo, as conhecidas técnicas de
relaxamento progressivo e treinamento autógeno de Edmund Jacobson (1888-1983) e
Johannes Heinrich Schultz (1884-1970) onde está implícito reconhecimento da neurofisiologia
ou função cerebral da "<b>consciência</b>",
nestes exercícios e função que ocupa uma posição central na neuropsiquiatria
ocidental. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O interesse especial do estudo
neurofisiológico da acupuntura em estender-se às técnicas taoístas, também
designadas como alquímicas (da alquimia chinesa), não é apenas pelo exercício e
rigor de uma abordagem antropológica que explora a unidade e diferenciação
étnica dos povos asiáticos. Segue a clássica recomendação maussiana [2] de
análise do “fato social total” ou seja a
recomendação de que um estudo não deve limitar-se a comparação de um item isolado
ou um só aspecto de uma cultura.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Pode-se afirmar que o maior
interesse da acupuntura nesta seara da neurociência é decifrar o enigmático
conceito e ideograma do Shen que tanto pode ser entendido como espírito como
por mente – consciência, ligado ao coração. Um dos cinco aspectos mentais juntamente
com o Hun (alma etérea), o Po (alma corpórea) pertencente ao pulmão; Yi
(intenção, tendência) e o Zhi (memória) ligado ao rim e jing ancestral e à própria
mente (Shen). [3] Nesse texto nos ocuparemos do Shen comparando-o com as
possíveis interpretações da neurofisiologia ocidental e concepções indianas das
descrições de Patanjali.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Observe-se que nesta descrição
está o modelo de mente-consciência como função que regula o corpo (<i>Po</i> - alma corpórea), permite a imortalidade
(Hun -alma etérea) constituindo os desejos conscientes e tendências (Yi –
intelecto) e a memória e a aspiração (instinto de sobrevivência) ou o shen –
substância mental. Exploramos a relação desta com as emoções, meridianos e
cérebro (o mar de medula) em um outro artigo sobre tal concepção abstrata de
aplicações clínicas que é o objeto de nossa tese. No momento interessa-nos
apenas o entendimento do shen enquanto representação do que entendemos por
espírito – mente – consciência.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Como dito algumas das
"modernas" técnicas de intervenção no tônus muscular e controle da
tensão nervosa tem origem oriental e foram efetivamente incorporadas à medicina
ocidental (neuropsiquiatria), com os nomes de: auto-hipnose, hipnose,
treinamento autógeno, técnicas de relaxamento progressivo. Entre as formas de
interpretação de tais efeitos ainda se utiliza o referencial teórico da
neurofisiologia russa (pavloviana) sobre atividade nervosa superior, estados de
fase e a consciência, [4, 5] Embora
grandes avanços se registrem no que atualmente designamos por funções
executivas; “atividade da rede neural de modo padrão” (DMN Default Mode
Network); [6] ou mesmo na própria neurofisiologia russa que relaciona os
mecanismos da atenção (a unidade do tono, vigília e estados mentais) aos
sistemas de assimilação - processamento (unidade de receber, analisar e
processar informações) e execução de ações (unidade de programar, regular e
verificar atividades), as três unidades funcionai propostas por A. R. Luria
(1903-1978) para descrição da organização cerebral das atividades mentais. [7]</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Contudo neste texto interessa nos
o registro de que são essencialmente semelhantes: as descrições orientais (chinesas
e indianas) de consciência e suas variações, e as descrições ocidentais da consciência
(atividade nervosa superior) e seus estados fásicos, detectáveis no
eletroencefalograma. A consciência compreendida como frequência de ondas
presentes entre a vigília e o sono, a saber: o estado de alerta; o estado alfa;
o sono com sonhos (REM - Rapid Eyes Movement), o sono sem sonhos NREM (Non-Rapid
Eyes Movement) e o estupor - coma. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-iIZkRsuLp3w/WxW06D7JfmI/AAAAAAAAMF8/clHFWF4ief0ePrZKa7wsPgqoQs0PpvKnACLcBGAs/s1600/espectroAcordadoSono.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="397" data-original-width="833" height="190" src="https://3.bp.blogspot.com/-iIZkRsuLp3w/WxW06D7JfmI/AAAAAAAAMF8/clHFWF4ief0ePrZKa7wsPgqoQs0PpvKnACLcBGAs/s400/espectroAcordadoSono.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma diferença básica entre essas
concepções é observada quanto a diferenciação dos graus de estupor e coma
(escala Glasgow) no ocidente. Alguns autores distinguem ainda os estados de </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "open sans" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;">l</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "open sans" , "helvetica" , "arial" , sans-serif;">etargia, também semelhante à estado homônimo obtido por hipnose e anestesia ou, se forem mais graves, obnubilação (pré comatosa).</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "open sans" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Ainda se pesquisa a existência ou desenvolvimento de estados metabólicos
semelhantes à hibernação e/ou a crença na vida sem batimentos cardíacos e
respiração nos estados catalépticos dos yogues e faquires no oriente. </span><span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; text-align: left;">Pouco se sabe também sobre os estados de delírio, consciência alterada e ampliada.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esta constatação nos situa então diante
de dois grandes problemas que apenas a metodologia etnohistórica não parece ser
suficiente (1) a comparação de crenças ou sistemas etnomédicos orientais
(asiáticos) e (2) a comparação destes com pesquisas e teorias da medicina
cosmopolita ocidental.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Segundo Tierra especialista em
medicina oriental e tradutor de "Tao e Dharma" de Robert Svoboda e
Arnie Lade, [8] um livro que explora as semelhanças e diferenças entre a
medicina chinesa e ayurvedica, a distinção entre esses sistemas foi acentuado
pelo modo como foram incorporados ao ocidente nas décadas de 70 e 80. Para
acupuntura, onde se caracteriza uma abordagem físico-materialista houve um
esforço desde a China para adaptar esta ao materialismo comunista chinês
enquanto que a medicina ayurvédica acompanhou a trajetória da Yoga indiana
acolhida pela filosofia espiritualista.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Svoboda e Lade apontam o uso do
conceito de <i>energia vital</i> como
principal elemento unificador e destacam a difusão do Budismo como elemento
facilitador do intercâmbio entre esses sistemas reconhecendo porém o caráter
empírico e particular de cada sistema.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Por outro lado, numa
perspectiva da integração do
conhecimento produzido na cultura chinesa à atual medicina cosmopolita, apenas
se inicia o interesse ocidental de psiquiatras (psicanalistas) por essa
corrente mítico – religiosa. Na década de 1930 houve a tradução e comentário do
“Segredo da Flor de Ouro” por Richard Wilhelm (1873-1930) e Carl Gustav Jung (1875-1961)
e mais recentemente Alan Watts (1915-1973) escreveu o livro ”Psicoterapia
oriental e ocidental” numa retomada deste interesse na década de 70. Pode-se
dizer que houve também uma incorporação e difusão da acupuntura distinta da
abordagem médica, físico-materialista, contudo também não plenamente aceita
como científica, a contragosto dos representantes da psicologia analítica e contracultura
com suas medicinas alternativas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Segundo Jung é nesse importante
texto, “A Flor do Ouro” que encontramos uma clara reflexão sobre a consciência,
no seu sentido mais amplo e profundo incluindo as paixões, exigências
instintivas e o caminho ou forma de
libertação dos opostos, segundo ele, comparáveis à psicoterapia ocidental
(individuação). Atribui a esse livro (O segredo da Flor de Ouro) e ao Livro
Tibetano dos Mortos (Bardo Thödol) seu interesse e compreensão da alquimia (européia)
como um caminho de auto – conhecimento. [9]</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A descrição oriental detalhada do
espírito, (o que inclui as formas de pensamento e controle corporal) e do
processo em que a alma se separa do corpo, são os objetos desse saber. Para
Jung assim deve ser interpretado o texto tibetano utilizado em rito fúnebre da
grande libertação no Tibet - o Bardo Thodol que significa literalmente a libertação pelo entendimento da vida após a
morte.. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A avaliação das possibilidades de
perceber e conhecer o Eu verdadeiro independente dos condicionamentos dos
órgãos dos sentidos, hábitos de raciocínio e os conjuntos de arquétipos e
complexos de idéias do universo da psique são claramente detalhados nos textos
orientais e ainda segundo o autor de uma psicologia do oriente e ocidente,
excepcionalmente úteis para compreender os fenômenos de alteração da
consciência, o sofrimento da psicose e transtornos mentais. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Contudo os textos orientais ainda
nos parecerão enigmáticos se vistos apenas como mítico – religiosos, embora nos
obriguem a pensar sobre a realidade de sua aplicação à prática clínica. As técnicas do yoga e acupuntura, por exemplo
são utilizadas a milhares de anos e naturalmente houve um acumulo de
experiência empíricas, conhecimento, que talvez provenham unicamente dessas
experiências (?) como querem os cientistas apegados ao paradigma do
materialismo científico.</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a sabedoria da racionalidade mítica<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Observe-se que a distinção entre
mito e ciência, analisados á luz da antropologia estrutural, se realiza a
partir de sua fundamentação na percepção (ciência ocidental) e na introspecção
(mito) segundo Levi Strauss em seu clássico
Pensamento Selvagem. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em nossa revisão, vale registrar,
encontramos este fragmento de texto abaixo citado, que traz uma outra interessante
coincidência, trata-se da descrição do método da introspecção utilizado no
pensamento “mítico” chinês. No caso utilizado para "observar-se" e
conhecer a mente ou shen - o espírito que comanda o hsing (corpo). </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Lê-se no “livro do imperador
amarelo”, o mais antigo compêndio da medicina tradicional chinesa:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">"O shen não pode ser
escutado com o ouvido, o olho deve ser brilhante de percepção e o coração deve
ser aberto e atento para que o espírito se revele subitamente através da
própria consciência de cada um. Não se pode exprimir pela boca; só o coração
sabe exprimir tudo quanto pode ser observado. Se presta muita atenção, pode-se
ficar a saber subitamente, mas também pode-se perder de repente esse saber. Mas
shen, o espírito, torna-se claro par o homem como se o vento tivesse varrido as
nuvens. Por isso se fala dele como do espírito." <o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Observe-se a semelhança com as
técnicas de meditação e auto observação que, como comenta Eliade, conduziu ao
desenvolvimento de uma psicologia na Índia, que reconhece pelo menos quatro
estados de consciência: a diurna; a dos sonhos; a do sono sem sonhos; e a
cataléptica; experimentadas racionalmente por exercícios respiratórios e de
atenção que permitem o acesso lúcido a cada um desses estados correspondentes a
uma freqüência respiratória. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sem as medidas do
eletroencefalograma os indianos (e talvez os chineses) identificaram e tem
propostas de intervenção nos fenômenos bio-elétricos mapeados por esse
aparelho, inclusive dos estados de anestesia (ondas teta e delta), não
mencionados por Eliade mas conhecido por faquires com suas técnicas de
meditação e acupunturistas com suas agulhas e ervas. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Observe-se porém que a concepção
chinesa envolve cinco aspectos distintos da concepção indiana e pavloviana de
estados fásicos, mas também se adéqua à prática das técnicas de meditação,
embora explore o controle das regulações orgânicas (e existência extra
corpórea) distinguindo alma etérea e corpórea (Hun e o Po) e os diversos
aspectos ou qualidades do Chi, a esfera dos desejos (Yi reflexão) e a memória e
força de vontade (Zhi). Um modelo sem dúvida mais complexo, mas ainda por ser
decifrado em comparações étnicas e neuroantropológicas que articulem as emoções
e a regulação orgânica.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os exercícios de meditação
relativamente semelhantes ao que conhecemos como técnicas de treinamento
autógeno que são conhecidos e amplamente divulgados com dezenas de variações em
escolas indianas, chinesas e tibetanas precisam ser devidamente estudados na
ótica de uma possível etnopsiquiatria ou neuroantropologia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">a essência, o corpo e a mente<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os chineses concebem o homem como
um microcosmo, o homem é um elemento de
conjunção dos pares contrapostos, Céu - Homem – Terra, que constituem os 3
principais elementos do mundo, o eixo yin / yang dos San Tsai (Tan T'ien). Essa
imagem segundo Jung é uma representação antiqüíssima que de uma forma semelhante em diversas
regiões, cita como exemplo o mito africano ocidental de Obatala e Odudua (Céu e
Terra) pais primordiais, que jazem em uma cabaça até que um filho, o homem
surge entre eles. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O homem tal como um microcosmos, encerra
a conjugação em si próprio dos contrastes e da dualidade. A tarefa de
libertação no pondo de vista oriental e da psicoterapia ou individuação na
proposição Jungniana é compreender este processo ou sua origem. Ambas concepções se constituem como caminhos
de trazer calma e paz de espírito, (harmonia com o Tao) condição essencial para
manutenção e recuperação da saúde.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Acupuntura requer portanto o
conhecimento e concepção de espírito? O Shen referido, denota um aspecto
imaterial do ser - o espírito, equivalente à psique? A mente ou psique é um
instrumento de transformação de símbolos - a energia psíquica. Na concepção
jungniana das técnicas de meditação/libertação.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Numa concepção mais restrita a
expressão Shen (às vezes traduzido por espírito e as vezes por sentimento)
designa a manifestação exterior da vitalidade do corpo e em um sentido estrito
representa a consciência que comanda o Coração e atividade mental. Esta
compreensão está associada no referido sistema conceitual dos San Tsai (Tan
T'ien) ao Jing (traduzido como essência ou Chi ancestral) que corresponde ao meridiano,
e funções do rim na acupuntura e também o que os indianos conhecem como
"karma" e nós (ocidentais) como determinação genética, na medida em
que descreve nossa vitalidade como potencial herdado. O Qi, na acupuntura
assume muitas formas ou significados condizentes com a função que exerce em
cada momento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O diagrama, abaixo referido, mostra a relação entre o Shen, Jing e órgãos
responsáveis pela assimilação e distribuição da energia Qi do ar e alimentos. O <b>Tien</b>
é o princípio cósmico imaterial; <b>Qi</b>,
“ a raiz do homem”, (seu ideograma pode ser decomposto em grão de arroz e vapor)
e <b>Jing</b> é a energia ancestral que se
conserva no meridiano dos rins.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Qi circula em um fluxo interno, transforma a essência do
alento e a energia espiritual (shen). Atravessa os campos de transformação os 3
(san) jiao: shang Jiao (alto - suspender);
zhong Jiao (meio) e Xia Jiao
(baixo inferior) conforme a Doutrina Médica Chinesa, segundo o Huangdi Neijing
obedecendo as leis as leis do Yin/Yang e
dos 5 elementos.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-V8LmlrxWz7A/WjG5C8x_xFI/AAAAAAAAKZ8/f8inV8W6RToJ56TkICs1ZGbbjSA8TOMJQCLcBGAs/s1600/TanTien.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="600" height="230" src="https://1.bp.blogspot.com/-V8LmlrxWz7A/WjG5C8x_xFI/AAAAAAAAKZ8/f8inV8W6RToJ56TkICs1ZGbbjSA8TOMJQCLcBGAs/s320/TanTien.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">o espírito e o
coração <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Como é amplamente conhecido um
grande numero de povos, inclusive nas nossas concepções populares e cristãs,
atribui-se os sentimentos e algumas funções da mente ao coração. Segundo as
antigas teorias expressas por exemplo no Ling Shu (parte integrante do livro do
imperador amarelo) é o coração que “reúne o espírito”. O coração comanda vasos
e encerra o pulso e o pulso é a morada do Shen. O ponto que localiza-se nessa
região do braço correspondente ao meridiano do coração chama-se Porta do
espírito (Shen Men) </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Na pratica da acupuntura, talvez
numa dimensão não apensas simbólica, mas exercida com o uso de agulhas em
pontos específicos ... <b>acalmar o coração
é uma forma de acalmar o espírito. <o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sabemos entretanto que textos
mais recentes do sec. XVI e XVIII já
reconhecem como do cérebro as funções da memória e inteligência e percepções
decorrentes dos órgãos dos sentidos. Na época Ming, Li Zhi Zhen (1518-1593)
afirmava que o "cérebro" é a morada do Shen original (Yuan Shen) ou
espírito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> Essa "descoberta" porém não
constituiu uma contradição às tradições que também afirmava que o espírito e o
cérebro estão unidos pelo sangue ("O Qi empurra o sangue (Xue). O sangue
nutre o Qi"). Além do que como pode
ser constatado em qualquer manual de acupuntura moderno existem estratégias de
diagnóstico e tratamento com agulhas, moxabustão e ervas medicinais para as
diversas patologias neurológicas, psiquiátricas ou psicológicas e
psicossomáticas diagnosticadas como doenças nervosas no ocidente desde a evolução
da medicina hipocrática (a quem se atribui a descoberta da relação entre o
cérebro e a mente) em direção a medicina ocidental cosmopolita. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Entre as primeiras iniciativas de
integração da medicina tradicional chinesa com a medicina ocidental deve-se
destacar as contribuições da Revolução Cultural e Ministério da Saúde Pública
da República Popular da China, propondo estrategicamente a criação de
profissionais de nível médio versados em medicina tradicional chinesa e saúde
pública, denominados Médicos de Pés Descalços e principalmente um caminho para
sua formação onde se destaca a revisão do ensino da acupuntura. Foi elaborado o
“livro dos quatro institutos” uma reunião das diversas tendências e escolas de
acupuntura (Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de
Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional
Chinesa de Nanjing; Academia de Medicina Tradicional Chinesa). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Um livro que também re-apresentou
a acupuntura ao ocidente e já incluía as concepções de patologias do ocidente,
em nosso caso a histeria, distúrbios mentais depressivos e maníacos além de
diversos sinais e sintomas de doenças neurológicas e psicossomáticas tipo
insônia, ansiedade, impotência, ejaculação precoce, enurese noturna etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não se deve esquecer também que
os chineses antigos já reconheciam o órgão cérebro (mar de medula) e lhe
atribuíam funções próximas das modernas concepções. Lê-se no Ling Shu:
..." <i>o mar da medula em excesso
significa um relaxamento muscular que ultrapassa a medida"... </i>O que
pode muito bem ser referências ao coma, estupor ou paralisia flácida numa
escala de gradações do relaxamento e<i>
..."o mar de medula em insuficiência provoca zumbidos de ouvidos com
atordoamento do “cérebro” (vertigens). Observa-se dores intensas nas pernas,
vertigens e perturbações na vista. O relaxamento incita ao sono</i>"... </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enigmáticas entretanto continuam
as relações entre este órgão e a mente, tanto para os gregos tal como
evidenciam as divergências entre Hipocrates (460 – <st1:metricconverter productid="370 a" w:st="on">370 a</st1:metricconverter>.C.) e Aristóteles (384-<st1:metricconverter productid="322 a" w:st="on">322 a</st1:metricconverter>.C.) como para a moderna neurociência que
ainda se vale de distintos modelos (a exemplo dos citados acima derivados da
concepção pavloviana) utilizados nas distintas especialidades médicas
(neurologia, endocrinologia, psiquiatria, anestesia, fisiatria, foniatria) e
paramédicas (psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia etc.) entre as quais está
se inserindo o profissional de acupuntura.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para alguns patologias autores
modernos tem pesquisado equivalências aos desequilíbrios e agravos descritos na
medicina chinesa antiga (a exemplo da síndrome <span style="color: blue;"><a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2011/09/dian-kuang.html" target="_blank">dian kuang</a> </span>considerando a forma de classificação das emoções, (ética de relações
interpessoais), a mente - espírito e o comportamento adequado (inclusive
dietético) nas diversas estações do ano, um equilíbrio entre fatores internos e
externos como se aprende nos ensinos de Huang di, o “Imperador Amarelo em
dialogo com seu médico e aprendiz Qi Po. </span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Referências</span></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">1 COSTA Paulo Pedro P. R. O "mar de dentro" um
estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema etnomédico chinês. Monografia
para conclusão do Curso de Acupuntura Sistêmica e Auriculoterapia na Escola
Científica de Acupuntura - CLIMA</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">filiada à Associação Brasileira de Acupuntura seção
Bahia tendo como Orientador: Prof.
Jurecê J. Machado. Salvador, julho de
2000</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">2 MAUSS Marcel. Sociologia e antropologia. SP: Cosac Naiify,
2003</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">3 MACIOCIA, Giovanni. Os fundamentos da medicina chinesa.
SP: Roca, 2015</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">4 PAVLOV, Ivan P. O problema do sono (1935) in: PAVLOV, Ivan
P. Reflexos condicionados e inibições. RJ: Zahar, 1972</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">5 ASTRUP, Christian. Psiquiatria pavloviana, a reflexologia
atual na prática psiquiátrica. RJ: Atheneu, 1979</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">6 RAICHLE, Marcus E. A energia escura do cérebro. Scientific
American Brasil, Edição especial neurociência 1; (26-31), fevereiro – março de
2014. São Paulo</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">7 LURIA, Aleksandr R. Fundamentos de neuropsicologia. RJ:
Livros Técnicos e Científicos. SP: EDUSP, 1981 </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">8 SVOBODA, R; LADE, A. Tao e Dharma, medicina chinesa e
ayurveda. SP: Pensamento, 1998</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">9 JUNG, Carl G. Psicologia e
religião oriental. RJ: Zahar, 1986</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">10 ELIADE, Mircea. Yoga:
imortalidade e liberdade. SP, Palas Athena, 1996</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">11 ELIADE, Mircea. Patañjali e o
Yoga. Lisboa: Relógio d’água, 2000</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">12 WANG, Bing
Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Dinastia Tang – Edição
bilíngue). SP, Ed Ícone, 2001</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 16.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">ver também</span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">NEI CHING, O livro de ouro da medicina chinesa, RJ,
objetiva. reedição da primeira tradução para língua portuguesa publicado por
Editora Minerva, Pt, 1940</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">LING – SHU, Base da acupuntura da medicina tradicional
chinesa. Tradução e comentários de Ming Wong. SP, Andrei, 1995</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">JUNG, C. G. Tipos Psicológicos. RJ: Zahar, 1974</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">JUNG, C.G. O segredo da flor do ouro, um livro de vida
chinês. RJ, Vozes, 1992</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: arial, helvetica, sans-serif;">LEVI-STRAUSS, C. O Pensamento Selvagem São Paulo, Companhia
Ed Nacional, 1976</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">LEVI-STRAUSS, C. A Natureza do Pensamento Mítico, IN: A
Oleira Ciumenta São Paulo, Ed Brasiliense, 1986</span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Open Sans", Helvetica, Arial, sans-serif;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Open Sans", Helvetica, Arial, sans-serif;">MAIESE,</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Open Sans", Helvetica, Arial, sans-serif;"> </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Open Sans", Helvetica, Arial, sans-serif;">Kenneth. </span><span style="background-color: white; color: #223442; font-family: "Open Sans", Helvetica, Arial, sans-serif;">Visão geral de coma e consciência prejudicada. Manuais MSD / Merk. </span><span style="color: #223442; font-family: Open Sans, Helvetica, Arial, sans-serif;">https://www.msdmanuals.com (acesso em Junho de 2018)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">WATTS Alan W. Psicoterapia oriental e ocidental. </span><span lang="EN-US"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">RJ, Record, 1972</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<div align="center" class="MsoNormal">
<span lang="EN-US">oxxxxxxxxxxxxxxxxx------------------------------<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-91678459709059235222017-08-09T10:25:00.005-07:002022-01-16T15:33:35.572-08:00A criação de Pan Gu<div class="MsoNormal">
<h3>
<span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 18.6667px;">盘古开天辟地</span></h3>
<div>
<span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 18.6667px;"><br /></span></div>
<h3>
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-GKSgHoku8EY/WYtFXHLpFeI/AAAAAAAAKUg/_1KvhVvdpvEaQ_tvstW1EpSNb6kTrznhwCLcBGAs/s1600/ALidovPanGu.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="450" src="https://4.bp.blogspot.com/-GKSgHoku8EY/WYtFXHLpFeI/AAAAAAAAKUg/_1KvhVvdpvEaQ_tvstW1EpSNb6kTrznhwCLcBGAs/s1600/ALidovPanGu.jpg" /></a></h3>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt;"> </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">No princípio
havia o não-ser, a insondável nuvem </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">空</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;"> sem forma. O céu </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">天</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;"> e a terra </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">地</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;"> estavam em um mesmo e
único não - lugar. Assim como tudo, não tinham nome, pode-se dizer que o que
existia era o caos, </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">混 乱 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">o ovo
cósmico </span><span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">盘古</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">, Tai
Chi , a grande energia, </span><span style="background: white; color: #252525; font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">氣 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">o Tao. </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%; text-align: justify;">道</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">O Tao
em seu movimento gerou o Um. O Um gerou o Dois. O Dois gera o três e logo
depois toda a escuridão. O ser que existia, então, toma a forma de um homem
chamado Pan Gu </span><span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">盘古</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">. O trabalho desse homem é
separar o leve, rosa-claro e brilhante (Yang </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">昜</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">), do denso, escuro e pesado
(Yin </span><span style="font-family: "mingliu"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">侌</span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "arial"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span></span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">). Assim, Pan Gu começou a separar o céu
da terra. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Para
fazer seu trabalho, Pan Gu crescia empurrando o céu </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">天空</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> com a sua cabeça,
pisando no chão com os seus pés. Esse esforço </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">活 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">foi a sua vida </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">生</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Exaurido,
deitou-se sobre si mesmo formando a terra; seu olho esquerdo brilhou e nasceu o
Sol </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">太</span><span style="font-family: "mingliu"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">阳</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> e, do olho direito nasceu a Lua </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">月亮</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">. Seu fôlego
expandiu-se em forma de vento 风 e sua voz ressoou em trovão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Dos
seus pés e cabeça, formou-se o Himalaia e todas as outras cadeias de montanhas;
de seus ossos </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">骨
</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">e
dentes </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">牙 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">espalhados
pela água </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">水</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">, ao
secar </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">干</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> formaram-se
as minas e os metais </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">金</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">. A medula branca,
líquidos </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">液</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
cristalinos e outras gorduras, junto com o sangue </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">血</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">, ao separar-se
originaram os rios e mares. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">A sua
pele </span><span style="font-family: "mingliu"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">肤</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">, tendões, os seus pelos </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">毛</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> e unhas </span><span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">钉</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> transformaram-se
na madeira </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">木</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">, e o manto da vegetação </span><span style="font-family: "arial unicode ms"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">树</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> foi
cobrindo toda a terra, em sua primeira primavera. Os músculos pulsantes e
artérias deram forma ao fogo </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">火 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">dos vulcões e ao calor
da terra </span><span style="background: white; color: #222222; font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">土 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">envolvida em sua neblina </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">云 </span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">com chuvas </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">雨.</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">No
seu corpo, porém, havia pequenos seres que dele viviam, exatamente desses
parasitas de energia formou-se o pequeno homem </span><span style="font-family: "ms gothic"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">人</span><span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 14pt; line-height: 150%;">. Esse que povoou o mundo,
junto com todos os dez mil seres que, sucessivamente foram nascendo uns dos
outros feito a madeira que se incendeia em fogo, gera a terra, onde está o
metal que cava a água que alimenta a madeira.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
____________________<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif"><b>Referências</b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span face="Arial, Helvetica, sans-serif"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif">Abreu,
Antonio D. (Editor). Mitologia chinesa [Mitologia Primitiva], Quatro mil anos
de história através das lendas e dos mitos chineses. SP: Landy, 2000<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif">Pangu Separates the Sky from
the Earth <a href="http://www.chinavista.com/">http://www.chinavista.com</a> (2003)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif">Pangu
<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Pangu">https://en.wikipedia.org/wiki/Pangu</a>
(2017)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif">Pan Gu, Chinese mythology. Britannica.com <a href="https://www.britannica.com/topic/Pan-Gu">https://www.britannica.com/topic/Pan-Gu</a>
(2017)</span><span style="font-family: 'Bookman Old Style'; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="line-height: 150%;">
<span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="line-height: 150%;"><b>Ilustr.
Arthur Lidov’s Medical Landscapes</b><o:p></o:p></span><br />
<span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="line-height: 150%;"><br /></span></div>
<span face="Arial, Helvetica, sans-serif"><span style="line-height: 28px;">Adapatação </span><span style="line-height: 28px;">do mito:</span><span style="line-height: 28px;"> </span><span style="line-height: 28px;">Costa, Paulo Pedro P. R. publicado originalmente</span></span><br />
<span style="line-height: 28px;"><span face="Arial, Helvetica, sans-serif">Verbo, poemas. BA: HarpDan; FazCultura, 2003</span></span><br />
<span style="font-family: "bookman old style"; font-size: 18.6667px; line-height: 28px;"><br /></span></div>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-32225414737755368122017-02-27T07:46:00.000-08:002017-02-27T16:12:25.233-08:00Resenha: A Histeria de Katharina de Freud Tratada com Acupuntura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-atog0-gA8j4/WLRJuSlMb9I/AAAAAAAAKKI/_fAic8JAYLglVLeeaep2j5aEZJdqfGD8ACLcB/s1600/freud-mtc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-atog0-gA8j4/WLRJuSlMb9I/AAAAAAAAKKI/_fAic8JAYLglVLeeaep2j5aEZJdqfGD8ACLcB/s1600/freud-mtc.jpg" /></a></div><br/><br/>
Este livro de 224 páginas, que paradoxalmente aborda um caso clínico de “histeria” na ótica ocidental e oriental, abrange um verdadeiro abismo conceitual entre dois universos de teorias e tradições, uma patologia já descrita na medicina hipocrática associada ao útero (do grego: “hystera” que em chinês é 子宫 <i>Zǐgōng</i> - palácio da criança) e uma patologia identificada na medicina tradicional chinesa e/ou incluída como tratável com acupuntura. <br/><br/>
Por outro lado é surpreendente como Vicente Zaffarani Neto e Ednéa Iara Souza Martins conseguiram executar esta tarefa, evidenciando mais uma vez o valor dos modelos abstratos (teórico-científicos ou míticos- tradicionais) para delimitar um fenômeno ou transtorno (um distúrbio mental neste caso) discriminando suas nuances e variações com suas ferramentas conceituais para classificação e intervenção clínica. <br/><br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-PmsPfYWYChI/WLRGzZiRNhI/AAAAAAAAKJ4/RnzfslLCCoIsyn2Ie8ShHkdeY7fi2188QCLcB/s1600/histeria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-PmsPfYWYChI/WLRGzZiRNhI/AAAAAAAAKJ4/RnzfslLCCoIsyn2Ie8ShHkdeY7fi2188QCLcB/s1600/histeria.jpg" /></a></div> <br/><br/>
A patologia em questão é descrita em chinês com os ideogramas 歇斯底里 (<i>xiē, sī, dǐ, lǐ</i>) traduzido para línguas ocidentais e vocabulário médico atual como “histeria” onde literalmente: xiē 歇: significa ir para a cama, descansar, nocautear; sī 斯 : é o pronome “este”, “esta”; 底 dǐ: traduzível por “inferior” ou “fundus” (latim para "fundo") um termo anatômico que se refere à parte de uma concavidade em qualquer órgão, que está na extremidade distante de sua abertura; e finalmente lǐ 里: interior, forro revestimento, vizinhança, local onde se vive.<br/><br/>
Os ideogramas que designam a “histeria” podem ter sido adotados desde sua incorporação à medicina chinesa após a revolução cultural, já fazem parte da relação de patologia incluídas no Livro dos Quatro institutos patrocinado pelo Ministério da Saúde Pública da República Popular da China publicado em 1964. Contudo esta patologia não foi incluída na Lista com as indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS ) para a acupuntura de 1979. Nessa lista estão doenças para as quais se tem comprovação científica da eficiência do tratamento, mas não são necessariamente as únicas doenças tratáveis pela acupuntura. <br/><br/>
É possível ainda, que esta patologia já tenha sido estudada pelos médicos chineses que entraram em contato com as concepções da medicina hipocrática como nos mostrou os estudos do sinólogo Joseph Needham (1900 -1995) sobre a similaridade entre os conteúdos do "Livro do Imperador Amarelo" com o <i>Corpus Hippocraticum</i> (460 – 379 a.C.) - conjunto de textos atribuído a Hipócrates, ou os registros de contato entre tais civilizações através da "rota da seda". (Needham; Carneiro)<br/><br/>
O conceito de histeria possui uma longa história e trajetória desde sua origem na medicina grega, incorporação à medicina ocidental cosmopolita e psicopatologia. Foi revisto por Sigmund Freud (1856-1939) em finais do século XIX, (como abordado no livro) ainda persiste na psicologia e psiquiatria dos nossos dias com o CID F44 - transtornos dissociativos (ou conversivos), a histeria de conversão com dez subcategorias (da F44.0 a F44.9) e F41.8 a histeria de ansiedade. <br/><br/>
O próprio Freud modificou suas concepções e forma de tratamento da histeria ao longo de sua carreira de acadêmico e médico clínico, do uso da hipnose à “livre associação” e “interpretação dos sonhos” (a psicanálise); da etiologia desta neurose na sedução (ou abuso por adultos) à dissolução do “complexo de Édipo” e fantasias inconscientes. Nos legou um sofisticado modelo de interação entre a mente, o cérebro (o aparelho psíquico) e o corpo – o seu “Projeto para uma Psicologia Científica” (1950 [1895]) onde dedicou um capítulo especial à psicopatologia e à “formação simbólica” e “intensidade das ideias” na histeria.<br/><br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-DGFf8YUlSt8/WLRHVAEQh5I/AAAAAAAAKJ8/dRzyrKr4L5QUDHJcy48Wz4Gk0u1cFqixACLcB/s1600/hysteria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-DGFf8YUlSt8/WLRHVAEQh5I/AAAAAAAAKJ8/dRzyrKr4L5QUDHJcy48Wz4Gk0u1cFqixACLcB/s1600/hysteria.jpg" /></a></div> <br/><br/>
O livro “A Histeria de Katharina de Freud Tratada com Acupuntura“ escrito por dois especialistas em acupuntura, o Vicente Zaffarani Neto, também psicólogo com especialização em psicanálise e Ednéa Iara Souza Martins autora dos Atlas dos Pontos de Acupuntura (Ed Roca, 2011), especialista em acupuntura pelo Conselho Regional de Odontologia, nos apresenta uma cuidadosa revisão destes dois momentos ou aspectos desta síndrome.<br/><br/>
Está subdividido em 9 capítulos a saber: <br/><br/>
1 - A Medicina Tradicional Chinesa na Era Científica<br/>
2 - A Katharina de Freud <br/>
3 - "Sobre o Mecanismo Psíquico dos Fenômenos Histéricos”: Comunicação Preliminar (1893) <br/>
4 - O Significado das Emoções <br/>
5 - Etiopatogenia na Medicina Tradicional Chinesa <br/>
6 - Função Psíquica na Medicina Tradicional Chinesa <br/>
7 - Etiologia e Patogênese das Doenças Psíquicas na Medicina Tradicional Chinesa<br/>
8 - Classificação das Doenças Mentais na Medicina Tradicional Chinesa <br/>
9 - A Histeria de Katharina na Medicina Tradicional Chinesa <br/><br/>
Os autores em sua cuidadosa revisão dedicam pelo menos três capítulos a análise do modelo freudiano de descrição/intervenção na histeria e modernas concepções sobre a psicofisiologia (na concepção ocidental) das emoções além de procederem uma cuidadosa revisão das concepções da medicina tradicional chinesa sobre as doenças mentais e particularmente sobre a histeria, como era de se esperar.<br/><br/>
A classificação das doenças mentais descritas aqui corresponde ao apresentado no livro Tratamento das Doenças Mentais por Acupuntura e Moxabustão, de Ye Chenggu, publicado e traduzido em Pequim, o que diminui as chances de erros de tradução e interpretação. Na visão da medicina tradicional chinesa adotada por Zaffarani Neto & Martins além da histeria, entre as doenças mentais incluem ou destacam-se, principalmente:<br/><br/>
• Palpitação e estupor.<br/>
• Insônia.<br/>
• Sonolência.<br/>
• Amnésia.<br/>
• Síndrome de <i>bentun</i>.<br/>
• Depressão.<br/>
• Síndrome de síncope.<br/>
• Esquizofrenia (depressiva e maníaca).<br/>
• Epilepsia.<br/><br/>
Na medicina Tradicional Chinesa histeria é comumente definida como um distúrbio mental provocado pelo fogo, resultante da repressão das emoções e frustração (Livro dos 4 institutos; Xi Wenbu). A revisão realizada por Zaffarani Neto & Martins, não foge a este consenso de associação à desejos insatisfeitos e excessos emocionais, reconhece porém a complexidade das manifestações dos sintomas e demanda de distinguir a histeria das síndromes <i>zang zao</i> (agitação visceral, depressão, histeria); <i>meihe</i> (<i>globus hystericus</i>); melancolia; depressão e síncope.<br/><br/>
Assinala ainda que etiologicamente pelo menos três condições “energéticas” (na concepção da medicina chinesa) podem ser identificadas e utilizadas como critério de escolha de pontos para acupuntura associados: a deterioração do “qi” (chi) do coração; a “estagnação do qi do fígado transformando-se em fogo ascendente” ; a “estagnação do qi do fígado prejudicando a função do baço (meridiano do baço-pâncreas). <br/><br/>
Destaca as citações do Ling Shu, referentes ao equilíbrio entre o corpo a mente e o <i>shen</i> (o <i>jing</i>, o <i>chi</i> e o <i>shen</i>). Detém-se nas dificuldades e possibilidades de traduzir o <i>Shen</i>, espírito, consciência, energia do coração – o órgão meridiano diretamente relacionado à patologia em questão – o coração é o órgão que alberga o <i>shen</i>, as doenças do coração pertencem ao campo mental. Do Ling Shu, por exemplo, nos revela que no capítulo 2, se lê: "As inquietações e as infelicidades estorvam a circulação do qi.A raiva excessiva extravia. É incontrolável. O temor excessivo dispersa a mente"<br/><br/>
No caso da histeria evidencia-se a formas como fatores patogênicos internos explicam os efeitos nocivos sobre os órgãos das emoções excessivas tanto em quantidade, como em qualidade. Apesar de enfatizar o tratamento com acupuntura ou a possibilidade de tratar o psiquismo atuando sobre os órgãos e vice-versa (o tratamento do órgão pode atuar de forma eficiente nos sintomas ou mesmo na emoção relativa ao padrão), não deixa de incluir nas recomendações ao tratamento desta patologia a necessidade de mudança de hábitos alimentares, aquisição ou desenvolvimento de técnicas e práticas de exercícios (a exemplo do <i>chi kung, tai chi chuan</i> e outros métodos) e sobretudo meditação, voltando-se ao shen – unificando o corpo psíquico e a mente em razão da inter-relação entre os órgãos e a atividade mental. <br/><br/>
Sobre a mente consciência ou inteligência são frequentes a mostra de suas consultas à fontes tradicionais quando nos deparamos com a citação esclarecedora de que "A inteligência alimenta-se na vida. Deve ela estar de acordo com as 4 estações, adaptar-se ao frio e ao calor, à alegria e à raiva; situar-se na calma, a fim de harmonizar o yin e o yang, aliar força à doçura. Pode assim evitar doença e prolongar a vida'<br/><br/>
Recuperando também para nós um “clássico” estudo ocidental, a definição de Soulié de Morant (1878-1955), para quem o o Shen: <br/><br/>
"[...] <i>é o plano superior, é o diretor psíquico da consciência e da compreensão, da razão, o juízo do sentido comum, a crítica; a consciência, a verdadeira inteligência; que compreende sem ter aprendido e por simples comparação utilizando algumas vezes a percepção do exterior no momento transformante e na memória do passado apartada pelo Roun (hun), para colocar de acordo com a captação, as reações hereditárias e adquiridas, e as possibilidades do real</i>'".<br/><br/>
Enfim, os autores desta análise de “histeria de Katharina de Freud” à luz da medicina tradicional chinesa estão de parabéns. Uma leitura essencial para <b>antropólogos</b> que pesquisam os textos clássicos de antigas civilizações ou "documentos etnológicos brutos" para nós ocidentais que utilizamos as ferramentas conceituais da antropologia estrutural na proposição de Lévi-Strauss.<br/><br/>
Para este autor, o mito, nos fornece modelos que não diferem da ciência pelo gênero de operações mentais (relações de determinação ou classificação), e sim, pelas relações que estabelecem com a “percepção” (mais desenvolvida no pensamento científico) e “ a intuição sensível” (mais desenvolvida no mito - de certo modo semelhante a arte (bricolage), representando estratégias distintas do conhecimento humano (Lévi-Strauss. O pensamento selvagem, 1976).<br/><br/>
Uma leitura essencial para <b>neurocientistas</b> ocupados com a integração de distintos sistemas teóricos como psicanálise - reflexologia; reflexologia - behaviorismo (medicina comportamental) ou entre a concepção de um cérebro reptil no modelo triúnico de Paul MacLean e os modelos funcionais de Luria / Anokhin etc.<br/><br/>
Será possível uma integração entre sistemas teóricos concebidos em bases cognitivas distintas? A presente proposição baseou-se na perspectiva de que a observação de como é feita a descrição de um fenômeno patológico ou fisiológico em distintas concepções etnomédicas pode esclarecer as diferenças entre as distintas formas de explicação - intervenção em questão. <b>Vale ver</b>.<br/><br/>
<b>Referências</b><br/><br/>
ZAFFARANI NETO, Vicente, MARTINS, Ednéa Iara Souza. A Histeria de Katharina de Freud Tratada com Acupuntura. SP: Roca, 2010 ISBN: 9788572418751<br/><br/>
YE CHENGGU. Tratamento das doença mentais por acupuntura e moxabustão. SP: Roca, 2006<br/><br/>
XI WENBU (Beijing, China) Tratado de Medicina Chinesa. SP: Roca, 1993<br/><br/>
OMS / WHO Classificação de Transtornos mentais e de Comportamento da CID-lO: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas - Coord. Organizo Mund. da Saúde; trad. Dorgival Caetano. - Porto Alegre: Artmed, 1993.<br/><br/>
NEEDHAM, J.; GWEI-DJEN, L. Celestial Lancets: a history and rationale of acupuncture and moxa. UK, Cambridge University Press, 1980.<br/><br/>
LING – SHU. Base da acupuntura da medicina tradicional chinesa. Tradução e comentários de Ming Wong. São Paulo. Andrei. 1995.<br/><br/>
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem SP, Ed. Nacional, 1976<br/><br/>
FREUD. SIGMUND. Publicações pré psicanalíticas e esboços inéditos. Edição Standard das Obras completas de Sigmund Freud. V. I / 24 v. (1886-1899). RJ, Imago, 1996<br/><br/>
Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional Chinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa (Livro dos 4 Institutos). SP, Ed. Ícone, 1995<br/><br/>
CARNEIRO, Norton Moritz. Acupuntura baseada em evidências. Florianópolis, SC, Ed. do autor, 2000<br/><br/>
___________________________
<br/><br/>
Women under Hysteria1876-1880<br/>
(Attitudes Passionnelles, Debut d'une Attaque; Hystéro-Épilepsie Attaque)<br/>
D.M. Bourneville and P. Régnard (montage by wikimedia commons)<br/>
<br/><br/>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-49656011825627290812016-07-17T16:39:00.001-07:002016-07-17T16:39:10.702-07:00Para ser um acupunturistap/ <b>Erin Langley</b>, 2015<br/>
tradução Paulo Pedro P. R. Costa, 2016
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-uhoW2TJg_9Q/V4wRto-gC5I/AAAAAAAAJ2k/ZCSKJaVGE-osuRPN0s7dDolciVeL6kplwCLcB/s1600/chakrapoint.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-uhoW2TJg_9Q/V4wRto-gC5I/AAAAAAAAJ2k/ZCSKJaVGE-osuRPN0s7dDolciVeL6kplwCLcB/s1600/chakrapoint.jpeg" /></a></div>
<br/>
Sei que como um acupunturista, eu não publico muito sobre agulhas. As agulhas são uma realidade; você pode ler sobre os efeitos da acupuntura em muitos outros lugares. Não tenho nenhum interesse em convencer ninguém de nada, e a eficácia da acupuntura não é consequência nem depende de sua crença. Não é só mais uma coisa agradável que se aprende com estudos, mas uma cura que fala por si mesma. A colocação de agulhas e moxa requerem anos de treinamento, teoria e prática. A tradição médica chinesa é construída sobre milhares de anos e milhões de participantes que a vivenciam. A acupuntura baseia-se em uma conversa intuitiva entre os corpos (o praticante e seus interessados clientes), bem como tudo o que nós fazemos com a nossa vida fora do lugar de tratamento.
<br/><br/>
Acupuntura e fitoterapia é o refinado conhecimento que você encontra aqui. Os provérbios médicos, os ditos espirituosos, o saber ancestral, as entrevistas, as antigas tradições do mundo, a arte, as ervas, a cerimônia; essa é a minha prática. Nós trazemos todos os nossos mundos para a mesa, uma colaboração das galáxias. Os antigos médicos praticavam diversas formas de arte — caligrafia, poesia, artes marciais, adivinhação (clarividência) - para cultivar o aprofundamento e equilíbrio. Usavam suas múltiplas superfícies para lapidar-se e tornarem-se um melhor espelho de cura. (Você já se sentiu melhor apenas de pé ao lado de alguém?)
<br/><br/>
A capacidade do praticante, e o relacionamento entre você e ele, dão o tom da cura. Com os adjetivos com que ele modifica sua medicina? Será que ele encarna os princípios fundamentais da cosmologia chinesa? Será que ele pratica uma forma de arte mais sincrética? O crédito principal vai para a própria medicina, surgindo através de nossas mãos e corações em várias regiões da terra. Nós mergulhamos nossas principais crenças na tinta dos ensinamentos originais para escrever novas prescrições que se adéquam a este tempo e lugar.
<br/><br/>
Eu exploro continuamente minhas próprias raízes para que possa praticar a medicina de uma outra cultura com o devido respeito. (cursei um mestrado na Universidade de Naropa <Boulder, Colorado> sobre o saber Indígena. Assim apropriadamente eu tenho me dedicado ao longo de minha vida na recuperação minha mente indígena / ancestral porque Chogyam Trungpa Rinpoche criou este “dharma” acadêmico no Ocidente. Sinto tais correntes espirituais como alças gêmeas do meu DNA. )<br/><br/>
Antes de abrir a clínica Acupuntura Ancestral, eu fui a Terra da Medicina de Buda pedir permissão para praticar acupuntura. Perguntei aos meus antepassados, e perguntei aos espíritos da terra com os quais eu trabalho. Eu continuo a fazer oferendas a esses aliados, aperfeiçoando a cura. Em harmonia com todos. (Medicina chinesa, e medicina indígena, sempre foram praticada em conjunto com a terra e antepassados. Estas divisões (ismos) são novos.)
<br/><br/>
Nossa cura colaborativa depende de tempo, espaço, relação médico-paciente, (interessado cliente /co-conspirador - praticante), e todas as forças invisíveis que trazemos à tona, incluindo as da liberdade e do destino. Quando tratamos com a totalidade da pessoa, nós lidamos com suas extensões – ascendência, legado (em qualquer forma que tenham), e todos os outros relacionamentos. O passado é tão fluido como o presente e o futuro.
<br/><br/>
Eu trabalho sob a premissa de que todo mundo, em sua inteireza, já estão curados. Isso libera uma energia lúdica, assim como nós choramos juntos sobre os acontecimentos (coisas) mais recentes. Tudo está sendo tratado; tudo é medicina. Focalizar esta ampla base na ponta de uma agulha - é o desafio que eu amo.
<br/><br/>
_______________________________________
<br/><br/>
Desde que eu sou um acupunturista, aqui estão alguns aspectos técnicos úteis à técnica de agulhamento, caso você pense que quer ouvir falar sobre isso:
<br/><br/>
-Introduza e retire a agulha durante a inspiração ou exalação para conseguir um efeito mais preciso.
<br/><br/>
- Gire a agulha certo número de vezes para "tonificar," e um número diferente de vezes para "sedar"
<br/><br/>
- Gire a agulha numa direção em relação ao outro para conseguir diferentes efeitos
<br/><br/>
- Agulhe na direção a favor ou contra o fluxo do canal para tonificar ou sedar, respectivamente
<br/><br/>
- Agulhe os pontos distais para tratar distúrbios superiores
<br/><br/>
- Agulhe superficialmente ou (ou contacte a agulha) para distúrbios superficiais, ou para provocar mudanças rápidas usando mais o aspecto yang do corpo (superfície)
<br/><br/>
- Coloque moxa sobre a cabeça de uma agulha para enviar o calor ou impulso em um ponto de acupuntura
<br/><br/>
- Puncione vasos sanguíneos para sangrar pontos e reduzir alguns tipos de dor ou para libertar calor do corpo
<br/><br/>
- Agulhe de acordo com a hora do dia para aproveitar a energia onde ela estiver mais concentrado e disponível
<br/><br/>
- Use estimulação intensa e exata do couro cabeludo para derrames e tremores.
<br/><br/>
- Use prescrições de ponto, feito constelações sobre o corpo, para recalibrar o corpo mais amplamente que a "função de ponto único"
<br/><br/>
- Use a ordem correta de pontos (questões de ordem)
<br/><br/>
- Considere as nuances de relacionamento entre sistemas de órgãos com teoria dos cinco elementos (agulha no canal do Pulmão para nutrir o Rim, o pulmão [metal] é a Mãe do Rim [água])
<br/><br/>
- Coloque música ou mantras para realçar o efeito dos pontos
<br/><br/>
-Tenha a pessoa participando visualmente do agulhamento em momentos apropriados para realçar o efeito
<br/><br/>
- Responda espontaneamente para os auspícios de tempo e espaço (evidenciado no corpo aparente de uma pessoa)
<br/><br/>
- Interaja espontaneamente com a dimensão superior de tempo e espaço (evidenciado o corpo aparente de uma pessoa)
<br/><br/>
- A teoria corroborada com a intuição; sabe quando abandonar a teoria.
<br/><br/>
- Isso representa uma pequena amostra dos detalhe da acupuntura. Nossa medicina sem fim, me desconcerta com seus detalhes, extensão e complexidade.
<br/><br/>
_______________________________________
<br/><br/>
<b>Ancestral Acupuncture</b> foi criada por <b>Erin Langley</b>, MSOM, LAc, Dipl OM , uma acupunturista, artista, oneiromante, mãe e amante-de-rochas que vive em Oakland, Califórnia. Com experiência e estudos na Universidade Naropa em Oakland, Califórnia - Masters degree sobre Indigenismo (Indigenous Mind); Mantic Arts com Liu Ming, fundador do Da Yuan Circle e Five Branches University e Acupuncture and medicina Integrativa no Berkeley College.
<br/><br/>
<b>Ancestors Acupuncture Apothecary</b> - 15 de abril de 2015<br/>
<a href="http://www.ancestralacupuncture.com/blog-2/2015/4/15/i-am-an-acupuncturist">http://www.ancestralacupuncture.com/blog-2/2015/4/15/i-am-an-acupuncturist</a>
<br/><br/>
<b>Bio</b>: <a href="http://www.ancestralacupuncture.com/about/">http://www.ancestralacupuncture.com/about/</a>
<br/><br/>
<i>Quanto a incrível Ilustração anatômica de artista desconhecido (se alguém sabe quem fez isso, diga-nos o seu nome!)</i>
<br/>
<br/>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-43048204156160433892015-05-05T15:44:00.007-07:002015-07-01T02:37:29.322-07:00Aforismos antigos, provérbios e conselhos para controle das emoções e manutenção da saúde nas tradições das medicinas chinesa, grega e semítica.Na pretensão de tornar comparável a medicina tradicional chinesa à nossa prática atual da acupuntura, estudando sua história, torna-se quase que impossível não observar as aparentes semelhanças entre seus conceitos e os da antiga medicina grega. Especialmente a relação entre as narrativas que tomam os elementos da natureza: o fogo (火), a terra (土), o metal (金) e a água (水) e madeira (木) e os quatro elementos descritos na antiga Grécia: fogo (πῦρ pur); terra (γῆ ge); ar (ἀήρ aer) e água (ὕδωρ hudor) relacionáveis à estações do ano.<br />
<br />
Por outro lado sabe-se que a comparação de povos distintos é o maior desafio da etnologia. Não há dúvidas também que somente com as ferramentas da etnologia / antropologia-histórica é que se pode ter uma visão da sociedade grega como um todo, e suas complexas divisões entre cidades-estados ou povos de origem, como por exemplo, nesse caso, os Jônios (povo de origem de Hipocrátes e Epicuro), e sua distinção dos Eólios, Dórios e Aqueus, entre outros, especialmente para uma análise das tradições chinesas desde sua evolução até as nossa práticas atuais. <br />
<br />
Comparando as tradições ocidentais com as da antiga China observou-se que o nexo estabelecido entre estações do ano e patologias é nitidamente explorado, como causa potencial, tanto na medicina tradicional grega como chinesa (<a href="http://medicinacomportamental.blogspot.com.br/2015/04/aforismos-antigos-proverbios-e.html">ver artigo</a>). O mesmo pode ser dito quanto a atribuição de importância às emoções no processo saúde-doença nas “sobrevivências” judaico cristãs das medicinas semíticas (<a href="http://medicinacomportamental.blogspot.com.br/2014/02/aforismos-antigos-proverbios-e.html">ver artigo</a>).<br />
<br />
Estendendo um pouco mais a pretendida comparação de “incomparáveis” (segundo Detienne) analisa-se o conjunto emoções - conceito essencial para entender a lógica das doenças na medicina tradicional chinesa – descritos por Epicuro com muito maior riqueza de detalhes que Hipocrátes embora este último já as aproximasse das modernas concepções de causa de doença mental ou psicossomática.<br />
<br />
Epicuro, assim como Aristóteles, foi um filósofo com grandes contribuições à compreensão da lógica, afetos e emoções humanas. A escolha da descrição das emoções por Epicuro representando a concepção grega, se deve não só a atualidade da sua concepção mas também da importância se atribui hoje ao prazer e alegria tomados aqui provisoriamente como sinônimos. <br />
<br />
Epicuro de Samos (em grego antigo: Ἐπίκουρος, Epikouros, 341 a.C., Samos — 271 ou 270 a.C., Atenas) deixou seguidores especialmente na na Jônia, região da costa sudoeste da Anatólia, hoje na Turquia onde viveu Hipocrates e o seu discípulo médico, Asclepíades de Bitínia (129 a.C. - 40 a.C.). <br />
<br />
A Bitínia corresponde a antiga região do noroeste da Ásia Menor (Anatólia), Asclepíades por volta do sec. I a.C. influenciado pelo atomismo de Epicuro, realizou um revisão crítica à obra de Hipocrates quando se discutia a perspectiva empírica e dogmática da arte médica. Segundo Rebollo embora tenha se autodenominado um dogmático, afastou-se tanto dos dogmáticos quanto dos empíricos, para ele o empirismo médico sem teoria era um contra-senso, e as teorias dos dogmáticos eram erradas e inadequadas, pois não consideravam os fatos relacionados com os diferentes estados de saúde e de doença ou perda da vitalidade.<br />
<br />
A classificação das “máximas”, provérbios ou pensamentos de Epicuro selecionados por emoções, subdivididas em: Raiva (怒 nù); Alegria (喜 xǐ ); Preocupação (ficar pensativo 想 - si); Melancolia/ tristeza (melancolia / mágoa 悲 bēi); Ansiedade (忧 yōu) / Medo (恐 kǒng), correspondentes à classificação chinesa dos 5 elementos e estações do ano associadas às cinco emoções/sentimentos referidos se deve ao pretendido esquema de interpretação do Livro do Imperado Amarelo - Nei Jing (内經).<br />
<br />
Quanto a Aristóteles apesar da sua contestação a localização Hipocrática das emoções e sentimentos no encéfalo, suas contribuições à natureza da lógica, mitos e racionalidade humana foram essenciais ao desenvolvimento da ciência. Inclusive a medicina ocidental que pelo menos até o século XVIII se fundamentou no legado hipocrático, que chegou até nós, pelas revisões de Galeno (129 - 217), à luz de Platão (428/427 - 348/347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) . (Rebollo)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-lkW1qWPWp08/VUlM2tV0QMI/AAAAAAAAJJI/Y9zq1vKorNI/s1600/galeno-hipocratico440.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-lkW1qWPWp08/VUlM2tV0QMI/AAAAAAAAJJI/Y9zq1vKorNI/s1600/galeno-hipocratico440.jpg" /></a></div>
<blockquote>
Diagrama que ilustra o "sistema fisiológico" humano na concepção de Galeno segundo C. Singer; Claudius Galen; human physiology, 1925 (wikimedia commons / wellcome images)</blockquote>
<br />
<br />
<b>Enkéfalo - εγκέφαλος / Suǐ Hǎi - suǐ </b> (髓 <b>medula) hǎi (</b> 海 <b>mar)</b> <br />
<br />
Aristóteles considerava o cérebro um órgão frio cuja função era refrigerar o sangue quente que sai do coração e sobe a cabeça na forma de exalação. No cérebro, os vapores seriam então resfriados e condensados, descendo para o corpo na temperatura requerida para manutenção da vida (sem febre). Para ele o coração era a sede da alma racional e o cérebro o órgão da sensibilidade, do movimento e do pensamento, onde são formados os espíritos animais. O pneuma movido pelo pulmão (ar respirado e gases exalados) é o que é responsável pela inteligência e fonação, ao entrar pela boca, nariz. É através dos etmóides que penetra na cabeça onde sua parte “mais ativa” produz, no cérebro, a inteligência. (Rebollo; Cairus)<br />
<br />
Nesse aspecto são enigmáticas também as semelhanças entre esta concepção das três almas descritas por Aristóteles e as explicações chinesas das energia vital e suas manifestações (五 神 - 5 Shen), enquanto: <i>Zhi</i> (desejo, aspiração, vontade) que possui uma relação com os meridianos ou funções vitais do rim e bexiga; <i>Hun</i> (clareza, alma etérea) corresponde aos meridianos do fígado e vesícula biliar; <i>Shen</i> (o espírito) que corresponde a um maior número de funções visto que representa quatro meridianos: o coração, o <i>san jiao</i> traduzido literalmente por tríplice aquecedor, o pericárdio também chamado circulação - sexualidade e o intestino delgado; <i>Yi</i> (intenção, desejo, repreensão) corresponde aos meridianos do estômago e baço pâncreas e <i>Po</i> (alma corpórea) corresponde aos meridianos do pulmão e intestino grosso. (Costa, 2003)<br />
<br />
A concepção de cérebro na medicina chinesa situa-se relativamente mais próxima ao elemento da vitalidade e espírito animal” descrito por Aristóteles. O cérebro ou em chinês Nao (腦) ou Suí Hai (suǐ hǎi) é um dos órgãos extraordinários mencionado na literatura clássica como um dos quatro mares (Ling Shu) uma fonte (local de armazenamento) do Jing (Energia ancestral) formado pelos rins. <br />
<br />
O Nei King se refere a este como o mar de dentro, do interior, numa palavra que usualmente é traduzida como medula (marrow), possivelmente também interpretada como referência não anatômica (parte de dentro/ grande quantidade). Notavelmente similar ao elemento de ligação da alma com o corpo em grego (myeloú / μυελού) descrito por Platão como capaz de produzir e acumular sêmen sendo responsáveis pelas graves doenças da alma devido aos prazeres excessivos (Costa; Siqueira – Batista e Schramm)<br />
<br />
As relações entre patologias e emoções nas tradições grego - hipocráticas em muito se assemelham (no mínimo etimologicamente) a algumas das nossas concepções modernas de medicina psicossomática. O conceito de melancolia (gr. <i>melancholía</i>) por exemplo foi retomado por Freud (1917) e a descrição em aforismo ainda lhe é precisa ..."se o medo ou a tristeza duram muito tempo, tal estado é próprio da melancolia"... As noções de <i>paranoia</i> (do grego <i>para</i> ao lado de, fora; e <i>noia</i> - de si) enquanto delírio associado à febre, e cólera (gr. <i>chólera</i>) enquanto agressão, ira (raiva) e distúrbio específico de um tipo constitucional de personalidade, requerem estudos mais específicos e extensos do que a simples descrição da emoção e seu contexto eliciador ou oposto (comportamento de auto-controle) como Epicuro e outros filósofos procederam.<br />
<br />
Assim sendo embora Epicuro não apresente nexos de causalidade entre emoções e patologia e/ou especulações quanto a sua fisiologia, as descreve com exatidão sendo equivalentes ao que temos interpretado nas medicinas antigas (semítica e chinesa) que analisamos, e ao que denominamos hoje como prescrições de uma medicina comportamental como pode constatar nas máximas e provérbios que aqui se seguem:<br />
<br />
<b>Viver de acordo com a Natureza (phúsis/ physis - φύσις)</b><br />
<br />
Se não executares sempre as tuas ações de acordo com a finalidade ordenada pela natureza, mas lhes deres anteriormente uma outra direção, elas não estarão concordando com o teu pensar racional, quer se trate de abstenções, quer de desejos (anseios).<br />
<br />
Todos os desejos que não trazem consigo alguma dor, quando insatisfeitos, não pertencem àqueles cuja necessidade é incondicional. A ânsia neles contida desvanece rapidamente, quando se evidencia que não podem ser realizados ou até que podem ocasionar danos.<br />
<br />
<b>Raiva (怒 nù)</b><br />
<br />
A divindade não conhece castigos, nem os transfere para outro ser, dela não fazem parte os sentimentos de ira e benevolência. <br />
<br />
O homem sereno procura serenidade para si e para os outros. <br />
<br />
Na discussão, o vencido obtém maior proveito, pois aprende o que ainda não sabia. <br />
<br />
Quanto à sensação de segurança perante os homens, o poder e o domínio são bens dados pela natureza, a partir dos quais podemos proporcionar-nos segurança. <br />
<br />
<b>Alegria (喜 xǐ)</b><br />
<br />
As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo. <br />
<br />
O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade.<br />
<br />
O desejo é a causa de todos os males.<br />
<br />
Não podemos viver felizes se não formos justos, sensatos e bons; e não podemos ser justos, sensatos e bons sem sermos felizes. <br />
<br />
O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo (<i>aponia</i>) e de inquietação na alma (<i>ataraxia</i>).<br />
<br />
O apogeu do prazer será alcançado quando todas as dores forem eliminadas. Pois onde entrou o prazer não existem, enquanto ele reinar, nem dores nem padecimentos, ou até ambos.<br />
<br />
<b>Ansiedade (忧 yōu) / Medo (恐 kǒng)</b><br />
<br />
A vida do justo é tranqüila, enquanto a do injusto perturbada por inquietações. <br />
<br />
Somente o justo desfruta de paz de espírito.<br />
<br />
Pelo medo de ter de se contentar com pouco, a maioria dos homens se deixa levar a actos que aumentam mais ainda esse medo.<br />
<br />
Se aquilo que ocasiona prazer aos libertos eliminasse os receios do espírito, dos fenômenos da natureza, da morte e das dores, e se ainda ensinasse o conhecimento da limitação das ânsias, nada teríamos a desaprovar nessas pessoas.<br />
<br />
Não se pode não ter medo quando se inspira o medo.<br />
<br />
Aquele que conhece os limites da existência sabe do que pode obter para eliminar a dor das privações, não tem desejos nem se empenha em lutas vãs.<br />
<br />
Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades.<br />
<br />
<b>Preocupação (ficar pensativo 想 - si)</b><br />
<br />
A propósito de cada desejo deve-se colocar a questão: 'Que vantagem resultará se eu não o satisfizer ?'. <br />
<br />
Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que ultrapassam o poder da nossa vontade.<br />
<br />
Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de
fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou, ou que já passou a hora de ser feliz. ...<br />
<br />
... Medita, pois, todas essas coisas e muitas outras a elas congêneres, dia e noite,
contigo mesmo e com teus semelhantes, e nunca mais te sentirás perturbado, quer acordado, quer dormindo, mas viverás como um deus entre os homens. <br />
<br />
<b>Para concluir</b><br />
<br />
Em uma perspectiva temporal tranquilamente pode-se atribuir ao Rei Salomão ou medicina semítica (900 a.C.), a precisão na descrição da relação entre emoções, comportamento e processo saúde - doença das tradições chinesas do Livro do Imperador Amarelo (200 a.C. - 200), e conhecimento galênico - hipocrático epicurista (406 aC. – 217) de origem da nossa medicina, mas difícil é estabelecer as rotas geográfico – comerciais destes contatos.<br />
<br />
Por outro lado há diferenças extremas, tal como as concepções de eutanásia na própria Grécia antiga onde foi defendida por Platão e Epicuro e condenada por Hipócrates e Aristóteles, e diferenças complexas tais como as concepções de cérebro, alma, espírito.<br />
<br />
O essencial desta proposição é o registro do valor isolado de cada um destes sistemas descritivos, talvez só compreensíveis assim, e seu valor enquanto formas semiótico operacionais (míticas) de controle do comportamento e intervenção no processo saúde doença. A pergunta que fica é se estamos diante de uma recorrência universal de valores lógicos e éticos ou como nos diz Lévi-Strauss, apenas ignoramos os aspectos morfológicos, estatísticos e sobretudo históricos dos grupos que elaboraram os referidos sistemas culturais. <br />
<br />
<b>Bibliografia</b><br />
<br />
<b>Epicuro (Ἐπίκουρος)</b><br />
<br />
1 Teses fundamentais, aforismos da biografia de Diógenes Laércio. in Epicuro. Pensamentos. SP, Martin Claret, 2005<br />
<br />
2 Epicuro Exortações; Frases escolhidas http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/epicuro<br />
<br />
3 Epicurus. Vatican Sayings translated by Peter Saint-Andre (2010)
http://www.monadnock.net/epicurus/vatican-sayings.html<br />
<br />
CAIRUS, Henrique. A fisiologia do espírito na Grécia Antiga. Calíope, PPGLC-UFRJ, 2006 http://www.letras.ufrj.br/proaera/afisiologia.pdf<br />
<br />
COSTA, Paulo Pedro P. R. O "mar de dentro" um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema etnomédico chinês que teve como orientador: Jurecê Jorge Machado BA, Mimeo, Fevereiro de 2003). (Resumo: <a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html">http://etnomedicina.blogspot.com.br/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html</a>)<br />
<br />
COSTA, Paulo Pedro P. R. Aforismos antigos, provérbios e conselhos para manutenção da saúde na tradição e medicina semítica. Fevereiro de 2014
<a href="https://pt.scribd.com/costapppr">https://pt.scribd.com/costapppr</a><br />
<br />
COSTA, Paulo Pedro P. R. Aforismos antigos, provérbios e conselhos para manutenção da saúde na tradição e medicina hipocrática. Abril de 2015 <a href="https://pt.scribd.com/costapppr">https://pt.scribd.com/costapppr</a><br />
<br />
DETIENNE, Marcel. Os gregos e nós: uma antropologia comparada da Grécia Antiga. Tradução de Mariana Paolozzi Sérvulo da Cunha. São Paulo: Loyola.<br />
<br />
FREUD, S. Luto e melancolia (1917). In: ______. Sigmund Freud Obras Completas.
Vol. 12. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.<br />
<br />
GOLDIM, José Roberto, Breve Histórico da Eutanásia. Eutanásia Bioética
1997-2000 <a href="http://www.ufrgs.br/bioetica/euthist.htm">http://www.ufrgs.br/bioetica/euthist.htm</a> Acesso Maio, 2015 <br />
<br />
GUIMARÃES, José Otávio Nogueira. Origens da antropologia da grécia antiga: Lévi-Strauss, Vernant e duas viagens de 1935 . Revista de História, Brasil, p. 39-50, jun. 2010. ISSN 2316-9141. Disponível em: <<a href="http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19135/21198">http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19135/21198</a>>. Acesso em: 05 Mai. 2015.<br />
<br />
LEVI-STRAUSS, Claude A oleira ciumenta. Lisboa, PT. Edições 70, 1987<br />
<br />
MARQUES, Marcelo P.. O conceito grego de natureza. Kriterion, Belo Horizonte , v. 48, n. 116, p. 505-509, Dec. 2007 . Available from <<a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2007000200017&lng=en&nrm=iso">http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2007000200017&lng=en&nrm=iso</a>>. access on 05 May 2015. <br />
<br />
REBOLLO, Regina Andrés. O legado hipocrático e sua fortuna no período greco-romano: de Cós a Galeno .Scientiae Studia, [S.l.], v. 4, n. 1, p. 45-81, mar. 2006. ISSN 2316-8994. Disponível em: <<a href="http://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11067">http://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11067</a>>. Acesso em: 05 Mai. 2015.<br />
<br />
SIQUEIRA-BATISTA, R. e SCHRAMM, F. R.: Platão e a medicina. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, vol. 11(3): 619-34, set.-dez. 2004.<br />
<br />
<br />
<br />Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-22260661025512095862015-04-12T09:51:00.018-07:002021-04-23T05:41:48.294-07:00Acupuntura, chakras e a unidade da Ásia <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-5nYXWBifGc4/VSqZ5ZvWzEI/AAAAAAAAJFg/V7luFpqcaM0/s1600/acupunctureChakra-bkG.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-5nYXWBifGc4/VSqZ5ZvWzEI/AAAAAAAAJFg/V7luFpqcaM0/s400/acupunctureChakra-bkG.jpg" /></a></div>
<br />
O livro “Acupuntura e o sistema de energia dos chakras” de John R. Cross compara as abordagens da medicina tradicional chinesa e a acupuntura ocidental moderna com o sistema de energia dos chakras relacionado à filosofia ayurvédica. As dificuldades desta complexa comparação são superadas explorando, não a origem asiática dos sistemas etnomédicos enunciados, e sim sua relação com a prática clínica descrita segundo o paradigma científico atual, no qual se insere a medicina cosmopolita moderna com sua precisa descrição de patologias, plexos nervosos, glândulas e hormônios.<br />
<br />
Uma forma lógica de compreender tais sistemas etnomédicos seria a abordagem histórico antropológica que se depara com a complexidade das interações entre tais povos ao longo dos milhares de anos de sua formação e contato, mas aparentemente interessa a Cross sobretudo, a sobrevivência enquanto conhecimento (um sistema semiótico) e prática médica (conhecimento empírico). Contudo não há como negar a demanda por uma abordagem simultaneamente sincrônica e diacrônica que este tema nos exige, sendo o sincrônico o aspecto estático estrutural do sistema e diacrônico tudo que diz respeito à sua evolução.<br />
<br />
Por outro lado uma análise superficial da evolução desta medicina tradicional oriental sem dúvida se depara com dois centros ou conjuntos de crenças e práticas, que por sua vez poderiam ser subdivididos até a sua origem na civilização original, e se constituem no que hoje conhecemos e praticamos no ocidente como yoga/ medicina ayurvédica e acupuntura / medicina tradicional chinesa, apesar da diversidade sócio-cultural política e econômica dos cerca de 50 países que formam a Ásia no início do século XXI.<br />
<br />
Este enigmático continente, aos olhos dos europeus e colonizados, tem em comum a origem da civilização e se caracteriza como uma representação nossa do exótico oriente. A adoção de costumes e especiarias orientais não é nenhuma novidade para os ocidentais.<br />
<br />
O estudo sobre a origem da civilização ocidental, a rigor não pode negar sua antiguidade oriental e relação com a China e Índia, o que se insere na perspectiva de uma análise na ótica da antropologia das civilizações letradas, e dispersão dos míticos indo-europeus unificados pelos romanos e cristãos em conflito com a expansão árabe e proposição do Islã. Fomos unificados pelo comércio (mercantismo), ciência (renascentista) e capitalismo industrial. O que se verifica numa perspectiva da moderna economia política que tenta decifrar os destinos das revoluções socialistas da Rússia e China e os divergentes Tigres Asiáticos (Cingapura, Taiwan, Hong Kong e Coréia do Sul - modelados pelo Japão?) como cenário do atual paradigma científico na Ásia (e no mundo moderno).<br />
<br />
O desafio é analisar o maior dos continentes, do qual fazem parte mínimo metade da população do mundo e que conta atualmente 2.000 línguas, mas pode-se pensar numa unidade da Ásia por esses povos possuírem além de uma origem comum, muitos costumes semelhantes. Alguns possivelmente induzidos pelas grandes religiões (islamismo, hinduísmo, budismo, taoísmo, xintoísmo etc.) e entre estes costumes, de longe, se destaca a medicina tradicional. <br />
<br />
São por demais conhecidas as semelhanças entre os conceitos da energia regulada por relações análogas as observadas entre os elementos da natureza água, fogo, terra, ar, éter (Índia) ou madeira (China) e desconhecidas as rotas de contato e dispersão entre culturas tão díspares como as Grécia, Índia e China. <br />
<br />
Além do uso de plantas medicinais que se tornaram medicamentos ou ainda são consumidas in natura a própria acupuntura e yoga foram reintroduzidos na cultura ocidental com ampla dispersão no século XX. Tais sistemas, entretanto, foram mantidos em “compartimentos” estanques” apesar da origem comum e semelhança conceitual já demonstrada por muitos autores notavelmente Madel Luz (1988), Gabriel Stux (1994) e Svoboda, R. & Lade, A. (1998).<br />
<br />
O livro de John R. Cross (2008) “Acupuntura e o sistema de energia dos chakras tratando a causa das doenças” recentemente traduzido (Lucimeire Sant’Anna) e lançado no Brasil (Editora Manole, 2010) corresponde a uma tese de doutorado apresentado a Britsh College of Acupuncture, em 1987, com o título de “O uso da acupuntura relacionado ao sistema de energia dos chakras” e essencialmente se constitui como um manual prático para quem já conhece e pratica arte médica da acupuntura e tem conhecimento das técnicas de meditação yogue.<br />
<br />
Enquanto tese de doutorado, com se sabe, procede de uma cuidadosa revisão dos textos teóricos de tais práticas já utilizados no ocidente e países de língua inglesa. Seu autor, John R. Cross mora na Ilha de Skye (Escócia) prática e ensina medicina ortodoxa, tradicional (fisioterapia) e complementar há quase 40 anos. Entre seus interesses está o estudo da dor e doenças musculoesqueléticas.<br />
<br />
Sua linha de interpretação da prática clínica que exerce, se insere nitidamente no plano das comparações de tais técnicas com a reflexoterapia e controle/estimulação do sistema nervoso autônomo, observando a clássica correlação dos chakras com glândulas do sistema endócrino e emoções, entendidas mais como sentimentos acessíveis aos relatos verbais que comportamentos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-6l3DnF3-MDk/VSuIOcyVJuI/AAAAAAAAJGE/hPAgy2VtXPU/s1600/SNA-Chakra.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-6l3DnF3-MDk/VSuIOcyVJuI/AAAAAAAAJGE/hPAgy2VtXPU/s1600/SNA-Chakra.jpg" /></a></div>
<br />
Explora simultaneamente, embora brevemente, as concepções e possibilidades de interpretação espiritual enquanto aura ou energia etérea/eletromagnética e a intervenção biomagnética nas distintas regiões do corpo denominadas chakras na tradição indiana, com respectiva correspondência aos pontos de acupuntura. Com excelentes ilustrações, é por excelência uma recomendação que não se fundamenta apenas no exercício clínico, mas também na interpretação de tradições milenares tomadas como parâmetro, organizadas na forma de prescrições de fácil verificação, em uma forma de prática clínica que paulatinamente vem se consolidando na medicina cosmopolita ocidental.<br />
<br />
<b>Referências</b><br />
<br />
Luz, Madel T. Natural, Racional, Social ; Razão Médica e Racionalidade Científica Moderna, Rio de Janeiro, Ed. Campus, 1988<br />
<br />
Svoboda, Robert; Lade, Arnie. Tao e Dharma, medicina chinesa e ayurveda. SP, Pensamento, 1998<br />
<br />
Stux, Gabriel, Chakra acupuncture. Medical Acupuncture, 1994 Volume6 / Número 1<br />
<br />
Said, Edward W. Orientalismo. O Oriente como invenção do Ocidente. SP, Companhia de Bolso, 2007<br />
<br />
<b>VER TAMBÉM</b><br />
<br />
Acupuncture and the Chakra Energy System: Treating the Cause of Disease<br />
John R. Cross <a href="https://books.google.com.br/books?id=O-MfmwbEf5cC&printsec=frontcover&dq=John+R.+Cross&hl=pt-BR&sa=X&ei=kFAqVcnVMMS-ggTrvICIDQ&ved=0CEgQ6AEwBg#v=onepage&q&f=false">Google Books</a><div><br /></div><div><span style="color: #333333; font-family: inherit;">Healing
with the Chakra Energy System:</span></div><div><span style="color: #333333; line-height: 107%;"><span style="font-family: inherit;">
Acupressure, Bodywork, and Reflexology for Total Health<br />
John R. Cross <a href="https://books.google.com.br/books?id=PPodTffCd9IC&lpg=PP1&hl=pt-BR&pg=PP1#v=onepage&q&f=false" target="_blank">Google Books<b> </b></a></span></span><br /><div><br /></div><div><div><b>John Cross Clinics & Publications</b></div><div><a href="http://www.johncrossclinics.com/">http://www.johncrossclinics.com</a><div><br /></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><b>John Amaro</b>
The Caduceus, Chakras, Acupuncture and Healing, Part One
Acupuncture Today – May, 2003, Vol. 04, Issue 05
<a href="https://www.acupuncturetoday.com/mpacms/at/article.php?id=28191">https://www.acupuncturetoday.com/mpacms/at/article.php?id=28191</a>
</span><b style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">John Amaro</b><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">
The Caduceus, Chakras, Acupuncture and Healing, Part Two
Acupuncture Today – July, 2003, Vol. 04, Issue 07
<a href="https://www.acupuncturetoday.com/mpacms/at/article.php?id=28236">https://www.acupuncturetoday.com/mpacms/at/article.php?id=28236</a></span></span></div><div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; color: #303030;"><b><span style="font-family: inherit;">Chase C.R. </span></b></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #303030;">The<b> </b></span><span style="background-color: white; color: #303030;">Geometry of Emotions: Using Chakra Acupuncture and 5-Phase Theory to Describe Personality Archetypes for Clinical Use. </span><i style="background-color: white; color: #303030;">Med Acupunct</i><span style="background-color: white; color: #303030;">. 2018;30(4):167-178. doi:10.1089/acu.2018.1288 <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6106753/" target="_blank">PMC</a></span></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><b>Shang C. </b>
Emerging paradigms in mind-body medicine.
J Altern Complement Med. 2001 Feb;7(1):83-91.
</span><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">doi: 10.1089/107555301300004565. PMID: 11246939. </span><a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11246939/" style="white-space: pre-wrap;" target="_blank">PMC</a></span></div><div><br /></div><div><div data-block="true" data-editor="bhb36" data-offset-key="38a5p-0-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="38a5p-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span style="font-family: inherit;"><span data-offset-key="38a5p-0-0"><b>Chauhan </b></span><b>M.S .</b></span></div></div><div data-block="true" data-editor="bhb36" data-offset-key="5rlj2-0-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5rlj2-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><span data-offset-key="5rlj2-0-0"><span style="font-family: inherit;">THE NINE CHAKRAS </span></span></div><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="5rlj2-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><a href="http://drmschauhancom.ipage.com/drmschauhan.com/drmschauhan.in/chakras.html" target="_blank"><span style="font-family: inherit;">Jaipur / Índia - Articles / Poster</span></a></div></div><div data-block="true" data-editor="bhb36" data-offset-key="b5jbe-0-0" style="background-color: white;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="b5jbe-0-0" style="direction: ltr; position: relative;"><br /></div></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">oxxxxxxxxxxxxxxxx-----------------------------</div><div><br /></div><div><span face=""Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 12px;">
</span></span></div><div>
<b>ACUPUNTURA DE CHAKRA</b><br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2013/06/acupuntura-de-chakra.html">GABRIEL STUX, M.D. / Tradução: Paulo Pedro P.R. Costa</a></div><div><br /></div><div><br /></div><div><span style="text-align: center;"> </span><span style="text-align: center;">-----------------------------</span><span style="text-align: center;">xxxxxxxxxxxxxxxx</span><span style="text-align: center;">o</span></div><div><span style="text-align: center;"><br /></span></div><div><span style="text-align: center;"><br /></span></div><div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div>
<br />
<br /></div></div></div></div></div>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-16076711872031581752014-03-21T15:13:00.003-07:002021-11-06T05:30:08.955-07:00Cérebro 腦,o mar de dentro 髓海<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-1qzTmff9YDw/Uyy7Ox75jDI/AAAAAAAAH3Y/eyJZczklkmk/s1600/Nao.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-1qzTmff9YDw/Uyy7Ox75jDI/AAAAAAAAH3Y/eyJZczklkmk/s200/Nao.jpg" /></a></div>
Uma busca de evidências da atribuição de funções ao órgão cérebro no sistema etnomédico chinês, semelhante as que a moderna neurociência ocidental considera como função do cérebro ou sistema nervoso, não pode deixar de avaliar as noções produzidas nos antigos escritos chineses. Consultamos para esse texto, basicamente o Ling Shu, comentado por Ming Wong (1995) e o Nei Jing (内經) - Livro do Imperador Amarelo comentado por Bing Wang. <br /><br />
Em chinês cérebro pode ser traduzido por Nǎo (脑) ou nos textos antigos Suǐ Hǎi - suǐ (髓 medula) hǎi (海 mar) onde a medula é a substância jīng (精 essência) que é produzida internamente pelo Canal de energia do Rim (腎- shèn). É descrito como um dos seis órgãos extraordinários mencionado na literatura clássica (Hiep, 1987) um dos quatro mares (Si Hai- 四海 ) segundo (Wong, 1995)<br /><br />
O Nei King se refere ao cérebro como o mar de medula, aonde literalmente (lat. medulla) significa interior, possivelmente também interpretada como referência não anatômica (parte de dentro, como adotamos nesse trabalho) ou mais exatamente (talvez) como uma observação sobre a quantidade de sua matéria constituinte - a substancia branca (mielina e outros constituintes básicos como fosfoglicerídeos, colesterol cerebrosídeos etc. de natureza lipídica e coloração próxima do branco presente em maior quantidade no interior do crânio). Assim, pode se interpretar o que se lê no capítulo 33 do Ling Shu: "os mares são os locais de reunião da medula, do sangue, da respiração ou energia, dos líquidos e dos alimentos.” (Wong, 1995) Os outros 3 mares são: o mar de Sangue (Xue); o mar de Respiração; o mar de líquidos e alimentos.<br /><br />
Para compreender a natureza dos mares (numa perspectiva êmica ou do entendimento de quem assim designou) temos que recorrer sem dúvidas aos textos antigos do diálogo entre Imperador Amarelo que perguntou ao seu ministro Qi Bai - ...<i>O mestre une o homem ao céu e aos quatro mares. Qual a relação entre eles?</i> Obtendo a seguinte resposta: ...- "<i>é preciso compreender claramente o Yin e o Yang, o interno e o externo e a localização dos pontos Rong e Shu a fim de determinar os "quatro mares</i>"...(Wong, 1995)<br /><br />
Sabe-se que os pontos <i>Shu</i> na acupuntura, correspondem a regiões onde se concentra energia, são sensíveis à palpação, e a dor local indica uma alteração no órgão correspondente. Os pontos <i>Rong</i> (<i>Roé</i>) correspondem a pontos especiais com funções específicas (Machado; Sussmann) Na tradução que utilizamos do Ling Shu de Ming Wong traduz-se entretanto <i>Shu</i> como ponto de transporte - usualmente grafados como <i>Luo</i>. <br /><br />
De qualquer forma o texto que corresponde a descrição dos pontos Rong e Shu do "mar da medula" dá margem a várias interpretações como pode ser visto nessa reprodução integral que se segue: <br /><br />
..."<i>No cérebro acha-se o mar da medula seu ponto de transmissão, em cima está colocado sobre o Gai (tampa) ou ápice do crânio; em baixo sobre o Feng Fu (habitáculo do vento) o ponto nº16 do Vaso Governador</i>"<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/--lx1miFd_1w/UyzPa1uHEEI/AAAAAAAAH3o/7sQIhoGmLa8/s1600/BaHui-FengFu-Head.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/--lx1miFd_1w/UyzPa1uHEEI/AAAAAAAAH3o/7sQIhoGmLa8/s400/BaHui-FengFu-Head.jpg" /></a></div>
Em termos de neurofisiologia a estimulação de VG20, Bǎi Huì (百會) o ponto do ápice da cabeça corresponde aos territórios do nervo trigêmeo (ramos supra - orbitário e auriculo-temporal respectivamente da divisão oftálmica e mandibular do V par craniano) e do nervo occipital maior, que contém fibras de nervo raquidiano do segundo nervo cervical - C2. Os ramos do occipital maior do 2 nervo cervical e terceiro ramo occipital do 3 nervo cervical inervam a pele na região de VG16 - Fēng Fǔ 風府.(Chen, 1997) Uma correspondência à estimulação dos núcleos da ponte e áreas associadas ao controle da respiração, postura, vômito e regulação orgânica no tronco cerebral, em tese, pode ser testada como efeito dessa estimulção(?).<br /><br />
Enquanto símbolo (integrante sistema coerente de conceitos etnomédicos) sobretudo o Bǎi Huì (百會 - cem reuniões ou encontro de todos) possui uma função similar ao chakra da flor de mil pétalas e temas que se repetem nas mitologias asiáticas representando a sede da compreensão, destinos do Kundalini ou das "medulas" (Jing Qi) através da portas e palácios do meridiano do Vaso Governador ou Du - 督脈 (assim são denominados alguns de seus pontos). <br /><br />
A conexão do "mar de medula" com pontos do vaso governador também nos permite estender a este "órgão" as mesmas funções do sistema da pequena circulação Yin - Yang (vaso da concepção - vaso governador). Contudo como a medicina tradicional chinesa baseia-se na observação empírica, não poderia deixar de existir uma “clara” descrição de sua função verificada em afecções típicas como as que se seguem:<br /><br />
Lê-se no Ling Shu: ..." <i>o mar da medula em excesso significa um relaxamento muscular que ultrapassa a medida"... </i> O que pode muito bem ser referências ao coma, estupor ou paralisia flácida numa escala de gradações do relaxamento e <i>..."o mar de medula em insuficiência provoca zumbidos de ouvidos com atordoamento do cérebro.</i> (vertigens). <i>Observa-se dores intensas nas pernas, vertigens e perturbações na vista. O relaxamento incita ao sono</i>"... <br /><br />
Também não é por acaso que o tratamento de acupuntura que utiliza os referidos pontos (VG20, VG16) destina-se a afecções neuropsiquiátricas (esquizofrenia, comportamento maníaco, depressão) manifestações neurológicas (apoplexia, afasia, hemiplegia, convulsão, falta de memória, cefaléia, tontura, tinnitus, obscurecimento da visão) e psicossomáticas (rigidez do pescoço, palpitação, prolapsos do reto e útero, febre) (Livro dos 4 Institutos; Machado)<br /><br />
Como todos os “órgãos” classificados na medicina tradicional chinesa como Fu (腑) (ID; VB; E; IG; B; SJ e Útero) o cérebro tem a função de receber, absorver (digerir), transmitir (excretar) opondo-se a função de armazenamento, produção de substancias essenciais dos órgãos Zàng (脏) o que também reforça a idéia deste como elemento de adaptação, conexão, também enunciada no Nei-ching e Su-Wen ao afirmar que o cérebro (mar de medula) articula as relações entre o Jing (energia ancestral que vem dos rins) e o Shén (神) a energia comandada pelo coração. (Livro dos 4 Institutos).<br /><br />
Sem pretender adentrar nas discussões filosóficas que cogitam a possibilidade do cérebro conhecer a si mesmo, reforçando a necessidade de modelos analógicos, metafóricos, é notável a semelhança da concepção chinesa com os modelos da neurofisiologia russa (pavloviana) especialmente quanto a ser esse órgão um elemento de conexão interior - exterior, observando-se porém que as origens e sistemas de referência conceituais desse (órgão / símbolo) são indiscutivelmente distintos. Interessante também é a recomendação do Imperador Amarelo quanto ao método de "observar-se" e conhecer o <i>shen</i> - a mente o espírito, que comanda o <i>hsing</i> (corpo) no Nei Jing (内經)<br /><br />
"<i>O shen não pode ser escutado com o ouvido, o olho deve ser brilhante de percepção e o coração deve ser aberto e atento para que o espírito se revele subitamente através da própria consciência de cada um. Não se pode exprimir pela boca; só o coração sabe exprimir tudo quanto pode ser observado. Se presta muita atenção, pode-se ficar a saber subitamente, mas também pode-se perder de repente esse saber. Mas shen, o espírito, torna-se claro para o homem como se o vento tivesse varrido as nuvens. Por isso se fala dele como do espírito</i>." <br /><br />
Observe-se também a semelhança com as técnicas de meditação e auto observação que, como comenta Eliade, conduziu a China ao desenvolvimento de uma psicologia que reconhece pelo menos 4 estados de consciência: a diurna; a dos sonhos; a do sono sem sonhos; e a "cataléptica" correspondente à “viagem à origem das coisas” (um estado completamente inerte sem aparência de ser vivo); experimentadas racionalmente após exercícios respiratórios e de atenção que permitem o acesso lúcido a cada um desses estados. <br /><br />
Sem as medidas do eletroencefalograma, somente possíveis em meados do século XX, os antigos chineses identificaram e possuíam propostas de intervenção nos fenômenos bio-elétricos atualmente mapeados por esse aparelho, inclusive dos estados de anestesia (ondas teta e delta), não mencionados por Eliade mas conhecido por faquires e acupunturistas. Exercícios de meditação relativamente semelhantes ao que conhecemos como técnicas de treinamento autógeno são conhecidos e amplamente divulgados com dezenas de variações em escolas indianas, chinesas e tibetanas principalmente. <br /><br />
As técnicas de exploração da consciência – o conceito básico e essencial para compreensão da neurofisiologia e algumas práticas clínicas derivadas (neuropsicologia, neuropsiquiatria, psiconeuroimunoendocrinologia, etc.) também aproximam a medicina tradicional chinesa das demais medicinas orientais e das proposições terapêuticas da reflexologia. O mesmo pode ser dito do conceito de “atenção”.<br /><br />
Destaque-se porém que o princípio de se obter conhecimento a partir da introspecção pode ser a diferença essencial que talvez explique a natureza da intuição que orientou a série de descobertas e domínio de funções cerebrais como nos exemplos citados, nas técnicas de controle da mente e comportamento. <br /><br />
Não se pode esquecer também que a etnomedicina asiática identificou diversas substancias psicoativas a exemplo das utilizadas na medicina tradicional chinesa tipo: o Ma Huang (<i>Efedra sinica</i>), Pa-Kuo (<i>Ginkgo biloba</i>), Da-ma (<i>Cannabis sativa</i>); Ginseng (<i>Panax</i> de várias espécies), Jie Cao (<i>Valeriana officinalis</i>), as plantas absorvidas da Índia como a Papoula (<i>Papaver somniferum</i>) e o lendário <i>soma</i> da medicina védica, interpretado por Levi Strauss (1993) como sendo o cogumelo <i>Amanita muscaria</i>.<br /><br />
Deixando fora tanto o uso compostos psicoativos asiáticos e os princípios que nortearam os experimentos empíricos que resultaram na acupuntura (segundo Carneiro, 2000, uma técnica de neuromodulação capaz de intervir na regulação orgânica) para compreender a noção de cérebro na medicina chinesa é essencial compreender a sua própria noção (êmica) de Conhecimento e Sabedoria. <br /><br />
Alguns exemplos poderiam ser escolhidos de Lao Tsé, Confúcio ou do próprio Imperador Amarelo mas, esse achado do Bardo Todol (Livro III) em forma de preceito traduzido da língua sino-tibetana pode ilustrar a noção de conhecimento que utilizam:<br /><br />
"<i>A melhor coisa para a inteligência inferior é ter fé na lei de causa - efeito.<br />
A melhor coisa para uma inteligência comum é reconhecer nela, bem como fora dela, o jogo da lei dos opostos.<br />
A melhor coisa para uma inteligência superior é ter plena compreensão que não se separa do conhecedor, do objeto do conhecimento e do ato de conhecer</i>."<br /><br />
Abismo conceitual <br /><br />
A aproximação entre uma teoria sobre a mecanismos de ação da acupuntura e fisiologia do sistema nervoso depara-se ainda com a ausência de um consenso no próprio ocidente, entre as teorias ou mecanismos de explicação neuropsicológica e mesmo fisiológica do cérebro.<br /><br />
A integração de distintos sistemas teóricos como por exemplo psicanálise - reflexologia; reflexologia - behaviorismo (medicina comportamental) ou entre a concepção de um cérebro réptil no modelo triúnico de Paul MacLean e os modelos funcionais de Luria / Anokhin (unidades de regulação de tonus e vigília - recepção armazenagem de informações - programação, verificação de atividades) ainda vai exigir considerável esforço e tempo, quanto mais uma integração entre sistemas teóricos concebidos em princípios cognitivos de culturas distintas. <br /><br />
O conhecimento oriental do cérebro e suas funções<br /><br />
A noção antropológica de “invariante biológico” seja uma estrutura anatômica e sobretudo sua função (fisiológica), apesar das críticas dos etnógrafos quanto a sua aplicação e poder explicativo das normas culturais e crenças específicas, ainda é uma perspectiva segura de se comparar aspectos específicos dos sistemas etnomédicos.<br /><br />
Levi Strauss manifesta-se sobre a especificidade do biológico com a noção de zoema, ao comparar mitos sobre animais, segundo ele, essa classe especial de mitema ou elemento utilizado na construção dos significados do mito. Para ele um zoema corresponde a espécies de animais com uma função semântica que lhes permite manter invariantes a forma de suas operações no espaço em que, a geologia, o clima, a fauna e a flora, não são os mesmos" (Levi - Strauss, 1985). <br /><br />
O cérebro apesar de sua plasticidade, é sem dúvida um invariante biológico e talvez possa ser um elemento de comparação entre etnosistemas que privilegiem formas de intervenção equivalente à nossa neurociência e especialidades profissionais. (anestesistas, neurologistas, psiquiatras, psicólogos, fisioterapeutas etc.).
Espero com essa descrição chinesa do “mar de dentro” ter contribuído para o entendimento do cérebro como um mitema ou elemento utilizado na construção de significados em distintas culturas e que essa utilização torne mais compreensível para nós as estranha concepções de chakras, meridianos, prana, qi, energia vital etc. aperfeiçoando a clínica.<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-X2CLpIIPmCk/Uyy6zg6r7yI/AAAAAAAAH3Q/XU-B4xyePPA/s1600/SuiHai.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-X2CLpIIPmCk/Uyy6zg6r7yI/AAAAAAAAH3Q/XU-B4xyePPA/s320/SuiHai.jpg" /></a></div>
<b>Referências</b><br /><br />
Bardo Todol, O livro tibetano dos mortos. tradução Pugliesi, M. SP, Madras, 2003<br /><br />
Carneiro, Norton Moritz. Acupuntura baseada em evidências. Florianópolis, SC, Ed. do autor, 2000<br /><br />
Chen, Eachou. Anatomia topográfica dos pontos de acupuntura. SP, Roca, 1997<br /><br />
Eliade Mircea História das crenças e idéias religiosas Tomo II Vol I RJ, Ed Zahar, 1983<br /><br />
Hiep Nguyen Duc. The dictionary of acupuncture & moxibustion, a pratical guide to traditional chinese medicine.UK, Thorsons Publishers, 1987<br /><br />
Levi-Strauss, C. A Natureza do Pensamento Mítico, IN: A Oleira Ciumenta São Paulo, Ed Brasiliense, 1987<br /><br />
Lévi-Strauss, Claude. Os cogumelos na cultura. in: Lévi-Strauss, Claude. Antropologia estrutural dois. RJ, Tempo Brasileiro, 1993<br /><br />
Livro dos 4 Institutos – Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Beijing; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina Tradicional Chinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995<br /><br />
Machado, Jurecê J. Curso Básico de Acupuntura. BA, Edição do Autor, 1993<br /><br />
Sussmann, David J. Que é a Acupuntura? RJ, Ed Record 1973<br /><br />
WANG, Bing. Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo (Dinastia Tang – Edição bilíngue). São Paulo. Editora Ícone. 2001<br /><br />
Wong, Ming. Ling Shu, base da acupuntura tradicional chinesa. SP, Andrei, 1995<br /><br /><br />
<b>Ver também</b><br /><br />
Dian Kuang - 癫狂<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2011/09/dian-kuang.html">http://etnomedicina.blogspot.com.br/2011/09/dian-kuang.html</a><div><br /></div><div>A energia psíquica (libido) em um ponto de vista quase chinês</div><div><a href="http://etnomedicina.blogspot.com/2021/11/a-energia-psiquica-em-um-ponto-de-vista.html">http://etnomedicina.blogspot.com/2021/11/a-energia-psiquica-em-um-ponto-de-vista.html<br /></a><br />
O SISTEMA ETNOMÉDICO CHINÊS<br />
<a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html">http://etnomedicina.blogspot.com.br/2009/09/o-sistema-etnomedico-chines.html</a><br /><br />
Versão do presente texto em PDF para impressão: <br />
<a href="http://pt.scribd.com/doc/213796591/Cerebro-o-mar-de-dentro">http://pt.scribd.com/doc/213796591/Cerebro-o-mar-de-dentro</a><br /><br />
Poster (PDF)
<a href="https://pt.scribd.com/doc/313374914/O-Mar-de-Dentro">https://pt.scribd.com/doc/313374914/O-Mar-de-Dentro</a><br /><br />
Outra versão deste texto:<br /><br />
<a href="https://pt.scribd.com/doc/313669899/O-Cerebro-ou-o-mar-de-dentro-um-mitema">https://pt.scribd.com/doc/313669899/O-Cerebro-ou-o-mar-de-dentro-um-mitema</a><br /><br />
<a href="https://www.academia.edu/25582489/O_C%C3%A9rebro_ou_o_mar_de_dentro_um_mitema">https://www.academia.edu/25582489/O_C%C3%A9rebro_ou_o_mar_de_dentro_um_mitema</a><br /><br />
Pesquisa (iconografia) disponível no <a href="https://www.facebook.com/media/set/?set=a.870629016396301.1073741863.206098782849331&type=1&l=39c7cb83c3">facebook</a><br /><br /><br />
</div>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-79152669100595762732014-03-19T17:26:00.001-07:002015-04-13T02:37:52.578-07:00O "yoga psicodélico" uma estratégia para interpretação das relações entre a acupuntura e psicoterapia
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-dafdiUlzgbY/UyowbZiLy5I/AAAAAAAAH2Q/tNfv72oCv60/s1600/Siete_chakras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-dafdiUlzgbY/UyowbZiLy5I/AAAAAAAAH2Q/tNfv72oCv60/s400/Siete_chakras.jpg" /></a></div>
<br/>
A propósito do artigo de Gabriel Stux (<a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2013/06/acupuntura-de-chakra.html">Acupuntura de chakra</a>) aqui apresentado anteriormente, cabe essa complementação e explicação acerca de sua proposição de meditação sobre o fluxo dos chakras, que ao meu ver acrescenta outras possibilidades de entendimento e intervenção terapêutica. <br/><br/>
A principal questão a esclarecer é que a meditação sobre os chakras na sessão de acupuntura, com ou sem a estimulação por agulhas, se trata de uma ação complementar à acupuntura por vezes até desnecessária. Muitas outras ações podem ser associadas tais como musicoterapia, diálogos com o paciente, que podem variar de um aconselhamento, à utilização de uma das técnicas de terapia da fala (talking cure) ou mesmo uma simples conversa informal, que sabemos que em consultório, nunca é tão informal assim pois sempre sofre influência do padrão de relação médico paciente estabelecido, como nos mostrou o Dr. Sigmund Freud (1856-1939) com o desenvolvimento da Psicanálise. <br/><br/>
A título de complementação apresentaremos em seguir neste blog uma tradução, realizada por Ligia J. Caiuby publicado no Brasil (Bailly; Gumard, 1972), de um texto que foi publicado originalmente como um conjunto de folhas mimeografadas, distribuído gratuitamente, sem copyright algum no final dos anos 1960 na Califórnia (Erowid vault) e no jornal "underground" San Francisco Oracle, em março de 1967 (Bailly; Gumard, 1972). <br/><br/>
Esse texto “Yoga psicodélico” se enquadra na controvertida proposição de psicoterapia originada em Harvard pelos psicólogos Timothy Leary (1920 - 1996), Ralph Metzner Ph.D. (1936) e Richard Alpert; (1931) bacharel em artes e doutor em psicologia, que, em 1966, publicaram “The Psychedelic Experience: A Manual Based on the Tibetan Book of the Dead” (A experiência pisicodélica, um manual baseado no livro tibetano dos mortos) que também toma como referência as técnicas de meditação e o conhecimento oriental. <br/><br/>
Psicoterapia psicodélica refere-se à prática terapêutica envolvendo o uso de substancias psicoativas específicas conhecidas como "psicodélicas", "alucinógenos" ou "enteógenos". Tal designação é construída funcionalmente, a partir de propriedades específicas e contexto de uso do grupo drogas classificadas farmacologicamente como psicodislépticos, particularmente com ação serotoninérgica, tais como: LSD, psilocibina e DMT. O uso do termo psicodélico (do grego: ψυχή - psiké / alma e delos δήλος – revelação/manifestação) enfatiza a possibilidade que essas substancias proporcionam para facilitar a exploração da psique, o que é fundamental para a maioria dos métodos de psicoterapia. <br/>
<br/>
Cabe aqui o esclarecimento que tais procedimentos não foram legalmente instituídos pelos órgãos de regulação e controle profissional do Brasil, e que a maioria das substancias empregadas com esse fim também são de uso restrito ou proibido no país, e que também ainda não se formou um consenso quanto à forma do método terapêutico ou linha teórica de atuação, apesar de já existirem diversas pesquisas apresentado resultados terapêuticos com emprego de cada uma dessas substancias. <br/><br/>
Diversos protocolos de pesquisa vêm sendo desenvolvidos a exemplo Psicoterapia com LSD o “LSD – assisted psychotherapy” do Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (MAPS) ou o “Psilocybin Cancer Project” do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Johns Hopkins School of Medicine, em pessoas sofrendo de ansiedade associado à estágio avançados de doenças terminais e ainda as proposições de intervenção que vem sendo desenvolvidas em centros para tratamento e recuperação de drogadição a exemplo do Centro Takiwasi no Peru. <br/><br/>
Observe-se também que se no atual paradigma científico considera-se legitimo pesquisar a natureza do chakras descrevendo a “sensibilidade espontânea ao estímulo” ou a “resistência elétrica” das regiões anatômicas de sua interferência ou contato com o corpo físico, assim com se faz com os pontos de acupuntura. É igualmente legítimo, nos termos das produções da comunidade científica do paradigma vigente, uma análise feita da percepção de tais estruturas descritas na tradição védica, com alterações da percepção e consciência do observador. Analisando-se posteriormente os relatos verbais, do que pode ser designado em termos psicológicos como unidades de sensação (conteúdo objetivo da experiência imediata) e afetos (sentimentos subjetivos). <br/><br/>
Apesar de não distinguir as distintas substancias psicodélicas entre si - um procedimento inaceitável em nossos dias, face ao nível de entendimento que já possuímos das suas características bioquímicas e tipo receptores ou locais de ação no Sistema Nervoso Central. O autor, nos alerta quanto ao uso destes psicotrópicos sem orientação e descreve com precisão as estruturas e fenômenos que podem ser denominado chakras, sob efeito das faculdades, segundo ele, mais espirituais e mais poderosas do homem que são a consciência e a atenção. <br/><br/>
O artigo em questão, como veremos, vai mais além do paradigma materialista ao propor os campos e registros akáshicos como possibilidade de atuação das substancias psicodélicas e integração das vivências experimentadas com o comportamento na vida cotidiana, consolidando o processo terapêutico. Nessa perspectiva a medicina oriental, assim como outros sistemas etnomédicos (xamânicos) não se limitam a cura do corpo físico, ou resolução de uma patologia tal como nós ocidentais compreendemos o processo saúde – doença, ampliando a pretensão da intervenção à transformações de personalidade, ampliação da consciência e conquistas, quem sabe, da imortalidade. <br/><br/>
Assim sendo bem vindos ao texto: de <b>Sri Brahmarishi Narad</b>: <br/><br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-Avnp5mXVi6s/Uyo1q93GRaI/AAAAAAAAH2g/qhcLH4NUWWk/s1600/brown_luke_namaste.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-Avnp5mXVi6s/Uyo1q93GRaI/AAAAAAAAH2g/qhcLH4NUWWk/s400/brown_luke_namaste.jpg" /></a></div>
<br/><br/>
<b>O YOGA PSICODÉLICO</b> <br/><br/>
As drogas psicodélicas aumentam a sensibilidade de impalpáveis forças espirituais e psíquicas, e estas aceleram o fluxo de impressões que vêm das mais profundas camadas da consciência; só estas considerações bastam para provocar a seguinte pergunta: como controlar e compreender as forças desencadeadas por estas drogas?<br/>
<br/>
É evidente que, se nada as orientar, elas farão mais mal do que bem. A prática das técnicas de meditação do Yoga tradicional durante uma experiência psicodélica oferece
a possibilidade de se encontrar a solução deste problema.<br/>
<br/>
Além do mais, a filosofia do Yoga ensina que as faculdades mais espirituais e mais poderosas do homem são a consciência e a atenção. A característica fundamental do livre arbítrio humano é sua escolha de "objetos" aos quais se prenderá sua atenção - devendo esta ter sempre um pólo de atração, mas um pólo que temos liberdade de determinar.<br/>
<br/>
Todas as práticas do Yoga dão testemunho da experiência direta da essência dessa atenção e visam à sua descoberta. O yoguin procura descobrir .este princípio pelo qual
todas as coisas são conhecidas. <br/>
<br/>
Para ter sucesso nestas buscas, é necessário observar aquele que observa ~ quer dizer. fazer a atenção concentrar-se sobre si mesma. A princípio isto pode parecer muito abstrato e muito difícil de ser aplicado Mas existem métodos, submetidos à ação do tempo, que permitem atingir essa consciência pura. A prática repetida de tais métodos não pode deixar de dar resultados.<br/>
<br/>
Durante uma sessão psicodélica. é preciso que não nos esqueçamos, em momento algum, de que todas as percepções, pensamentos e até alucinações com os quais fazemos a experiência sejam inteiramente criados por nosso espírito e nossa consciência e de que, para serem percebidos, devem passar por nossos próprios aparelhos de percepção.<br/>
<br/>
Essas percepções representam a distribuição de nossas próprias energias psíquicas. Qualquer pensamento ou sentimento sobre os quais queremos fixar nossa atenção exigem energia. Seja qual for o objeto, a atenção produz, ao concentrar-se, um fluxo de energia mental e emocional sob a forma de harmônicas inferiores. Esses pensamentos e emoções sobre os quais se fixou a atenção adquirirão assim a energia que os manterá.<br/>
<br/>
Agora é fácil ver que, para sermos senhores de uma experiência psicodélica, é essencial controlar o fluxo da atenção. É preciso começar por suprimir tudo o que puder distraí-Ia e, em seguida, orientá-Ia corretamente, praticando as técnicas de meditação do Raja Yoga.<br/>
<br/>
Vamos agora descrever algumas destas técnicas, cada qual podendo ser utilizada sob a influência do LSD, da maconha, da mescalina, do DMT, do haxixe, da psilocibina e de todas as outras drogas que alargam o campo da consciência.<br/>
<br/>
Antes de ir mais longe, qual é a primeira regra a ser lembrada em caso de paranóia ou de uma sensação aterradora tida enquanto estivermos sob a ação de uma droga psicodélica?<br/>
<br/>
É preciso ter em mente que, em nossa consciência, passa ao mesmo tempo tudo aquilo sobre que estamos prestes a fazer a experiência - todos os nossos pensamentos e todas as nossas emoções. Em seguida, concentre sua atenção indivisa nessa consciência que percebe tudo o que acontece a você. Este procedimento libera a atenção dos pensamentos astrais e mentais, e faz a consciência voltar às suas primeiras origens.<br/>
<br/>
Essas perniciosas formas de pensamento dissipam-se. São reabsorvidas pela energia vibratória homogênea da camada particular de energia psíquica que as havia produzido
em primeiro lugar. A consciência que se observa brilha com urna luz intensa, que permite que se dissipem rapidamente as formas perniciosas de pensamento, pois as muito poderosas harmônicas inferiores, libertadas pela pura consciência, anulam suas vibrações discordantes.<br/>
<br/>
Se, em dado momento da meditação, a atenção vaguear, será preciso imediatamente voltar à concentração no processo de meditação. Deve-se recomeçar todas as vezes que for necessário, até que a atenção acabe por fixar-se sobre o tipo de meditação que se pratica.<br/>
<br/>
Aqueles que têm pouca experiência de meditação tendem a lutar contra a desatenção: esse esforço torna-se, em si,urna forma de desatenção. A atenção só pode fixar-se numa única coisa de cada vez. É, portanto, preciso simplesmente reconduzi-la ao objeto da meditação.<br/>
<br/>
Outro meio de evitar as distrações é interromper provisoriamente a respiração e não inalar, nem expirar. Já que a respiração está intimamente ligada a todos os processos biológicos do corpo, a percepção da parada da respiração fixará a atenção, pelo instinto de sobrevivência que se criou durante milhões de anos de evolução ~ e assim a vagabundagem da atenção cessará. A partir desse momento, é fácil recomeçar a respirar normalmente e concentrar-se de novo no gênero de meditação praticado.<br/>
<br/>
Dirija sua atenção indivisa unicamente para o centro do cérebro onde se situa a glândula pineal. Disponha-se a ouvir com atenção os sons que se produzirão.<br/>
<br/>
Dentro de um momento, você ouvirá sons de alturas e timbres diferentes. A princípio, provavelmente. ouvirá apenas o silvo surdo do movimento fortuito das moléculas no ouvido, mas, pouca a pouco.. os sons se farão mais nítidos e se assemelharão às notas prolongadas de um órgão.<br/>
<br/>
O som é percebido pelo cérebro e pelos corpos sutis, sem passar pelos órgãos físicos dos ouvidos. É o ruído das vibrações das correntes vitais da consciência, ao circularem
através do corpo físico e dos corpos sutis. <br/>
<br/>
A partir do momento em que isto se der, basta simplesmente que você os observe com atenção indivisa, como se olhasse atentamente um filme, no cinema. <br/>
<br/>
Depois, de quando em quando, dirija sua atenção indivisa para o menor ponto que você puder ver no centro de seu campo visual e esforce-se por transpor esse ponto. Quando o conseguir, a luz jorrará desse ponto, acompanhada de um novo surto de energia psíquica, e você será levado a uma Freqüência vibratória (ou nível de força psíquica) mais elevada.<br/>
<br/>
À força de praticar esta forma de meditação, você se sentirá mergulhado num fulgurante espaço de luz e se tornará o centro de irradiação dessa energia psíquica.<br/>
<br/>
Um yogue experiente, concentrando sua meditação no Sahasrara chakra ou Lotus de Mil Pétalas, que se acha no alto da cabeça, pode liberar uma radiação de luz e energia
psíquica ainda mais poderosa. ~ possível que seja necessário um trabalho intenso para que o chakra entre em atividade, e o principiante obterá resultados mais rápidos olhando pelo Ajna chakra, ou centro psíquico do terceiro olho.<br/>
<br/>
Uma vez posta em ação, a roda do Sahasrara torna-se o chakra mais elevado; ele é chamado o limiar do infinito e o Brahmarandra, ou abertura do Brahma; é o mais poderoso e o mais espiritual de todos os centros psíquicos que possam ser despertados no homem, com a única exceção, talvez, do chakra do coração, ao qual certos yogues dão igual importância.<br/>
<br/>
Quando o Sahasrara chakra está em pleno movimento, num mestre yogue ou num santo, o fogo místico do Kundalini cósmico desce em direção a ele e vem unir-se a seu próprio fogo. Kundalini que se ergue, e as radiações da Luz Clara do espírito estendem-se por quilômetros ao redor.<br/>
<br/>
MEDITAÇÃO SOBRE O CENTRO PSÍQUICO DO, CORAÇÃO<br/>
<br/>
Para praticar este gênero de meditação são necessárias as seguintes condições: você deve sentar-se num lugar tranqüilo e fixar sua atenção indivisa num ponto minúsculo ou
"nó", que se acha no lado direito do coração e de onde irradia a força vital. Sinta a energia que ele encerra. <br/>
<br/>
Imagine uma língua de fogo que tenha as cores do arco íris e que jorraria desse ponto, que é puro e transparente como o cristal. As cores múltiplas da chama não passam de
diferentes frequências vibratórias das harmônicas inferiores liberadas pela essência cristalina infinitamente rápida do próprio Atman.<br/>
<br/>
Lembre-se de que esse centro psíquico no coração é o Santo dos Santos, a morada da Divindade, a centelha divina no homem. O poder do amor que junta tudo no UM irradia
desse centro.<br/>
<br/>
A chama psíquica do coração desprende a força vital que mantém vivo o corpo físico e cada um dos corpos sutis. É transportada no corpo físico pelo sangue.<br/>
<br/>
No corpo etéreo, ela circula pelos nós ou canais de energia sutil. No corpo astral, emite ondas de energia de cor maravilhosa, que correspondem às pulsações do coração. Essas ondas atingem os limites do corpo astral e voltam ao centro do coração, para daí de novo partirem.<br/>
<br/>
No corpo mental, uma luz dourada irradia do centro do coração que. para a alma budista evoluída, é o brilho da Luz Clara da iluminação e do amor.<br/>
<br/>
A meditação sobre o centro psíquico do coração desenvolve esta parte de nosso ser que é o amor e reforça e purifica as emoções. A faculdade de clarividência ou de sensação intuitiva torna-se, ela também, muito desenvolvida. Essa faculdade permite-nos sentir a energia psíquica sobre os níveis sutis, sem passar pelo sentido do tato físico. A sensação intuitiva torna os corpos sutis capazes de sentirem as formas vibratórias no espaço, independentemente do corpo físico.<br/>
<br/>
A CONCENTRAÇÃO SOBRE A RESPIRAÇÃO<br/>
<br/>
Este gênero de meditação exige apenas a observação do processo de respiração, sem tentar modificá-lo . Você deve simplesmente observar seu sopro, como entra e como sai. Deve, durante esta meditação, ficar sentado, de costas bem eretas, assim como durante todas as outras meditações. Assuma a postura do Lótus, se puder mantê-Ia confortavelmente, ou então sente-se de pernas cruzadas; ou ainda assuma a posição siddhasana, na qual uma das pernas fica sobre a barriga da perna e o tornozelo da outra perna. Algumas pessoas acham que ficar sentadas sobre os calcanhares, com os joelhos unidos na frente, é uma posição confortável para meditar.<br/>
<br/>
A observação do processo de respiração acalmará o espírito e harmonizará os ritmos interiores do corpo. Quando nos concentramos unicamente na respiração, nenhuma distração mental ou emocional se torna possível: dá-se um estado de quietude interior, favorável às revelações psíquicas que se produzirão.<br/>
<br/>
À medida que a meditação se desenrola, não somente você aspira o ar, mas cada poro, cada átomo de seu corpo absorverá também a luz vital do prana ou sutil energia eletromagnética.<br/>
<br/>
O ritmo da respiração está inseparavelmente ligado aos processos metabólicos das células do corpo, uma vez que, para viver, cada célula precisa do oxigênio absorvido pelos pulmões e transportado pelo sangue até os tecidos corporais. Quando respiramos, absorvemos, com o oxigênio, uma substância ainda mais sutil, que se chama prana. Este prana ou força vital é necessário para manter vivo o corpo etérico; este último deve impregnar e estimular a vida celular do corpo físico. <br/>
<br/>
A função do coração é enviar através do corpo o sangue que absorveu o oxigênio e o prana e depois trazer aos pulmões o gás carbônico que será expirado. <br/>
<br/>
A saúde do sistema nervoso e do sistema glandular depende desse abastecimento de oxigênio e prana. São eles os instrumentos do homem, que preparam tanto para receber as forças espirituais que lhe vêm das mais altas dimensões como para pôr seu corpo em harmonia com elas.<br/>
<br/>
A meditação sobre a respiração permite harmonizar o espírito e as emoções com os ritmos do metabolismo fisiológico que evoluiu durante milhões de anos. <br/>
<br/>
O homem e seu corpo fazem parte do mecanismo dessa vasta máquina musical que é o universo. <br/>
<br/>
Você obterá resultados semelhantes e igualmente poderosos se observar o ritmo das batidas do coração, ao mesmo tempo meditando sobre o centro psíquico do coração. Por meio do ritmo das batidas do coração, assim como pela respiração, podemos nos pôr em harmonia com os ritmos internos das células do corpo e também com fluxo rítmico, no corpo, da energia espiritual do prana.<br/>
<br/>
Quando as funções do homem se harmonizam perfeitamente entre si, em todos os níveis ~ físico, etérico, astral, mental e espiritual ~ e quando se harmonizam com os ritmos do cosmo, ele pode atingir a iluminação, pois se torna o instrumento perfeito da força infinita do Atman único e sempre presente.<br/>
<br/>
A concentração mental sobre a respiração é também muito útil para acalmar o corpo, as emoções e ,o espírito, antes de iniciar uma das outras meditações aqui descritas.<br/>
<br/>
MEDITAÇÃO SOBRE OS CHAKRAS<br/>
<br/>
É possível pôr os chakras em atividade dirigindo a concentração mental para os diversos pontos do corpo onde eles estão localizados. A corrente de energia vital que passa entre os níveis superiores de energia e os corpos sutis será aumentada, e uma maior força de energia física será liberada.<br/>
<br/>
O corpo possui sete chakras principais, que ligam o corpo físico aos corpos sutis.<br/>
<br/>
Os chakras, ou centros nervosos psíquicos, são turbilhões de energia, cujo funcionamento permite a absorção e a irradiação da energia vital. No corpo físico, eles se ligam às glândulas e aos centros nervosos principais.<br/>
<br/>
No corpo etérico, aparecem como rodas com pétalas de flor, que a energia turbilhonante cria por um efeito de estroboscopia. Uma espécie de haste oca liga estas flores etéricas do chakra às glândulas e redes nervosas às quais pertencem.<br/>
<br/>
N o corpo astral, os chakras se assemelham a turbilhões de energia, como redemoinhos que se produzem numa torrente de água, ou num vaso sanitário que se esvazia. No corpo mental. são linhas convergentes de luz.<br/>
<br/>
O Muladhara chakra se encontra no períneo, na base da coluna vertebral. É a morada do fogo Kundalini. Quando este fogo desperta, nos estágios avançados do yoga, ele sobe pelo centro da coluna vertebral para ativar o chakra mais importante, o Sahasrara, que está situado na região cortical do cérebro.<br/>
<br/>
Vem, em seguida, o centro psíquico do sacro ou Swadhisthana chakra. Está localizado nas glândulas supra-renais e sua função é absorver a força vital do prana no ar. O prana que está na atmosfera provém das radiações. solares.<br/>
<br/>
Os textos nem sempre estão de acordo sobre qual dos dois centros nervosos psíquicos" - o Muladhara chakra e o Swadhisthana chakra – liga-se mais diretamente às funções sexuais.<br/>
<br/>
O chakra seguinte é o Manipura ou centro psíquico do plexo solar; está ligado às funções digestivas e à intensidade dos sentimentos, das sensações e dos desejos astrais. O Anahata chakra ou centro psíquico do coração está ligado às origens da energia espiritual e às emoções superiores do amor, do altruísmo e da benevolência.<br/>
<br/>
O Vishuddha chakra ou centro psíquico da garganta liga-se às glândulas tiróides e diz respeito à fala. Faz parte da Mantra Yoga e governa a criação artística. Este centro é acionado salmodiando-se e cantando.<br/>
<br/>
O Ajna chakra está situado na fronte, bem acima das sobrancelhas e no eixo que as separa. Liqa-se às glândulas pituitárias e às partes sub-corticais do cérebro.<br/>
<br/>
O Ajna chakra concerne às faculdades superiores do espírito: a clarividência, o raciocínio científico, o pensamento filosófico e a vontade. Quando este chakra é desenvolvido, desperta a capacidade de visualizar e de dominar as Forças mentais e astrais supra físicas.<br/>
<br/>
O Sahasrara chakra ou Lótus de Mil Pétalas liga-se à glândula pineal e à parte cortical do cérebro; está situado no alto da cabeça e concerne às ondas sonoras e à faculdade
de audição clarividente. É o mais espiritual de todos os chakras.<br/>
<br/>
Quando este chakra é muito desenvolvido, a iluminação e a união com o Espírito Divino podem ocorrer. As harmônicas inferiores criadas pela concentração única sobre um desses chakras o farão entrar em atividade; o fluxo de energia no interior será aumentado e será possível atingir pelo espírito os níveis supra físicos de energia.<br/>
<br/>
A meditação sobre os três primeiros chakras - isto é, sobre o Muladhara chakra, o chakra do sacro e o chakra do plexo solar - deve ser evitada. Estas formas de meditação podem despertar emoções inferiores e paixões sexuais. Podem fazer com que surjam influências astrais indesejáveis e causar um desequilíbrio psicológico.<br/>
<br/>
É melhor meditar sobre o centro do coração, o Ajna chakra, e sobre o Sahasrara chakra, porque estes se acham mais diretamente ligados à eclosão da consciência supra-mundial, Quando postos em ação, eles desenvolverão automaticamente os chakras inferiores, alterando o equilíbrio glandular do corpo e fazendo circular novas forças vitais de prana nos canais de energia psíquica do corpo etérico. Além do mais, reforçarão e purificarão os corpos astrais e mentais.<br/>
<br/>
Os hormônios segregados pela glândula pituitária regulam as outras glândulas do corpo -- o ritmo, a tireóide, as glândulas supra-renais e sexuais, entre outras. Quando a glândula pituitária estiver plenamente ativada pelo desenvolvimento do Ajna chakra, todas as outras gandulas adquirirão um equilíbrio químico; a freqüência vibratória dos chakras inferiores poderão assim desenvolver-se corretamente.<br/>
<br/>
No Yoga adiantado ou Kundalini Yoga Faz-se a concentração indivisa sobre o Muladhara chakra, na base da coluna vertebral. de modo a despertar o fogo Kundalini.<br/>
<br/>
As radiações ascendentes do fogo Kundalini passam pelo centro da coluna vertebral e põem em ação o Sahasrara chakra, no alto da cabeça.<br/>
<br/>
Se, entretanto, o fogo Kundalini for despertado prematuramente e em seguida for mal dirigido. o resultado poderá ser extremamente grave para o sistema nervoso e para o
corpo etérico. Quando não são corretamente dirigidas para o alto, as radiações voltam-se para baixo e causam perversões e desejos sexuais anormais.<br/>
<br/>
Isto explica por que motivo o Kundalini Yoga não deveria ser praticado senão depois de terem sido feitos grandes progressos em Yoga, quando os corpos sutis tiverem sido suficientemente purificados e a alma tiver disciplinado bem a personalidade.<br/>
<br/>
A TÉCNICA DO KRIYA<br/>
<br/>
A prática deste gênero de meditação exige, em primeiro lugar, a concentração mental sobre a base da coluna vertebral. Em seguida. enquanto você aspirar lentamente o ar (sentindo-o passar contra a parede da garganta), faça o ponto de concentração subir pouco a pouco pelo eixo da medula espinhal e atravessar o cérebro até o centro psíquico do terceiro olho. Retenha-o neste ponto durante alguns segundos.<br/>
<br/>
Depois, expirando lentamente, faça este ponto de concentração descer' de novo ao longo da coluna vertebral, até o Muladhara chakra, e concentre aí a sua atenção durante os poucos segundos em que seus pulmões estiverem vazios.<br/>
<br/>
Aspirando de novo, docemente, o ar passando contra a parte de trás da garganta, faça o ponto de. concentração subir lentamente através da coluna vertebral e repita este processo. Recomece o exercício doze ou quatorze vezes, depois termine meditando sobre o Sahasrara chakra ou o Ajna chakra.<br/>
<br/>
A técnica do Kria é muito boa para estimular as raízes dos chakras, que se encontram ao longo da coluna vertebral, e para melhorar a circulação de energia no sistema nervoso e nos canais de energia do corpo etérico. <br/>
<br/>
Esta técnica facilitará também a: percepção direta dessas Forças, Os chakras são estimulados com o exercício, e o fluxo de energia escoa entre eles mais facilmente.<br/>
<br/>
MEDITAÇÃO SOBRE O PRINCÍPIO DO "SER"<br/>
<br/>
Neste gênero de meditação, a consciência deve concentrar-se sobre si mesma. Se for dirigida corretamente e com sucesso, será a mais elevada e a mais poderosa das meditações.<br/>
<br/>
Enquanto você meditar sobre o chakra do coração ou sobre o Sahasrara chakra no alto da cabeça, dirija a atenção para a própria atenção. Se estiver distraído por quaisquer pensamentos ou percepções, é preciso que se concentre imediatamente nesta autoconsciência que está prestes a perceber ou a pensar.<br/>
<br/>
Você deve considerar da mesma forma as ondas luminosas e sonoras que aparecerão. As ondas sonoras e luminosas nada mais são que as harmônicas inferiores da consciência pura sobre a qual você medita.<br/>
<br/>
Quanto mais a atenção fixar-se sobre si mesma, mais as ondas luminosas e sonoras, as sensações elétricas no corpo das Forças magnéticas, as sensações de ausência de peso, etc., se manifestarão automaticamente.<br/>
<br/>
Mas, se você consentir em deixar-se distrair por uma dessas sensações, ficará cingido às limitações da coisa que retiver sua atenção; a concentração sobre a pura consciência será interrompida; todas as harmônicas inferiores, sub-produtos da concentração sobre a consciência pura, desaparecerão, assim como, provavelmente, também as mesmas manifestações psíquicas que o tinham distraído a princípio.<br/>
<br/>
Procure antes de mais nada o reino da consciência pura e todas as outras manifestações psíquicas lhe serão também permitidas. A atenção pode fixar-se sobre si mesma, seja onde for, no espaço, pois a pura consciência, semelhante a Deus, é um princípio onipresente. Inicialmente, será mais fácil praticar este gênero de meditação a partir de um dos chakras, de preferência o chakra do coração ou o chakra da cabeça (Sahasrara chakra). Podemos também nos servir do centro psíquico do terceiro olho ou o Ajna chakra, situado na fronte, com resultados satisfatórios, mas é preferível nos servirmos do Sahasrara chakra, se formos capazes de ativá-Ia, Quanto maior progresso você fizer neste gênero de meditação, mais sua consciência terá a sensação de ser uma extensão fulgurante de Luz Clara que se espalha em todas as direções no infinito. A própria pura consciência é cristalina e incolor, mas produz a Luz Clara que contém simultaneamente todas as cores ~ estas cores são as freqüências vibratórias das harmônicas inferiores provocadas pela pura consciência.<br/>
<br/>
A concentração da atenção sobre a própria atenção provoca um estado especial no chakra sobre o qual se medita, em que sua estrutura vibratória é equilibrada, harmoniosa e geometricamente sobre todos os níveis ou freqüências vibratórias. Certos "nós comuns" se formam no interior da estrutura do chakra, As diferentes freqüências vibratórias e as ondas de comprimento variável têm sua origem e seu fim nos mesmos "nós comuns".<br/>
<br/>
Isto é possível porque os comprimentos de onda e as frequências das diferentes vibrações são correlativas, como as notas de uma gama musical. As vibrações cuja distribuição espacial ou freqüência não estiverem de acordo com as outras serão automaticamente eliminadas, pois entravam seu funcionamento.<br/>
<br/>
Podemos transcender nossas próprias dimensões e partir desses "nós comuns", onde começam e acabam os ciclos de várias ondas curtas e longas. Poder-se-ia assim fazer a experiência das frequências vibratórias psíquicas superiores e aproximar o Atman que se move a uma velocidade infinita.<br/>
<br/>
A transferência de energia de uma oitava a outra (ou de um nível a outro) produz-se nesses "nós comuns"; assim, um fluxo de energia das dimensões superiores é transmitido às dimensões inferiores e, inversamente, as redes de vibrações que se manifestam nas dimensões inferiores podem passar às dimensões superiores.<br/>
<br/>
A alma pode agora controlar a estrutura da personalidade e torna-Ia apta a exprimir a vida espiritual nos negócios dos homens. Este gênero de meditação ajuda a desenvolver a concentração sobre um ponto único.<br/>
<br/>
O MANTRA YOGA E A MEDITAÇÃO COMBINADOS<br/>
<br/>
Diferentes chakras podem ser postos em ação durante as salmo dias do OM ou de outros mantras, A salmodia sobre timbres de alturas diferentes faz vibrar certos tecidos celulares do corpo; os centros nervosos e glandulares serão estimulados, e os chakras a eles ligados serão ativados.<br/>
<br/>
Fazendo tentativas, você descobrirá quais os timbres que farão vibrar tais partes do corpo e tais chakras, Poderá em seguida salmodiar e ao mesmo tempo meditar sobre o
chakra que quer pôr em ação.<br/>
<br/>
As ondas sonoras criam redes de vibrações na atmosfera etérica, astral e mental. Você poderá eventualmente aprender a vê-Ias. A disposição destas redes, que têm as cores do arco-íris, é muito complexa e muito bela. As vezes, os fios luminosos das redes traçam diagramas geométricos e mandalas.<br/>
<br/>
A música terá efeito semelhante. Escute a música durante uma sessão psicodélica, observando simultaneamente a luz interna pelo Ajna chakra ou centro psíquico do terceiro olho, Observe depois a disposição das cores, que muda e se desenvolve ao mesmo tempo que a música. A música clássica e os ragas indianos são particularmente adaptáveis a esta experiência.<br/>
<br/>
OS TESTEMUNHOS AKÁSHICOS A MEMÓRIA E A REMINISCÊNCIA DAS ENCARNAÇÕES PRECEDENTES<br/>
<br/>
Algumas técnicas do Yoga permitem à pessoa sondar profundamente a memória e mesmo lembrar-se de suas encarnações anteriores. Tome como ponto de partida, em primeiro lugar, uma lembrança nítida em você, um traço físico ou psicológico que terá, na sua opinião, importantes elos kármicos com o passado.<br/>
<br/>
Todos os pensamentos, atitudes, percepções sensoriais e todas as lembranças são registradas no corpo mental sob a forma de marcas akáshicas, espécie de fotografias na energia psíquica do corpo mental.<br/>
<br/>
Com o poder de sua consciência pura, você pode visualizar e dirigir a atenção para qualquer desses pensamentos ou marcas - akáshicas. Quando a atenção for dirigida voluntariamente, a energia produzida pela concentração passa do plano mental superior da consciência pura para uma de suas harmônicas inferiores.<br/>
<br/>
O processo é o seguinte: cada vez que a atenção estiver fixada unicamente sobre a consciência pura, ela provocará vibrações de harmônicas inferiores; estas avivam a marca akáshica que, por sua vez, produz ondas vibratórias no tom correspondente, acompanhadas das harmônicas e das frequências relativas deste.<br/>
<br/>
Criar-se-á um nível de frequências vibratórias que abalará outras marcas akáshicas aparentadas com a primeira, localizadas em outras partes do corpo mental. Uma vez que estas marcas akáshicas são avivadas, as vibrações que nelas foram provoca das põem-nas em relevo, a atenção pode localiza-las. <br/>
<br/>
Dirija, em seguida, a atenção da consciência pura para essas lembranças ou marcas memoriais aparentadas. A consciência pura se reforçará e despertará ainda outras marcas memoriais. pelo mesmo processo que acabamos de descrever. Podemos tornar a traçar os elos kármicos deste modo, até que apareçam detalhes sobre as encarnações anteriores.<br/>
<br/>
A música, que se associa facilmente a certas lembranças, pode também ser muito útil neste processo de reminiscência, Escute, portanto, a música proveniente de diferentes
países e de diferentes épocas, para tentar fazer com que as reminiscências apareçam. Às vezes certas posturas do corpo ajudarão também a fazer com que elas surjam.<br/>
<br/>
Durante uma sessão, o autor deste artigo teve oportunidade de lembrar-se de uma de suas encarnações, uma encarnação egípcia. Estava sentado sobre os calcanhares na posição da esfinge. Se forem dois a fazer a experiência durante uma sessão, tentem olhar bem nos olhos um do outro. Pouco a pouco, o corpo etérico tomará a forma das encarnações precedentes e, assim, as particularidades kármicas sob o corpo físico dos dois se revelarão.<br/>
<br/>
A pessoa pode chegar a um mesmo resultado olhando-se bem nos olhos diante de um espelho. As reminiscências akáshicas armazenadas no corpo mental e sobre os registros superiores da alma são como uma biblioteca. Todas as informações que buscamos aí se acham, mas, para tornarmos a encontrar determinado livro entre os milhares que aí estão guardados, temos necessidade de um instrumento; é preciso que haja um fichário. <br/>
<br/>
As marcas memoriais são apenas um registro do corpo mental para outro. São também do corpo mental para a alma, com a ajuda das refrações das harmônicas inferiores e superiores, e são transmitidas do corpo mental para o cérebro físico, com a ajuda das refrações do corpo astral e do corpo etérico.<br/>
<br/>
Em cada encarnação, um novo corpo mental é criado, a partir da semente permanente formada pela marca vibratória depositada por uma harmônica superior. Esta marca provém de todos os corpos mentais anteriores criados por todas as encarnações anteriores. Está situada nos registros superiores de energia psíquica da alma. No princípio de cada nova encarnação, a alma transfunde energia vital nesta semente ou germe; em seguida, esta energia se refrata sobre uma harmônica inferior, no nível mental que serve de base ao corpo mental que acompanha a encarnação prestes a produzir-se.<br/>
<br/>
A alma encerra também sementes ou germes do corpo etérico, do corpo físico e do corpo astral. que servirão de base para a criação destes corpos, segundo o mesmo processo.<br/>
<br/>
Já que, habitualmente, os acontecimentos que se deram durante as encarnações anteriores não são registrados no corpo mental da encarnação atual, é necessário atrair para o corpo mental atual as harmônicas inferiores criadas pelas marcas akáshicas registradas na alma.<br/>
<br/>
A própria alma julgará se você está pronto para receber tais conhecimentos e se a sua evolução espiritual melhorará com isto.<br/>
<br/>
Para que a alma revele à personalidade atual seus conhecimentos das encarnações anteriores, é necessário que já tenha havido certa eclosão espiritual e que as motivações que a orientam sejam puras.<br/>
<br/>
Você deve dirigir a concentração para uma marca memorial particular no corpo mental, seguindo o mesmo processo que descrevemos; as refrações das harmônicas superiores que esta marca provoca farão entrar em atividade outras marcas akáshicas situadas na alma. Estas últimas se refletirão no corpo mental e aí imprimirão marcas correspondentes às reminiscências da alma. Serão depois refratadas no corpo astral e no corpo etérico, e finalmente atingirão o cérebro.<br/>
<br/>
Sabemos que as drogas psicodélicas estimulam a transmissão de uma energia psíquica considerável entre os níveis superiores e os níveis inferiores. Todos os pensamentos e todas as emoções provocadas durante uma sessão psicodélica serão fortemente imprimidos no espírito, e uma considerável energia psíquica se incorporará à sua estrutura vibratória.<br/>
<br/>
Esses pensamentos e emoções condicionarão inconscientemente o comportamento na vida cotidiana. E, pois, extremamente importante que as marcas adquiridas durante uma sessão psicodélica tenham um valor positivo. Esse valor positivo pode ser assegurado pela disciplina da atenção. <br/>
<br/>
Tais considerações levam-me a alguns últimos conselhos: nunca permita que a atenção divague. Mantenha-a fixa num pensamento ou num processo de meditação, até seu final.<br/>
<br/>
Não perca a cabeça, se tiver visões aterradoras ou alucinações. O medo só servirá para aumentar a concentração sobre essas visões, e o próprio poder de sua atenção as tornará ainda mais intensas.<br/>
<br/>
Fique impassível e dirija sua atenção indivisa para esta autoconsciência que está prestes a ter alucinações. Lembre-se constantemente de que sua própria faculdade de atenção é uma centelha da Divindade e de que, empregada corretamente, ela controlará todos os poderes inferiores.<br/>
<br/>
Alguns pesquisadores são de opinião que as drogas psicodélicas estimulam a secreção das glândulas pituitária e pineal. Segundo os adeptos do Yoga e os ocultistas, estas mesmas glândulas ligam-se aos Sahasrara e Ajna chakras, ou Lótus de Mil Pétalas e centro psíquico do terceiro olho.<br/>
<br/>
Conforme já vimos, a estimulação destas glândulas aumenta o fluxo de energia que passa entre o corpo etérico e o corpo físico. As drogas psicodélicas intensificam a pressão sobre as células do corpo que devem acelerar sua atividade para poderem libertar-se dessa pressão. A atividade aumentada destas células aumenta por sua vez as freqüências vibratórias e assim as põe em harmonia com as freqüências vibratórias superiores dos níveis supra-físicos de energia.<br/>
<br/>
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx<br/>
<br/>
<b>O Yoga Psicodélico</b> - Sri Brahmarishi Narad in: Bailly, J. C.; Gumard, J. P. (org.) Mandala a experiência alucinógena. RJ, Civilização Brasileira, 1972 p.323-343<br/>
<br/>
<b>Psychedelic Yoga. The Application of Yoga Meditation Techniques to the Use of Psychedelic Sacraments</b> - by Sri Brahmarishi Narad Jun 1967
San Francisco a Oracle º 8 , pg 11, junho de 1967.<br/>
<br/>
disponível também em:<br/>
<br/>
The vaults of Erowid - Yoga
<a href="https://www.erowid.org/spirit/yoga/yoga_info1.shtml">https://www.erowid.org/spirit/yoga/yoga_info1.shtml</a><br/>
<br/>
The Deoxyribonucleic Hyperdimension
Psychedelic Yoga -The Application of Yoga Meditation Techniques to the Use of Psychedelic Sacraments - <a href="http://deoxy.org/psychedelicyoga.htm">http://deoxy.org/psychedelicyoga.htm</a><br/>
<br/>
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx<br/>
<br/>
<b>Referências</b><br/>
<br/>
Kuhn, Thomas. Estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1978<br/>
<br/>
LSD – assisted psychotherapy”
<a href="http://www.maps.org/research/lsd/swisslsd/LDA1010707.pdf">http://www.maps.org/research/lsd/swisslsd/LDA1010707.pdf</a>
<a href="http://www.maps.org/">Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (MAPS)</a>
<br/>
<br/>
Psilocybin Cancer Project Department of Psychiatry and Behavioral Sciences at Johns Hopkins Medicine - <a href="http://www.bpru.org/cancer-studies/">http://www.bpru.org/cancer-studies/</a><br/>
<br/>
Centro de Rehabilitación de Adicciones y de Investigación de Medicinas Tradicionales TAKIWASI - <a href="http://www.takiwasi.com/">http://www.takiwasi.com/</a><br/>
<br/>
Imagens: <br/>
<br/>
Luke Brown, Namaste
<a href="https://www.erowid.org/culture/art/artist/brown_luke">https://www.erowid.org/culture/art/artist/brown_luke</a><br/>
<br/>
Peter Weltevrede, Seven Chakras
<a href="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Chakras_(Subtle_bodies)">https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Chakras_(Subtle_bodies)</a><br/>
<br/>
<b>Ver também</b><br/>
<br/>
Costa, Paulo Pedro P. R. Acupuntura – Chakra - Mapas visuais sobre acupuntura, chakras e regiões correspondente da pele e sistema nervoso aos dermátomos. Sep 25, 2011
<a href="http://pt.scribd.com/doc/66278569/Acupuntura-Chakra">http://pt.scribd.com/doc/66278569/Acupuntura-Chakra</a><br/>
<br/>
Versão do presente texto em PDF para impressão: <br/>
<a href="http://pt.scribd.com/doc/213448532/o-Yoga-Psicodelico">http://pt.scribd.com/doc/213448532/o-Yoga-Psicodelico</a>
<br/>
<br/><br/>
<br/>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-18027437487540672842013-06-20T14:26:00.000-07:002014-02-12T05:48:07.176-08:00ACUPUNTURA DE CHAKRAGABRIEL STUX, M.D. / Tradução: Paulo Pedro P.R. Costa
<br>
<br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-X88kk3EPGMA/UveEdbDJyXI/AAAAAAAAHkg/iv1LxxkLscY/s1600/chakras2AGrey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-X88kk3EPGMA/UveEdbDJyXI/AAAAAAAAHkg/iv1LxxkLscY/s400/chakras2AGrey.jpg" /></a></div>
<a href="http://alexgrey.com/art/paintings/sacred-mirrors">Alex Grey - sacred mirrors</a>
<br>
<br>
Acupuntura de Chakra é uma expansão como também uma complementação da prática de acupuntura chinesa tradicional. Tem a possibilidade de aprofundar acupuntura clássica incluindo o sistema indiano de chakra, um sistema de sete centros principais de energia.<br>
<br>
Os chakras da medicina indiana são centros de energia. Sete principais centros de energia se localizam na linha média do corpo, do perineum para o crânio (ver ilustrações). Além destes, há algumas dúzias de centros de energia menores de importância secundários que na maioria dos casos também correspondem com o local de pontos de acupuntura. Os chakras, de modo semelhante aos Órgãos Chineses, possuem funções específicas. <br>
<br>
O objetivo do tratamento na acupuntura chinesa tradicional é harmonizar o fluxo de Qi dissolvendo os bloqueios e estagnações nos canais e órgãos. Condições de excesso ou deficiência são equilibradas e assim a regularidade da função dos órgãos é alcançada harmonizando Yin e Yang. Estes conceitos são a base de acupuntura tradicional chinesa.<br>
<br>
Acupuntura de Chakra estende a aplicação tradicional de acupuntura por incluir o sistema indiano de chakra para diagnose como também tratamento. Em acupuntura de chakra, aparte dos pontos de acupuntura selecionados conforme a tradição chinesa, pontos de chakra adicionais são agulhados na área dos sete centros de energia. Assim o chakras são ativados e o fluxo de energia é estimulado. Isto é chamado " abertura do chakras ". <br>
<br>
O ponto de chakra mais freqüentemente usados é o VG 20 - Baihui situado no centro do chakra coronário o 7º chakra, e extraordinariamente 6 - Sishencong cercando o retangularmente o Baihui. Outros pontos de chakra importantes são o ponto extra 1 - Yintang e VG 15 - Yamen para o 6º chakra, VC 17 Shanzhong e VG 11 (Shendao para o 4º chakra, o chakra de coração. <br>
<br>
Além de agulhar os pontos chakra, " a focalização da atenção consciente ", (awareness conscious) i.e. a atenção do paciente para a respectiva região do chakra, é importante para a eficácia do tratamento. Após os pontos de acupuntura serem agulhados com a técnica habitual, ao paciente é pedido dirigir sua consciência para o chakra pertinente [por exemplo, para o centro de energia da coronário onde os pontos VG 20 (Baihui) e o ponto extra 6 (Sishencong) se foram agulhados]. <br>
<br>
Depois de pouco tempo os pacientes sentem uma sensação de formigamento leve ou de um fluxo discreto nesta área. O terapeuta, junto com o paciente, também focaliza sua atenção nesta região. Ele solicita repetidamente para o paciente abrir esta área e deixar que a energia flua de cima para baixo (flow from above and downwards). Assim a abertura do chakra como também o fluxo de energia vital (life force) no centro de energia coronário é intensificado. <br>
<br>
Quando o fluxo através de um centro de energia é claramente perceptível ao paciente, a pessoa procede ao próximo centro de energia (por exemplo para o chakra do coração no meio do tórax), Aqui os pontos VC 17 (Shanzhong) e VC 15 (Jiuwei) devem ser agulhados. Ao paciente é solicitado então a respiração nesta área, segurar a consciência dele lá, e abrir o chakra de coração até que ele sente uma sensação de grandeza (wideness), densidade (carga / charge) e fluxo neste chakra. <br>
<br>
No começo do tratamento de acupuntura de chakra é importante focalizar em 2-3 chakras (por exemplo coronário (crown) e o centro energético do coração (the heart energy centers)). Como o coração é o 4º chakra, situado no meio do sete chakras, sobre e abaixo dele estão três chakras. Assim o chakra de coração, por causa de sua posição central, tem uma importante função harmonizando para a energia inteira do corpo. <br>
<br>
Também a qualidade da energia curativa do coração harmoniza os outros centros de energia. Depois de algumas poucas sessões de tratamento, quando o fluxo de energia em 2-3 chakras está bem estabelecido, a pessoa procede a chakras adicional, especialmente na região onde se localiza a doença (illness) do paciente. Não é recomendado começar com a região transtornada, mas abrir e ativar o chakras inicialmente os principais (o coronário e o do coração) estimular a manifestação quantidade (carga /charge) e o fluxo de energia na totalidade do sistema energético. <br>
<br>
O primeiro passo é abrir os centros de energia e promover o fluxo de energia vital (life force - força de vida) neles, estabelecendo sua forte manifestação (carga / charge), simultaneamente despertando a consciência do paciente assim para os centros de energia vitalizando-os. O segundo passo é focalizar os bloqueios e estagnações que causam as doenças e os dissolver. Além de agulhar a área do bloqueio, novas diretrizes e métodos de "medicina vibracional (energy medicine), tal como a Arte (Técnica) de Libertação da Consciência (ART - Awareness Release Technique) de introduzido por Robert T. Jaffe.<br>
<br><br>
<b>DESPERTAR (ART - Awareness Release Technique) EM QUATRO PASSOS:</b>
<br><br>
1. Consciência é focalizada pela paciente sobre seu problema, dor, região ansiogênica ou de tensão (nervousness) (i.e. o bloqueio de energia). Ele está comunicando seu problema ao terapeuta. <br>
<br>
2. Identificação. O segundo passo é uma identificação mais precisa do problema. O terapeuta pede para o paciente que focalize mais profundamente sobre a região do bloqueio para visualizar e descrever seu local, tamanho, bordas, densidade, temperatura e cor. Depois a consciência também é dirigida sobre as emoções relacionadas ao bloqueio e os pensamentos que surgem disto. Durante a segunda passo de ART, e através de uma visualização precisa, a consciência se aprofunda mais no bloqueio. <br>
<br>
3. Liberação ou Transformação de bloqueios ou energia estagnada. Durante este passo a consciência do paciente transforma a densidade do bloqueio de energia ou liberações completamente sua carga (densidade/qualidade - carga / charge). Isto é realizado pelo paciente aprofundando o foco e (& associado a) respiração consciente em seu bloqueio, O terapeuta também está dirigindo sua atenção sobre o problema do paciente e observa mudanças nos padrões de energia do bloqueio. Se o paciente está se cansando ou não está respirando intensamente ao focalizar área do bloqueio o terapeuta pede a este para aprofundar mais a respiração. Consequentemente o aprofundando persistente e focalizado da respiração no bloqueio o dissolve (libera - released) dentro de 10-20 minutos. <br>
<br>
4. Integração. Durante este passo é restabelecido e harmonizado o fluxo de força de vida na área afetada. Isto geralmente é alcançado durante a sessão de tratamento, mas também depois pelo próprio paciente em casa trazendo sua consciência na área afetada e promovendo o fluxo. <br>
<br>
DESPERTAR (ART - Awareness Release Technique) é um método excelente para dissolver bloqueios que são muito severos, especialmente para esses bloqueios onde tratamento de acupuntura isolada não alcança resultados satisfatórios.
<br>
<br>
<b>MEDITAÇÃO NO FLUXO DO CHAKRA</b>
<br><br>
Outro método em medicina vibracional (energy medicine) para promover o fluxo da energia vital (life force) em níveis mais profundos é a Meditação sobre o Fluxo do Chakra desenvolvida pelo autor. Este método é semelhante ao “Treinamento Autógeno" ou ao Relaxamento Progressivo. Com o paciente deitado ou sentando em uma posição confortável o terapeuta dá instruções. Primeiro, o terapeuta focaliza no centro coronário (crown) e diz para o paciente que o abra: abra o centro coronário (sahasrara chakra) desde o alto da cabeça, abra cada vez mais, mais amplo e mais amplo, deixe a energia fluir acima no centro coronário e abaixo no tórax, no centro do tórax, no centro do coração. Amplie esta área e deixe a energia fluir completamente em todo coração, mais fundo, profundamente mais fundo". <br>
<br>
Depois de estabelecer o fluxo do coronário para o coração, são incluídos outro chakras no fluxo, primeiro os 3º, 2º e o chakra básico, depois também o 5º e 6º chakra. Depois de vários dias de exercício o fluxo é estabilizado em todos os centros de energia, então ampliados. <br>
<br>
Meditação no Fluxo dos Chakra é uma forma de tratamento energético que efetivamente pode promover o fluxo da força em níveis mais fundos, aumentar a vitalidade e um estado estável de saúde. Que se inicia com a cooperação do terapeuta e depois é mantida pelo paciente em sua casa.
<br>
Estes dois métodos de medicina da energia, a Técnica de Liberação de Consciência por dissolver bloqueios, e a Meditação no Fluxo do Chakra para a promoção do fluxo nos centros de energia do corpo, são excelentes métodos adicionais para aumentar os efeitos da acupuntura de chakra.
<br><br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-8IBhFLGVN7w/UcNwkZ118nI/AAAAAAAAG2U/GoakZTO7MoI/s1600/chakras1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-8IBhFLGVN7w/UcNwkZ118nI/AAAAAAAAG2U/GoakZTO7MoI/s400/chakras1.jpg" /></a></div>
<br><br>
<b>DESCRIÇÃO DOS CHAKRAS E SUA RELAÇÃO COM PONTOS DE ACUPUNTURA E ÓRGÃOS CHINESES</b>
<br><br>
<b>1. Chakra Básico, Muladhara Chakra </b>
<br>
Local: O primeiro chakra está localizado no perineum e abre-se para baixo. Corresponde a posição do ponto VC 1 (Huiyin, o ponto de reunião de todo Yin).
<br>
Funções: O Yin corresponde à Terra e assim o chakra básico provê a conexão enérgica do ser humano com esse elemento. A abertura do chakra básico e o fluxo enérgico através deste chakra é responsável pela conexão enérgetica do corpo com a terra que é chamada (grounding) firmando-se. Este chakra corresponde a energia Yin do Rim.
<br>
Ponto de acupuntura: VC 1 (Huiyin)
<br><br>
<b>2. Chakra da Polaridade Svadhishthana Chakra </b>
<br>
Local: O segundo chakra está situado na pélvis e tem duas aberturas, a primeira frontal (ventral) corresponde ao ponto de acupuntura VC 2 (Gugu) - VC 4 (Guanyuan) e outra para o dorso na região do sacrum VG 2 (Yaoshu) - VG 4 (Mingmen).
<br>
Funções: O chakra da polaridade equilibra o Yin e Yang dentro e do lado de fora, forma a base para uma sexualidade sem distúrbios, i.e. o Yin e Yang exterior equilibrado. O primeiro e segundo chakra correspondem ao Jiao inferior (pélvis) do Sanjiao. O chakra da polaridade corresponde ao Yang do rim, bexiga e intestino grosso.
<br>
Pontos de acupuntura:
<br>
Ventral - VC 2 (Qugu) até VC 4 (Guanyuan)
<br>
Dorsal - VG 2 (Yaoshu) até VG 4 (Mingmen)
<br><br>
<b>3. Chakra do Plexo Solar Manipura Chakra </b>
<br>
Local: O terceiro chakra é situado no abdômen. Abre diante e atrás do umbigo na região de VG 5 (Xuanshu) - VG 6 (Jizhong).
<br>
Funções: O chakra de Manipura regula na parte superior o temperamento (personal will) e a expressão emocional (emotional expression) na mais parte inferior. No caso de desequilíbrio é responsável por lutas pelo poder (striving for power) , raiva (rage), irritabilidade (anger) e drogadição (adiction). Os meridianos (órgãos chinês) do baço e fígado correspondem ao terceiro chakra. Também há uma relação com o Jiao médio do Sanjiao.
<br>
Pontos de acupuntura:
<br>
VC 8 (Senjue), VC 12 (Zhongwan)
<br>
VG 5 (Xuanshu), VG 6 (Jizhong)
<br><br>
<b>4. Chakra do Coração, Anahata Chakra </b>
<br>
Local: O quarto chakra situa-se no centro do tórax e abre diante do ponto VC 17 (Shanzhong) e no dorso diante do ponto VG 11 (Shendao)
<br>
Funções: As funções correspondentes são: amizade, compreensão, compaixão, equilíbrio de contrastes, busca de harmonia, paz interna e amor,. O chakra de coração, por ser o quarto chakra, representa o centro enérgico do ser humano é o chakra da importante integração entre os três superiores e o três chakras inferiores. O Anahata chakra corresponde ao coração e o Jiao superior.
<br>
Pontos de acupuntura:
<br>
VC 17 (Shanzhong), VG 11 (Shendao)
<br><br>
<b>5. Chakra da Garganta Viahuddha Chakra </b>
<br>
Local: O quinto chakra situa-se na garganta e abre diante da laringe e atrás no ponto VG 14 (Dazhui).
<br>
Funções: O chakra de garganta produz a força e expressividade (fluência) da fala. Outra função é criatividade. O chakra de garganta corresponde ao pulmão.
<br>
Pontos de acupuntura:
<br>
VC 22 (Tiantu), VG 14 (Dazhui)
<br><br>
<b>6. Ajna Chakra, Terceiro Olho </b>
<br>
Local: O sexto chakra é situado à base do crânio. Abre-se na frente no ponto Extra 1 (Yintang) e atrás no ponto VG 15 (Yamen).
<br>
Funções: As funções do Terceiro Olho são a habilidade para focalizar a mente, enquanto entendendo, o poder de discernimento, intuição e clarividência.
<br>
Pontos de acupuntura:
<br>
Ponto extra 1 (Yintang), VG 15 (Yamen)
<br><br>
<b>7. Chakra Coronário, Sahasrara Chakra </b>
<br>
Local: O sétimo chakra situa-se no crânio. Corresponde ao ponto VG 20 (Baihui) e ao ponto extra 6 (Sishencong) e abre acima do crânio como uma coroa.
<br>
Funções: O chakra de coronário representa o Yang mais alto no corpo, em contraste com o ponto de reunião de todo Yin no chakra básico. Considera-se que o chakra coronário é responsável pela compreensão dos aspectos mais altos de vida, proporcionando a conexão com mundo espiritual. O ponto VG 20 (Baihui) como também o Extra 6 (Sishencong) são pontos particularmente importantes na acupuntura e servem para harmonizar funções psíquicas e o equilíbrio de toda energia do corpo.
<br>
Pontos de acupuntura:
<br>
VG 20 (Baihui), Extra 6 (Sishencong)
<br><br><br>
<b>BIBLIOGRAFIA </b>
<br>
1. Jaffe, R.T. Energy Mastery Seminars, Advanced Energy Healing. Script. 1990.
<br>
2. Jung, C.G. Ueber Psychische Energie und das Wesen der Traume. Rascher. Zurich and Stuttgart, 1948.
<br>
3. Krieger, D. The Therapeutic Touch. How To Use Hands To Help To Heal. Prentice Hall Press. New York, London, Toronto, 1979.
<br>
4. Pomeranz, B. and Stux, G. Scientific Bases of Acupuncture. Springer Verlag. Berlin, Heidelberg, New York, 1989.
<br>
5. Stux, G. and Pomeranz, B. Basics of Acupuncture. Second Edition. Springer Verlag. Berlin, Heidelberg, New York, 1991.
<br>
6. Stux, G. and Pomeranz, B. Acupuncture - Textbook and Atlas. Springer Verlag. Berlin, Heidelberg, New York, 1987.
<br>
7. Stux, G. Akupunktur und ART. Therapeutikon. 1992. 6/1-2:42-43.
<br>
8. Stux, G. Was ist Energie Medizin? Therapeutikon. 1992. 6/4:171-172.
<br>
9. Stux, G. Chakra Flow Meditation. Therapeutikon (in preparation).
<br><br><br>
Publicação original
<br>
Medical Acupuncture<br>
primavera / verão 1994 Volume6 / Número 1<br>
<b>AAMA - journal</b> - <a href="http://www.medicalacupuncture.org">http://www.medicalacupuncture.org</a>
<br><br><br>
Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-37231260001090811182013-05-17T10:56:00.002-07:002013-12-03T04:29:45.748-08:00Cinnabaris 朱砂 (Zhusha)<a href="http://4.bp.blogspot.com/-DVmSxhxjI2Q/UZZu7AcMRnI/AAAAAAAAGiU/0KDryoOilH0/s1600/Cinnabar-china-wikipedia-no.jpg" imageanchor="1" ><img border="0" src="http://4.bp.blogspot.com/-DVmSxhxjI2Q/UZZu7AcMRnI/AAAAAAAAGiU/0KDryoOilH0/s320/Cinnabar-china-wikipedia-no.jpg" /></a>
<br>
Cinábrio, cinabre ou cinabarita (vermelhão nativo, vermilion) é o nome usado para o sulfeto de mercúrio (HgS), o minério de mercúrio comum. O nome vem do grego, usado por Teofrasto (em grego: Θεόφραστος; Eresos, 372 a.C. — 287 a.C.) e provavelmente foi aplicado a muitas substâncias diferentes. Acreditam que a palavra vem do persa زینجیفرح (zinjifrah), originalmente significando "sangue perdido de dragão".<br>
<br>
Na medicina Tradicional Chinesa tudo indica ser esse medicamento o sulfeto de mercúrio (HgS), a parte utilizada é o pó do mineral, na concepção chinesa suas propriedades: doce (gan) , amornante ou levemente fria (wei han) e tóxico (du) seu local de ação o coração (xin). Sua principal função acalmar a mente, tranqüilizar o coração e remover toxinas. Na china tal substância é produzida principalmente nas áreas de Hunan, Sichuan e Yunnan.<br>
<br>
Entre suas indicações na concepção oriental inclui-se sinais e sintomas tipo: palpitações, ansiedade, insônia, nervosismo, pesadelos, agitação e verborragia convulsões entre outros em síndromes descritas na medicina tradicional chinesa como: “ascensão do fogo do fígado afetando o coração” (“hiperatividade do fogo do coração”) ; “calor ascendendo e se transformando em vento”; “flegma no jiao superior”; “insuficiência de sangue do coração” e “síndrome do vento” (epilepsia). Também usado localmente em casos de furúnculos, carbúnculos, feridas purulentas e mordidas de animais peçonhentos, especialmente cobras. (Botsaris; Noleto & Ling)<br>
<br>
As nossas conhecidas intoxicações por mercúrio (Hg) geralmente são provocadas por cloreto de mercúrio nas formas agudas e crônicas. Doses a partir de 100 mg já são suficientes para desencadear um quadro agudo (Botsaris). A intoxicação crônica (hidrargirismo) depende do período de exposição. Segundo Larini exposições ocupacionais ao mercúrio em concentrações iguais ou superiores a 0,1 mg/ m3 de ar já é suficiente para produzir intoxicações com tremores musculares e alterações do comportamento. Ainda segundo Botsaris o Cinnabaris (sulfito de mercúrio) é muito mais atóxico, e doses acima de 10 g são necessárias para desencadear sua toxicidade (Botsaris). Observe-se também que essa medicação é geralmente associada à diversas outras tipo Huang Lian; Shu Di Huang, Mai Dong e Tian Nan Ching (Rhizoma arisaematis) conforme o caso. (Noleto & Ling)<br>
<br>
O Cinábrio era extraído pelo Império Romano por seu conteúdo de mercúrio e ainda é um das principais fontes desse metal ao longo dos séculos. É possível que se confunda esse mineral tóxico com a resina da Dracena “verdadeira” pela tendência de designar (especialmente os romanos) tinturas vermelho brilhantes como sangue de dragão. Segundo o verbete «Sangre de drago»" da Wikipédia Es (2013):<br>
<br>
<i>...La sangre de drago es una brillante resina roja que se obtiene de diferentes especies de cuatro distintos géneros botánicos: Croton, Dracaena, Daemonorops, Pterocarpus y Calamus rotang. La resina roja se usaba en tiempos antiguos como barniz, medicina, incienso, y tintura. Continua empleándose para los mismos propósitos....</i><br>
<br>
Observe-se também que o Cinábrio é utilizado em homeopatia, possivelmente em diluições completamente isentas de riscos tóxico (elevadíssimas diluições). Em homeopatia o CINNABARIS (Cinábrio - Sulfuro de Mercúrio) é um antisifilítico e um antisicótico simultaneamente. Entre seus “sintomas mentais” inclui-se (1) Indolência, com indisposição para o trabalho mental. Sente plenitude na cabeça pelo trabalho; (2) Deseja estar só e irritabilidade; (3) esquecimento. Entre os sintomas gerais também encontram-se várias referências a distúrbios do sistema nervoso: dores (cefaléia, pressiva, perioculares, uretral, nevralgia ciliar) rubor, cansaço.<br>
<br>
<br>
<b>Referências</b><br>
<br>
BOTSARIS, Alexandros S. Fitoterapia chinesa e plantas brasileiras. SP, ícone 1995
<br>
NOLETO, Paulo; LING, Xu. Fitoterapia chinesa, matéria médica. SP, Ícone, 2009
<br>
LARINI, Lourival. Toxicologia. SP, Manole, 1987
<br>
<br>
Fontes WEB
<br>
<br>
Zhusha Cinnabaris - TCM Discovery.com
<a href="http://tcmdiscovery.com/2007/10-1/2007101145831.html">http://tcmdiscovery.com/2007/10-1/2007101145831.html</a> (Maio de 2013)
<br>
Homeopatia e Terapia Holística (Blog) <a href="http://homeopatia-terapiaholistica.blogspot.com.br/2012/02/cinnabaris-cinabrio-sulfuro-de-mercurio.html">http://homeopatia-terapiaholistica.blogspot.com.br/2012/02/cinnabaris-cinabrio-sulfuro-de-mercurio.html</a> (Maio de 2013)
<br>
Cinnabaris - Red Mercuric Sulfure
<a href="http://www.avogel.ca/en/plant-encyclopedia/cinnabaris.php">http://www.avogel.ca/en/plant-encyclopedia/cinnabaris.php</a> (Maio de 2013)
<br>
Cinábrio <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinábrio">http://pt.wikipedia.org/wiki/Cin%C3%A1brio </a>(Maio de 2013)
<br>
<br>
Imagem Wikimedia Commons: Cinnabar :: Locality: Tongren Mine, Wanshan District, Tongren Prefecture, Guizhou Province, China Privacy policy
<br>
<br>
Ver também <br /><br>
- <a href="http://etnomedicina.blogspot.com.br/2012/03/plantas-calmantes-historia-e-composicao.html">Plantas calmantes história e composição</a> <br /><br>
- <a href=" http://etnomedicina.blogspot.com.br/2011/09/dian-kuang.html"> Dian Kuang - 癫狂</a> <br />
<br>
<br>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8309524351689991455.post-54444255465039356242012-06-28T03:45:00.002-07:002014-10-11T04:06:23.797-07:00Além do ciclo vitalAlgumas reflexões da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), enquanto outra racionalidade médica, equiparam-se à “exatidão” da medicina ocidental cosmopolita na determinação das fases do ciclo do vital, descrição dos modos de adoecer e morrer e/ou do indivíduo desenvolver hábitos de vida saudáveis. <br>
<br>
Por exemplo, segundo o "Livro do Imperador Amarelo", durante as cinco estações do ano (para nós quatro) se deve ter cuidados específicos para enfrentar os perigos da umidade, frio, insolação, calor e secura, que se apresentarem, com comportamentos e dietas. Na MTC também se distinguiu fases da vida humana e se desenvolveu diferentes recomendações para os diversos períodos do ciclo vital, inclusive quanto reprodução em idades avançadas e “andropausa” (diminuição da capacidade de ejaculação e vitalidade na paternidade em idade avançada do pai). Naturalmente descreve-se também as alterações da fase reprodutiva feminina, bem mais evidentes e referidas nos sistemas etnomédicos onde a biologia da reprodução é mais conhecida, com identificação da hereditariedade em linhagens de parentesco de "descendência dupla" (matripatrilinear), como não se nota em algumas outras culturas ditas primitivas com sistemas exclusivos (matrilinear ou patrilinear).<br>
<br>
O notável é que desenvolveu-se na China uma atenção especial à subjetividade e aspectos não mensuráveis da realidade biológica. A medicina tradicional chinesa estendeu sua ciência além da longevidade, se interessa tanto pela imortalidade, ou pelo desenvolvimento da energia (do espírito) com esse fim, como pelo processo saúde – doença.<br>
<br>
A imortalidade e existência fora do corpo, para MTC, não são apenas concepções de cultos religiosos, podem ser estudadas nos diversos textos imperfeitamente designados como “alquimia chinesa” (a exemplo do “Segredo da Flor de Ouro” comentado por C. G. Jung) de modo integrado à prática clínica. Tais textos podem ser considerados exemplo de uma linha evolutiva de racionalidade distinta do estabelecido nos primeiros cânones médicos equivalentes à racionalidade da medicina védica ou hipocrática, que juntamente com o Nei Ching – “Livro do Imperador Amarelo” se constituem como os primeiros textos médicos. Observe-se que estes textos possuem um elemento diferenciador de outros sistemas etnomédicos, na concepção de Kleinman, a tradição escrita e sobretudo a relação mestre - discípulo em escolas estabelecidas.<br>
<br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-e3pNTIyf9Zg/T-w4xEaxmRI/AAAAAAAAGEo/BA3jwTOzzrU/s1600/ZhaoBichen-p53.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="400" width="324" src="http://4.bp.blogspot.com/-e3pNTIyf9Zg/T-w4xEaxmRI/AAAAAAAAGEo/BA3jwTOzzrU/s400/ZhaoBichen-p53.jpg" /></a></div>
<br>
<br>
Ao contrário do que pensam alguns, não houve uma estagnação do desenvolvimento da lógica conceitual "científica" no Oriente e desenvolvimento no Ocidente pós renascentista. A partir dos padrões de explicação "teórica" que se observam nos textos gregos hipocráticos e orientais de períodos anteriores, o que se pode constatar é que foram caminhos distintos, quiçá advindos de sua ancoragem na esfera do sensível e intuição ou na percepção como distinguiu Lévi-Strauss a ciência do concreto das mitologias e a ciência (lógica cartesiana) ocidental.<br>
<br>
Diante desta maravilha de vídeo “Cardiovascular Continuum”, desenvolvido pela Visual MD (ver <a href="http://www.thevisualmd.com/health_centers/cardiovascular_health/cardiovascular_continuum">link</a>) a partir da atual, fragmentada e analítica concepção médica ocidental, observe-se que no mesmo não se torna claro, (assim como a prática clínica ocidental) <b>quem decide ou escolhe os comportamentos que se tornarão hábitos saudáveis</b> ou não. <b>Quem é o sujeito (individual ou coletivo?) que determina as condições e qualidade de vida ou o indivíduo que transforma sua história e seu tempo. (?)</b> O mundo ocidental só desenvolveu parâmetros de resposta para questões como estas na psicanálise (nossa moderna mitologia, segundo Lévi-Strauss) ou nas modernas concepções interdisciplinares de saúde coletiva (medicina social), mas não no modelo cartesiano - positivista da ciência.<br>
<br>
Observe-se também que as questões da subjetividade da energia psíquica (libido, assertividade, inteligência ou energia vital) já estavam presentes no livro do “Imperador Amarelo” ou seja bem antes de se desenvolverem, na China, toda uma ciência sobre meditação, com considerável influência do budismo e hinduísmo, configuradas posteriormente (sob influência ocidental) como religião.<br>
<br>
“<i>O Imperador Amarelo perguntou: "Como determinar a longevidade de um homem ou se sua vida será curta, quando a energia suplantar o físico e vice-versa?" Bogao respondeu: "Para um homem saudável, quando sua energia estiver ultrapassando o físico, ele terá vida longa; para aquele cujo físico e músculos forem muito finos, mesmo que sua energia suplante o físico, como o físico e os músculos estão exaustos ele morrerá muito cedo. Se o físico da pessoa não estiver muito emaciado, mas sua energia primordial já estiver declinando, embora o físico esteja superando a energia primordial, a doença ainda oferecerá perigo</i>". Livro do Imperador Amarelo (cópia de Bing Wang - Dinastia Tang / SP. Icone 2001, p. 524)<br>
<br>
O "ocidente" por privilegiar o modelo biológico das doenças, a síntese química de fármacos em sua visão reducionista, motivada por interesses no desenvolvimento industrial e comercial, abandonou as concepções de energia vital e ética do sagrado, com se fossem pseudociências, relegou práticas como a homeopatia, naturopatia e mesmo a acupuntura, na própria China Imperial, a um segundo plano de valor social (sem investimentos de pesquisa). Porém, apesar de tudo, sem dúvida também por uma eficácia clínica, tais medicinas que se fundamentam nas concepções de energia vital ou em uma dinâmica espiritual - psíquica, sobreviveram e são ainda praticadas, em algumas regiões do planeta re-integradas ao paradigma da ciência médica como prática alternativa ou complementar. O desafio é, como diz meu amigo Dr. Fernando Hoisel, é ver em todas essas “ciências”, a ciência, nas “medicinas” a medicina. Além, é claro, do desafio cotidiano atual de formar bons profissionais de saúde, numa perspectiva ética e científica, controlando suas atividades por autoridades sanitárias governamentais... e como dizia o velho mestre...a arte é longa e a vida breve.<br>
<br>
<br>
<b>Referências</b>
<br>
<br>
Bichen, Zhao. Tratado de alquimia y medicina taoista. Madrid, Miraguano Ediciones, 1984<br>
<br>
Jung, C.G. O segredo da flor do ouro, um livro de vida chinês. RJ, Vozes, 1992<br>
<br>
Kleinman, Arthur Concepts and a Model for the comparison of Medical Systems as
Cultural Systems. IN: Currer,C e Stacey,M / Concepts of Health, Illness and Disease. A Comparative Perspective, Leomaington 1986<br>
<br>
Livro do Imperador Amarelo (Bing Wang - Dinastia Tang). SP. Icone 2001<br>
<br>
Levi-Strauss, C. As estruturas elementares do parentesco.SP, Vozes, 1976
<br>
<br>
Levi-Strauss, C. O Pensamento Selvagem São Paulo, Companhia Ed Nacional, 1976
<br>
<br>
Levi-Strauss, Claude. A eficácia simbólica (1949) in: Antropologia estrutural. SP Cosac Naify, 2008
<br>
<br>
<br>
<b>Para saber mais sobre Saúde Comportamento</b>
ver: <a href="http://medicinacomportamental.blogspot.com.br/">http://medicinacomportamental.blogspot.com.br/</a>
<br>
<br>
<br>
TheVisualMD
<br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://plus.google.com/u/0/106061900924358637911/posts/bZ1rnzNPMxH?pid=6068539266311078786&oid=106061900924358637911" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="117" width="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-MHFpwfDWQtM/T-w3bN5UJNI/AAAAAAAAGEc/Dq1MCYQO25U/s400/VisualMD.jpg" /></a></div>
<a href="https://plus.google.com/u/0/106061900924358637911/posts/bZ1rnzNPMxH?pid=6068539266311078786&oid=106061900924358637911">Cardiovascular Continuum</a>
<br>
<br>
<br>Paulo Pedrohttp://www.blogger.com/profile/10840608460992874763noreply@blogger.com1